Fanfic: A Ordem do Prazer | Tema: Once upon a time

u aqui de novo! Se houver erros, relevem ;) 
Boa leitura.

POV. Emma Swan.

 

Notebook e celular novos, já que os antigos eu havia os quebrado depois de ter jogado tudo que estava em minha mesa no chão depois da briga com Regina por causa daquele maldito vídeo. Ariel ainda iria me pagar muito caro por aquilo.

Por sorte, consegui recuperar os arquivos importantes do computador anterior e passá-los para o novo.

Além de algumas músicas que só faziam com que eu ficasse ainda mais mal, ultimamente eu vivia assistindo as filmagens das câmeras de segurança da minha sala (que apenas eu tinha acesso), via sempre as partes em que eu estava com Regina. Dos nossos momentos mais íntimos e até românticos eu diria, das diversas vezes que nos amamos naquela mesa e no sofá. Mas aquilo só me fazia sofrer ainda mais.

~

Mais uma semana e nada da Regina acordar. Já estava perto de completar um mês e o meu desespero só aumentava.

Eu já havia perdido as contas de quantas vezes fui ao quarto que Regina estava hoje, e eu já estava indo novamente.

Assim que entrei, vi Ruby sentada ao lado dela na cama, estava contando os acontecimentos do dia. Ela sempre fazia isso, parecia realmente acreditar que a Regi escutava, assim como eu sempre acreditei, por mais que todas as comprovações médicas provassem o contrário.

– Sra. Swan. – disse se levantando de onde estava e vindo até mim. – Eu sei que você a ama, mas eu preciso saber se você realmente a traiu. – questionou sem parecer intimidada.

– Não, Srta. Lucas. Eu não a traí! – falei confiante. – Tenho certeza de que a Ariel deu um jeito de colocar alguma substância na minha bebida para que eu adormecesse, eu só preciso dar um jeito de provar 'pra Regina que foi isso que aconteceu. – concluí.

– Algo me diz que você 'ta falando a verdade, então vou confiar. – sorriu. – Conte comigo 'pra o quê precisar. – disse e saiu do quarto.

Verifiquei todos os aparelho e só então me sentei na poltrona ao lado da minha morena, segurando sua mão. Ela estava um pouco pálida e fria pela pouca oxigenação, me cortava o coração vê-la assim.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, uma enfermeira entrou no quarto.

– Sra. Swan. – cumprimentou-me.

– Algum problema? – perguntei.

– Não... Quer dizer... Talvez.– disse se perdendo nas palavras.

– Fale logo de uma vez. – falei já sem muita paciência.

– É que faltam apenas dois dias para completar um mês que a paciente está em coma, e como a senhora bem sabe, um mês é o prazo para sugerirmos aos familiares o desligamento dos aparelhos. – disse tudo rapidamente.

– Não vamos desligar. – falei, segurando mais forte a mão de Regina.

– Mas, senhora...

– Eu mando na droga desse hospital, e eu 'to dizendo que não vamos desligar os aparelhos! Fui bem clara? – a encarei, desafiando-a com o olhar.

– S-sim, Sra. Swan. – respondeu, saindo rapidamente do quarto.

A verdade é que eu já tinha alertado ao pais de Regina que em algum momento isso poderia acontecer, e eles confiaram a vida da filha a mim, disseram que só autorizariam desligarem os aparelhos quando eu confirmasse que não teria mais esperanças em Regina acordar.

Eu nunca deixaria que isso acontecesse, nunca permitiria que desligassem os aparelhos. Poderia passar meses ou até anos, em algum momento Regina iria acordar, eu sentia isso.

Mas infelizmente poderia acontecer de o Senhor e a Senhora Mills mudarem de ideia e autorizarem, então minha morena tinha que acordar, e rápido!

– Meu amor. – segurei sua mão junto ao meu peito. – Você precisa acordar. Precisa voltar 'pra mim, Regi! – era impossível não chorar em um momento como aquele. – Eu não posso controlar essa situação por muito tempo. Eu sei que você sempre acreditou que eu era forte, mas eu não consigo ser agora, Regi. – beijei sua mão. – Okay, eu sei que você precisa de tempo, mas tempo é o que nós menos temos agora. – deixei que as lágrimas caíssem. – Por favor, volta 'pra mim... – naquele momento, senti Regina apertar minha mão levemente.

O susto foi inevitável. Ela não havia acordado, mas aquilo foi como um sinal para mim. Sorri entre as lágrimas e beijei sua mão novamente.

– Eu vou fazer de tudo 'pra te manter viva, meu amor. Eu prometo!

 

                     ~~~~AODP~~~~

 

Mais dias se passaram. O prazo já havia acabado e eu estava fazendo o que podia para continuar com os aparelhos que mantiam Regina viva ligados.

Regina continuou mostrando alguns reflexos como apertar minha mão algumas vezes ou mexer o braço ou a perna. Eram só reflexos, mas era o que me deixava esperançosa.

Eu monitorava minha morena da forma como eu podia. Quando não estava com ela no quarto, a vigiava pelas câmeras de segurança.............. Meu Deus! É claro! As câmeras!!! Como eu não pensei nisso antes?

Com certeza as câmeras de segurança do Pub que eu fui com a Lily haviam registrado alguma coisa de quando eu apaguei misteriosamente lá naquela tarde.

Coloquei meu notebook na maleta e saí às pressas do hospital.

~

Quando cheguei ao Pub, fui direto falar com o gerente, que de forma muito gentil ($$$) concedeu as imagens das câmeras de segurança do estabelecimento.

Após passar todas as imagens para o meu notebook, fui para uma das mesas e procurei incansavelmente pelas filmagens do dia em que eu estivesse alí.

A conversa com Lily;

Lily indo embora;

Eu pedindo um whisky;

O momento em que troquei mensagens co Regina;

Depois bebendo o whisky e finalmente, quando passei mal e apaguei alí mesmo.

Os momentos seguintes me fez sentir um ódio fora do normal: Vi Ariel entrando no Pub, falou algo com a tal garçonete ruiva e depois foram até onde eu estava, desacordada.

Elas me levantaram, uma de cada lado e me apoiaram colocando meus braços ao redor do pescoço de ambas. Logo depois levaram-me até a escada que levava aos quartos no primeiro andar do estabelecimento e subiram comigo.

Tive que mudar para as filmagens do primeiro andar. Onde pude ver nitidamente as duas mulheres entrando em um dos quartos comigo desacordada. Depois a garçonete ruiva saiu do quarto, e ficou vigiando do outro lado da porta.

Passaram-se uns trinta minutos até que a garçonete (que a essa altura do campeonato já estava bem óbvio que de garçonete não tinha nada) entrou novamente no quarto e depois saiu junto com a Ariel e eu ainda desacordada da mesma forma que haviam levado.

Quando voltei para a filmagem da parte inferior do estabelecimento, onde ficava o Pub, às vi me colocando de volta onde eu estava antes e indo embora.

Desgraçada!!! A Ariel ia me pagar muito caro por aquilo!

Pelo menos agora eu tinha as provas necessárias para mostrar a Regina que eu não estava mentindo para ela.

Depois de editar tudo em meu notebook, colocando apenas as partes importantes das imagens no vídeo, passei tudo para o meu celular.

Assim que eu ia desligar o notebook, senti meu celular tocar no bolso da minha calça.

Peguei-o e vi que era uma chamada da Srta. Lucas, então logo atendi.

– Emma! – parecida um pouco afobada. – A Regina acordou!!!

 

POV. Regina Mills.

 

Quando acordei, me senti tonta no mesmo momento. Tentei me mover mas todo meu corpo estava dolorido. Demorei um pouco para reconhecer que eu estava em um quarto de hospital, para ser mais exata, o Empire Swan's Hospital.

Aos poucos fui lembrando do que havia acontecido. O Club com o Robin, a Emma aparecendo, o acidente e, bem... Minha bela declaração de despedida, mas pelo jeito não foi despedida nenhuma. Eu estava viva, pelo menos isso.

Olhei para o lado e vi Ruby sentada em uma poltrona enquanto dormia em uma posição que, com toda certeza, não estava nada confortável.

– Ei, Ruby! – chamei-a. Minha amiga saltou da cadeira assustada no mesmo momento.

– Gina? – passou alguns segundos olhando para mim surpresa. – Gina!!! Você acordou! Meu Deus! – veio apressada até mim, segurando minha mãos e a balançando. Aquele movimento imprevisto acabou me causando dor.

– Ai, ai! Calma, Rubs! – reclamei.

– Desculpa.. – disse  contida mas sem deixar de demonstrar alegria. – Eu preciso ligar 'pra Emma. – eu ia protestar mas ela já estava ligando.

~

Ruby estava me contando várias coisas, que eu passei mais de um mês em coma (o que me assustou), sobre Emma ter feito minha cirurgia, e devo confessar que meu coração bateu mais forte por saber que ela tinha salvado minha vida, e que também não tinha deixado desligarem os aparelhos, que sempre ficou cuidando de mim, que passava horas e horas aqui comigo enquanto eu não acordava.

Tudo aquilo me emocionou, mas eu ainda não havia esquecido do fato que ela tinha me traído, e isso eu não perdoaria.

Os enfermeiros iam desconectando os aparelhos de mim enquanto eu ia conversando com a minha amiga. Agradeci a Deus por não estar com uma cânula enfiada na minha garganta. Seria terrível acordar com isso.

– 'Ta, mas... Se eu passei mais de um mês deitada nessa cama, como que eu tomei banho? – perguntei quando finalmente os enfermeiros sairam. Higiene era algo extremamente importante para mim.

– Sério que depois de você ter passado esse tempo todo em  coma você vai se preocupar com banho? – disse sem acreditar. Arqueei a sobrancelha mostrando que eu realmente queria saber. – A Emma. Ela fez questão de cuidar de de você em todos os sentidos. – falou. Claro, o banho no leito, como eu tinha esquecido isso? Tentei sentir o cheiro do meu corpo só por garantia e percebi que eu realmente estava limpa. Acabei fazendo minha amiga rir com minha tentativa de sentir meu próprio cheiro. Meus cabelos também estavam penteados e meus dentes escovados. Eu conseguia até sentir o gosto do creme dental ainda na minha boca.

– Como ela conseguiu tempo 'pra cuidar assim de mim? – perguntei.

– Na verdade ela não tinha tempo, mas trocou boa parte do trabalho 'pra ficar com você. – disse, e assim que ela terminou de falar, a porta do quarto se abriu rapidamente.

Era Emma. Uma emoção intensa me invadiu. Ela me olhou e sorriu de forma linda, seus olhos estavam marejados, e eu via o quão feliz ela estava em me ver acordada.

– Eu vou deixar vocês à sós. – falou Ruby se levantando e indo em direção a porta. Antes dela sair, Swan perguntou algo a ela, que acabei não escutando. – Fique tranquila, eu nao falei. Isso é você que tem que dizer a ela. – minha amiga disse e saiu. Fiquei sem entender mas resolvi deixar para lá.

Emma veio até mim, sentando-se na poltrona ao meu lado e segurou minha mão. Não sei por que, mas tive a impressão de que ela já havia feito isso mais vezes. Era como uma lembrança.

– Emma, eu... – tentei falar mas ela me interrompeu.

– Antes de qualquer coisa, eu preciso que você veja isso. – pegou seu celular, desbloqueou, mexeu rapidamente e me entregou o aparelho.

Era um vídeo, e assim que ele começou a rodar, meu espanto já foi de cara. Uma ruiva, que eu conhecia muito bem, me causou todo esse espanto. Era a Zelena! Minha própria irmã! Junto com aquela asquerosa da Ariel.

Tentei não demonstrar minha surpresa a Emma, depois eu resolveria isso com minha irmã. Por mais que eu tenha entendido agora que a tal amiga na qual Zelena veio junto era, por coincidência do destino, a Ariel.

O vídeo continuou rolando e estava bem claro o que tinha acontecido alí. Então Emma realmente não tinha mentido, ela era, na verdade, a vítima dessa história. Foi tudo armação daquela mulher.

Quando o vídeo  encerrou, eu não sabia com que cara olhar para Swan naquele momento. Eu não confiei nela, e isso deve ter a magoado muito.

– Você deve está me odiando agora. – falei de cabeça baixa.

– Eu poderia está te odiando. Poderia está completamente chateada com você por não ter acreditado em mim. – à medida que ela ia falando, mais eu me arrependia de não ter confiado nela. – Mas eu não estou. – voltei a fitá-la ao ouvir aquilo. Ela aproximou mais a poltrona da cama, ficando bem perto de mim e levou a mão esquerda ao meu rosto, acariciando-o levemente. Fechei os olhos ao sentir seu toque. – 'Pra falar a verdade, Regi, o que eu mais quero agora é te beijar. – disse, fazendo-me sentir uma sensação única, que nem eu mesma conseguia explicar.

– Ninguém 'ta te impedindo. – assim que falei, seus lábios encontraram os meus.

O beijo era quente, apaixonado e cheio de saudade. Não dava para explicar o quanto eu tinha sentido falta do beijo de Emma.

– Posso? – apontou para o espaço ao meu lado na cama quando cessamos o beijo. Assenti e me afastei um pouco para o lado para que ela pudesse se deitar alí, e assim ela fez. Ficamos viradas uma para a outra. Eu sentia um pouco de incomodo por conta da posição, mas não me importava. – Você voltou 'pra mim. – disse com o mais lindo dos sorrisos enquanto acariciava meu rosto.

– Sempre. – falei. Então voltamos a nos beijar.

Um beijo cheio de desejo e intenso. Tão intenso que cessamos antes do ar se fazer necessário.

– Acho melhor a gente parar por aqui. – disse ofegante. Neguei com a cabeça. Eu havia sentido muita falta de Emma, e não queria parar naquele momento.

– Por favor... – pedi manhosa, colando mais nossos corpos como eu podia.

Emma levou sua mão a minha nuca, acariciando levemente. Aproximou seu rosto do meu novamente, acariciando meus lábios com os seus de forma lenta, logo depois aprofundando o beijo.

Cobri seu corpo com o meu lençol só por garantia, abri os botões do seu terninho e ergui um pouco sua camisa social, tocando seu abdômem por baixo da mesma, eu havia sentindo falta de sentir sua pele em minhas mãos.

– Regi, espera. – falou ao quebrar o beijo. – Se a gente não parar agora eu não vou conseguir ficar só nos beijos.

Antes que eu pudesse protestar, a porta do quanto se abriu, nos assustando. Ao olhar quem era, o espanto foi ainda maior, principalmente por parte de Emma.

– Zelena!