Fanfic: A Secretária Misteriosa *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- Eu disse isso? - Anahí tentava não rir. - Acho que eu queria dizer que ele amedrontava um pouco as pessoas. Mas o sr. Herrera é um homem muito bom, até me ofereceu uma promoção!

- O que é isso? - perguntou Nate.

- Um emprego mais importante.

- Você vai ser a chefe? - Nate perguntou.

- Garotas não podem ser chefes! - sentenciou Gabriel, meio escandalizado com a idéia do irmão.

- Mas a sra. Carmel é a chefe da escola! - disse Nate.

- Ela é chefe de crianças. Garotas não podem ser chefes de homens! - disse Gabriel.

- As mulheres podem ser o que elas quiserem! - interveio Anahí, determinada a cortar o chauvinismo masculino pela raiz. - Mesmo assim, eu disse não.

- Por quê? - perguntou Nate.

- Porque eu ficaria mais tempo longe de vocês.

A explicação os convenceu.

- Ainda bem que você não quer ser mais importante, mamãe. - disse Nate.

- E eu estou feliz porque você não vai se casar com o tio Rodrigo. Ele pisou no meu pé! - disse Gabriel.

- Espero que ele tenha pedido desculpas!

- Ele pediu, mas me chamou de Nate. - disse Gabriel irritado.

Os garotos detestavam ser confundidos.

- Ora, isso não é tão ruim, muitas pessoas confundem vocês.

- Um pai verdadeiro ia saber a diferença. - disse Gabriel.

- Prometo que só me casarei com alguém que saiba diferenciá-los, certo?

- Legal, mas, se você não encontrar ninguém, eu e Nate vamos procurar. - disse Gabriel.

Anahí desceu as escadas ainda rindo e imaginando o pai que os gêmeos procurariam para casar com ela, uma mistura de Super-Homem e Papai Noel.

Na manhã seguinte, no escritório, Anahí ainda se lembrava da conversa com os garotos.

Alfonso fora a uma reunião de acionistas e não havia deixado nenhum serviço para ela, exceto um recado para que o encontrasse num dos restaurantes mais finos da cidade na hora do almoço.

Ainda revoltada com a tática de aproximação, Anahí entrou no restaurante. Alfonso não tinha o direito de querer que se envolvessem!

Precisou esperar quinze minutos e contentar-se com um copo de vinho branco, enquanto remoia os pensamentos. Talvez não devesse ter recusado todos os convites dele, a resistência demonstrada por ela o fazia insistir com muito mais determinação.

Em seu íntimo, Anahí tinha medo de gostar da companhia de Alfonso. Nos últimos dias, andava muito atencioso, seria difícil não sucumbir a tantos encantos.

- Não fique brava pelo atraso. - Alfonso comentou, assim que se sentou ao lado dela.

- É um almoço de negócios? - Anahí estava ciente dos olhares femininos que se dirigiam à mesa.

- Eu tenho novidades sobre a equipe na África.

Anahí sentia-se envergonhada por tudo o que pensara. Estava tão certa de que Alfonso a atraíra com maus propósitos que o pensamento embrulhou-lhe o estômago.