Fanfic: Two Fallen Destinies | Tema: Anjos e Demônios

 Num dia normal na Rua Eriton. O trânsito estava calmo e nada de anormal estava acontecendo. O farol do trânsito ficou verde e um carro cinza foi o primeiro a passar. Ele já estava passando pela esquina quando um carro vermelho em alta velocidade atropelou-o. O fogo se alastrava e somente as pessoas do banco de trás fugiram com alguns arranhões. Depois de alguns segundos os carros explodiram, deixando os dois motoristas mortos.

 Todos estavam na rua observando os bombeiros chegarem e apagar o fogo. Um garoto com mais 2 amigos chegaram perto para olhar. Este garoto se chamava John e seus amigos: Harry e Kevin.

 John olhou para cima assustando-se, pois viu uma mulher flutuando. Ela tinha cabelos brancos e roupas pretas, também tinha asas de anjo, mas não brancas, eram pretas como a escuridão da noite.

 Ela estava segurando uma lista com nomes grifados com uma caneta vermelha, exceto duas. Então ela pegou uma caneta vermelha e riscou os nomes restantes:

John: Ei, quem é você?! Por que está voando?! E por que riscou esses nomes?! – falou o garoto um pouco nervoso, se dirigindo para a mulher.

 Ela virou lentamente a cabeça para o garoto com uma expressão séria, e depois voltou a olhar para frente, sem ligar para o garoto.

 Os amigos de John não estavam entendendo nada, pois não conseguiam ver aquele anjo. Eles pensaram que ele estava louco e foram embora, deixando o garoto com a mulher.

 Então John, impaciente, pegou uma pedra e a lançou em direção a ela, que por sua vez segurou a pedra sem ao menos olhar, e a quebrou em pedacinhos, somente com a força de sua mão.

 De repente, o objeto em seu pulso começou a apitar bem alto e ela desesperada bateu as asas em direção ao céu o mais rápido possível. Quando estava chegando bem perto do céu, desmaiou e começou a cair em alta velocidade. John correu em disparada e a pegou.

 Ele estava a caminho de casa, queria levar ela e esperar ela acordar. Todos da rua estavam olhando para o garoto, pois não conseguiam ver a mulher, só viam as mãos dele, levantadas.

 Quando ele chegou em casa, sua mãe assustada viu o filho estranhamente com as mãos levantadas:

Mãe: Filho! Porque esta com as mãos assim?!

John: É Por que ... Er... Eu estou com câimbra! É isso aí, câimbra! Toda vez que eu abaixo as mãos, eu sinto uma dor imensa. Bom eu vou pro meu quarto e ver se a dor passa, Tchau e oi! - falou mentindo muito mal.

 Seu quarto estava todo bagunçado, tinha meias por todo lado, refrigerante no tapete e uma cueca em cima da tv. John foi para seu quarto e colocou o anjo em sua poltrona:

Anjo: Hã? Onde estou? Mas que cheiro... um morto cheira bem melhor! – disse sonolenta

John: Ah, então você acordou! Você está no meu quarto, e afinal, quem é você?

Anjo: Me dê papel e caneta... – ordenou, ignorando a pergunta do garoto.

John: Ah claro, aqui está. – e entregou o papel e a caneta.

 Ela escreveu no papel em uma velocidade incrível e assim que terminou, entregou o papel ao garoto:

Anjo: Entregue isto ao gerente da loja de relógios, na rua de baixo. Ele te dará uma sacola, não a deixe cair por nada nesse mundo. É urgente.

John: Mas o que tem nessa sacola? – falou curioso.

Anjo: Não é nada que te interesse!

John: Puxa! Eu pensei que os anjos fossem mais... mais... educados.

Anjo: Você por acaso já viu algum anjo antes?

John: Não.

Anjo: Então como sabe se eles são ou não são educados?

 Eles ficaram se encarando por um tempo até que John disse:

John: Por que eu deveria te ajudar?

Anjo: Porque você adoraria ver um anjo morrendo no seu quarto não é?

 John ficou com uma expressão de medo e depois foi até a porta para procurar a tal loja. Sua mãe o viu saindo e gritou:

Mãe: Você não vai nem jantar? Tem tudo que você gosta!

John: Eu tenho que fazer uma coisa muito importante! Depois eu janto!

Mãe: Sua câimbra passou filho?

John: Hã? Ah sim, passou sim, tchau!

John foi a procura da loja de relógios e pensou:

’’O que teria de tão especial naquela loja? E porque uma loja de relógios? Pensando bem, ela olhou para o relógio antes de ir para o céu, talvez ele teria quebrado com a queda e agora ela quer que eu compre outro, mas por que agora que está quase morrendo?! Isso não faz sentido!’’

 Chegando na loja, viu vários relógios de todos os tamanhos, cores e formatos. Ele viu também um senhor com barba branca e curta, tinha a roupa com o nome da loja e estava sorrindo como se nunca tivesse visto a tristeza. John foi até ele e falou:

John: Eu queria falar com o gerente da loja. – disse educadamente, pois era um senhor de idade.

Senhor: Sou eu mesmo, sou o único funcionário dessa loja, o que quer meu jovem?

John: Bom... é meio difícil de explicar, mas digamos que uma pessoa quer que eu te entregue isto.

 John tirou o papel que ela tinha escrito do bolso e entregou para o gerente, que sorria. Ele então pegou o papel do garoto e começou a ler. John não teve coragem de ler, só o tinha guardado.

 O senhor ficou espantado enquanto olhava para John, seu grande sorriso agora virou um olhar assustado. Quando teve forças para falar disse quase gaguejando:

Senhor: V-Você consegue vê-la?

John: Você está falando daquela anjo?

Senhor: Você realmente vê ela?!! Quando?!! Onde?!!

John: Eu vi ela hoje, na rua Eriton, aconteceu um acidente de carro e ela estava lá. Porque está tão espantado? Quer dizer, ver um anjo é um ótimo motivo pra ficar espantado, mas não precisa ficar tanto assim.

Senhor: Você não entende, você não deveria conseguir vê-la. Alguma coisa ruim pode acontecer com você.

 John ficou arrepiado ao ouvir isso, pensou em várias coisas ruins que poderiam acontecer com ele, mas logo se lembrou da sacola.

John: Ela esta quase morrendo, você precisa me dar a sacola, ela que disse.

 Enquanto o senhor se desculpava por falar muito, entrou em uma porta, estava escrito depósito na plaquinha. O garoto ficou esperando até ele sair, quando o senhor saiu, entregou a tal sacola ao menino.

John: O que pode acontecer comigo? –perguntou angustiado.

Senhor: Não tenho permissão para falar, terá que perguntar para Savanna. Essa não, eu não deveria dizer o nome dela, bom, você teria que saber mais cedo ou mais tarde. Qualquer coisa venha aqui me ver, meu nome é Fred.

John: Ok, eu tenho que ir rápido, tchau!

 O garoto correu o mais rápido que pôde mas estava difícil por que estava subindo a ladeira, que o deixava mais lento.

 Durante um segundo sua sombra foi dominada por um ser com um sorriso maligno e garras afiadas, logo depois a sombra de John voltou ao normal sem que ele nem percebesse.

 Chegando em casa sua mãe gritou:

Mãe: Venha aqui jantar agora!!

John: Mãe, deixa eu só colocar essa sacola no meu quarto! – disse ele subindo as escadas.

‘’Eu não posso falar o nome dela, ela saberia que o Fred contou o que não deveria’’ – pensou.

 Chegando no quarto viu Savanna sentada no pé da cama jogando videogame, que começou a gritar:

Savanna: Engole essa golem!!! Todo o seu reino irá cair!! HUAHAHAHAHAHA!! – falando para a tv.

 Ela olhou rapidamente para John e voltou a jogar, depois percebeu que ele estava lá e virou a cabeça lentamente para John com uma cara de culpada:

Savanna: Nossa, como esse controle foi para na minha mão? – soltou o controle da mão.

John: Você não estava morrendo?

Savanna: Anjos não morrem de uma hora pra outra, eu só... desmaiei.

John: O único motivo para eu ter pego essa sacola foi porque você disse que ia morrer!!

Savanna: Mas eu não menti, eu vou morrer, mas daqui alguns dias. Se você não fizesse isso por mim, eu teria que ir até lá, pedir a sacola, e voltar até o céu. E isso demora quando não se pode usar as asas, sabe como é, falta de energia.

John: Você me fez de empregado!

Savanna: Ah querido John, não entenda isso mal, foi apenas um favor no contratempo repentino. Pode me dar a sacola agora?

John: Não.

 Savanna rapidamente pulou da cama e pegou a sacola da mão de John numa velocidade que ele não conseguiu acompanhar:

Savanna: Muito obrigado. – Sorriu sadicamente.

John: Droga! – olhou pro lado – Mas afinal, o que tem nessa sacola?

Savanna: Verá.

 Savanna tirou um frasco com um liquido azul que brilhava de dentro da sacola, tirou a rolha do frasco e bebeu o liquido. O mesmo objeto de antes apitou de novo e riscos azuis apareceram no objeto. John confuso perguntou:

John: Que relógio é esse?

Savanna: Não é relógio, é um medidor de energia angelical. Esses riscos azuis aqui indicam a energia do anjo que está usando o medidor, conforme a energia do anjo acaba, os riscos azuis vão desaparecendo, e se você deixar toda a sua energia acabar, o anjo desmaia e sem energia por muito tempo acaba morrendo.

 John se lembrou do que Fred tinha lhe dito:

John: Quando entreguei o papel para Fred, ele disse que algo ruim poderia acontecer comigo, o que ele quis dizer com isso?

Savanna: Te conto depois, eu estou atrasada, já deveria estar no céu faz um tempão.

John: Mas, espera, eu tenho que...

 Antes que o garoto pudesse terminar a frase, ela abriu as asas e saiu pela janela, deixando o garoto com o vídeo-game ligado.

 Já era quase 10:00 quando John se lembrou do jantar que sua mãe havia lhe preparado. Então desceu correndo as escadas e foi até a cozinha. Sua mãe quase o esganou por ter demorado tanto para jantar.

 Ele comeu o mais rápido que pode e depois foi direto para o seu quarto. Já era 10:30 e estava se aprontando para dormir, porque sua aula era de manhã, então era obrigado a dormir cedo por sua mãe.

John ficou pensando no que poderia acontecer com ele, e isso não deixou ele dormir, quando se levantou para olhar o relógio, já era 2:00 e desesperado para dormir, foi correndo para a cama. Só que sua calça se enroscou com o tapete e ele foi direto ao chão.

 Quando se levantou, ainda meio tonto, andou devagar e chegou em segurança em sua cama e finalmente conseguiu dormir.

                                                          ~Continua~