Fanfic: __Duplamente Uckermann__ | Tema: Gêmeos; Vondy; e Hot.

Cap. 27__No hospital.

   Toda história tem um porque, mas ninguém entende os porquês dos acidentes. Simplesmente interrompem algo. Interrompem caminhos, vidas. Ao ouvir o nome de seu primo Thomas Uckermann, Christopher pegou o celular e ligou para Diego. Lágrimas escorriam do seu rosto a cada toque...e contrariando o mantra que ele falava desejando que o irmão atendesse, a ligação caiu na caixa postal. Chris se entregou ao choro, não precisava que ninguém contasse pra ele algo, sabia pela dor que demonstrava que seu irmão estava junto e poderia ser mais uma vítima do engavetamento. Peguei seu celular e liguei para seu avô, pensando que a mãe e avó poderiam não estar bem com todo aquilo. Sr. Ulisses atendeu no primeiro toque. 

- Alô...

- Sr. Ulisses, é a Dulce. Esta tudo bem com vocês? – Achei minha pergunta meio boba já que sabia que não estava bem, porém não sabia até que ponto o avô estava ciente.

- Não Dulce. Hoje estou sem meu coração. Deus levou meu Thomas e não temos notícias de Diego. Estavam juntos. – Levei minha mão à boca. Eles estavam juntos. Um aperto horrível no estomago informou que aquilo me afetava também. Christopher envolveu meu corpo.

- Como sem notícias? Ele esta lá ainda?

- Foi levado para o hospital mais próximo Dulce querida. Mas ninguém liga para nos informar. Eu estou com Mara na casa de Alberto nosso filho, ela esta péssima.

- Imagino Sr. Ulisses. Vou desligar para desocupar sua linha caso alguém tente ligar, mas nos deixe informados. Por favor.

- Claro querida. Cuide de Christopher por nós.

[...]

   Christopher posou em casa aquela noite, mamãe não o deixou sair no estado que se encontrava. Pelo que Victor, seu pai, contou numa ligaram no começo da madrugada: Diego, Thomas e outras três estavam indo para uma boate nova e um carro perdeu o controle, batendo em vários. Thomas, a namorada Laura e a amiga Kenya morreram na hora. Outro amigo de nome Dylan e Diego foram levados para a emergência.  

   Tenho certeza que Ucker passou a noite em claro, todas as vezes que acordei ele estava chorando ou mandando mensagem para algum amigo de Diego. Quando acordei estava sozinha na cama. Christopher deixou apenas um bilhete junto ao meu celular na cômoda.

“ Dul,

Não consigo ficar aqui sabendo que minha família esta passando por tudo isso. Preciso estar com eles, quem sabe posso ajudar. Desculpa ter decidido sair assim, no meio da noite.

Te amo minha deusa.

Christopher.”

[...]

   Realmente Christopher fez toda diferença no litoral, Diego teve uma hemorragia grave e recebeu sangue do irmão. Porém mesmo depois da cirurgia para encontrar o foco da hemorragia, Diego não voltava. Chris atualizava-me em ligações diárias. O tal Dylan recebeu alta um dia depois do engavetamento, e segundo ele, Thomas não teve nem como reagir na situação. Definitivamente foi uma fatalidade da vida. A família Uckermann ficaria no litoral até depois da missa de sétimo dia de Thomas, depois iriam tentar transferir Diego para Santa Helena.

   Durante todo esse tempo recebi visitas de amigos de Diego, todos queriam um pouco de informação, mas em partes não tinha intimidade com Christopher para ligar ou não gostavam dele, aproveitavam minha proximidade no caso. Alfonso era o mais insistente, sabia que o amigo estava estável mesmo que desacordado, ligava todos os dias e ainda vinha com minha amiga Anahí na intenção de escutar Chris falando comigo nas ligações da noite. Afinal a presença de Alfonso e Anahí me deixa mais calma. Passei com eles o natal em minha casa, não tinha cabeça pra sair.

   Na segunda-feira depois o natal Christopher avisou que Diego já estava instalado no hospital Santa Casa de Misericórdia de Santa Helena, e que poderia receber algumas visitas. Liguei para Anahí e quinze minutos mais tarde veio me buscar com Alfonso, Maite e Christian.

   A pedido do médico responsável pelo caso, Diego não poderia receber mais do que três pessoa por vez, e como Christopher não abandonava o quarto nunca, entramos em duplas. Era impressionante como estavam extremamente parecidos. Por conta da cirurgia, Diego estava pálido e com uns cinco quilos a menos. E Christopher acredito que pelas noites curtas e doações estava pálido igual e mais magro também.

   - Christopher meu lindo... como vocês estão? – Abracei-o forte, estava dias sem vê-lo, sem toca-lo.

- Diego não volta do coma... – olhou triste pro irmão enquanto me envolvia nos seus braços. – Eu tô apenas cansado.

- Já falaram sobre quanto tempo ele pode ficar assim Christopher? – Perguntou Alfonso que segurava a mão do amigo, analisando-o.

- Não. O Dr. Hernandez disse que coma é complicado. Pode voltar hoje ou não voltar nunca...- secou uma lágrima que apareceu em seu rosto com a ideia. - ...mas disse que conversar com ele ajuda a manter fortes as atividades cerebrais, que em muitos casos foi o que ajudou mais...então eu fico conversando com ele...- Soluçou. - ...queria tanto que ele respondesse, nem se fosse pra me mandar parar de falar...

- E como controlam as atividades cerebrais? - Continuou Alfonso.

- Nesse aparelhinho aqui. – Apontou para uma máquina pequena com uma tela digital na cabeceira da cama. – Cada numeração significa uma coisa. Outro dia dei dor de cabeça nele...

- Como??? – Entrei na conversa verdadeiramente interessada.

- Eu tava contando pra ele como foi nossa primeira vez...- Olhei feio pro Ucker que deu uma sorriso fraco se desculpando. – Ué...eu tava sem assunto. Bom, parei quando o médico chegou e verificou o aparelho. Perguntou o que eu estava fazendo antes dele chegar e mostrou que o número tinha mudado. Falei que contava uma história apenas. Dr. Hernandez disse que ele estava reagindo a mim, mas que o número do visor mostrava uma clara dor de cabeça, que provavelmente não deveria estar gostando da história nem um pouco.

- Da pra entender o por que. Se fosse você no lugar dele ouvindo essa história também ficaria com dor de cabeça. – Rosnou Alfonso sem olhar para Chris.

   Com o clima tenso que surgiu depois dessa conversa convenci meu namorado a ir para casa e descansar, tirando ele um pouco do quarto. Christopher não largava seu irmão por nada esses dias todos, nem parecia os gêmeos que tanto brigavam há um tempo. Fiquei no corredor do hospital com Anahí até os demais saírem. Como não tinha mais nenhum parente de Diego resolvi ficar a tarde com ele.

   A primeira hora foi estranha, pensava muito sobre nossa “amizade”, nossas conversas, tudo que poderíamos ter vivido. Lágrimas vieram aos meus olhos, de certa forma gostava dele, do seu jeito moleque, seu jeito de anjo. Lembrei do que Christopher  falou sobre conversar para ajudar nas atividades cerebrais...então sentei num cadeira ao lado da cama e tentei.

- Diego, eu não sei se você esta me ouvindo, mas vim ver você. Er...você sofreu um acidente a duas semanas e esta em coma desde então. Seus amigos então meio que loucos de preocupação. Alfonso é o mais leal a você. Liga todos os dias. Seu irmão Christopher também esta sofrendo, não saiu de perto de você até hoje. Aaaa verdade, ele foi dormir um pouco e já volta. Vê se quando acordar o senhor valoriza um pouco esse seu irmão e acaba logo com essa criancice de não viver juntos, de querer largar tudo toda vez que algo acontecer!!!

-  Puts...- ouvi uma voz rouca e gelei quando constatei que era Diego falando comigo.- ...você é muito brava moça...precisa se acalmar um pouco sabia.

   E como por um milagre, Diego abriu os olhos e olhava com o mesmo olhar angelical que tanto aqueceu meu coração na primeira vez que o vi.  Voei para seus braços e apertei seu corpo contra o meu. Meu coração batia a mil no peito. Ele estava bem, voltava do coma para mim, com o som da minha voz.  Separei nossos corpos lembrando-me da aparelhagem que o cercava. Diego passou as costas da mão em meu rosto, em que a sensação quente me fez fechar os olhos.

- Eu sei aqui dentro de mim que também senti saudades, mas...quem é você moça brava?

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Respondendo ;*

*Eita, será que Diego perdeu a memória?

Niih__Sabe, o texto original não tinha mortes, mas achei que fazia mais sentido desenhar uma tragédia toda do que só falar de um acidente. É um triângulo amoroso, pode acontecer muita coisa. Sente o vento mudar...fica a dica. Bj.

Josy__Continuando. Bj.

Diná__O pior que Diego estava junto com Thomas. Mas ainda bem que sobreviveu. Para atormentar mais a história, sem ele não tem graça. Kkkkkkkk. Bj.