Fanfic: A Secretária Misteriosa *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- Deixe isso! - Alfonso fez um brinde. - Tome o licor.

Ela bebeu quase tudo num só gole. Arrependeu-se, quando percebeu que já não tinha mais o que fazer com as mãos.

- Beba devagar. - ele disse, enchendo o copo novamente. - Não quero carregá-la até sua casa..

Alfonso parecia mais relaxado, com as mangas da camisa arregaçadas e sem gravata. Ele tinha desabotoado o colarinho, e Anahí podia ver os pêlos escuros do peito sobre a pele bronzeada. O cabelo estava despenteado, emoldurando as linhas perfeitas do rosto, o que resultava num conjunto extremamente viril.

- O senhor quer que amanhã eu chegue mais cedo?

- Nada disso. E chega de trabalho, Anahí. A propósito, prefiro você como minha secretária e não como minha assistente.

- Verdade? O que o fez mudar de idéia?

- Percebi que, se lhe der algum poder dentro da empresa, em um ano estarei lutando pelo meu cargo!

- Que exagero! Imagine se poderíamos competir!

- Por que você não consegue ficar à vontade na minha presença? - Alfonso perguntou com um sorriso sedutor. - Por acaso sua religião não lhe permite?

- Não seja bobo. Eu só acho... - Anahí corou e Alfonso riu muito pelo embaraço dela.

Ele se aproximou ainda mais. Estavam quase meio metro longe um do outro, mas era como se aquela distância não existisse.

- O que está dizendo, srta. Puente? - languidamente, ele se moveu, servindo-se de licor, enquanto sua perna encostava no joelho de Anahí.

A reação dela foi inconsciente, afastou-se alguns centímetros, julgando que assim estaria a salvo de outros contatos.

- Você está querendo dizer que não podemos ficar tranqüilos juntos? - Sorriu com malícia. - Depende, é claro, de onde estivermos... Eu, por exemplo, não vejo nada de mal com o sofá do escritório. É muito pequeno para o que você tem em mente, mas as possibilidades são ilimitadas.

Anahí foi salva pelo telefone. Infelizmente, era para ela, que se levantou para atender em sua sala.

- Use o meu telefone. Ou eu devo falar com ele por você?

Raul. Só poderia ser o sogro. Anahí temia que algo tivesse acontecido com os meninos.

- Anahí?

Ela reconheceu a voz e, apavorada, olhou para Alfonso Herrera, que não a deixou sozinha.

- Rodrigo!

Havia esquecido, mas tinham combinado de saírem juntos naquela noite. Como não queria encontrar-se com o ex-noivo, seu subconsciente colocara aquele encontro em segundo plano.

- Querida, você vai demorar? Eu estou esperando já faz algumas horas.

- Desculpe. - ela disse dando as costas para Alfonso. - Hoje, vai ser impossível, talvez outro dia.

- Outro dia? Eu voei para cá só para conversarmos, nosso futuro depende disso.

- Nós não temos um futuro juntos, falamos sobre o assunto...

- Como você pode dizer isso?

- Rodrigo, eu não vou me casar com você! - Anahí falou em francês, satisfeita com a expressão de surpresa estampada no rosto do chefe. - Talvez possamos encontrar outra solução.