Fanfic: História da minha vida | Tema: Vondy

Capítulo 20

Pov. Autora

 Enquanto isso, no DP, Dulce se mantia concentrada na papelada do caso que estava em suas mãos. Fazia anotações e pensava em hipóteses quando seu celular começou a tocar, e resolveu atendê-lo logo.

- Oi, mãe. - suspirou.

- Oi, filha. Não é nada demais não, só queria saber se pretende vir pra casa hoje. -quiz saber parecendo meio preocupada.

- Nem sei, mãe. - coçou a nuca- Tive que sair no meio do jantar para resolver umas coisas aqui no DP e nem sei que horas vou sair daqui.

- Ah, meu amor, você já sabia do que te esperava quando decidiu seguir essa carreira. - alfinetou como sempre.

- Mãe, já falamos sobre isso. - bufou cansada daquela ladainha.

- Tudo bem, não está mais aqui quem falou. - rendeu-se - Quando sair daí me ligue, querida. - pediu - Você sabe que fico preocupada com você.

- Tá ok. Beijo. Boa noite, mãe. - encerrou a ligação voltando ao trabalho.

   Depois de resolver umas questões pendentes do caso “Poderoso Chefão ”, Dulce decide ir embora. Como estava sem carro, ela precisava andar quatro quarteirões para chegar ao ponto de táxi mais próximo. Já se passava da 00:00 e não se via uma viva alma na Avenida principal, nem mesmo nenhum veículo ou um cachorro perdido. Quando atravessava a rua que dividia um quarteirão do outro, surgiu um motoqueiro todo de preto, com jaqueta e calça de couro e com capacete. A primeira reação dela foi tentar correr devolta para o DP, pois logo hoje não estava armada, porém, o indivíduo foi mais agil que ela e subiu com a moto na calçada a impedindo de seguir em frente. Ela olhava fixamente para a viseira do capacete como se fosse capaz de enxergar os olhos ou qualquer traço da pessoa que a cercava. Dulce engole o seco, tomando coragem para perguntar o que o sujeito queria com ela.

- Pois não? - fez um esforço sobre-humano para não gaguejar- No que posso ajudar? - tentou aparentar que não estava com medo.

  O sujeito balançou a cabeça como resposta e estendeu-lhe a mão coberta por uma luva também preta que segurava um envelope cor de pastel. Dulce mesmo com receio pegou o envelope. O homem acelerou a moto e em seguida partiu sem nem olhar para trás, deixando a ruiva completamente assustada com o ocorrido.

  Dulce desperta de seu transe, abre o pacote e retira algumas imagens. Quando ela vê do que se trata, fica mais aterrorizada que antes. Alguém tinha andado vigiando sua mãe, vó e irmã. Olhando as fotos, acaba encontrando fotografias de Maitê e Anahí, e junto dessas imagens veio um bilhete com letras digitalizadas:

A curiosidade matou o gato, Saviñón.

Eu vejo você…

- Anônimo

  Dul fitava o bilhete como se ele a levasse até seu autor. Ela começou a se preocupar com a segurança de sua família e de suas amigas. Com toda certeza iria dar um jeito de descobrir quem era a pessoa que a estava ameaçando, e tinha uma leve impressão de que o caso que estava sobre sua responsabilidade  era a causa daquela ameaça.

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