Fanfic: A Ordem de Serpentário - A lenda dos Guardiões de Atena | Tema: Saint Seiya (CDZ)
Incrustado no Oceano Pacífico, bem distante do continente há uma grande ilha oculta. Inexistente dos mapas e cartas náuticas, Lemúria, também chamada de Continente Mu, conta com a proteção divina de Atena, a deusa regente da Superfície da Terra.
Este local misterioso abriga um povo de natureza especial. Dotados de grande longevidade e sabedoria, o Lemúrianos são profundos conhecedores da vida e morte, e possuem a capacidade de usar as mais profundas capacidades do cérebro humano.
De posse dos antigos conhecimentos místicos, esse povo pode manipular os metais e a química antiga, como a prática da secreta alquimia.
Lemúria possuía um governo próprio, onde um sábio sacerdote, chamado de Gran-Mestre, e seus doze Conselheiros Alquimistas governavam com justiça, amor e fidelidade a sua deusa. Os doze mestres alquimistas eram os governadores das doze províncias da ilha. O nascido que se sagrasse o mais habilidoso alquimista de sua geração recebia essa honraria, sendo ao bater de sua velhice aceito na ordem dos Anciões de sua província após a transferência de seu cajado ao jovem da geração seguinte.
Ao Conselho de Anciãos, composto pelos Lemúrianos mais antigos e de notável sabedoria, cabiam grandes responsabilidades. A orientação nas decisões dos governadores das províncias, bem como a deliberação final das questões das mesmas eram as tarefas mais comuns. Mas uma responsabilidade ainda maior lhes era atribuída, quando da vacância na posição de Mestre Alquimista da vila, a importante missão da sucessão a eles era incumbida.
O Gran-Mestre, consagrado pelo poder de Atena, era escolhido dentre os sábios dos Conselhos de Anciãos em doze candidatos auto-propostos, representantes de suas províncias.
E assim seguia Lemúria, pacata e presente na batalha travada nas outras partes da Superfície da Terra.
Nessa terrível batalha encontrava-se Leo, um poderoso Lemúriano que ainda jovem, aos quinze anos, salvara seu bairro de um ataque surpresa dos marinas de Poseidon, bem como a própria Lemúria um ano atrás. Sua coragem impressionou Atena que o recrutou a seu exército, e seu amor a sua terra natal elevou Lemúria a um importante patamar, ser a força de retaguarda na sangrenta batalha que se desenrolava.
Atentos a batalha o povo de Lemúria aguardava ansiosamente ordens do Templo de Atena, quando num momento delicado da batalha chega mensagem urgente diretamente do Salão de Atena e de próprio punho da deusa. Atena visitaria Lemúria em dois dias.
VÉSPERA DA VISITA DE ATENA
Um dia e meio depois todos os preparativos à recepção da deusa estavam acertados. O ocultamento do porto secundário pela névoa, o discreto e seguro caminho ao Grande Salão do Gran-Conselho, e a ornamentação simples e ao mesmo tempo respeitosa a importância da pessoa a se receber.
ATENAS — TEMPO DE NIKÉ-ATENA
No pequeno porto da baia oculta entre as montanhas uma luxuosa embarcação esperava a deusa. Na entrada do cais estava Leo, um dos mais valorosos guerreiros de Atena, em reverência com a chegada da deusa.
O navio com o selo de Atena, coberto por lonas negras a fim de proteger a deusa em tempos de guerra, segue mar adentro com Atena a proa, apesar da recomendação de Leo para se resguardasse a seus aposentos.
O rumo da guerra contra Poseidon deixava Atena muito apreensiva, e seus guerreiros sempre em alerta máximo.
Após longa viagem Atena e Leo chegam ao porto escondido em Lemúria, sendo recebidos por um Lemúriano trajando belas vestes azul escuro. Após simples recepção todos seguem imediatamente ao Salão do Gran-Conselho, devido à urgência da mensagem e ansiedade de todos.
Chegando a entrada do salão dois guardas também trajados de vestes azuis abrem as portas, e mais adentro podia-se ver um vistoso tapete vermelho como caminho a um luxuoso assento na cabeceira principal da grande mesa. Leo, prontamente reconhecido por todos, após um sinal de cabeça do Gran-Mestre conduz Atena a seu lugar de destaque.
Os doze Mestres Alquimistas, após Atena e o Gran-Mestre, sentam-se. Leo o faz em seguida em assento especialmente posto ao lado da deusa.
O Gran-Mestre, como anfitrião faz as honras da casa:
— Muito nos honra tua presença, Deusa Atena. Aguardávamos ansiosos por sua chegada. Estamos a teu inteiro dispor.
Atena agradece a acolhida, e traz a todos o motivo de sua visita:
— A batalha pela paz na Terra, que muito angustia a todos, chega em um momento crucial. Somos em menor número e muitas foram as perdas humanas. O espírito de luta e o cosmo de nossos guerreiros está vulnerável. Por isso decidi conceder-lhes vestes sagradas a proteger seus corpos, as armaduras sagradas. Assim, com elas passarão a ser chamados de Cavaleiros e Amazonas.
Após essas palavras, cheias de sentimento, Atena abre uma pequena caixa discretamente levada àquele momento.
— As Sagradas Armaduras serão em número de oitenta e oito, conforme as constelações existentes no céu. Serão divididas em três grupos de poder. À confecção delas lhes ofereço quatro metais: O Gamanium, o Ouro, a Prata e o Bronze. — Diz Atena retirando uma porção de cada metal do baú. — A fim de torná-las fortes, e traçar um caminho de energia entre o metal, o cosmo e as proteção das constelações ... eis o pó de estrelas.
Nesse momento, a um singelo movimento de dedos de Atena surge no ar um rastro de finíssimas partículas douradas. As partículas se materializaram e se depositam no fundo de uma caixa ainda menor que a deusa retira do mesmo baú.
— As Armaduras nascerão como entes vivos, e com poder regenerativo. Concedo meu sangue divino para tornar isso possível.
Atena tira do baú uma pequena adaga e um frasco de vidro. Ela posiciona sua mão sobre o frasco destampado e a corta com a adaga, deixando gotejar seu sangue divino no recipiente. Após chegar a metade do volume do pequeno frasco, a deusa com um leve movimento de mão fecha a corte e tampa o frasco.
Assustados com a cena, os Lemúrianos se tranquilizam após verem um doce sorriso dado por Atena. Atena coloca o pequeno fraco com seu sangue próximo aos metais sobre a mesa, pegando um pedaço de bronze numa mão e de prata em outra.
— Visando proteger os guerreiros de menor poder, serão construídas as armaduras de bronze, com gamanuim, pó de estrelas e bronze. Em número de quarenta e oito peças. Num nível superior, mas intermediário existirão as vinte e quatro armaduras de prata.
Atena coloca sobre a mesa os metais e apresenta um reluzente pedaço de ouro.
— Para a mais alta casta de poder dos guerreiros, serão doze armaduras de ouro, orientando-se pelas constelações presentes no círculo Zodiacal.
Os Mestres Alquimistas atentos a todas as palavras da deusa se surpreendem com mais um objeto retirado por ela da caixa.
— Por fim quatro armaduras especiais, feitas de um metal ainda mais especial, o Oricalco.
Calmamente, Atena guarda todos os objetos no baú e completa:
— Confio a vocês, Mestres Alquimistas de Lemúria, a missão de construí-las, e mudar o rumo dessa Guerra.
A essa tarefa Atena não define prazo, mas ordena o imediato cumprimento a começar pelos trajes de ouro.
Considerando o adiantado da hora, de maior vulnerabilidade em mar aberto, Atena após reunião é conduzida a seus aposentos naquelas terras.
Vendo Leo sempre a seu lado, a deusa após devidamente alojada o chama-o para audiência.
— Obrigado por sua dedicação Leo. Está dispensado até amanhã pelo meio-dia. Visite seus familiares, pois aqui estou segura.
Leo, confiante das palavras de Atena e cheio de saudades de seu povo sai até sua província, onde é tido como herói.
No dia seguinte, às doze horas, seguem Atena e o Gran-Mestre até o porto, não mais coberto pela névoa, mas protegido por grande quantidade de soldados Lemúrianos em locais visíveis e não visíveis. Como ocorrido na partida à Lemúria no Templo da deusa em Atenas, na entrada do cais encontrava-se Leo de prontidão.
Diante das duas importantes pessoas que chegavam, Leo faz longa reverência.
— Levante-se Leo. Ordena o Gran-Mestre. — És um dos nossos e estás em tua terra. Leo se surpreende com a quebra do cerimonial.
— Mas ... Leo estava confuso.
O Gran-Mestre, quebrando o procolo dá um grande abraço em Leo.
— Você goza da confiança de Atena e de todos aqui em Lemúria. Estamos certos que nos dará muito orgulho defendendo Atena e nossa Terra. Representas com honra nosso povo na linha de frente dessa guerra, e é isso que importa.
Leo, feliz com o reconhecimento manifestado e sorri.
— Obrigado. Diz Leo com a visão de um belo sorriso desenhado no rosto de Atena.
O barco parte de volta a Atenas com um reforço de soldados Lemúrianos, dentre eles uma bela jovem chama atenção. Sua missão era transportar em segurança todos os Lemúrianos de volta a Lemúria. Seu poder de teletransporte era notável. Lyra era a mais poderosa telepata de sua vila.
Alheio a tudo isso, Atena pensava na guerra e nas medidas necessárias para vencê-la. Muitos desafios estavam por vir, pelo bem da terra e da humanidade.
Naquele momento Atena dava um passo essencial ao seu triunfo na guerra contra Poseidon que abalava a Terra, e em muitas outras em épocas vindouras.
Com o correr do tempo a força dos cavaleiros e amazonas vence a Guerra, mas não estanca a tristeza da deusa no pós-guerra. Atena tinha ousados planos para resolver essa nova situação. Asclépio aguardava ansiosamente o desenrolar desses planos.
NASCIAM AS SAGRADAS ARMADURAS DOS CAVALEIROS DE ATENA. A OUSADIA DE ATENA VENCE A GUERRA, MAS ALGO MAIOR AINDA ESTÁ POR VIR.
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Autor(a): phoenix_no_ankaa_mf
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