Fanfics Brasil - [Por Você] Capítulo 1 - Parte 3 |Por Você[Finalizada]| Com Você - Adaptada

Fanfic: |Por Você[Finalizada]| Com Você - Adaptada | Tema: Vondy


Capítulo: [Por Você] Capítulo 1 - Parte 3

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 – Um single malt puro, por favor.


 Eu tinha quase me esquecido de que deveria estar servindo a este cliente. E a ideia de servi-lo parecia tão sexy que, quando ele me fez lembrar-me do meu trabalho, fiquei ansiosa para pegar a bebida que tinha sido pedida.


 – Eu tenho um Macallan 12 anos.


 – Tudo bem. – Foi tudo o que ele disse, mas a resposta em sua voz grossa e baixa fez a minha pulsação rodopiar.


 Enquanto eu lhe entregava o uísque, seus dedos roçaram os meus e eu tremi. Visivelmente. Suas sobrancelhas subiram muito ligeiramente pela minha reação, como se ele estivesse satisfeito com isso.


 Puxei a minha mão de volta, metendo-a contra a bainha do corpete do meu vestido, como se o tecido pudesse apagar o calor que já viajara desde o local onde ele tinha me tocado até o centro necessitado entre minhas pernas.


 Eu nunca roçava os dedos com os dos clientes, por que tinha feito isso desta vez?


 Porque eu não podia deixar de tocá-lo. Estava me sentindo tão atraída por ele, tão ansiosa por algo ao qual não conseguia dar um nome, que aceitaria qualquer contato que pudesse receber.


 Não, isso não, de novo. Agora não.


 Nem nunca.


 Eu me afastei dele. Para longe e bem rapidamente. Bem, fui tão longe quanto consegui, encostando-me no canto oposto do bar. David poderia servir o cara se ele quisesse outra coisa.  Eu precisava ficar em um lugar bem longe dele.


 E, então, como se fosse uma deixa daquela vida azarada que eu levava, Sasha voltou.


 – David, aquele grupo na Bolha Cinco está assediando a garçonete novamente.


 – Pode deixar, eu cuido disso. – David se virou para mim. – Você pode tomar conta de tudo por um minuto?


 – Claro que sim. – Claro que, certamente, eu não podia. Não com o sr. Atraia-Dulce-custe-o-que-custar sentado na extremidade oposta do bar.


 Mas a minha afirmação foi convincente. David saiu de trás do balcão deixando- me sozinha com O Terno. Até mesmo o cliente regular e seus amigos tinham se juntado a um grupo de meninas risonhas a uma mesa próxima. Eu olhei para a pista de dança esperando que pudesse atrair alguns clientes apenas ao olhar para aquele mar de rostos. Eu precisava que alguém viesse fazer um pedido. Caso contrário, O Terno poderia pensar que eu estava evitando-o, escondendo-me no meu canto, o que, obviamente, estava fazendo. Mas, sinceramente, a distância entre nós não teve nenhum efeito em diminuir aquela bola apertada de desejo rolando no meu estômago. Era inútil evitar.


 Suspirei e enxuguei o balcão à minha frente, embora parecesse não precisar, apenas para me manter ocupada. Quando tomei coragem para olhar para o gostosão que tinha invadido o meu espaço, notei que o uísque dele estava quase no fim.


 E também notei seus olhos em mim. Seu olhar penetrante parecia mais do que o olhar típico de um cliente tentando atrair a atenção da atendente, mas, por saber que eu tinha uma tendência a exagerar os significados das ações de outras pessoas, descartei a ideia. Invocando a minha coragem, obriguei-me a me aproximar.


 A quem estou enganando? Não era necessário me obrigar. Eu deslizei até ele como se esse homem estivesse me puxando com uma corda invisível.


 – Outro?


 – Não, estou bem. – E me entregou uma nota de cem. É claro. Eu estava esperando que ele me desse um cartão de crédito para que pudesse vislumbrar seu nome.


 Não, não, eu não estava esperando por isso. Nem ligava para o nome dele. Assim como não ligava para sua mão esquerda sem aliança. Ou para o olhar dele a cada movimento meu, enquanto eu levava o dinheiro que ele tinha me dado e registrava o pedido.


 – Uma ocasião especial? – perguntou.


 Franzi minha testa e depois me lembrei de que ele devia ter visto o nosso brinde.


 – Hã, sim... Minha formatura. Eu recebo amanhã o meu MBA.


 O rosto dele se iluminou com admiração sincera.


 – Parabéns. Um brinde pelo seu sucesso. – O homem ergueu seu copo para mim e bebeu o gole final.


 – Obrigada. – Eu estava hipnotizada por sua boca, sua língua saindo para limpar a última gota de líquido de seus lábios. Delícia.


 Quando ele colocou o copo vazio no balcão, eu estendi a mão para entregar-lhe o troco, preparando-me para a emoção do contato que inevitavelmente aconteceria quando ele o pegasse.


 Mas o contato não veio.


 – Fique com o troco.


 – Não posso. – Este homem tinha me dado cem dólares. Por uma dose de uísque.


 Eu não podia aceitar isso.


 – Pode, e você vai aceitar. – Aquele tom de comando deveria ter me irritado, mas, em vez disso, deixou meus fluidos agitados. – Considere um presente de formatura.


 – Hã... Tudo bem... – A atitude dele afastou qualquer vontade que eu teria de discutir. – Obrigada. – Eu me virei para colocar o dinheiro no meu jarro de gorjetas, no balcão detrás, irritada comigo mesma pelo efeito que esse desconhecido exercia sobre mim.


 – E esta também é uma festa de despedida? – A voz dele me chamou por trás, levando-me a encará-lo. – Eu imagino que você não usará o seu MBA para continuar a ser uma barwoman.


 É claro que isso era o que um engravatado presumiria. Ele provavelmente devia ser um executivo que compartilhava da mesma opinião do meu irmão: havia empregos que valiam a pena ter e empregos para outras pessoas. Ser uma barwoman fazia parte da segunda categoria.


 Mas eu amava esse trabalho. Mais ainda, amava essa casa noturna. Eu só tinha começado a faculdade porque precisava fazer algo mais. “Algo para se manter ocupada”, foi o que Brian disse quando se ofereceu para pagar as minhas despesas, além daquelas que a minha bolsa de estudos e os empréstimos cobriam.


 E foi uma boa decisão, a decisão certa, já que ela, essencialmente, impediu que a minha vida entrasse em uma espiral fora de controle. Nos últimos três anos, eu acabei concentrando minha vida na faculdade e na boate, e os estudos levaram embora a maior parte de minhas preocupações. Mas, agora, atolada com os empréstimos estudantis, tinha que descobrir uma maneira de fazer face às despesas sem ter que sair do Sky Launch.


 No entanto, eu tinha um plano. Queria uma promoção. Já vinha ajudando nas tarefas de supervisão da casa noturna desde o ano passado, mas não conseguira o título oficial porque os gerentes tinham que trabalhar em tempo integral. Agora que a faculdade tinha acabado, eu estava disponível para trabalhar por mais horas. David estava me preparando para a posição. O único possível obstáculo na minha trajetória poderia ser um novo proprietário. Mas eu não ia me preocupar com isso. Ainda.


 Explicar os meus planos a desconhecidos nunca era fácil. Seria inteligente usar um MBA da Stern para uma carreira em gestão de boates? Provavelmente nem um pouco. Portanto, eu engoli em seco antes de responder ao cara de terno:


 – Na verdade, eu gostaria de ser promovida. Eu amo o ambiente das casas noturnas.


 Para a minha surpresa, ele assentiu com a cabeça, com os olhos brilhando, enquanto se sentava mais para frente sob a radiante luz branca do bar.


 – Faz com que você se sinta viva.


 – Exatamente. – Não consegui segurar um sorriso. Como ele sabia disso?


 – Dá para notar.


 Sexy, rico e em sintonia comigo. Ele era exatamente o tipo de homem por quem eu poderia ficar obcecada, e não da maneira mais saudável.


 – Dulce! – O grito do meu cliente de sempre me atraiu para longe dos intensos olhos cinzentos do homem desconhecido. – Estou indo embora. Queria lhe dar parabéns mais uma vez e desejar boa sorte. E, ei, aqui está o meu número. Telefone- me quando quiser. Eu posso lhe ajudar a ocupar sua semana de folga.


 – Eu... Hã... Obrigada. – Li o nome que ele tinha escrito no guardanapo que me deu. – Matt... – Esperei até que ele se afastasse antes de jogar o papel no cesto de lixo debaixo do balcão, captando o olhar do cara de terno enquanto fazia isso.


 – Você faz isso com todos os números de telefone que recebe?


 Fiz uma pausa. Não que eu nunca tivesse saído com clientes antes, mas não fazia isso com clientes regulares. Esta era uma regra minha. Eu não ia querer vê-los novamente. Risco demais enlouquecer com eles.


 Mas não tinha o menor interesse em ter essa conversa com o cara de terno. E, com seus olhos pousados constantemente sobre mim, finalmente acreditei que a minha atração por ele não era unilateral. Não quando tinha me dado uma gorjeta tão generosa.


 - Você está tentando descobrir se eu jogaria fora o seu número?


 Ele riu.


 - Pode ser.


 Sua reação me fez sorrir e fez a umidade entre minhas coxas ficar ainda maior. Era divertido fletar com ele. Pena que eu tinha que acabar com aquilo. Apoiei minhas mãos em cima do balcão e me inclinei em sua direçãopara que pudesse me ouvir melhor, apesar da música, e tentei não me deliciar com o olhar escaldante que ele laçou aos meus seios fartos.


 - Eu não jogaria o seu fora. Nem mesmo o aceitaria.


 Os olhos dele se estreitaram, mas o riso de antes dançava neles.


 - Não sou o seu tipo?


 - Não necessariamente. - Fingir que não estava atríada por ele era inútil. Este homem devia estar consciente da minha reação a ele.


 - Por quê, então?


 - Porque você está procurando por algo temporário. Algo divertido para brincar. - Então, me debrucei ainda mais para transmitir a minha frase de efeito, aquela que desencorajaria até mesmo o mais tarado dos homens. - E eu costumo me apegar. - Afastei-me para que oudesse observar sua reação. - Bem, isso não p deixaria morrendo de medo?


 Eu tinha esperado ver o brilho de pânico correr através de seu rosto. Em vez disso, o que vi foi um lampejo de diversão.


 - Você, Dulce Maria, provoca muita coisa, exceto me assustar.


 Mas, apesar de suas palavras, ele ficou em pé, abotoando o paletó enquanto fazia isso. - Parabéns novamente. Foi um grande feito.


 Fiquei observando o homem de terno por um bom tempo enquanto ele se afastava, mais entristecida com a sua saída abrupta do que gostaria de admitir.


 E levei uns bons cinco minutos, depois que ele foi embora, para me lembrar de que eu não tinha lhe dado o meu nome.



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Autor(a): fucksdm

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 298



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  • Iasmim123 Postado em 24/09/2021 - 10:57:07

    Cadê você para finalizar?

  • binha1207 Postado em 19/05/2021 - 08:44:30

    Jura que vc vai terminar... Só esperando por vc!!

  • Nay Estevão Postado em 04/01/2021 - 23:02:05

    Cadê você pra continuar essa fic???? :'|

    • fucksdm Postado em 18/05/2021 - 23:41:12

      voltei... vou tentar finalizar até mês que vem!!!

  • dada Postado em 27/04/2020 - 17:44:21

    Voltando ler pro princípio kkkk cont..

    • fucksdm Postado em 27/04/2020 - 18:12:12

      terminei o cap 3, amanhã vou postar 3 partes do cap 4

  • dada Postado em 26/04/2020 - 15:44:25

    Cont.

    • fucksdm Postado em 27/04/2020 - 16:02:23

      continuando..

  • fucksdm Postado em 26/04/2020 - 14:29:25

    alguém aqui ainda?

  • fucksdm Postado em 26/04/2020 - 14:28:59

    oi oi, vcs ainda querem continuação??

  • stellabarcelos Postado em 23/05/2016 - 15:20:41

    Volta a postar!! Já tem dois meses! Tô com saudades desse casal complicado

  • Gi_🎀 Postado em 22/03/2016 - 19:57:58

    CONTINUAAA

  • stellabarcelos Postado em 11/03/2016 - 18:32:58

    Não tô querendo uma resposta, só um desabafo mesmo hahahha que bom que saiu dos capítulos que elas estão juntas! Quero cenas do meu casal preferido! Continuaaaa


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