Fanfic: Music To Watch Boys To | Tema: Cavaleiros do Zodíaco
Eu me lembro de observá-lo ao longe.
I like you a lot
Seus olhos verdes vagavam por entre todos à sua frente. Avaliando-os... Estudando-os... Como se fosse um predador encurralando suas presas... O Sorriso desafiador e obstinado em seu rosto másculo era somente mais um chamariz, uma distração formidável que confundia e hipnotizava. E ao longe, eu via tudo.
Putting on my music while I’m watching the boys
A bola de basketball quicava no chão causando um som grave inconfundível. Esse som ecoava pelo ambiente até aos meus ouvidos, enquanto eu a via levantar voo e subir em direção a palma de sua mão, para que fosse arremessava novamente contra o chão. Tudo isso acontecia muito rápido, mas para mim era tão devagar, tão lento que eu poderia jurar que conseguia acompanhar cada sutil movimento em seus mínimos detalhes.
So I do what you want
Lembro da força com que o braço dele a empurrava para o solo naquele ciclo vicioso. Lembro-me que todos os músculos retesavam ficando maiores e mais firmes, destacando a força animal que ali existia. A Tatuagem tribal que ele tinha naquela região também parecia ganhar novos moldes e formatos, parecia ficar maior, mudar de forma e o desenho ganhava novos significados; não que antes ele tivesse algum... Mas era deleitoso apreciar aquelas linhas negras e grossas marcadas na pele bronzeada dele, subindo do antebraço até o ombro e sumindo dentro da regata cinza dele.
Estranho... Eu poderia jurar que ela era Vermelha quando ele a pôs hoje mais cedo. Mas Cores não eram importantes. Tudo parecia tão cinza naquele dia nublado.
Singing soft grunge just to soak up the noise
O Mundo parecia mesmo estar em preto e branco. As nuvens densas encobriam o céu azulado e nos privavam do intenso calor do sol de verão com seu manto sombrio e melancólico que dava um ar mais poético e triste aquele dia. Mesmo assim, um sorriso devasso era o que predominava em meus lábios, e consequentemente, meu olhar para ele era tão predador quanto o dele para o mundo.
Blue Ribbons on ice
Sentado em minha cadeira de balanço no alto da varanda térrea de nossa casa, eu ensaiava algumas notas erradas naquele violão velho, apertando as cordas que não me soavam como eu queria. Ao meu lado, um drink casual de vodca e refrigerante de cereja borbulhava, e ocasionalmente, meus lábios o provavam... Eu estava funcionando de forma automática, quase mecânica, pois minha mente e meus olhos se concentravam prioritariamente em seus movimentos.
Ele corria, driblava, levava com sua força ao chão todo e qualquer um atravessasse em seu caminho. Feroz como um Leão, senhor de seu Reino, ele saltava alto, conseguindo ficar até quase um metro e meio do solo para encaixar a bola na cesta e fazer os pontos que levavam seu time ao delírio.
Playing their guitars, only one of my toys
Ele fazia tudo parecer tão divertido, como se o tudo fosse um mero brinquedo para ele. Eles o abraçavam eufóricos, contentes por mais um feito conseguido. E eu apenas continuava a observá-lo ao longe, meu querido irmãozinho, que de 'zinho' com seus quase 1,90 de altura e 100kg de puro músculo não tinha nada. As mexas douradas, mais escuras que o normal devido ao suor e a pouca luz do dia se davam ao luxo de levitar lentamente e de forma tímida com o passar daquela brisa fria de fim de tarde que vinha do mar.
Passar as férias na casa de praia da família, curtindo o melhor que uma cidade costeira simplória e sem muitos visitantes poderia nos oferecer era o meu grande ideal de viagem de fim de ano perfeita. Ele também não reclamava. A Quadra de 'Basket' ficava de frente ao nosso casebre, tão comum e simples como todas as construções que haviam naquela rua, cuja a areia já era branca, tamanha a proximidade com o oceano.
Todos os dias, religiosamente, ele e os amigos que fizera na infância jogavam aquele jogo de homens, e todos os dias ele atestava sua soberania naquela arena, assim como todos os dias eu me sentava naquela cadeira e o observava, à ele e aos amigos, mas principalmente a ele.
Cause I like you a lot
No holds barred, I’ve been sent to destroy, yeah
Seus movimentos eram graciosos, belos, elegantes e precisos, porém fortes, felinos, calculados e muito eficientes, e era como se o mundo diminuísse o ritmo para que eu pudesse apreciar aquele espetáculo surreal.
Ele era destruidor. Meu coração era destruído por ele a cada segundo que meus teimosos olhos permaneciam a acompanhar fixamente cada um de seus saltos, de seus movimentos, de suas corridas breves, de seu elegante modo de jogar e claro, tudo ficava ainda mais mágico quando cada músculo de seu viril corpo adulto moviam-se em total harmonia com esses passos. Ficando maiores, mais fortes, se destacando e acentuando os volumes tão atrativos dele que naturalmente já não careciam disso para conquistar e destruir. Ele era destruidor, e gostava disso.
Pink flamingos, always fascinated me
Lembro de momentos de hoje mais cedo... Eu... Ele.. A água que caia e banhava nossos corpos despidos debaixo do chuveiro. Fazíamos amor loucamente, fodíamos visceralmente, conversávamos em linguagem corporal pura num Sexo à Três com a Água. Nossos músculos chocando-se com urgência, nossas peles surravam uma a outra no atrito úmido que escorria por todo o nosso corpo. Nossas bocas se comiam com mordidas famintas e sucções demoradas, e nossos falos eretos chocavam-se com a proximidade, descarregando sua energia erótica que fluía por nossos corpos como a água que caia por sobre nós.
I know what only the boys know
Know what lies akin to me
Lembro da expressão dele... Era nítida aos meus olhos como se estivesse ocorrendo agora, e o vento que soprava tímido e frio, que tocava meu corpo agora fazia a minha pele arrepiar, recordando-me em carne de como era a sensação.
Beijar aquele peito, passar a mão pelo desenho negro que existia em seu braço esquerdo indo até o peito aonde terminava, e marcar todo o caminho com o molde dos meus dentes... Vê-lo arquejar apoiado naquela parede de cerâmica branca enquanto minha boca se fazia a chave para o seu paraíso.
Estávamos à porta, restava-nos abri-la.
I, I see you're going
So I play my music, watch you leave
O abdômen era só parte do caminho. E a Glande que expelia seu transparente e salgado mel... Somente mais uma recompensa. Aquele membro entrando e saindo da minha boca no ritmo em que eu sabia que o arrepiava, que o atiçava, que o fazia implorar por mais... Era esse o nosso paraíso, a nossa cumplicidade, o nosso deleite de todos os dias.
A bola continuava a quicar no chão, e aquele som mais uma vez ecoava lento até meus ouvidos. Era constante e surreal, como toda aquela cena, que mais parecia um sonho "vintage" dos anos 50.
Ele usava seu braço direito para afastar e bloquear outro jogador atrás dele, colado ao forte corpo dele, numa tentativa de ser o mais rápido a pegar a bola. Eu inveja aquele amigo dele nesse momento. Não que houvesse malícia vinda dele naquele ato que somente fazia parte do jogo, mas para mim, havia muito mais do palavras poderiam dizer naquela cena. Eu queria estar no lugar naquele homem, sentindo ele jogar todo o peso de seu corpo contra o meu, sentindo os moldes firmes de sua masculinidade inquestionável me deixar elétrico. Deixar todo o meu corpo eletrizado.
I like you a lot
Putting on my music while I’m watching the boys
A bola fora arremessada, bem alto para o céu, todos saltaram na tentativa de alcançá-la, de serem os primeiros e de preferência... Únicos... À tocá-la.
Ela caiu longe, fora das mãos de todos e uma breve corrida em sua direção se deu início. Eu continuava a tentar tocar algo naquelas cordas de violão, bebia meu drink sossegado e escutava um vinil antigo da minha mãe que tocava acompanhado de ruídos estáticos numa velha vitrola na sala. A Voz da mulher na música era como a de um anjo, e ali, enquanto eu observava os garotos jogarem, eu ouvia os sons do mar, do vento, dos acordes e entonações perfeitas vindos daquele aparelho velho que nem eu acreditava que funcionava mais...
Eu só ouvia minha música e observava os garotos...
So I do what you want
Singing soft grunge just to soak up the noise
Blue Ribbons on ice
Playing their guitars, only one of my toys
Cause I like you a lot
No holds barred, I’ve been sent to destroy, yeah
Lembranças estavam se tornando comuns de virem a minha mente naquela fria e triste tarde. O Sol já estava se ponto, mas o cinza que tomara conta de toda a realidade não tornava isso algo realmente perceptível. As imagens vagavam em minha mente fazendo cada músculo de meu corpo retesar em prazer ao ver diante de mim os ocorridos de mais cedo naquele dia.
Até para foder aquele homem era lindo... Maravilho e envolvente... Lembro da força com que ele segurou meus cabelos. De como os prendeu em seu punho e forçou meu rosto contra a parede branca das cerâmicas. A Mão dele acariciava os músculos de meu tórax, tão fortes e altivos quanto os do seu próprio. Seu braço me enlaçava por trás, e seu membro entrava furioso em mim, me fazendo bafejar e urrar rouco rente a fria cerâmica no qual meu rosto era prensado.
Seus lábios sentiam o sabor da pele de meu pescoço, eles a capturavam e a apertavam entre seus dentes até cravar a marca de sua dominância sobre meu corpo, sobre mim... E toda essa selvageria e brutalidade era a forma que encontramos de dizer um para outro, mesmo que sem palavras, que nos amávamos mais que tudo.
Eu o amava, e ele me amava também... E era assim que sabíamos disso...
Velveteen and living single
It never felt that right to me
I know what only the girls know
Lies can buy eternity
Vivíamos uma deliciosa, luxuriosa, pecaminosa e irresistível mentira.
Para todos, irmãos de Sangue que cuidavam um do outro devido a perda prematura de nossos pais. Um para o outro, amantes tórridos que se conheciam, se compreendiam e se declaravam em fodas brutais sempre que queriam...
Porque o Amor tem muitas faces, muitas formas de manifestos, e todas elas.. Marcam!
Eu levei minha mão ao lado esquerdo do meu pescoço, sentindo apenas com o toque suave dos dedos a marca de sua mandíbula que ali ele deixara... Tocá-la causava uma leve ardência, uma que me fazia sorrir tolamente enquanto meus olhos miravam ele marcar mais uma cesta.
I, I see you leaving
So I push record and watch you leave
O Linguajar dele enquanto me fodia era tão sujo, tão imundo, tão de homem! Isso me excitava, isso o deixava mais atirado e proativo. Seu pênis, de tamanho e grossura semelhantes ao meu escavava-me por dentro em movimentos rítmicos que ganhavam a cada segundo mais e mais intensidade.
O que eu podia ouvir era apenas o som dos meus próprios gemidos, o chuvisco da água que caia pelo chão, o som de seu ventre batendo forte contra as minhas nádegas a cada segundo, e o bafejo quente de sua boca rente a minha face esquerda. Isso quando a mesma não estava ocupada demais me beijando, me lambendo, sentindo o gosto da minha pele em sua língua.
A essa altura estávamos aquém deste mundo, entorpecidos um pelo outro. Fazendo do pecado nossa estrada para o paraíso. Me pergunto o que aconteceria se nosso pai, tão conservador e tradicional pudesse nos ver agora, quantas maldições ele nos proferiria?! De quantos nomes terríveis ele nos denominaria?! Seríamos 'excomungados' filhos de um diabo pelo que fazíamos.
Mas eu sempre pensei... Se o Amor é bom; e se Amor era o que sentíamos, então como isso poderia ser algo ruim?!
Eu não sabia a resposta, mas tudo agora ao meu redor já estava mais escuro, e o anoitecer chegava tímido.
I like you a lot
Putting on my music while I’m watching the boys
So I do what you want
Singing soft grunge just to soak up the noise
Blue Ribbons on ice
Playing their guitars, only one of my toys
Cause I like you a lot
No holds barred, I’ve been sent to destroy, yeah
Ele apertava forte meu pênis entre seus dedos. Os movimentos feitos nele eram proporcionais à sua penetração em mim. Eu adorava tudo aquilo, adorava satisfazê-lo, adorava pertencer a ele, e adorava a sua expressão de satisfação e entrega, como se não precisasse de mais nada na vida quando chegava ao orgasmo junto comigo, me inundando com seu grosso, pegajoso e abundante leite, assim como eu despejava o meu próprio na parede.
E naquele dia, nada diferente ocorrera. Fora exatamente assim... Sem tirar e nem por.
Lembro de ficarmos ainda algum tempo naquela posição, com ele dentro de mim, esperando amolecer o falo, beijando meu pescoço, ensaboando meu peito e minha barriga definida. Com as duas mãos ele tateava todo o meu corpo, decorando eroticamente cada curva. Aquela barba desleixada e ainda por fazer que arranhava e fazia-me arrepiar a pele por onde passava. Era o nirvana!
Ele era delicioso. - "Ah, Aioria..." - eu suspirei naquele momento, sentindo um sorriso vindo dele.
Foram beijos, carícias, toques íntimos, troca de olhares, tudo o mais... Meus olhos verdes, penetrantes no verde dos dele. O dourado de seu cabelo, tingido de escuro pela água, assim como o meu que estava quase negro. Aquele era o nosso momento!
Live to love you
And I love to love you
And I live to love you, boy
Live to love you
And I love to love you
And I live to love you, boy
Nothing gold can stay
Like love or lemonade
Or sun or summer days
It's all a game to me anyway
Era como um jogo de amor para nós dois. Ele me prensou na parede e me beijou, e eu o enlacei no pescoço e correspondi. Ele gostava quando eu me entregava totalmente, quando eu me mostrava submisso, mesmo sendo o mais velho.
Saímos de toalha do banheiro e fomos trocar de roupa no quarto.
Nada dissemos, pois nada havia para ser dito. Ele estava de costas para mim e eu para ele, e olhando-o pelo reflexo do espelho, eu podia jurar que a camisa que ele vestia, a dita regata, era vermelha, embora agora de cinza aos meus olhos, ela tenha ganhado um tom escurecido quase preto.
Olhando-os na quadra, eu sabia que o jogo estava chegando ao fim... Os postes da rua começavam a se acender, dando aquela luz laranja das lâmpadas incandescentes para um curto espaço abaixo deles.
Além disto, nada a não ser as sombras daqueles homens que mal dava para distingui-los se movendo na escuridão era o que se podia perceber. Mas claro, meu irmão era o único que eu conseguia identificar... Nem haveria como confundi-lo, mesmo que eu quisesse.
O Vento da noite era mais frio que o da tarde, ele fazia o barulho do mar ficar mais notável, mais furioso, e as ondas quebravam com raiva nas pedras da costa. E mesmo que o breu da noite recém chegada não me deixasse vê-lo agora, eu sabia que estava assim... Eu o ouvia!
Esse mesmo vento fazia bailar o cume das grandes palmeiras e coqueiros que ali havia, produzindo mais um chiado pitoresco de verão para todos os que quisessem ouvir... Grilos já entoavam sua melodia atordoante, fazendo-se presente na sinfonia de despedida do Sol.
Ao longe, entre os morros, via-se apenas uma pequena linha azulada que ficava cada vez mais escura, e um ponto laranja que em segundos desapareceria de vez.
O Barulho vindo da última Cesta marcada por eles encerrara o jogo, e pela comemoração, o time de meu irmão havia vencido a brincadeira amistosa.
Passei os dedos novamente pelo violão, ouvindo o som que ainda não era o que eu queria e levei-os em seguida ao copo já pela metade e não mais frio como eu o havia trazido. Quente... A bebida parecia mais forte agora, mais disposta a me entorpecer... Tola bebida era aquela, não acham?! Nada me entorpecia mais que aquele homem. Nada!
I like you a lot
Putting on my music while I’m watching the boys
So I do what you want
Singing soft grunge just to soak up the noise
Blue Ribbons on ice
Playing their guitars, only one of my toys
Cause I like you a lot
No holds barred, I’ve been sent to destroy, yeah
Eu estava sem camisa naquele dia. Preferi ficar mais a vontade tendo em vista que o dia estava agradável. Eu procurava na coleção de vinis antigos da nossa mãe por algo que me chamasse a atenção e que fosse agradável de se ouvir naquela tarde.
Ele nunca entendeu o meu fascínio por coisas antigas, clássicas e de época, pois para ele, coisas boas eram coisas novas, e música boa era Hip Hop, Rap e Rock N' Roll... E eu achava isso demais, pois era tão típico dele. E eu poderia realmente jurar que a camisa era vermelha, a mesma que ficou cinza e que agora era preta.
E isso era notável, pois olhei ele de rabo de olho, e ele me encarava curioso ao me ver remexer naquelas 'velharias' como ele mesmo as chamava. A Camisa era sim vermelha e seu sorriso era lindo, mas a sua expressão caçoada indicava que ele reprovava aquilo... Tanto que ele negava com a cabeça.
Eu apenas sorri de volta, pois até quando ele era birrento, ele era lindo. Voltei a atenção aos discos e senti em segundos ele me abraçar por trás e me beijar...
Eu sorri, deixando que ele se aproveitasse de mim como quisesse, afinal, eu adorava que ele se aproveitasse de mim como quisesse, era realmente muito bom. Ele encerrou a sessão de abraços e beijos dizendo que iria jogar com os meninos na quadra da frente e eu apenas assenti.
Ele saiu, e eu fui preparar um drink. Em seguida, peguei o violão pendurado na parede, próximo a vitrola e o levei comigo para o ambiente externo. Os deixei lá sozinhos somente enquanto regressava para escolher o disco. Preferi um de uma cantora que era uma das favoritas da minha mãe, e aquele trabalho dela era bem temático de verão, o que já despertou meu interesse.
Levantei a tampa de vidro da vitrola, assoprei-a um pouco para retirar o excesso de poeira e coloquei o Vinil. Liguei, posicionei a agulha e após alguns segundos de um ruído, os primeiros acordes da primeira música começaram, o que me vez sorrir... Voltei para a varanda, me sentei apoiando os pés no parapeito de cimento da mesma e observando meu amado irmão que começava a jogar com seus conhecidos, a minha tarde fora o que contei para vocês desde o começo.
Um monólogo?! Uma narrativa?! Não sei bem dizer, muito provavelmente sim, mas prefiro encarar como o relato de um devaneio qualquer de um sujeito qualquer numa tarde qualquer, embora aquela tenha sido surreal se comparada as outras.
Putting on my music while I’m watching the boys
Todos iam embora, se despediam e conversavam as últimas trivialidades antes de cada um seguir seu rumo.
A Música do vinil já havia acabado a muito tempo, e somente o ruído de algo sendo arranhado pela agulha ainda podia ser escutado.
Ele vinha em minha direção, suado, sorridente e feliz. - E sim, a camisa era realmente vermelha. - Ah, Como eu amava quando ele fazia isso, e assim como à exemplo de tudo naquele dia, ele parecia saído de um sonho, parecia irreal, e o olhar felino e predador que me encarava com desejo era apenas um dos fatores que me faziam ter essa estranha percepção.
Ele parou ao subir os degraus dos poucos batentes que levavam a nossa casa. Me olhou com um maldoso sorriso no rosto. Passeou com o olhar por meu corpo, como se o violão em meu colo e a bermuda que eu vestia fossem transparentes. Viu a bebida ao meu lado e a pegou, bebendo todo o resto de uma única vez... Me encarou sério e depois sorriu, olhando para a rua apenas para conferir que seus amigos já estavam longe antes de abaixar-se até a altura de onde eu estava sentado e me tomar os lábios num ímpeto de fúria e desejo.
Intenso... Talvez seja essa a melhor maneira de descrever aquele beijo. Talvez seja a palavra certa para descrevê-lo por inteiro.
Ao fim do ósculo, ele me olhou com aquele tão cúmplice brilho no olhar com o qual eu já era tão familiarizado.
- Preciso de mais um banho... - disse baixo, com aquele tom rouco e másculo de voz que me entorpecia. E claro, não escondendo a ambiguidade de suas intenções.
Eu passei a língua pelos lábios enquanto retirava alguns fios da franja colados em sua testa devido ao suor.
- Só se for de língua. - rebati, igualmente provocante.
Seu sorriso maldoso se alargou e ele entrou no jogo... No jogo que sempre gostávamos de jogar...
- Estou todo suado! - declarou arqueando a sobrancelha.
- Você me conhece... Sempre preferi as coisas salgadas em vez das doces. - disse me levantando, mas fui surpreendido quando ele me pegou pelo pulso e quase me arrastou desesperado para dentro de casa, batendo a porta atrás de nós.
O Ato em seguida me fez largar o violão no chão e me entregar aos seus quereres, enquanto enlaçados e aos beijos, tentávamos sem nos separáramos, achar o caminho do nosso quarto e consequentemente, do nosso banheiro em meio aquela escuridão.
E o resto, bem... É só uma história... A História de um homem que todos os dias escutava uma música à observar os garotos jogarem Basket.
Putting on my music while I’m watching the boys
FIM
Autor(a): archer_beafowl
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