Fanfic: A Secretária Misteriosa *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

O vazio que aquelas palavras traziam não podia ser mais sincero. Atingiu a sensibilidade de Anahí, criando um sentimento de proteção que nunca tivera em relação a Alfonso, o todo-poderoso Alfonso Herrera! Queria abrir os braços e tê-lo perto do coração.., ele também era vulnerável!

Aquela foi uma noite diferente.

Alfonso tinha percebido a extensão do seu comentário, o significado real das palavras, por isso se esforçou ao máximo para tornar-se uma companhia agradável.

Fez com que ela risse, provocou-lhe o apetite para a deliciosa refeição e dispensou um telefonema de Tony.

- Hora de ir para a cama, garota. - sugeriu, ao vê-la bocejar, depois do café. - Eu me ofereceria para despi-la, mas não acho que seria tão paciente quanto na outra noite.

Anahí enrubesceu, entendendo o significado daquela revelação. Não aliviava em nada saber que Alfonso havia despido dezenas de mulheres, e naquele instante eles falavam do corpo dela.

Depois do sono pesado da noite anterior, vieram os sonhos, amargos pesadelos. Eles a levaram a um mundo cheio de angústia e sem esperança, tentava inutilmente alcançar Nate, ajudá-lo, mas uma estranha força a detinha. Grandes tentáculos queriam dominá-la. Ela gritava, tentava desesperadamente escapar.

De repente, o monstro adquiriu feições familiares, os tentáculos se transformaram em braços fortes, enquanto o peito nu acolhia suas lágrimas.

- Sssshhh... Anahí, sou eu, Alfonso. Estou aqui para proteger você, querida..

- Você me deixou sozinha... - Soluçava, sem ter certeza se falava com René ou com Nate, queria ser abraçada, ser amada.

- Eu nunca vou deixar você.

Ela não conseguia dominar o choro. Todo o medo que sentira agora se manifestava com toda sua intensidade.

As lágrimas silenciaram-se muito tempo depois, quando a torrente de emoções abrandou, tranqüilizando o corpo e a mente de Anahí.

- Dói tanto, Alfonso...

- Eu sei, querida.

- Faça essa dor ir embora, por favor.

Implorava, sentindo o coração dele bater contra o seu. Alfonso poderia fazê-la esquecer-se de todo o sofrimento, toda a dor.

Somente ele poderia tirá-la da realidade, pelo menos por alguns instantes.

- Anahí...

Alfonso tocou-lhe os lábios como quem beija uma criança amedrontada. Foi um toque assexuado, o que a irritou.

Ela colocou as mãos na cintura dele, a boca aberta exigindo um beijo apaixonado. Não queria ser tratada como criança, desejava a força, a virilidade... Queria que Alfonso afastasse aquela dor com outro tipo de sensação.

Como Alfonso insistia em apenas acariciá-la de uma maneira paternal, não se contendo, Anahí o beijou com paixão.

- Querida...

Ele tentou impedi-la, afastando-se um pouco. Anahí, no entanto, o puxou contra si.

- Ajude-me... - Deitou-se, trazendo-o consigo, Alfonso quase caiu por cima dela.

- Anahí, por favor, não...

A janela estava aberta e o luar iluminava o corpo de Anahí, que se oferecia sem aceitar uma recusa. Os cabelos se espalhavam pelo lençol, os seios querendo libertar-se da prisão da camisola.

- O que você está fazendo? Eu não posso me aproveitar do seu estado!

Não podia, pois iria se arrepender no dia seguinte... e Anahí o odiaria.

- Eu quero... Por favor, Alfonso...

Ela explorava o corpo de Alfonso com a língua, sentindo-lhe os músculos, a força de que tanto precisava. Jogou os lençóis para longe e atraiu Alfonso mais para perto, colando o corpo ao dele.

- Você me queria... Você disse que me queria. - sussurrava ao sentir as primeiras reações de Alfonso.

Ele segurou-lhe as mãos, dizendo que Anahí se arrependeria daquilo. Em vão, tentou desvencilhar-se dela. Seus lábios foram aprisionados.

- Por favor, eu preciso de você...

Ela abandonou toda e qualquer inibição, fazendo de tudo para convencê-lo a aceitar seu amor. O que antes era uma fuga à dura realidade, transformava-se em puro desejo. A atração que sempre sentira por Alfonso Herrera emanava livre através de todos os sentidos do corpo de Anahí.

- Por favor, Alfonso...

A voz rouca, a necessidade de entregar-se, aos poucos destruíam a resistência de Alfonso. Ele correspondeu ao beijo, e Anahí sentiu a chama da paixão se espalhar pelo corpo.

Os dois se movimentavam, se provocavam, tocavam-se numa crescente expressão de desejo. Ela gemeu, gritou, quando os dedos dele conduziram seus seios aos lábios quentes e ele os sugou lentamente.

- Oh, Alfonso... Alfonso...

Anahí saciava sua sede de seis anos explorando de muitas maneiras o corpo de Alfonso. Ele sabia que não estava certo, mas talvez assim poderia lhe provar o quanto precisavam um do outro, o quanto se completavam.

- Por favor, Alfonso...

Queria a consumação do ato. Ele ainda resistia, mas finalmente aceitou o que já fora predestinado. Penetrou-a com cuidado, enchendo-a de prazer.

Anahí sentiu lágrimas embaçarem-lhe os olhos. Exausta, adormeceu ainda em seus braços.

Geralmente é a mulher quem quer conversar, o homem quem dorme, pelo menos era o que dizia a experiência de Alfonso Herrera. Mas ele não conseguia fechar os olhos, preocupado com o que aconteceria na manhã seguinte.