Fanfic: História da minha vida | Tema: Vondy

Pov. Autora

Capítulo 43

 Dulce estava na sala de seu superior mostrando-lhe as fotos que tinha conseguido no dia em que foi até o sítio. Rick ficou encucado ao ver fotos da família de Dulce no meio de uma teia de aranha.

- Senhor, isso não é mais questão de trabalho, virou uma questão pessoal já. - ergueu a cabeça o encarando - Tudo bem que é uma operação de risco, mas é a minha família que está sendo ameaçada. - lembrou-o conturbada - Preciso que me dê permissão para iniciar a operação. - pediu.

- E por que é que está me pedindo o mandato? - ironizou cruzando os braços - Não lembro de ter me consultado antes de ir até o tal sítio SOZINHA. - deu ênfase no sozinha inconformado com a imprudência, porém, admirado com a ousadia da agente.

- Senhor, eu já expliquei… - Rick a interrompeu deixando-a irritada, Dulce começou a tamborilar os dedos da mão esquerda na perna.

- Que Prattes estava com lentes fotográficas e você rastreou para se certificar de que lá era a toca dos lobos. - repetiu o discurso dela e rolou os olhos - Eu já sei disso e tenho certeza que você não pensou no perigo que corria, Saviñón. - espalmou as mãos na mesa quase gritando.

- O senhor está certíssimo! - mexeu-se na cadeira inquieta - Pensa bem, Rick… - o olhou suplicando - Preciso da sua autorização para conseguir o mandato. - entrelaçou os dedos em cima da mesa.

- Dulce, vá sondar o motoqueiro e o garoto, aí, quem sabe mais tarde  penso no que posso fazer por você. - apontou para a porta erguendo a sobrancelha.

- Sim, senhor. - sorriu falsa e retirou-se. Dulce foi até a sala de interrogatório para falar com o motoqueiro.

- Olha só quem apareceu pra me chantagear. - o motoqueiro foi irônico.

- Querido, não esgote o meu resquício de paciência. - massageou as têmporas demonstrando impaciência, respirou fundo e o encarou - Que tal uma delação premiada? - indicou e o homem começou a gargalhar.

- Tem alguma palhaça aqui? - olhou por cada canto da sala e franziu a testa - Olha, vamos ser práticos, você abre o bico e eu te poupo de cinquenta anos de prisão. - ergueu a sobrancelha.

- Dulce, não me amola. - pediu revirando os olhos.

- O problema é todo seu. - deu de ombros e levantou-se da cadeira- Acabei de conseguir um mandato para ir até o sítio da Estrada Grajau-Jacarepaguá e, felizmente, vou conseguir pegar seu chefinho e todos os lacaios e não vai ter um amiguinho se quer pra te tirar daqui. - mentiu fingindo um choro e depois dando risada.

- Você não tem a mínima ideia de com quem está se metendo. - negou com a cabeça.

- Vou fazer alguns inimigos, porém, uns vão morrer, outros vão ser presos e em seguida transferidos assim como você para uma prisão federal. - suspirou com falsa tristeza - Boa sorte, colega. - deu-lhe um joinha e caminhou até a porta, já estava segurando a maçaneta quando o motoqueiro resolveu se pronunciar.

- Você é uma cretina. - afirmou - Mas não sou eu quem vai te impedir de cavar a própria cova. - sorriu torto e prosseguiu - Os braço direito do meu chefe vão fazer uma entrega hoje. - olhou as mãos e coçou a palma da mão - Aproveita para substituir a mulher que vai até lá pessoalmente resolver o esquema. - sugeriu.

- Torce pra eu não descobrir que é uma cilada. - retirou-se da sala e deu de cara com o Chefe.

- Sabe, estive pensando e acho que vou considerar seu pedido. - disse e retirou um envelope do bolso do paletó. Dulce esbugalhou os olhos surpresa com o que ouviu e viu, não esperava que ele acatasse seu pedido.