Fanfic: História da minha vida | Tema: Vondy

Pov. Dulce

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E mais uma vez, aquela gritaria de sempre, as mesmas acusações e os mesmo impropérios. Eu já não aguento mais isso!! Os últimos meses tem sido infernais. Meus pais brigam como se não houvesse o amanhã, se insultam, enquanto eu, com meus 11 anos e, minha irmã, Marina, com seus 4 aninhos, mesmo que indiretamente, participamos da briga.

 Tudo já não vai bem desde a época que minha mãe, Alma, descobriu que estava esperando a Marina. Meu pai não queria ter mais filhos... Bom, foi o que ele disse. Mas mal sabíamos que estava era aprontando na rua.

 Quando mamãe estava me esperando, a gravidez foi super tranquila, porém, quando estava esperando minha irmã, foi totalmente ao contrário. Minha mãe só vivia passando mal, não podia fazer muito esforço, enfim, a gravidez foi muito conturbada.

Em 23 de novembro de 2005, Marina nasceu, era uma benção de Deus, porém, daí em diante o momento treva começou. Meu pai saia nos finais de semana e só voltava as tantas da noite, isso quando voltava no mesmo dia. Nós três e minha avó, Glória, saíamos e pedíamos que ele viesse nos buscar no tal lugar, porém, na hora H, ele nem o telefone celular atendia, nos deixando nas estradas. Passou-se uma época que ele saia para comprar fraldas para a Marina e como não dava nem sinal de que chegaria tão cedo, mamãe colocava fradas de pano nela.

A cada dia que se passava, as coisas pioravam. Alma começava a ficar doente, com depressão. Chegamos a um certo ponto do fundo do poço, que papai pulava pela janela para entrar em casa. Atracações, insultos, humilhações, etc, eram frequentes. Até que um certo dia, cansada de tudo o que estava passando, mamãe fez as malas dele e ficou o esperando. A verdade era que ele tinha uma amante, a qual molestou Marina e infernizou mamãe a ponto dela perder o controle e agredi - lá, que por consequência acarretou processos judiciais. Quando ele chegou, como já era de costume, brigaram feito loucos, mas lembro-me como se fosse ontem, que eu mesma fiz questão de jogar suas malas escada abaixo. Naquele momento eu me libertei das correntes que me aprisionavam, me libertei da culpa, do sofrimento, da dor, dentre outros sentimentos ruins, para nascer esse sentimento frio e calculista o qual me impede de quebrar-me, de magoar-me e de me magoarem. No meio dessa confusão toda, eu vi a minha mãe morrer em vida e ressuscitar após sua morte. Após o dia em que ele praticamente foi expulso de minha casa, nunca mais nos demos bem, nunca mais ficamos juntos tempo suficiente como pai e filha deveriam ficar.

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