Fanfic: A Ordem do Prazer | Tema: Once upon a time

POV. Regina Mills

 

Quando eu vi Emma alí, parada na recepção do hospital, foi como se todos os sentimentos existentes no mundo me invadissem de uma só vez. Mas o que mais doeu foi ver a decepção em seus olhos cheios de lágrimas, foi ver que ela ainda me amava da mesma forma que antes, e o quanto isso a afetava. 

Soltei a mão de Daniel e, sem pensar duas vezes, corri na direção de Swan, mas algo me impediu: Lily. Segurando forte em meu braço direito. Suas palavras foram duras, e percebi alí também o quanto Lily protegia Emma, o quanto Lily se importava com ela.

Emma foi em direção a saída do hospital e o desespero bateu em mim naquele momento. Como negar o quanto eu a amava? 

– Por favor... – supliquei a Lily, eu queria falar com Emma, mas não sabia o quê. 

– Você vai deixar ela se explicar? – perguntou. Fiquei de cabeça baixa. Algo dentro de mim me impedia de querer ouvir Emma, era mais forte que eu. – Foi o que eu pensei. – soltou meu braço. – Seu orgulho destrói tudo, e destruiu o pouco de felicidade que a Emma ainda tinha. – concluiu, se afastando de mim e saindo do hospital.

Orgulho. Era isso que me impedia de ouvir o que a mulher que eu tanto amo tinha para me dizer, mas como destruí-lo? 

– Regina! – ouvi a voz de Daniel atrás de mim. Me virei, vendo-o alí parado, meu impulso foi imediatamente abraça-lo, sem conseguir controlar o choro. – É ela, não é? Emma Swan, a mulher que você ama... – a dor na sua voz era palpável.

– Me desculpa. Você não deveria ver isso, não deveria passar por isso. Me desculpa. – eu me odiava por fazer Daniel passar por aquilo, ele não merecia. Era um homem bom, que cometeu o erro de se apaixonar por mim. 

– Vem cá. – Daniel se afastou um pouco de mim, pegou um lenço em seu bolso e começou a enxugar as lágrimas em meu rosto. – Chega de chorar. Anda, cabeça erguida, imponente. – segurou meu maxilar com a mão direita, erguendo meu rosto. – Você é Regina Mills, filha e herdeira de um dos maiores empresários desse país, a melhor interna desse hospital e, com certeza, será a melhor cirurgiã que qualquer hospital poderá ter. – conforme Daniel falava, eu me sentia um pouco melhor. – Lembre-se disso, sempre!

– Obrigada. – agradeci já não mais chorando. 

 

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POV. Lily Swan.

 

 

– Emma, espera! – falei indo atrás dela. 

– Vamos embora, eu não tenho mais nada 'pra fazer aqui. – falou dando sinal para um táxi que passava por alí, e logo depois entrando no mesmo.

~

Já estávamos no jatinho, prestes a chegar em Vancouver. Emma não dava uma palavra, ficou calada a viagem inteira e isso não era nada bom. 

Quando chegamos em casa, Emma foi direto para o seu quarto e não saiu de lá. Tentei falar com ela, bati na porta várias vezes mas ela não abria e nem respondia. Isso me deixou muito preocupada, mas eu não tinha mais o que fazer. 

 

 

                                             ~~~~AODP~~~

 

 

5 meses depois.

 

POV. Emma Swan.

 

 

Eu não conseguia esquecer a cena que vi em Boston um dia sequer. Mas não ia mais deixar aquilo atrapalhar a minha vida como havia deixado durante quase dois anos. Por isso voltei a trabalhar normalmente; entrei na academia, era uma forma de espairecer;  foquei em meu plano que acabei deixando um pouco de lado depois que conheci Regina, por isso as coisas estavam andando devagar. 

Parei de tentar ligar 'pra Regina, ela tinha seguido em frente, eu tinha apenas que conviver com a minha dor. 

Mudando um pouco de assunto, hoje eu iria entrevistar uma das candidata a secretária, pois a Srta. Lucas estava com muito trabalho acumulado, então eu deixaria ela apenas como minha assistente pessoal, já que ela é de minha confiança, e iria contratar uma secretária.

 Às duas horas da tarde em ponto saí da minha sala e a candidata já estava me esperando no hall. Era uma mulher muito bonita: cabelo preto e longo, olhos castanhos e traços orientais. 

– Srta. Mulan Sakure. – estendi minha mão, cumprimentando-a.

– Sra. Swan. – me cumprimentou um pouco contida. 

– Sente-se. – apontei para uma das poltronas, ela se sentou na mesma e eu me sentei na poltrona à sua frente.

Comecei a entrevista de emprego e percebi que a Srta. Sakure era muito apta ao cargo, tinha um ótimo currículo e era muito educada. No final, deixei para que a Srta. Lucas ficasse de ligar para a candidata para informar o resultado, mas eu já estava certa de que escolheria a Sakure para o cargo.

 

 

                                              ~~~~AODP~~~~

 

 

– Você precisa sair com alguém. – Lily disse enquanto jogávamos cartas em seu quarto, sobre a cama. Era por volta das dez da manhã.

– Sabe que não tenho vontade, eu to bem assim. – falei.

– Não 'ta, Emma. Você precisa se relacionar com alguém, chame uma garota 'pra sair. A sua nova secretária, por exemplo. – sugeriu. – Ou você perdeu o jeito da coisa? – ironizou, sorrindo.

– Nunca! – ri. – Mas eu não sei se isso é uma boa ideia, Lily.

– Só tenta e vê no que dá. – deu de ombros.

~

Quando o meu expediente estava acabando no hospital, liberei a Srta. Lucas e, assim que ela saiu, fui ao hall para falar com minha secretária, encostando-me no balcão. Sua postura mudou quando me viu alí. 

– Srta. Sakure, você tem algum compromisso 'pra depois do expediente? – perguntei.

– N-não, Sra. Swan. Porque? – ela estava visivelmente nervosa em minha presença. Eu havia esquecido que causava esse efeito nas pessoas. Ela apertava as próprias mãos, e seu rosto estava corado. 

– Gostaria de ir jantar comigo? Conheço um ótimo restaurante aqui perto. – sugeri.

– É sério? – disse empolgada, mas logo se tocou de sua empolgação e se conteve, fazendo-me rir. – Quer dizer, a senhora tem certeza? 

– É claro. Então, a senhorita aceita? 

– Sim, sim. É... eu só tenho que terminar de organizar a agenda da semana aqui. – ela tentava controlar sua empolgação, mas, mesmo assim, ficava visível. 

– Certo, termine tudo aí que eu irei lhe esperar em meu carro na garagem. – avisei.

– Okay. – respondeu.

Então eu me dirigi ao elevador.

Assim que cheguei em meu carro, me encostei no mesmo e fiquei esperando. Poucos minutos depois a Srta. Sakure chegou, entramos no carro e eu dei a partida. 

Ela estava inquieta ao meu lado, mas resolvi não encará-la durante o percurso.

Quando chegamos no restaurante, estacionei meu carro, entramos no estabelecimento e nos acomodamos em uma das mesas mais reservadas para evitar eventuais transtornos. Isso foi um detalhe que passou despercebido por Mulan, mas que, para mim, era importante.

Fizemos nossos pedidos e engatamos em uma conversa amigável. Fiz questão de perguntar se a moça era solteira, só por garantia, e discutimos seus gostos, interesses e etc. Evitei que o assunto passasse a abranger a mim.

Estava muito óbvio que ela estava tendo certo interesse em mim, por isso comecei a levar o assunto para o rumo em que eu queria. Fazendo perguntas mais intimas, vendo suas reações que, por sorte, eram todas positivas. 

– Então, Mulan. – resolvi chama-la pelo nome, e ela sorriu. Bom sinal. – Por que não me convida 'pra o seu apartamento? Tenho certeza que você concorda que ficaríamos mais à vontade lá. – fui direta.

– C-como sabe que eu moro em apartamento? – a surpresa em seu olhar era divertido para mim.

– A senhorita trabalha 'pra mim, detenho de muita informação sobre sua vida. – expliquei o óbvio.

– Ah, claro. Mas... a senhora é casada, não seria adequado levá-la 'pra o meu apartamento. – eu já esperava por essa reação, por isso não fiquei surpresa. 

– Srta. Sakure. – levei minha mão a sua do outro lado da mesa, sua mão estava gelada. – Você está realmente está preocupada com o que é adequado? – arqueei a sobrancelha. Ela ficou calada, e aquilo já foi o suficiente para mim. – Então, vamos? – chamei-a. Ela apenas assentiu. 

Paguei a conta e nos dirigimos para o meu carro. Mulan me mostrou o caminho para o seu apartamento, e não era muito longe do hospital. 

Quando chegamos, estacionei o carro em frente ao prédio. Ela morava no décimo segundo andar, e assim que entramos, vi que o apartamento era muito bonito e confortável. 

– A senhora quer beber alguma coisa? – dessa vez ela que evitava me olhar nos olhos.

Segurei-a pelo braço e a puxei para junto de mim, não tinha motivos para enrolar naquele momento. 

– Com certeza não é isso que eu quero. – a olhei nos olhos.

– Sra. Swan... Eu...

– Shh.. – coloquei meu dedo indicador sobre seus lábios, a impedindo de falar. – Você também quer isso, então não tem por quê relutar. 

Ela não precisou falar nada, seus olhos confirmaram o que eu já sabia. Então rapidamente a beijei.