Fanfic: A Secretária Misteriosa *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Ele era tão obcecado por fatos que, se ela tivesse realmente sido estuprada, iria querer todos os detalhes. Só de pensar nessa possibilidade, Anahí sentiu a boca seca.

- Oh, graças a Deus! - Alfonso exclamou com sinceridade, tocando-lhe de leve um dos hematomas do rosto.

- Eu lutei, e alguém apareceu para me socorrer. Por favor - ela pediu -, tire a mão daí, dói muito.

- E o bandido? - Alfonso perguntou, afastando-se um pouco.

- Fugiu.

- Chamou a polícia? Viu um médico?

- Claro, não sou estúpida!

Ele ignorou o comentário e, tal como Gerry, sugeriu que fosse para casa.

- Ele bateu no seu rosto? - Curioso, mais uma vez tocou lhe a face.

- Bateu muito. - Em seguida Anahí, deu-lhe alguns detalhes da luta.

- Queria pôr as mãos nesse animal! O que a polícia falou?

- Eu não vi o homem muito bem. Como o senhor, me disseram que não deveria andar sozinha.

- E não deveria mesmo.

Pela primeira vez, Alfonso percebeu que a srta. Puente tinha algumas rugas sob a maquiagem. Apesar dos arranhões, ela não mudara fisicamente, mas ao mesmo tempo parecia tão desprotegida... Não era à toa que Gerry se preocupara com a saúde dela! A

lfonso sorriu, Anahí era uma lutadora... Como sempre, não se renderia tão fácil... a um atacante ou a um homem apaixonado.

O que fez Alfonso Herrera pensar daquela maneira? Talvez a constatação de que um pouco da autoconfiança dela havia desaparecido...

- Eu sei que deveria ser seguro para uma mulher andar sozinha à noite, mas não é, e você precisa encarar a realidade. Sabe se defender?

- Pretendo fazer um curso de defesa pessoal.

- Ótimo. - Ele sorriu, satisfeito. - Alguém lhe fez, companhia ontem à noite. E hoje, não será difícil para você ficar sozinha?

- Está tudo bem. Não se preocupe. - Ela tentava disfarçar o medo de ser descoberta depois de tantos anos. - Pessoas são atacadas todos os dias.

- Não o meu pessoal. - murmurou, arrogante, agora ele agia como o Alfonso que todos conheciam.

- Então talvez a solução fosse o andar com uma tabuleta, Propriedade de Alfonso Herrera!

- Se isso afastasse os criminosos... - sorriu, brincalhão. Alfonso nunca fizera piadas antes. - Quem sabe eu deva imprimir algumas camisetas... Agora, seja uma boa garota e vá para casa.

- Sou mais velha que o senhor, já não sou uma garotinha.

- Minhas desculpas, madame. Quantos anos você tem?

- Trinta.

Alfonso pegou algumas notas no bolso.

- Pegue isso e tome um táxi!

- Não seria melhor se eu tomasse umas aspirinas? Eu posso engasgar com um táxi na garganta... - ela brincou, não aceitando o dinheiro.

- Muito engraçado, Anahí!

Alfonso sorriu, tolerante, imaginando que a secretária exemplar de repente se tomara uma figura humana. Devia ser o efeito das aspirinas que ela havia tomado, ou a pancada na cabeça, que tinha liberado a verdadeira Anahí Puente.

O que quer que fosse, com toda certeza, da próxima vez que a visse como a mulher fria e eficiente de sempre, sentiria saudades.

- Já para casa e direto para a cama!

Anahí foi até a rua pensando no porquê de Alfonso Herrera se mostrar tão atencioso. Aquele homem era uma contradição, uma contradição muito perigosa!