Fanfic: A Secretária Misteriosa *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Capítulo VII

Uma vez confessada a sua relação com Tony, Anahí podia se preparar para o pior. Alfonso punha as idéias em ordem, e parecia prestes a explodir.

Seus olhos tornaram-se incrivelmente verdes, antes que gritasse:

- Não acredito!

A multidão acompanhou o homem alto e forte puxando a delicada loira para perto da parede do edifício.

- Minha irmã tem me perturbado com a idéia de o filho estar se envolvendo com uma viúva, uma francesa misteriosa... e é você!

- Alfonso, solte-me! - Anahí estava apavorada, ele parecia fora de si. - Se continuar assim, alguém vai chamar a polícia.

- Então fale!

- Espere... - Anahí gritou quando ele lhe apertou os pulsos.

- Sem rodeios! Explique tudo agora! E é melhor se esforçar para ser convincente! Foi por isso que Tony insistiu tanto para irmos àquele restaurante?

- Claro que não! Nós nem nos conhecíamos.

- Já estou até aqui com suas mentiras!

- Eu juro! - ela repetiu, tentando se soltar. - Foi a primeira vez que nos vimos, a outra foi no seu escritório, quando ele me reconheceu.

- Mas eu não a reconheci.

- Você nem mesmo olhava para mim!

- Por que atrai tanto os homens, Anahí? Não é a toa que o menino está confuso.

- Não sei a que se refere, Alfonso! Tony precisava de alguém que o ouvisse, só isso.

- Você gostou de iniciá-lo?

Aquelas palavras atingiram-na como uma chicotada. Ele se preocupava bastante com o sobrinho e, sob o seu ponto de vista, estava totalmente certo em seus julgamentos.

- O sexo não fazia parte de nossos encontros. Ele visitou minha casa algumas vezes, mas eu nunca o encorajei. Mentiu sobre isso. Você sabe como os adolescentes exageram!

Em tantos anos de convívio, nunca o vira tão cheio de ódio. Ela se encostou ainda mais na parede, sentindo-se tão acuada quanto uma bruxa que está prestes a ser jogada na fogueira.

- Feiticeira. - Alfonso murmurou, adivinhando-lhe os pensamentos.

Ele fitou-lhe os lábios entreabertos e, durante algum segundos, Anahí achou que iria beijá-la.

Ao invés disso, Alfonso sussurrou:

- É verdade?

- Não houve nada, eu juro... Fiquei com pena dele, mas a idéia não foi minha. Tony descobriu meu endereço e disse que se eu não o visse...

- Ele me contaria sobre o seu disfarce. Talvez com isso ele se sentisse superior.

Alfonso se acalmava, bom sinal. Era isso que fazia dele um grande homem de negócios: nunca perdia a cabeça.

- Eu tentei fazê-lo mudar de idéia, mas Tony era persistente. As visitas à minha casa seriam um meio de afastá-lo das ruas.

- A persistência é uma característica da família.

Alfonso soltou-lhe os braços e a tocou de leve, no rosto. Aquele gesto podia não dizer nada, mas Anahí sentia prazer com o contato.

- Alfonso...

- Anahí...

Ele admirou sem pressa a pele delicada, imaginando se o resto do corpo seria igualmente macio. Queria beijar seus seios intumescidos, desejava-a toda para si.

Os olhos azuis, enormes e misteriosos, o forçavam a penetrar no desconhecido e tentar desvendar tudo sobre aquela mulher, seus segredos mais íntimos.

Mas as descobertas poderiam ser perigosas demais. Sem querer, sem poder evitar, estava se tornando tão irresponsável quanto o sobrinho...