Fanfic: A Secretária Misteriosa *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- Ah, talvez você queira vir hoje mesmo! Não somos cerimônia, pode vir do jeito que está.

Os pingos de água entre os seios de Anahí de repente se transformaram em dedos a lhe acariciar a pele.

- Acho que já é um pouco tarde. Seu sobrinho precisa descansar, depois de tanta aventura.

Havia uma grande diferença entre flertar e passar a noite com um homem. Ela não deveria jamais ir à casa de Alfonso.

- Tudo bem. Tony vai estar aqui também e poderá nos contar em detalhes a última fuga.

- Ótimo!

- Até amanhã, Anahí. Se eu estivesse aí, você não precisaria dessa toalha, eu a secaria com meu corpo e a manteria aquecida entre meus braços...

Antes ele não tivesse dito nada! Anahí pensou nele durante a noite e em todo o dia seguinte, enquanto preparava os gêmeos para o primeiro jogo de futebol da temporada.

Ela se revirara muito na cama, incapaz de conter as fantasias e os desejos. Os sonhos amenizaram a realidade e foram tão intensos que Anahí amanheceu sentindo-se uma nova mulher.

- Espero que esse esporte não seja violento. - murmurou ao colocar as chuteiras em Nate.

- Não se preocupe, maman.

Durante o jogo, Anahí só tinha olhos para os filhos, a mãe orgulhosa vendo os meninos lutarem pela vitória do time. No final da partida, eles estavam sujos e cobertos de grama, curiosos para saber como tinham se saído.

Ela sabia que só poderia se entregar a um homem que efetivamente aceitasse os dois.

Alfonso morava num dos bairros mais luxuosos de Auckland. Anahí desceu do táxi diante do portão principal da casa e observou a residência: era uma mansão antiga e muito bem conservada.

Foi recepcionada por uma senhora de meia-idade, que a conduziu à sala de estar, mobiliada com muito gosto.

- Anahí! - Tony correu até ela e cumprimentou-a com um caloroso beijo no rosto.

Ela sorriu, sentindo-se a mais tímida das mulheres. Sabia que estava bonita com o vestido de seda cinza, mas, ainda assim, mantinha-se reservada.

- Anahí! - Ao invés de beijá-la no rosto, Alfonso entreabriu os lábios sobre os dela. - Querida...

Tony observava a cena, estarrecido. O tio no entanto, não lhe deu a mínima atenção, aconchegando o corpo da secretária junto ao seu.

- Vinho? Não precisava se incomodar... - Alfonso soltou-a, apanhando a garrafa que ela trazia. - Chateau Margaux.

- É da coleção de Raul.

- Muita gentileza dele. Vou levar para a cozinha.

Tony aproveitou-se da ausência do tio e disse:

- Ele acha que eu devo pedir desculpas a você, por toda a confusão que causei.

- Você teve sorte de que Alfonso não tenha telefonado para os seus pais.

O rapaz explicou-lhe que, em vez disso, ele ligara para o diretor da escola, que revogara a suspensão.

Quando Alfonso voltou à sala, Tony ficou quieto, voltando a agir como um garoto na presença da família.