Fanfic: A Secretária Misteriosa *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- Isso quer dizer que eu não quero ir para a cama com Marie, entendeu?

- Mas e quando vocês se casarem?

- O que lhe deu essa idéia?

- Ela é tão bonita... tão perfeita!

- Então foi você quem andou espalhando essa besteira sobre casamento?

- Quando fui contratada, todos comentavam isso. O boato é mais velho do que você imagina.

- Por que ela é tão perfeita? - Alfonso imitou o tom de voz de Anahí. - Se eu decidisse me casar, não seria com uma criança.

Marie era uma criatura adorável, e Anahí já se acostumara à idéia da união dos dois. Pelo menos, seria com alguém de quem gostava...

- Diga às fofoqueiras da empresa que Marie não está apaixonada por mim. Eu apenas a defendo dos caça-dotes.

Não sabendo o que fazer com as mãos, Anahí brincou com o copo vazio.

- Já que tudo está esclarecido, que tal você me dar alguma atenção?

Alfonso sempre a fazia sentir-se uma adolescente insegura. Quando o garçom novamente os interrompeu, ele a fitava com uma certa malícia carinhosa.

- Sr. Herrera? Há uma ligação para o senhor na recepção.

- Para mim? - Alfonso virou-se para o garçom e então para Anahí. - Você deu à telefonista o endereço do restaurante?

Anahí sorriu afirmativamente. Aliviada, acompanhou o patrão com os olhos, enquanto ele se afastava, a passos largos, sempre observado pelas mulheres à volta.

Mesmo não querendo se sentir intimada, a idéia de discutir com Alfonso era mais agradável do que com Rodrigo, pelo menos, ele a tratava como uma mulher interessante.

- O que aconteceu? - Anahí perguntou assim que ele voltou.

- Sinto muito, mas temos que sair.

- Não me diga que outra equipe desapareceu!

Alfonso colocou a jaqueta sobre os ombros e saiu em disparada, ela teve de correr para alcançá-lo.

- Você quase acertou, garota!

Ele a segurou pela mão para, juntos, atravessarem a rua de movimento. Mesmo depois de terem chegado em segurança à calçada, Alfonso não a soltou.

- Foi Tony.

- Tony? O que aconteceu, fugiu da escola?

- Foi suspenso hoje de manhã.

- Suspenso?

Anahí estava tão chocada que, por instantes, ficou imóvel.

- Vamos. - Ele a puxou. - Alguns garotos foram apanhados carregando cola de sapateiro em suas mochilas. Que estupidez!

- Tem certeza de que ele está envolvido?

- Já que sumiu, não podemos ter certeza. É típico dele fugir às responsabilidades!

- Eu não acredito que Tony tenha feito isso!

Anahí parou novamente, mas dessa vez Alfonso não a obrigou a andar, ficou de pé ao lado dela.

- Ele tem caráter. - completou, continuando a defendê-lo.

- Espere aí, o que a faz pensar assim?

- Por acaso, eu o conheço muito bem.

O barulho das buzinas quebrava o silêncio constrangedor que havia se formado entre eles.

- O que você quer dizer com isso?

Os raios de sol, refletidos pelos janelões de vidro do centro da cidade, iluminavam o casal que discutia em frente a um banco, atrapalhando o trânsito de pedestres.

Os olhos de Alfonso a examinavam, como se procurassem uma, explicação para aquele comentário.

Antes que tirasse conclusões apressadas, Anahí confessou:

- Eu não o seduzi, se é isso o que está pensando. Nós somos apenas bons amigos.

Mesmo sabendo da verdade, Anahí percebeu que a frase havia, soado de maneira incriminadora.