Fanfic: A Secretária Misteriosa *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Alfonso Herrera estava tenso e preocupado, seria bom se pudesse ter companhia em horas difíceis como aquela e sua secretária exemplar adivinhava até aquela necessidade.

- O que tem aí?

- Frango com molho e arroz para mim. - ela murmurou no mesmo tom aborrecido. - Mas tem comida suficiente para duas pessoas, se o senhor mudar de opinião.

Anahí sabia como convencê-lo! Alfonso sentiu o aroma da comida e a reclamação do estômago.

Já ia se rendendo, quando o telefone verde, ao lado deles, tocou. Seriam notícias da África? Apesar de exausto, Alfonso não hesitou em atender.

- Sim?

Houve um longo silêncio, enquanto ele escutava. Anahí prendeu a respiração, esperando boas novidades.

Quando Alfonso desligou, ela quase gritou, implorando-lhe que dissesse algo.

- Existem cinco reféns, mas não são da nossa equipe e sim da Cruz Vermelha. A BBC ainda não sabe onde nosso pessoal se encontra, mas ao que tudo indica eles estão bem.

- A situação lá na África do Sul é mesmo terrível.... - ela falou, baixando a cabeça. - Um povo inteiro subjugado por uma minoria branca que os trata como verdadeiros animais.

- De fato, Anahí, é muito triste.

- O duro é que os negros possivelmente levam a culpa desses atos executados pelo próprio governo. Está na cara que alguém não queria que as notícias do que ocorre por lá fossem divulgadas.

- Pois é. - Alfonso se surpreendia cada vez mais com os aspectos desconhecidos por ele da personalidade de Anahí. - É difícil entender como alguns homens se acham no direito de matar, espoliar e tentar dominar um país inteiro só por causa da ganância.

- E agora?

- O jeito é esperar, hoje não poderemos fazer mais nada. Estou morrendo de fome, e você?

Anahí surpreendeu-se com o próprio apetite.

Saciada a fome, Alfonso aproximou-se dela reiniciando o jogo de provocações.

- É verdade que eu mordo?

- Freqüentemente.

- Por que você não revida? - Alfonso serviu-lhe um pouco de licor de laranjas, que guardava no escritório.

- Eu poderia quebrar os dentes na sua carcaça.

- Na certa descobriria que minha carne não é tão ruim.

Anahí começou a recolher os pratos, já que não tinha uma resposta em mente.

Não, a carne dele não deveria ser nada ruim.