Fanfic: A Ordem do Prazer | Tema: Once upon a time

POV. Emma Swan

– REGINA!!! – gritei desesperada ao ver um carro a toda velocidade, descontrolado vindo em sua direção. Regi virou-se para mim mas já era tarde, o automóvel a acertou em cheio, fazendo-a ser arremessada para o alto e, logo depois, colidir com o chão.

Por mais que parecesse um tanto tarde, eu era uma idiota, eu sabia disso. Mas foi alí, naquele momento, quando eu vi que eu poderia perdê-la que eu percebi, que eu finalmente percebi. Eu a amava! Céus, eu a amava muito!

Corri ao seu encontro, ajoelhando-me ao seu lado e segurei sua mão entre as minhas. Analisei rapidamente seu corpo e vi que não havia danos externos, a não ser alguns arranhões. Mas isso era o que mais me preocupava, porque queria dizer que os danos eram, na verdade, internos.

– Emma... – sua voz saiu fraca. Fitei-a nos olhos, que estavam entreabertos, e foi impossível conter as lágrimas. – E-eu te amo... – disse e, logo depois, seus olhos se fecharam por completo.

– Não!! – quase gritei. – Não, Regi. Eu não posso te perder! – chorei compulsivamente. Verifiquei sua pulsação e notei que seus batimentos cardíacos estavam fracos. – Você 'ta viva. Você 'ta viva, meu amor e vai continuar assim! – acariciei seu rosto com cuidado.

– Senhorita. – um senhor idoso se abaixou ao meu lado. – Me desculpe, eu não vi a moça e acabei a atropelado. Posso fazer alguma coisa 'pra ajudar? – perguntou.

– Não precisa, eu dou um jeito. Não se preocupe. – preferi deixar por isso mesmo. Era apenas um senhor de idade avançada, não merecia mais preocupações.

O senhor se levantou e saiu.

– A culpa é sua!!! – ouvi alguém falar atrás de mim, quando virei meu rosto vi que era o Sr. Hood. A vontade que tive foi de acabar com aquele cara alí mesmo, mas eu tinha que pensar na Regina, e naquele momento ela precisava de atendimento médico, então ignorei aquele rapaz completamente. Peguei meu celular e disquei o número do meu hospital, ligando para o mesmo.

– Empire Swan's Hospital. – ouvi a voz da senhorita Frensh do outro lado da linha.

– Belle, aqui é a Emma. – dispensei formalidades. – Eu preciso que mande uma ambulância para o Club Crush Champagne Lounge imediatamente. – falei e não esperei resposta, logo encerrei a chamada.

– Você não era nem 'pra estar perto dela! – ouvi a voz do Sr. Hood novamente.

– Acho melhor você calar essa boca se não quiser levar outro murro. – falei sem encará-lo, fiquei apenas examinando Regina como eu conseguia.

– Você não a merece! – disse. Respirei fundo para não perder a paciência.

– E você acha que a merece? – perguntei virando o rosto em sua direção. – Acha mesmo que alguém como você, que se aproveita da Regina quando ela está frágil, merece alguém como ela? – esperei que ele respondesse alguma coisa, mas ele nada falou. – A Regina precisa de alguém como eu e não um fraco como você! – voltei minha atenção para a Regi.

Por sorte não havia muitas pessoas ao nosso redor, mas logo a ambulância chegou e fiz questão de acompanhar Regina.

                               ~x~

Quando chegamos ao hospital, Regina foi levada em uma maca pelos enfermeiros para fazer os exames. Sentei-me em uma das poltronas do hall, tentando me acalmar enquanto esperava, mas era em vão.

Trinta minutos se passaram e estes pareciam horas. Então uma das enfermeiras apareceu, vindo até mim.

– Sra. Swan, os exames apontaram que a Srta. Mills sofreu um perfuramento no pulmão esquerdo causado pela quinta costela, ocasionando pneumotórax seguido de início de hemorragia interna e precisa entrar em cirurgia imediatamente. – informou. Tentei manter a calma, mas eu sabia que aquilo era muito, muito grave.

– Certo. Onde está o Dr. Kristoff? – me referi ao cirurgião geral do meu hospital.

– Eu não sei, Senhora. – disse.

Fui rapidamente até Belle na recepção e a enfermeira veio atrás de mim.

– Srta. Frensh, onde está o Dr. Kristoff? – perguntei.

– Ele ainda não chegou, Sra. Swan. – disse e vi que ela também estava muito preocupada. Verifiquei as horas no meu relógio de pulso e vi que já havia passado da hora do Dr. Kristoff chegar.

– Mas isso é um absurdo! – exclamei! – Providencie a carta de demissão do Dr. Kristoff imediatamente! – falei.

– Mas, Sra. Swan... – tentou falar.

– Agora, Srta. Frensh! – interrompi e ela não ousou falar mais nada.

– Sra. Swan, se a paciente não entrar em cirurgia agora ela não irá resistir. – a enfermeira disse.

Eu não sabia o que fazer, realmente não sabia o que fazer. Eu não poderia colocar um cirurgião de outra área pra fazer uma cirurgia como aquela. Não podia me arriscar a esse ponto.

Só tinha uma saída, mesmo não sendo a melhor, mas era uma saída.

– Mande preparar a sala, eu mesma vou fazer essa cirurgia. – falei já sentindo o peso daquela responsabilidade. Mas a última coisa que eu poderia era perder a mulher que eu amava.

– A Senhora tem certeza? – perguntou.

– Apenas faça o que eu estou mandando! – falei.

É claro que eu não tinha certeza. Há anos que eu não realizava uma cirurgia como aquela. Para ser mais exata, desde que eu assumi a presidência do hospital.

Fui me preparar para a cirurgia e usar aquela vestimenta azul, a máscara, touca e luvas me trouxeram um sentimento de nostalgia.

Quando entrei a sala e vi Regina naquela mesa cirúrgica, meu coração acelerou. Senti um medo descomunal. Medo de não ser capaz de fazer aquilo, medo de não poder salvá-la.

Respirei fundo me acalmando o máximo que pude pois, naquele momento, a última coisa que eu poderia ficar era nervosa.

Me posicionei ao lado da mesa de cirurgia e admirei por alguns segundos o rosto sereno da minha morena. Respirei fundo mais uma vez e dei início ao procedimento cirúrgico.

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Só consegui respirar direito quando terminei a cirurgia e, o melhor de tudo, foi um sucesso! Eu havia conseguindo! Foram um pouco mais de cinco horas de cirurgia, mas eu tinha conseguido.

Quando troquei de roupa um funcionário veio me avisar que os familiares de Regina haviam chegado e que queriam falar com a responsável pela cirurgia, no caso, eu. Pelo que ele me disse, estavam os pais, avós, a irmã e alguns tios, juntamente com os amigos. Era muita gente, então mandei avisar que eu iria atender apenas os pais, pois depois de toda aquela confusão, eu não estava com cabeça para quase nada, a não ser para quando Regina acordasse.

Fui para a minha sala e fiquei esperando os pais de Regina aparecerem, o que não demorou muito.

Me cumprimentaram e acomodaram-se nas cadeiras a frente da minha mesa.

– Sra. Swan, nós queremos agradecer pelo quê a Senhora fez por nossa filha. – Henry Mills disse. – Sabemos o quanto uma cirurgia como essa é delicada e garanto que vamos arcar com todos as despesas e custos. – concluiu.

– Senhor e Senhora Mills, eu poderia realizar essa cirurgia mil vezes na filha de vocês se fosse preciso e não cobraria nada por isso. – falei.

– A gente insiste. – dessa vez foi a Sra. Mills que se pronunciou.

– Eu que insisto. A única coisa que me importa é a Regina estar bem agora. – persisti.

– Bom, se a Senhora tem certeza disso... – falou o Sr. Mills.

– Certeza absoluta. – garanti.

~

Depois de passar todas as informações necessárias para os pais da Regina, eles foram visitar a filha no quarto, mas deixei claro para os enfermeiros que apenas a família poderia visitá-la enquanto ela não acordasse.

Acabei passando o resto da noite no hospital. Depois que todos os familiares e amigos foram embora, fui para o quarto que Regina estava e fiquei lá sentada na poltrona ao lado de sua cama, observando-a pelo resto da noite.

Não dormi, não tinha cabeça para isso, e o que mais me preocupava era que Regina não estava acordando.

                    ~~~~AODP~~~~

No dia seguinte, depois de algumas avaliações médicas, meu medo se concretizou. Regina estava em coma. Não era irreversível mas, mesmo assim, ainda havia o perigo dela não acordar.

Os dias se passavam e eu não conseguia dormir nem alguns minutos se quer. Meu medo aumentava a cada hora que se passava.

Eu estava acabada. Passava mais tempo no quarto que Regina estava do quê na minha própria sala.

Lily tentava me animar de algum jeito, sempre falando palavras esperançosas, mas não adiantava. Eu só ficaria bem quando Regina acordasse.

POV. Ruby Lucas.

Eu me perguntava onde a Gina estava com a cabeça de não olhar para os dois lados quando fosse atravessar a rua! Aquela louca só me deixava preocupada com ela, e agora ela estava em coma só pra me deixar ainda mais na merda.

Se eu estava mal? Muito! E sabia que a Emma estava mal em níveis elevados. Eu via todos os dias aquela mulher no quarto da minha amiga, tentando cuidar dela da forma como podia. Via nos olhos dela a dor que ela estava sentindo.

Agora eu também estava tendo que assumir o cargo da Gina enquanto ela se recuperava, porque eu sabia que ela ia ficar bem e que ia acordar daquele coma. Minha amiga era forte!

Certo dia, eu fui visitar a Gina e antes de entrar no quarto vi, pela janelinha de vidro da porta, que Emma estava sentada na poltrona ao lado da cama enquanto segurava a mão da minha amiga.

Mesmo com a distância eu via que ela chorava. Depois do acidente de Regina isso já tava se tornando até normal.

Abri a porta devagar e Emma só percebeu que eu estava alí quando eu falei.

– Você a ama, não é? – perguntei mesmo sabendo que talvez eu estivesse sendo indiscreta. Emma afirmou com a cabeça enxugando as lágrimas em seu rosto.

– Eu tenho que resolver umas coisas, você pode ficar com ela aqui até eu voltar? – pediu, levantando-se da poltrona.

– Claro! – respondi.

Minha chefe saiu do quarto, só então me sentei ao lado da minha amiga.

– É Gina, você conseguiu roubar o coração da dama de ferro. – brinquei já deixando as lágrimas tomarem conta dos meus olhos. – Tem ideia de quanto tempo faz que eu vi a Emma fazer uma cirurgia? Nem quando a mãe dela precisou de uma ela fez. – falei lembrando desse detalhe. – Ela te ama, minha amiga. Todo mundo viu o quanto ela ficou desesperada quando soube que você 'tava em coma. – segurei sua mão. –  Você deu um belo susto na gente, Gina. E já pode ir logo acordando viu! – ri entre lágrimas. – Quando você acordar aposto que vão dar uma festa aqui no hospital! Então abra logo esses olhos que a gente não tem todo tempo do mundo. – levantei apenas para dar um beijo em sua testa, depois voltei a me sentar e continuei conversando com minha amiga enquanto Emma não chegava, mesmo sabendo que talvez ela não estivesse escutando.