Fanfic: A Ordem do Prazer | Tema: Once upon a time

– Moça... – ouvi uma voz distante chamar-me, mas tudo estava escuro. – Moça, acorde. – meu corpo foi levemente sacudido e logo abri os olhos assustada. Forcei-me a focar a visão, pois estava um pouco embaçada e logo vi uma mulher, que pela vestimenta percebi que era uma garçonete, segurando-me pelos ombros. Passei os olhos pelo local e logo reconheci o Pub. Tudo começou a se ordenar na minha cabeça. Lembrei de estar conversando com Lily naquele local e de ter falado com Regina por mensagem, mas o que ocorreu depois eu não me lembrava. Pelo jeito eu havia pegado no sono alí mesmo, o que era estranho pois nunca antes isso me aconteceu.

– Me desculpe por isso. – falei para a mulher à minha frente.

– Sem problemas. – disse sorridente.

– Pode, por favor, trazer uma água para mim? – pedi. A mulher assentiu e saiu em direção ao balcão.

Verifiquei as horas em meu relógio de pulso e já eram 19h47. Puta que pariu! Eu combinei de ir buscar Regina às 20hrs, com certeza iria me atrasar um pouco. Levantei-me indo de encontro da garçonete que já vinha trazendo a minha água. Peguei o copo e tomei o líquido rapidamente, deixando como gorjeta uma quantia que, sem dúvida, pagaria cem copos de água daquele. Mas não me importei com isso, apenas peguei a primeira nota que estava no meu bolso e entreguei para a garçonete, logo me direcionei a saída do Pub.

Eu havia deixado meu carro na garagem do hospital, pois ficava bem perto dalí. Porém, naquele momento, parecia que eram quilômetros de distância.

Quando cheguei ao estacionamento do hospital, já era 19h56, corri para o meu carro e logo já estava em meio ao trânsito.

Cheguei em frente ao prédio de Regina exatamente às 20h20. Mandei uma mensagem para ela, avisando que já havia chegado e não demorou muito para ela aparecer na portaria do prédio e vim ao meu encontro. Entrou em meu carro, no lugar do passageiro, recepcionei-a com um beijo.

– Desculpa a demora. – falei um pouco envergonhada, pois nunca tolerei atrasos.

– Não tem problema. – falou sorrindo. Vi que ela realmente não se importou com aquilo, então fiquei mais aliviada.

– Você jantou? – perguntei dando a partida no carro.

– Na verdade, não. Acabei dormindo um pouco e só acordei praticamente agora. – disse. Peguei o celular e liguei para Lily, àquela hora ela já estava em casa, então pedi que ela comprasse algo para que jantássemos. – Não precisava, eu não estou com fome. – Regina falou contida.

– Eu também não jantei. Então você vai comer comigo. – falei.

Não demorou muito e logo chegamos em minha casa. Quando entramos, Lily e Ashley estavam na sala, sentadas no sofá assistindo algo que não prestei atenção. Nos juntamos a elas, sentando no outro sofá e ficamos conversando por um tempo enquanto a comida não chegava. Deitei minha cabeça no colo de Regi e ela ficou acariciando meus cabelos.

Percebi que Ashley e minha namorada se davam bem, pois conversavam como se já se conhecessem a bastante tempo, enquanto Lily e eu falávamos sobre coisas do hospital.

Alguns minutos depois a entrega chegou, Lily havia pedido comida francesa, que eu particularmente adorava e, pelo que percebi, Regina também.

Depois que fizemos nossa refeição, na sala mesmo, Regina e eu subimos para o meu quarto. Assim que entramos no quarto, fechei a porta e logo abracei minha namorada por trás, dando leves beijos em seu pescoço. Rapidamente senti sua pele arrepiar.

– Vou tomar banho, vem comigo? – pedi, sussurrando em seu ouvido.

– Uhum. – disse já entregue. Eu amava ver o efeito que eu causava em Regina. E mais forte ainda era o efeito que ela causava em mim.

Girei-a, fazendo-a ficar de frente para mim e tomei seus lábios com os meus. Caminhamos até o banheiro entre beijos enquanto deixávamos nossas roupas para trás. Entramos no box e logo liguei o chuveiro.

– Que saudade que eu 'tava de você. – falei enquanto beijava todo seu pescoço. – Do seu corpo. – puxei-a mais para mim, deixando nossos corpos completamente colados.

– Pensei que íamos tomar banho. – brincou, mas até sua voz mostrava o quanto ela estava excitada.

– Nós vamos. – pressionei-a na parede e logo suas pernas envolveram meu quadril. Eu sentia seu sexo molhado em meu abdômen e aquilo me deixou fora de mim.

– Desse jeito você vai acabar se cansando de mim. – falou e dessa vez eu percebi que ela falava sério. Fitei-a nos olhos profundamente, levei minha mão ao seu rosto, acariciando-o e delineando seus lábios com o polegar.

– Nunca... – selei seus lábios demoradamente. – Eu nunca vou me cansar de você, entendeu? – perguntei. Regina apenas assentiu sorrindo, e aquele sorriso valeu por todo o meu dia.

Beijei-a novamente, mostrando todo meu desejo por ela. Levei minha mão direita a seu seio enquanto apertava sua coxa com a outra mão. Aquela garota me deixava desnorteada. Regina era incrivelmente gostosa, mas eu sabia que não era isso que me deixava completamente aos seus pés.

Era um misto de tudo: seu jeito, a forma como ela me tratava, seus gestos, até mesmo saber que ela me ama deixava-me presa a ela. Eu precisava de alguém que me amasse com tanta entrega, precisava continuar me sentindo daquele jeito como só Regina fazia eu me sentir. Eu adorava seu jeito manhoso quando estava em meus braços, o sexo incrivelmente gostoso que a gente fazia, e eu sabia que só era tão bom porque era com ela.

Cessei nosso beijo e busquei em seus olhos a confirmação para continuar. E estava lá, estampado em seu rosto o quanto ela me queria, assim como eu a queria mais do que tudo.

Penetrei-a lentamente, gemendo sem tirar meus olhos dos dela, Regina tinha o maxilar cerrado enquanto gemia baixo.

Encostei minha testa a sua e comecei a estocá-la devagar. Meus olhos queriam se fechar à medida que o prazer me invadia, mas eu os mantia abertos, fitando os de Regi.

Minha namorada gemia deliciosamente e só me incentivava a continuar satisfazendo-a e, por consequência, obter minha satisfação.

Desci meus lábios para o seu pescoço, beijando, lambendo e mordendo toda a extensão, impondo minha vontade do seu corpo.

A água do chuveiro banhava nossos corpos quentes, ardendo de desejo. Minhas mãos percorriam suas coxas, apertava sua bunda conforme minha vontade. Eu movimentava meu quadril vagarosamente, enlouquecendo com o prazer que só Regina me proporcionava.

– Ah... Emma... – gemeu meu nome em meu ouvido, ofegante de prazer.

– Você me deixa maluca, garota. – falei, tomando sua boca em um beijo cheio de vontade. Comecei a investir com mais força enquanto acariciava todo seu corpo com desejo. – Minha, só minha! – sussurrei entre seus lábios, recebendo um gemido ainda mais gostoso da minha morena.

– Só sua, Emma... – disse com a respiração descompassada.

Beijei sua boca de forma apaixonada, sentindo o gosto delicioso do seu beijo. Minha língua invadia sua boca com dominância e Regina correspondia com a mesma intensidade. Mordi seu lábio inferior, puxando-o para mim sem usar muita força.

Minhas investidas ficavam cada vez mais fortes, eu já não conseguia mais continuar no ritmo lento, já estava quase no meu limite e Regina apertava-me dentro dela, fazendo todo meu corpo estremecer de prazer.

Pressionei ainda mais meu corpo contra o seu, e cada vez que eu a penetrava, nossos corpos deslizavam um contra o outro naquele contato alucinante.

Eu sabia que Regina estava prestes a gozar, assim como eu, seus gemidos ficavam cada vez mais altos e ela arranhava minhas costas usando certa força, que ao invés de dor me causava prazer.

Não demorou muito e logo Regina gozou, segurando em meus braços com força. Seu sexo pulsava intensamente enquanto ela gemia enlouquecida. Entreguei-me ao êxtase em seguida, gemendo sem pudor na curvatura do seu pescoço enquanto segurava seu quadril com força sentindo todo aquele prazer alucinante me invadir.

Quando nossas respirações se normalizaram, nos beijando lentamente, aproveitando cada detalhe daquele beijo.

Só então tomamos o banho propriamente dito entre beijos e carícias ora ousadas, ora delicadas.

~

Saímos do banheiro enroladas nas toalhas. Penteei meu cabelo e o prendi em um 'rabo de cavalo'.

Sentei-me na cama, cobrindo-me parcialmente com o lençol e me permiti observar minha namorada desfilar pelo meu quarto completamente nua enquanto secava seu cabelo com a toalha. Aquela era a melhor das visões.

– Me empresta um pijama. – pediu. Neguei com a cabeça, mordendo meu lábio inferior enquanto admirava todo o seu corpo. – Emma! – repreendeu-me ao perceber meus olhares despudorados sobre sí.

– Vem cá. – chamei-a. Joguei o lençol para o lado e logo Regina subiu na cama, sentando-se em meu colo.

– Você é insaciável! – disse sorrindo.

– E a culpa é toda sua. – falei distribuindo beijos molhados em seu pescoço.

– Minha?! – perguntou com um falso espanto.

– É. – inverti nossas posições ficando sobre ela. Minhas mãos foram para suas coxas, apertando-as com vontade enquanto eu mordia seu maxilar. – Quero fazer amor com você a noite inteira. – falei já ofegante.

– Emma... Amanhã a gente tem que acordar cedo... – disse, mas era em vão, ela já estava entregue.

– Shh.. – pus meu dedo indicador sobre seus lábios. – Eu deixo você dormir um pouco lá na sala à tarde, só não me negue uma noite de amor. – pedi. Vi seus olhos brilharem apaixonados, e não precisei de uma resposta verbal. Segurou meu rosto com ambas as mãos e me puxou para um beijo.

 

                     ~~~~AODP~~~~

 

Deixei Regina em casa e fui para o hospital. O turno da manhã não foi muito movimentado, o que foi ótimo, pois eu estava caindo de sono.

As horas se passaram demoradamente até que chegou o turno da tarde e Regina finalmente entrou pela porta da minha sala. A recebi com um beijo apaixonado e logo ela foi para a sua mesa. Vi que ela estava bem abatida por conta do sono.

– Regi. Pode dormir um pouco alí no sofá. O dia não 'ta muito movimentado. – falei.

– Tem certeza? – perguntou. Assenti com um sorriso, então ela se dirigiu para o sofá, deitando-se no mesmo.

~

Em certo momento o interfone tocou e era uma chamada da Srta. Lucas. Logo atendi.

– Sra. Swan. Chegou uma encomenda para entregar a Srta. Mills. – avisou.

– Traga aqui em minha sala. – falei e encerrei a chamada. Logo depois a Srta. Lucas entrou em minha sala. Coloquei o indicador em meus lábios alertando-a para que ela não fizesse barulho.

– O que houve com ela? – perguntou em voz baixa, colocando uma pequena caixa, que dava para segurá-la na palma da mão, em cima da mesa de Regina.

– Digamos que não dormimos ontem. – falei.

– Entendi. – falou tentando não rir, sem conter o tom malicioso na voz, o que me fez rir.

Ela olhou mais uma vez para onde Regina estava e se retirou da sala. Minha curiosidade insistia para que eu olhasse o que havia naquela caixinha sobre a mesa da minha namorada, mas achei melhor deixar para saber quando ela acordasse.