Fanfics Brasil - A conversa que nunca deveria ter continuado O peixe que nunca amou o aquário

Fanfic: O peixe que nunca amou o aquário | Tema: Original, Yaoi, Romance, Drama, Bissexualidade


Capítulo: A conversa que nunca deveria ter continuado

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— Bom dia — Bom dia? Acho que era o melhor que eu poderia pensar... No fundo, eu não sabia exatamente o que deveríamos conversar. — Tudo bem contigo?


O jeito é esperar um pouco ele responder. Não que eu ficasse ansioso com cada resposta, mas às vezes eu sentia que ele poderia me responder um pouco mais rápido. Ou talvez seja só o que eu quero que aconteça. Enfim. Ele já deixou claro as intenções dele, o que eu tenho que fazer é me conformar. Praticamente estou conformado.


— bom dia, to levando e vc? — Talvez nem tão conformado assim. — acordou cedo, achei que tava aproveitando a greve.


— Queria. Mas por causa do movimento estudantil e do estágio, tecnicamente não tenho como aproveitar. É quase como ter aula, só que sem a parte de aula — Bem, praticamente era isso. O bom é que a rotina de estágio e reuniões não é tão cansativa quanto de assistir aulas teóricas. — Ah, sim. Está levando? Aconteceu alguma coisa?


Eu sabia o que provavelmente poderia ter acontecido. Ou quem, para ser mais específico. O ex dele.


— ah cara. ainda coisas do leo, fico um pouco confuso e chateado ao mesmo tempo com ele. queria te contar melhor essa história um dia.


— Claro, fique à vontade — Mas é. Já que não pode rolar nada entre a gente, que pelo menos eu consiga conversar efetivamente com ele.


— cara, eu queria pedir desculpas de novo — Deve ser sobre aquela situação um pouco chata sobre a qual ele me falou, mas eu estava tranquilo quanto a isso, pelo menos ele foi sincero. — nesses últimos tempos não é nem que eu tenha feito coisas que eu me arrependa, mas não faria de novo. eu precisava dessas experiências... até achava que algumas iam me fazer parar de pensar um pouco no leo. fico feliz de vc não ficar me julgando por isso.


Irônico como nossos nomes eram semelhantes, mas não tínhamos nada a ver um com o outro. Principalmente em questão de oportunidades. Eu e o ex.


— Olha, sobre seu ex, acho que você poderia tentar conversar com ele, decifrar ele, quem sabe... — Eu não sei exatamente o que fazer, até porque ele não me contou a história toda. O que eu sei, é que ele parece que errou em algum momento, sem intenção, e a partir daí, as coisas começaram a desandar.


— o leo não é alguém de perdoar as coisa fácil, vc não conhece ele.


— Mas o que você fez de tão ruim assim? — Na verdade, não quero saber. Acima disso, não preciso saber. É algo entre ele e o ex dele. — Na verdade, deixa pra lá, enfim, acho que você precisa então tentar achar um jeito de reconectar com ele se é o que você quer, Pedro.


— ultimamente não sei o que eu quero — Passou alguns minutos desde a última mensagem dele — vc ficou quieto.


— Eu nem tinha percebi que não mandei nada como resposta, foi mal — Mas o que eu deveria responder? — Olha pelo lado positivo, você não quer mais ficar nessa parte de curtição mais...


— sim, eu vi que por mais que durante uma noite ou durante o ato isso me deixasse feliz, sei lá, um tempo depois eu me sentia vazio.


— Entendi... Acho que isso é complicado, mas concordo em seguir o que a vontade pede, ainda mais estando solteiro. Ficar se reprimindo pode até ser pior.


— é cara, eu fui atrás do que eu queria... fiz sexo com um cara com pegada que eu tava afim de experimentar, beijei alguns amigos, peguei um carinha meio sem experiência daqui da cidade. eu aproveitei bem esse momento, mas não quero mais isso.


— Ah, sim. Toda a experiência é bem-vinda... — Mesmo que no fundo, eu estivesse um pouco triste. Porque ele não parecia ser esse tipo de pessoa, mas a vida é dele, quem sou eu pra julgar. — Vou saindo, um amigo meu quer conversar comigo.


Eu fiquei curioso sobre várias coisas? Fiquei. Mas eu acho que eu não tenho que me envolver com isso, não devo, sendo mais sincero. Se eu quiser ajudá-lo, eu preciso manter uma certa distância. Mesmo que isso exija deixar passar certas coisas. Quanto mais descubro dele, mas eu vou me ver próximo, envolvido. E pior vai ser para mim no final de tudo isso. Como geralmente é: eu saindo na pior no final. Estamos conversando simplesmente porque ele tem uma demanda eu me sinto confortável a tentar atender. Talvez, na verdade, seja o único motivo de ele conversar comigo.


Eu gostaria de pesquisar o perfil dele, para saber um pouco de quem ele é. Do que ele gosta. De várias coisas. Mas sei lá, prefiro descobrir ele por ele mesmo.


— Oi! — Nossa. A quanto tempo eu não converso com o Pablo. Até uma ironia ele ter aparecido de novo bem na época em que eu conheço um Pablo daqui da cidade.


— Eai, como está? — Ele mora numa cidade vizinha, pequena. Provavelmente, não deve estar muito bem. No mínimo com tédio.


— Mal kkk — Por esse eu não esperava. — Será que você poderia me ajudar?


— O que é? — Vai entender ele, já até gostei dele, mas ele é um pouco superficial, frívolo, se interessa muito pelo que a pessoa pode oferecer, não pelo que a pessoa pode desenvolver.


— Lembra que eu tinha comentado sobre ter ficado com um cara? — Acho que o minha visualizada, mesmo com o meu silencia, já foi um indicativo positivo. — Eu acho que estou apaixonado.


— Sério, Pablo? Que legal — Claro, porque eu me importo muito. — Mas no que você precisa da minha ajuda? Já que já ficaram, não tem nem o porquê de eu intervir em te ajudar a chegar.


— Não kkkkkk. É que ele comentou que não tá afim de nada sério, entende?


— Ah, se ele comentou, às vezes é melhor deixar quieto — Pelo menos, acredito que seja assim o correto. Mesmo que talvez... — A não ser que você esteja realmente interessado e preparado pra quebrar a cara se investir. Porque tem umas pessoas que falam que não querem nada sério, mas acabam se envolvendo.


— Entendi, mas como eu faria isso? Kkkkkk Porque eu acho que ele gostou também, mas ele demora um pouco pra responder, me incomoda.


— Cara, vai tentando. Claro, respeitando os limites da pessoa, mas se você acha que teve abertura, não fica pensando demais não, tenta pesquisar um pouco sobre a pessoa, ir criando vínculo — Né? Algo tão simples, mas que pode impactar muito.


— Como ele é daqui da cidade, é mais fácil, até porque ele conhece um amigo meu kkkkk. Vou tentar ver então o que eu faço, mas obrigado pelo ponto de vista.


— Tranquilo, precisando, é só falar. Juízo ai na hora de stalkear e tenta não fazer nada forçado. Gente assim geralmente gosta de coisas mais leves, sutis.


Acho engraçado como o Pablo não costuma conversar comigo e quando conversa é para pedir algum tipo de ajuda. Diz ele que por ser de cidade do interior, não tem muita experiência com chegar nas pessoas, manter conversas. Mas já fiz pessoas na mesma situação que se saem até muito bem.


Enfim, acho que vou ficar um pouco pelo facebook, porque eu preciso espairecer a mente.


Nem acredito que em pleno dia de semana tenha alguma atualização do João V., meu senhor carioquinha de Niterói. O mais estranho nessa publicação é justamente o nome Pedro Lambari. Poderiam existir muitos com esse nome, mas algo me dizia que era o mesmo Pedro que eu comecei a conversar. Mas era praticamente impossível. Como o João V. teria conhecido ele? Converso com ele faz anos já, somos até bem íntimos, mesmo que nunca tenhamos nos visto pessoalmente. Se ele tivesse vindo até perto aqui da cidade, ele teria me falado. Mesmo que talvez o Pedro tivesse ido até lá. Enfim. Vou clicar porque pode nem ser o Pedro.


Alguns instantes depois, não era ninguém mais, ninguém menos que o Pedro. Por mais que eu não quisesse stalkear, estar ali, no perfil dele, era uma tentação forte demais. Mesmo que algo especificamente tenha me chamado a atenção. O Pedro tinha o Pablo adicionado. E como se não bastasse. Os dois eram da mesma cidade perto da minha. Eu posso até ser um pouco lerdo, mas depois de uns segundos minha cabeça começou a funcionar. Se os dois se conhecem, os dois são da mesma cidade, o Pablo veio me contar de um cara que não queria nada sério e eles tinham ficado por volta do período em que o Pedro estava na curtição, isso só poderia significar uma coisa: o Pedro ficou com o Pablo. Sendo assim, eu não poderia ter dado pior conselho do que o Pablo insistir, ainda mais a julgar pelo que o Pedro quer, que é possivelmente voltar com o ex. Mas o Pedro deveria saber que o Pablo se apega muito fácil, mesmo que ele tenha os defeitos dele. Não acredito que o Pedro possa ter agido de uma forma tão impensada, ainda mais com alguém tão inexperiente quanto o Pablo, só porque queria prazer e experimentar. Mesmo que em partes, no fundo, eu estivesse com um certo ciúmes do que o Pablo teve e eu nunca teria. O bom é que esse ciúmes foi momentâneo, já que minha ficha caiu: mesmo que tenha sido momentâneo, o Pedro tomou atitudes que não me agradam, eu não poderia estar afim de alguém assim.


E cheguei a uma conclusão: por respeito ao Pedro não irei me meter mais no que o Pablo fizer. E por respeito a mim, não quero mais saber de me envolver em ajudar o Pablo, o que quer que eu tenha sentido por ele passou e ele nunca me procurou por um motivo sincero. Acho que chega um ponto em que se deve avançar e não olhar para trás. Mesmo que essa história do Pablo ainda não tenha terminado entre eu e o Pedro.



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Autor(a): leozevedo

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Alguns dias se passaram desde que eu descobri sobre o Pedro ter ficado com o Pablo. Por mais que eu não tenha nada a ver com essa história, bate, não sei, uma certa inveja. Pelo menos ele conseguiu beijar o Pedro. Enfim, eu não tenho que ficar pensando a respeito disso. Sem falar que ele disse que foi algo muito sem sentido. Que ele fez pensando a ...


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