Fanfic: |Por Você[Finalizada]| Com Você - Adaptada | Tema: Vondy

 O telefone de Christopher tocou e ele puxou para fora de seu bolso do terno para ler sua mensagem de texto. — Meu motorista está aqui. Parece que eu usei o tempo que eu queria passar lhe dando a turnê na cobertura.

 Dei de ombros. — Opa.

 
— Você vai ter que explorar por conta própria. — Ele caminhou até a pia 

da cozinha e lavou as mãos.


 — Você está me dando permissão para bisbilhotar? Porque parece que 

você está, e você não entende — eu sou uma bisbilhoteira.

 Ele riu. — Eu não duvido. Eu não tenho nada a esconder. Bisbilhote à vontade. Use o ginásio. Tire uma soneca. Há comida na geladeira. Faça e coma o que quiser. Você trabalha as oito esta noite?

 — Sim. — Eu tinha parado de me surpreender pela forma onisciente de Christopher saber o meu horário. Era o tipo de coisa que eu costumo fazer — memorizar a programação de um cara, descobrir todos os detalhes de sua vida. Era bom estar do outro lado, pelo menos por uma vez.

 — Bom. Eu vou certificar-me de estar em casa as seis. — Casa. Ele disse como se fosse a nossa casa, não dele. Outra batida de ansiedade me esfaqueou no peito. — Vamos jantar juntos antes de sair.

 — Espero que você não esteja esperando que eu cozinhe.

 — Não seja boba. Vou mandar o cozinheiro vir.

 Eu balancei a cabeça, meu interior se transformou em nós pela facilidade de Christopher sobre o nosso relacionamento.

 — Oh, e os livros para a biblioteca deveriam estar aqui hoje. Há um interfone lá. — Ele apontou para a parede, perto do interruptor de luz. — E um no corredor dos elevadores e um terceiro no quarto. Quando a segurança vibra, você pode aprovar a entrega e o guarda vai deixá-los subir.

  — Com certeza. – Ele estava me confiando com interfone e segurança... Isso estava ficando maior a cada minuto. — Espere, livros?

 — Sim, eu pedi alguns livros. Desde que você disse que era sua parte favorita, a biblioteca.

 — Certo. — Fazia parte de nossa farsa para sua mãe. Ela não acreditava que eu já tinha ido à cobertura de Christopher e, é claro, eu não tinha. Querendo enganar-me, ela me perguntou qual era o meu quarto favorito. Eu tinha dito que era a biblioteca. Como uma leitora ávida, a biblioteca era uma sala natural para escolher, e eu mencionei o meu amor pelos livros para Sophia. Aparentemente, porém, a biblioteca de Christopher não tinha nenhum livro.

 Não no momento, pelo menos. — Eu ainda me sinto de alguma forma enganada sobre essa coisa toda, por sinal. Mas quando você teve a chance de encomendá-los?

 A conversa só havia ocorrido no domingo, quando tínhamos estado na casa de seus pais, nos Hamptons. O dia em que expressei pela primeira vez que eu estava me apaixonando. Um dia antes que ele tinha me deixado sozinha com a sua família, enquanto ele foi para tentar salvar uma de suas empresas, Plexis, de ser vendida.

 — Eu os encomendei na noite de ontem, do meu hotel. Após o acordo da Plexis. — Sua voz tinha um pequeno indício de decepção quando ele disse o nome de sua empresa. Seu desapontamento espelhava como de repente eu estava sentindo. — O que é?

 Eu considerei não dizer nada, mas o mantra sobre conversar estava se repetindo na minha cabeça. — É bobagem, mas eu me convenci de que você não tinha me chamado ou qualquer coisa, porque você não teve tempo. Mas parece que você teve. — Christopher tinha me deixado sem nada além de um breve texto. Ele não ligou ou entrou em contato comigo até mais de um dia mais tarde. Eu acreditava que estávamos mais, então. Eu tinha ficado devastada e com o coração partido. Agora eu descobri que ele estava encomendando livros, quando ele poderia ter me chamando? — Como eu disse,isso é bobagem.

 Christopher me puxou para os seus braços. — Eu estava tentando não ficar com você no momento, Dulce. Mas eu não consegui dormir naquela noite. Porque eu não conseguia parar de pensar em você. — Ele me beijou na testa enquanto eu franzia a testa. — Diga-me, o que está acontecendo lá dentro?

 — É que... — Como eu poderia expressar a miríade de emoções que eu tinha passando naquela manhã? Especialmente este medo crescente puxando meu intestino — esse medo de que qualquer coisa que parecia bom demais para ser verdade, geralmente era.

 Eu tomei uma respiração trêmula. — Você fez uma volta de cento e oitenta, Christopher. Sobre eu e você. Você estava tão decidido a ser apenas sexo, apenas metade de um dia atrás. E agora... quem é você? — Isso me assustou. Isso me fez duvidar do que ele sentia. Isso me fez pensar se ele estava brincando comigo.