Fanfics Brasil - Capítulo Treze Sonho x Realidade

Fanfic: Sonho x Realidade | Tema: Romance, amizade, escolar, drama


Capítulo: Capítulo Treze

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— Eu já disse, vá embora. — gritei puxando o braço de Diego, ele estava sentado no sofá me encarando com um olhar de desdém, como se minha força não fizesse diferença nenhuma.


— Olha, já deve ter percebido que em questão de força você não é páreo para mim. — disse soltando o braço de minhas mãos com um movimento rápido, logo em seguida perdi o equilíbrio e cai sentada no chão.


Quando voltei a olhar para ele estava com um sorriso cínico no rosto— E isso me lembra, quer que eu vá embora assim? — apontou o polegar para seu peito— Ainda não lavou minha camisa, idiota.


— Eu não vou lavar nada, a culpa é sua por tê-la segurado tanto tempo assim. — me levantei de onde tinha caído e fui em direção às escadas, se Luna tinha feito xixi nele provavelmente estava apertada e ele não a soltou.


Vou ignorá-lo por hora, é melhor me arrumar para encontrar Júnior, até lá penso em algo para me livrar do Diego, depois de subir 4 degraus escuto passos atrás de mim, virei meu rosto para ver e ele me fitava sério. — O que?


— Me arrume outra camisa— exclamou indiferente.


Isso não vai ser nada fácil, olhei para o relógio na parede ao fim da escada e já marcava 9 e 30, o dia já estava bem claro e raios de sol entravam pelas janelas, parece que hoje vai ser bem quente, isso me faz pensar nas roupas que devo usar. Voltei a olhá-lo e sua expressão estava visivelmente impaciente— Se quer outra camisa vai ter que pegar alguma do meu pai.


— Tanto faz. — respondeu carrancudo.


Ninguém merece, o que ele é, uma criança birrenta?


Soltei um leve suspiro de cabeça baixa, quando sinto minha coxa arder, isso só pode ser— Mas que droga é essa? Pare de me beliscar.


— Anda logo, porque está parada suspirando feito uma bobona?


Cretino, você ainda vai me pagar por tudo isso, pode apostar, voltei a subir os degraus em direção ao quarto dos meus pais, abri a porta e fui até o guarda roupa, ele veio andando tranquilo avaliando tudo que via. Bom, ele e meu pai não têm muita diferença de porte físico, embora Diego seja mais magro que ele, as camisas devem ficar um pouco largas.


Abri o guarda-roupa onde meu pai deixava todas suas camisas penduradas, escolhi uma de cor branca— Aqui, prove. — estiquei meu braço até ele.


— Essa não serve.


— E porque não? Nem experimentou ainda. — qual é a sua?


— Não quero essa. — se aproximou de mim empurrando-me para o lado — Deixe-me ver.


— Hey, seu folgado eu que escolho.


— Se eu vou sair por aí com a camisa, eu escolho— falou sério encarando as roupas com cuidado— Ah.


Quando vejo o que ele escolheu fico surpresa, a camisa vermelha com detalhes pretos que minha mãe deu de presente para meu pai no seu aniversário— Não— tirei de suas mãos rapidamente— Essa aqui não está disponível.


— Eu gostei dela— puxou a camisa com ignorância de mim— A cor é legal e a estampa em preto também. —disse já vestindo.


— Qual é Diego, meu pai adora essa, escolha qualquer outra. — falei na tentativa de impor autoridade e apelar para sua razão.


Afinal de contas meu pai dará falta dessa camisa, e isso trará perguntas, tanto dele quanto da minha mãe.


Ele se vestiu e foi em direção ao espelho, me ignorando de novo, ficou ali se olhando por uns dois minutos, ajeitando a roupa, mexendo em seu cabelo e fazendo poses feito um mané, até parece que minha presença não existe. — Tudo certo, depois que lavar a outra que sua gata fez xixi me entregue na escola, agora é só esperar dar a hora para ir encontrá-la.


Respirei fundo, contei até dez, pensei em filhotes e comidas que eu adoro, tudo para não matá-lo aqui e agora, inconscientemente já havia planejado tudo, não deixaria pistas e nem vestígios, nunca me descobririam... — Por que está me olhando assim? — perguntou curioso.


— Hunf— o empurrei até a saída do quarto e fechei a porta— Agora volte para a sala e não faça nada estúpido. — dei de costas e caminhei até o banheiro.


— Você está insuportável sabia? Qual o seu problema afinal? — disse em tom alto para que eu pudesse ouvir antes de entrar no banheiro.


Parei de costas para ele — Meu problema é você. — respondi com raiva, bati a porta e a tranquei, por enquanto não quero olhar para ele, admito que meu humor está horrível e isso chega a me fazer mal, posso enfartar de tanta raiva.


Parei em frente ao espelho e meu rosto estava tão ruim quanto o humor, tirei as roupas e liguei o chuveiro, a água morna caindo sobre meu rosto me acalmava, é uma sensação ótima e me alivia todo o estresse, tomar banho sempre foi um prazer para mim, como se lavasse minha alma e todos sentimentos com energias negativas. Mas como um raio caindo em minha cabeça lembro-me do Diego, e isso é tão doloroso quanto.


— Até no banho esse panaca me perturba... — desliguei o chuveiro e vesti meu roupão, o cabelo estava encharcado pingando sobre meus ombros, mas esqueci de pegar uma toalha para enrolá-lo, ao abrir a porta e sair sinto algo bloqueando a passagem dos meus pés, fui de encontro ao piso frio e dolorido.


De novo caída no chão.


— Você deveria olhar por onde anda.


— Diego... — minha voz estava repleta de ódio, virei-me para ver o que era aquilo.


E lá estava ele, sentado a porta do banheiro com uma perna esticada em frente à passagem e com a outra servindo de apoio para seu braço direito, — O que faz aí? Idiota! — gritei me reerguendo e saindo de uma posição vergonhosa, por sorte, meu roupão é comprido até altura dos joelhos.


— Bom eu estava entediado, e comecei a sentir fome, então decidi esperar você sair do banho para dizer isso— sorriu— Me alimente.


— Vá pro inferno. — meus joelhos doem, apoiei todo o peso da queda sobre eles— Você não existe, sério...


— Quem é o panaca que você disse lá dentro?


— Você ouviu isso? — perguntei curiosa, há quanto tempo ele está ali?


— Ouvi muita coisa— disse aproximando-se — Falava de mim?


— Nossa como adivinhou— admiti me afastando dele, quando de repente sinto meu braço sendo puxado. — Que foi agora?


— Então você pensa em mim até no banho? Que fofinho. — exclamou sarcástico ainda me segurando.


— Com certeza não como você pensa. — sorri. De novo ele vem com esses joguinhos.


— Erika, você gosta de mim?


— Sem brincadeiras, minha paciência é nula no momento.


— Não estou brincando— seu rosto estava sério, seus olhos me estudavam a cada palavra que dizia.


— Isso é de verdade? — perguntei sem graça.


Tem algo errado nisso, ele quer brincar comigo, não vou cair nessa, é irrelevante se no momento o assunto é pra valer ou não, nem imagino as intenções dele por trás disso.


Estou ficando envergonhada de novo, droga... Não é nem por ele em si, mas a situação não ajuda muito, afinal estou sentada aqui no chão apenas de roupão com ele segurando meu braço assim e me fazendo perguntas idiotas. — Me solta.


— Não até responder.


— Não gosto de você Diego. — falei com toda a minha coragem, não há motivos para fraquejar— Como eu poderia gostar de alguém assim?


— Responda você— sorriu— Afinal de contas... — sentou ao meu lado, perto, perto até demais— Eu não consigo te entender.


Dito isso ele apoiou sua cabeça em meu ombro e me trouxe mais para perto com seu braço esquerdo em volta de mim— Tá fazendo o que? — perguntei em desespero.


— Nada, só quero fazer um carinho em você. — sua voz se tornou gentil e manhosa, até parecia um gato ronronando, ao mesmo tempo começou a passar a mão em meu cabelo que continuava encharcado e pingando, senti um arrepio passar por todo meu corpo e uma grande necessidade de afastamento tomou conta de mim. Isso significa perigo.


— Sai daqui!— o empurrei para longe, ele ficou me encarando surpreso, levantei-me e o olhei por um tempo— Seja lá o que esteja pensando, não vai conseguir, gigolô sem vergonha.


Sua expressão de surpresa logo deu início a um sorriso de deboche, ele abaixou seu rosto e levou sua mão direita em seu cabelo— Haha Erika... Você é mais difícil do que eu pensei— riu.


Eu sabia...


— Eu tenho uma dúvida. — seu olhar voltou para mim, mas o sorriso continuava.


— O que é? — indagou ficando em pé também, frente a mim.


— Porque me escolheu para isso? Como eu disse antes, você tem várias meninas dispostas a isso sem questionar... Então fico pensando, porque eu? — lá no fundo, sempre me perguntei isso, e nunca consegui encontrar uma resposta como explicação.


Diego ficou em silêncio, logo em seguida sorriu novamente— Eu a escolhi por que... — fez uma pausa respirando fundo— Você atravessou meu caminho na estrada do tédio. — respondeu indiferente.


— Então é isso? — questionei séria.


— Sim.


Esse cara, simplesmente decidiu fazer da minha vida um inferno apenas porque não tinha nada melhor para fazer, isso só mostra como é fútil e não se importa com a vida dos outros— Você é tão egoísta e vazio quanto um buraco negro— suspirei— Não se importa em destruir e sugar tudo ao seu redor.


— Tem razão— admitiu dando-me as costas— Mas você é parecida comigo— sorriu. — Te espero lá embaixo, anda logo que estou com fome.


Parecida com você?


Essa me pegou desprevenida, dizer que somos parecidos... É claro que 99% de ambos são completamente diferentes, personalidade e tudo mais. Fui ao meu quarto e tranquei a porta, caminhei até meu guarda roupa e o abri para decidir o que usar, os raios de sol entravam pelas brechas na cortina, fui até a janela e a abri, uma brisa ainda fria soprava para dentro do quarto e contra meu rosto, o céu estava quase sem nuvens, encarei novamente minhas roupas e um cansaço me dominou, olhei para minha cama e uma enorme vontade de voltar a dormir passou pela minha cabeça.


Decidi me deitar por uns minutos, só por alguns minutos não fará diferença, com o cabelo ainda molhado e de roupão apenas me joguei sobre a cama, novamente fitando o teto.


Você é parecida comigo... Ele diz


Eu me pergunto, quando foi Diego? O que o fez pensar assim e chegar a essa conclusão, quando você percebeu?


 


— Que também sou vazia...


 


Ouço pássaros cantando lá fora.


 


 


 


[...]



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Autor(a): M1ssingN0

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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—Ahhh... — um longo suspiro ecoou de mim— Será que tenho mesmo de sair hoje? Essa pergunta não para de martelar na minha cabeça, um súbito desânimo neutralizador tomou conta de mim, será culpa de Diego? Acho que não, eu sempre tive casos assim, é como uma sensação de voar, sentir-se livre ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • M1ssingN0 Postado em 18/01/2016 - 11:19:16

    Sim Girl, eu mesma que fiz, obrigada e fico feliz que tenha gostado. :3

  • Girl Postado em 07/01/2016 - 09:37:31

    os desenhos são seus? são lindos hein !!!

  • M1ssingN0 Postado em 04/01/2016 - 10:09:24

    Obrigadaa. Continuo s2

  • tatayvondy Postado em 31/12/2015 - 00:03:57

    Continuaaaaaaaaa


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