Fanfic: Destinos Opostos - Laliter. (Adaptada) | Tema: Laliter ♥

Capítulo 24 - #Fase02

O Natal chegara cerca de um mês depois. Lali adorava essa época do ano, ela sempre comprava um suéter novo para o filho e ambos enfeitavam a árvore juntos. Vivendo na mansão, a decoração era feita por Euge, que a convidou juntamente com o sobrinho para ajudá-la. Nos últimos tempos, a irmã de Peter estava sendo muito mais simpática e comunicativa. Lali não entendia muito bem qual o motivo que fizera Euge mudar de atitude, mas estava gostando de não ser mais vista com um olhar de acusação.

Na véspera de Natal, Lali andara por toda a mansão em busca de  Peter e o último lugar que decidira procurar era justamente onde ele se encontrava. Dentro da garagem, o viu sentado no banco do Chevette que ele restaurara com a testa apoiada no sobre as mãos que seguravam o volante. Não queria interrompê-lo, mas Margareth estava precisando terminar a ceia.

- Peter... – chamou baixo para não assustá-lo.

- Oi. – ele levantou a cabeça se ajeitando no banco e virando o rosto para olhá-la.

- Margareth quer saber o que cozinhar para ceia. Quer saber se você tem alguma preferência.

- Diga à ela que cozinhe o de sempre e pergunte a Santino o que ele gostaria de comer. – disse dessa vez com o olhar sem foco – Você também, se quiser algo em especial fale com Margareth, nesse dia Eugenia sempre contrata uma equipe de cozinheiros para dar conta de toda a ceia.

- Sim. O que faz aqui? – perguntou curiosa.

- Pensando. – respondeu ainda com o olhar longe – Gosto de fazer isso aqui dentro, tenho um carinho muito grande por ele. – disse deslizando a mão pelo volante – Entra aqui.

- O quê? – arregalou os olhos perplexa com o convite.

- Entra aqui, Lali. – olhou-a – Afinal, você já andou muito nele.

Sem saber o motivo pelo qual estava sendo convidada para entrar no carro com ele, ela deu a volta e sentou-se no banco do carona. O interior do veículo estava diferente, os bancos agora eram de couro e não de uma lona preta rasgada. Lali olhou o painel que agora era azul marinho e deslizou a mão pensativa. Muita coisa ali havia mudado, mas ela ainda guardava as lembranças daquele carro na época que namorava Peter.

- Se esse carro falasse nos condenaria. – ele comentou com um tom divertido.

- O que acha que ele diria? – perguntou sorrindo, mas sem deixar de olhar o painel e passar o dedo pelos detalhes.

- Cuidado onde põe a mão, Lali. Eu estou dirigindo. – repetiu uma antiga frase que arrancou uma risada dela.

- Tem razão, você dizia muito isso. – tirou a mão do painel e colocou no colo.

- Lembro-me de quando eu te busquei no curso e te levei até uma rua deserta. – falou com o olhar distante relembrando todo o momento – Fizemos amor aqui dentro e você morria de medo de sermos pegos.

- Você nunca teve medo disso. – ficou olhando para ele com a cabeça apoiada no encosto do banco.

- A possibilidade de sermos flagrados sempre me excitou. – fechou os olhos e respirou fundo – Não queria que as coisas tivessem acabado daquela forma. – confessou isso pela primeira vez.

- Eu também não. – disse com a voz fraca e olhou para frente sentindo toda a tristeza invadí-la novamente.

- Talvez estivéssemos felizes hoje. Eu acho que estaríamos. – continuava de olhos fechados – Nos amávamos e agora eu poderia dar a vida que você tanto quis.

- Me desculpe. – baixou os olhos – Quando percebi que havia cometido um erro mentindo pra você, era tarde demais. Eu já estava casada e longe de tudo.

- Não precisa mais se martirizar por isso, Lali. Já passou, aconteceu e não temos mais como mudar o passado. Agora seremos amigos e tentaremos conviver em paz pelo bem do nosso filho. – disse decidido – Que o nosso passado permaneça dentro desse carro.

Ela apenas se manteve em silêncio, aquela seria a melhor resposta. Peter realmente estava disposto a nunca mais pensar no que acontecera entre eles, mas pretendia ter uma relação de amizade com ela. Somente pelo bem do filho deles, porém ela já se sentia um pouco mais confortável com aquilo. Quando chegara naquela mansão, ela apenas recebia o desprezo dele e a hostilidade sempre que fosse possível.

- Quer dar uma volta? – ele a convidou.

- Como assim? – olhou-o confusa – Agora?

- É. – olhou – Acho que podemos fazer isso, certo?

- Sim. Mas Santino pode me procurar e além do mais, Margareth está esperando a resposta.

- Não tem problema. Ligue para o telefone da mansão, fale com Margareth e peça para Euge ficar com Santino por algum tempo, não vamos demorar. – ele disse enfiando a mão no bolso e pegando o celular para entregar à ela.

- Tudo bem. – ela disse pegando o aparelho da mão dele.

Peter ligou o motor e, com o controle que estava dentro do veículo, abriu a garagem. Lali sorriu e não conseguiu segurar o comentário.

- Agora ele pega de primeira.

- Sim. – respondeu sorrindo – Eu troquei o motor também.

Em poucos minutos estavam passeando pelas ruas de Los Angeles sem rumo. Lali já havia falado com Margareth e pedido à governanta que pedisse a Euge para cuidar do seu filho. Peter disse para ela deixar o celular dele em cima do painel do carro e continuou dirigindo pelas ruas residenciais da cidade.

- O que aconteceu com o curso de moda? – ele perguntou tentando manter uma comunicação e não deixar o clima no carro tenso.

- Eu larguei. – disse olhando para a paisagem do lado de fora.

- E por que não voltou?

- Santino nasceu e eu passei a dedicar meu tempo a cuidar dele, depois precisei trabalhar e o sonho de ser uma estilista ficou longe. – explicou um pouco desanimada recordando-se dos planos que tinha alguns anos atrás – Eu adorei passar todo meu tempo com meu filho, mas fico triste por não ter conseguido meu diploma. Mas quando sinto falta, eu desenho. – explicou.

- Eu gostaria de ver seus desenhos algum dia. – ele disse sem desviar os olhos da direção.

- Não são tão bons. – suspirou.

- Eu acho que está equivocada. – mudou o tom de voz – Tenho que lhe dizer algo importante, Lali. Minha mãe quer que eu leve Santino até a Itália para conhecê-la, mas é claro que você iria junto.

- Ir para a Itália? – perguntou espantada.

- Exato. – confirmou – Além do mais, minha mãe exige que eu leve um exame de DNA para comprovar que Santino é meu filho. Ela acha que você está dando um golpe.

- Não estou dando nenhum golpe! – disse na mesma hora ficando um pouco irritada.

- Eu sei, Lali. É impossível negar que Santino é meu filho. Mas minha mãe sente raiva por tudo que aconteceu e não sossegará enquanto não tiver um exame nas mãos pra comprovar. – olhou rapidamente para ela – Não leve a mal.

- Não, eu entendo. – disse baixo – Mas se eu for para a Itália, vou me hospedar em um hotel, certo?

- Não. Ficará na casa da minha mãe junto comigo e Santino. – Peter explicou fazendo a curva em mais uma rua.

- Eu acho melhor não. Sua mãe não gosta de mim e seria mais confortável para todos se eu ficasse em um hotel ou uma pousada. Algo simples, pretendo pagar com meu dinheiro.

- Nada disso! – recusou a ideia com firmeza – Você ficará conosco, Lali. Minha mãe pode não gostar de você, mas isso não muda o fato de que você é a mãe do meu filho.

Continua..... - Capítulo 25 - #Fase02

Fanfic`s que estão sendo adptadas por mim. 

Contrato de Casamento - http://fanfics.com.br/fanfic/52054/contrato-de-casamento-laliter 

Destinos Opostos - http://fanfics.com.br/fanfic/51169/destinos-opostos-laliter-adaptada-laliter

Second Chance - http://fanfics.com.br/fanfic/52113/second-chance-laliter-laliter 

Escritora Original: Estrelinha Vondy