Fanfic: História da minha vida | Tema: Vondy

CAPÍTULO 4

Pov. Dulce

  Dei graças a Deus por ter chego em casa e não ter ninguém. Subi as escadas e fui para o meu quarto. Me joguei em cima da cama e rolei de rir. Ri, ri, ri, e ri até que tudo aquilo perdeu a graça. Aquilo tudo foi uma diversão momentânea, agora estou deitada no meu quarto me sentindo um lixo.

  Fui até meu armário e peguei no meio das minhas coisas o meu diário. Ganhei esse diário quando fiz 15 anos, mas só comecei a escrever nele com uns 16. Lembro-me que só comecei a escrever quando me vi apaixonada por um garoto de 17 anos, ele era lindo, maravilhoso, o tipo de garoto que qualquer uma se apaixona sem delongas, o único problema era que ele não me vi como eu queria que visse e ainda mantinha um relacionamento. Até que no dia 13 de agosto de 2011, assim que chego na escola, recebo a notícia de que ele infartou, teve um infarto fulminante. Um pedaço de mim se foi junto com esse belo garoto e estou tentando recolher meus cacos até hoje.

  Folheando as páginas do meu diário, encontro algumas folhas preenchidas por palavras dolorosas e sentidas. Comecei a ler uma a uma.

23/01/11

   Sabe, as pessoas vivem me perguntando se não tenho namorado ou se não pretendo ter. Eu respondo que está cedo, que sou muito nova para isso, que ainda tenho muito o que viver... Até que isso é verdade, mas eu nunca acrescento a parte que não me acho autossuficiente para praticar tal coisa. Para ser bem sincera, eu nunca acreditei na vinda de um príncipe encantado, jamais fantasiei o meu conto de fadas e muito menos caio no conto da carochinha. Não enxergo perfeição nas pessoas, muito menos em mim, até porque, sei que não existe. Príncipes, princesas, contos de fadas e finais felizes são meros símbolos criados por ideólogos românticos.

25/03/11

Aí, você percebe que nem a friendzone se encaixa no seu caso. Você se tortura cada vez mais ao stalkear a pessoa e ver que ela está a cada dia mais envolvida, mais apaixonada por outra.

30/06/11

Sabe quando você se sente culpada, arrependida, sozinha, rejeitada, confusa demais...? Pois é, é como me sinto!! Fiquei com um garoto só por ficar. De vez em quando eu me lembro dele, mas não sinto nada, nem mesmo cócegas.  O problema não é ele!! O problema sou eu, sempre sou eu.

Sei que estou usando um clichê como desculpa, mas é a única resposta que posso dar. Eu não posso simplesmente falar de uma coisa que nem eu mesma sei. Talvez eu tenha receio de me decepcionar, de decepcioná-lo, de sofrer, de fazê-lo sofrer. Na verdade, o único cara que me interessa, não está nem tchum pra mim. Eu simplesmente sou invisível. Ele não me nota, não me toca. Ele está compromissado com uma mina de outro estado. A única exceção, o único pelo qual me entreguei de coração, de corpo e alma, não me enxerga. Para ser bem sincera, eu sempre soube que ele era o paraíso proibido. Eu sabia que aquela coisa toda era atraente e envolvente, mas ao mesmo tempo era um jogo perigoso. Juro que tentei não me deixa abater, não me envolver. Eu sabia que estava sobre um território inimigo, porém, não imaginava que seria atingida, e nem que iria ver que minha sniper estava apontada para o alvo perfeito, mas errado. Na verdade, a vida me pregou uma peça na qual eu não sei por onde começar ou recomeçar.

Relendo esses meus relatos, dá para ver claramente o nível da minha deprê na adolescência. E lá se vai mais uns desabafos...

Respondendo os comentários:

Girl: Kkkkkkkkk... Você ainda não viu nada. Eu também admiro a mulher que não abaixa a cabeça para ninguém, muito menos para um homem. Continuando, gatita.

bluane_: Danadinha... kkkk... Dá uma passadinha lá que tu entende melhor. Quem sabe essa sua pimenta não possa ser útil em outros momentos... hahaha. A Dul ainda não conheceu o Ucker, creio que eles vão se esbarrar por aí no capítulo 10. Mas fica de olho que a Dul ainda vai fazer muita coisa, digamos que prazerosa antes de conhecê-lo. Continuando, amore.

 De vez em quando, a Dul vai ter esses disturbios. 

Hahhaha

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