Fanfic: A Secretária Misteriosa *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- Aposto que você preparou esse discurso durante a noite! - ela gritou com raiva.

Alfonso apanhou a jaqueta que estava sobre a cama, atirando-a contra a porta.

Na noite anterior, ela receou ser a última chance de eles estarem juntos. Fora uma amante selvagem, dizendo com os lábios e as mãos o que receava expressar em palavras.

- Sua... E eu que pensei que estivesse começando a me aceitar!

- Alfonso, por favor...

- Você pensou realmente que pudesse manipular Alfonso Herrera? - O par de olhos verdes a fuzilava. - Acha que, porque é boa de cama, eu perdoaria tudo? Não pensei que estivesse me usando tanto, Anahí.

Alfonso não aceitava a rejeição.

- Veio correndo para os meus braços para eu confortá-la no momento de dor, quis que eu cuidasse de você e de sua família, além de satisfazê-la sexualmente. Eu ainda a quero na minha cama, Anahí, talvez por uma semana. Ainda não tentamos algumas posições!

Anahí sentiu como se lhe cortassem a garganta. Sabia que o ódio o levara a dizer aquelas barbaridades, mas que não eram de todo mentiras.

Alfonso estava com o orgulho ferido, talvez quisesse ele mesmo tomar a iniciativa do rompimento.

- Eu tenho que ir. - ela balbuciou, se esforçando para não chorar.

- Não antes de nos despedirmos.

Ela deu um passo para trás, percebendo a extensão daquele comentário. Empurrou-o com as mãos.

- Alfonso... não!

- Ontem à noite você não parecia tão cansada de mim, Anahí.

Ele a despiu com o olhar.

- É meu jeito de dizer obrigada.

- Você não dormiu comigo por agradecimento! Você estava louca por mim!

Alfonso aproximou-se novamente, colocando os dedos sobre os lábios dela.

- Presunçoso! - Anahí se defendeu da verdade, perturbada com sua própria reação.

- É presunção para o homem saber que dá prazer a uma mulher? É presunção ver você deitada, gemendo de prazer e querendo mais? Mentirosa! Você gostou!

- Foi apenas a circunstância.

Anahí tentava evitar o hálito quente dele, próximo demais de seu rosto, despertando-lhe os sentidos.

- Apenas a circunstância! - Ele gargalhou, histérico. - Você sabe que foi muito mais!

Por um instante, ela pensou que Alfonso fosse acrescentar que não era apenas sexo que os unia, que eram cúmplices de um sublime amor.

- Nós ainda nos desejamos, Anahí. Deixe que eu lhe mostre... - Alfonso se aproximou pressionando os quadris contra os dela. - Sinta o que você faz comigo!

Alfonso roçava o corpo contra o de Anahí e com uma das mãos levantava-lhe a saia para lhe tocar no sexo.

- E eu faço o mesmo com você... - Ele murmurou.

Aquelas eram as palavras erradas! Se Alfonso dissesse eu não quero que você vá, ela teria desistido de lutar.

O beijo machucou-lhe a boca e, principalmente, o orgulho.

- Você não entende! Não pode me dar o que eu quero. Pertenço a meus filhos e nada vai mudar isso.

Ela chorou quando Alfonso se foi. Tinha sido sincera sobre os gêmeos, sobre eles virem em primeiro lugar, mas não precisava haver competição: o coração sempre tem lugar para mais amor.

Aquele discurso impensado destruíra tudo! Anahí deveria ter sido honesta, ter confiado nele e lhe dado ao menos uma chance.