Fanfic: A Secretária Misteriosa *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- A que está se referindo? - Rodrigo acompanhou a mudança de língua.

- Casamento é tão... chato! Eu posso me tornar sua amante, e, sempre que vier para a Nova Zelândia, poderei visitá-lo em seu hotel. - Ela continuava falando em francês e tentava chocar o homem que a havia preterido. - Imagine que bom, não vai existir monotonia!

Depois de um silêncio constrangedor, Rodrigo prosseguiu:

- Não tem graça, Anahí! Você está desonrando a memória de seu marido e me insultando.

Como ele se atrevia mencionar René!?

- Desculpe, Rodrigo, mas é pegar ou largar!

- Sinto-me desapontado com você, Anahí...

- Como sabe, se nunca tentou nada comigo? - gritou e desligou o aparelho.

Rodrigo era um idiota, e nunca deveria ter se aproximado dele.

- Terminou?

- Já. - Anahí havia se esquecido completamente de Alfonso.

Imaginou Rodrigo saindo da casa dela para sempre, ofendido como nunca.

- Não sabe que é falta de educação falar uma língua estrangeira na frente de pessoas que não entendem? - Ele agia como o típico homem ofendido.

- Também é muito feio escutar a conversa alheia.

- Se pretende discutir sua vida sexual no meu telefone, então não pode me acusar de bisbilhoteiro.

Anahí queria desaparecer. Ele pronunciara a última frase num francês quase perfeito.

- Seu monstro! Como se atreve?

- Também sei falar um pouco de japonês...

- Por que não me disse nada?

Desesperada, Anahí tentava se lembrar do que conversara com Rodrigo, do que havia revelado.

- Eu fiquei surpreso, Anahí, pela maneira com que escondeu tudo... Você quis colocar a mim e a esse infeliz em nossos próprios lugares, mas desta vez foi longe demais! Não vou aceitar a situação como esse... coitado do outro lado da linha.

Anahí aproximou-se dele, os olhos brilhantes e o coque, que prendia o cabelo loiro, se desmanchando.

- Não há nada de coitado em Rodrigo, pode ter certeza. A mulher, que casar com ele terá que ser um anjo e beijar como um anjo!

Alfonso Herrera não poderia ter entendido melhor a situação. Foi até ela e tirou-lhe os óculos. Afastou-se, os óculos ainda nas mãos e os olhos analisando cada detalhe do rosto dela.

- Meu Deus, não é a toa que você tinha algo de misterioso. Você é a loira do restaurante... Eu me lembro dos seus olhos... entre outras coisas.