Fanfic: Sing 🎯🎼☯ | Tema: Song
Eu e Pê resolvemos ir para o quarto da Bruna, pois ela era o único que tinha uma cama de casal e uma televisão para assistirmos. E ficamos por ali assistindo a nossas séries favoritas, inclusive aquela a que assistimos no dia do aniversário dele e piramos da mesma forma a cada parte. O dia seguinte cheguou,e à noite a única coisa que fizemos para jantar foi pipoca e continuamos assistindo aos seriados, eu estava deitada no seu peitoral e o abraçando enquanto ele passava as mãos em meus cabelos, até que peguei no sono e acho que ele pegou também logo depois, pois suas mãos pararam de mexer em meus cabelos. Passei dias por lá e esses dias estavam mais que perfeitos, com ele me sentia protegida, confortada, eu sentia que nosso sentimento era maior que tudo e que todos não poderia o impedir, nada.
- Sai daí agora, agora! – uma voz aos gritos me acordava, eu a conhecia, mas estava morrendo de sono.
- Bru? – eu disse, reconhecendo a voz, mas com os olhos ainda embaçados de sono.
- Não me chama de Bru sua vadia! – ela gritava, enfurecida como eu nunca tinha visto.
- Mas Bruna você é minha melhor amiga esqueceu? – eu disse já ficando completamente acordada e indignada com o que acabara de ouvir.
- Melhor amiga? Melhor amiga é o caralho! Você está na minha cama com meu irmão pelas minhas costas e se diz melhor amiga? – ela respondeu ainda mais enfurecida.
- Mas como? Como você soube? Seus pais já chegaram? Deixa eu te explicar! – eu falava quase aos pratos, já sentada na cama. Desnorteada.
Pedro ainda estava acordando, parecia que não estava entendendo nada, na verdade eu também não.
Ela bateu palmas para mim, dando risos irônicos e disse:
- Além de vadia é burra. Bu-rra! Ana Júlia você me bloqueou no seu instagram, mas esqueceu de bloquear minhas amigas querida! Sua vadia burra! Você acha que eu não veria a sua foto com meu irmão? Sua burra ridícula.
Eu não estava mais aguentando os insultos, então me levantei num impulso e me pus em frente a ela.
- Olha aqui Bruna, não me chame de vadia! – eu falei apontando-lhe o meu indicador bem na sua cara.
- Vadia,vadia e vadia! –ela disse me desafiando.
Foi quando o Pedro levantou-se na cama num impulso e foi para nosso lado, virando para Bruna.
- Bruna pode parar. Eu não admito que você insulte minha namorada assim,ela não tem culpa nenhuma disso e só estávamos assistindo TV e pegamos no sono,só isso – ele disse em minha defesa,mas eu ainda estava muito brava.
- Ah quer dizer que ela já é tua namoradinha? Vocês não têm vergonha? Pelas minhas costas! – ela disse.
- Bruna, primeiro: eu não sou namoradinha do seu irmão, sou A namorada do seu irmão, segundo: pense bem antes de jogar uma amizade de anos no lixo, pense bem! Você mal sabe como tudo aconteceu e já vêm sete pedras na mão – eu falei tentando me acalmar.
- É mesmo? Estou ansiosa pra saber, me conte! Foi quando eu confiei em você para estudar com meu irmão não foi? Você não perde tempo mesmo né.
- Bruna olhe bem, não fale assim comigo que eu não sou qualquer uma pra falar assim comigo, você me conhece. Eu não queria ficar com Pedro por causa de você, eu neguei pra ele e para mim mesma, mas o sentimento foi maior. E se é pra ser sincera com você, não foi nos estudos foi quando eu dormi aqui algumas semanas depois do aniversário dele. A última coisa que eu quis era magoar você – eu falei com lágrimas escorrendo pelo meu rosto, mas logo limpando-as e Pedro segurou na minha mão e apertou forte.
E Bruna balançou a cabeça em reprovação.
- Você mais do que ninguém conhece sua amiga e sabe que ela nunca faria nada por mal. Ela é melhor pessoa que eu já conheci e tenho certeza que pra você também, eu que insisti, eu que me apaixonei por ela sem querer e não quis perder ela por nada. E não me arrependo por isso, então para de falar dela dessa forma se não vai me obrigar a brigar com você também e não é isso que eu quero. Eu só quero que você entenda que a gente se gosta muito e se aconteceu foi por que tinha que acontecer. A gente não tem culpa nenhuma disso e você vai ter que aceitar – ele disse a irmã, enquanto eu apertava forte a sua mão.
- Cara, o que mais me dói não é vocês estarem juntos. O que mais me dói é vocês me esconderem isso, de se pegarem escondidos de mim. Por que não me contaram antes? Eu não sei se aprovaria, mas já teria me acostumado e não sentiria rancor nenhum de vocês. Ela não foi leal e verdadeira comigo, não chegou e conversou, não foi a melhor amiga que eu esperava que fosse, fez tudo pelas minhas costas e eu feita de idiota por não perceber nada. E cara sinceramente eu agora acho que nossa amizade toda foi mentira, acho que ela só se aproximou de mim pra ficar com você. Claro o que ela mais ia querer sendo amiga de uma piralha que nem eu? Todas as amigas delas são mais velhas ou da mesma idade que ela. Ela veio me perguntar se eu conhecia alguém que podia lhe ajudar nos estudos,mas ela queria era você desde o começo,agora tudo se encaixa perfeitamente – ela disse com lágrimas nos olhos.
- Bruna, você não vai me fazer repetir tudo que acabei de lhe dizer. Você sabe que ela jamais seria capaz, jamais e que tudo aconteceu naturalmente e se alguém tivesse culpa seria eu – meu Pedro disse a irmã dele.
Mas ela parecia que não tinha escutado nenhuma palavra, logo deu as costas e foi em direção a porta. Eu tentei a puxar pela mão para me explicar,mas ela a soltou rapidamente e prosseguiu na mesma direção.
- Ah, não se preocupem não vou contar a mais ninguém do casinho de vocês – ela disse antes de sair.
Eu estava em lágrimas,então Pedro me abraçou carinhosamente.
- Minha princesa não fica assim não.Você nós não fizemos nada de errado. – ele disse enquanto me abraçava e passava as mãos em meus cabelos,logo depois me deu um beijo na testa e eu fui me confortando e parando de chorar.
- Mas Pê,eu só quero minha melhor amiga de volta.Eu nunca me aproveitaria de ninguém,muito menos dela. Ela me chamou de coisas tão feias. – enquanto eu falava me toquei a um fato:se a Bruna estava lá,os pais também deveriam estar.
-Meu amor,seus pais. Seus pais devem estar aí. O que eles vão pensar de mim? E dessa briga? E agora?
Então ele pegou em uma das minhas mãos e me guiou, eu queria relutar em segui-lo, mas confiava muito nele para isso. Estava com medo do que poderia acontecer, estremeci.
- Pai,mãe. Vocês conhecem a Júlia né? Melhor amiga da Bruna. Agora ela é minha namorada.
Eu fiquei em choque com aquela atitude e percebi que os pais dele também. Ele estava segurando minha mão. Eles gaguejavam tentando encontrar palavras.
- Ah, Júlia. Tudo bem? – disse a mãe dele,depois de minutos nos olhando,tentando não se mostrar tão perplexa, mas mal sabia como lidar, pois não era uma apresentação, eles já me conheciam e há tempos e jamais imaginariam aquilo.
- Oi. Está tudo bem sim. –eu disse, envergonhada. E logo o pai dele foi me cumprimentar também.
- Vocês querem o que pra almoçar? Já almoçou em casa meu anjo? – disse a Dona Clara,já se desarmando e sendo simpática de verdade como sempre foi comigo.
- Não dona Clara, ainda não almocei. Muito obrigada.
- Faça estrogonoffe de camarão mãe,é um dos pratos preferidos da Jú – disse o Pedro,e eu sorri.
- Claro. Ela já era e agora é oficialmente como uma filha pra mim. Vou caprichar. – ela disse,sorrindo de forma sincera,e eu soltei uma gargalhada sem querer,fiquei muito feliz com aquilo,ela aceitou.
O pai só observava a situação e saiu sem que eu nem percebesse. Mas não parecia reprovar,apenas era ocupado e um pouco fechado ás vezes.
O almoço já estava pronto, enquanto ela preparava estávamos sentados na sala, assistindo e conversando. Mas onde estava a Bruna, ela poderia chegar a qualquer momento e fazer um barraco gigante, contar onde me encontrou com o Pedro. Estava morrendo de medo por dentro, mas estávamos agindo naturalmente.
Então nos sentamos a mesa.
- Cadê a Bruna mãe? – Pedro perguntou a dona Clara.
- Saiu,disse que ia sair pra relaxar. Aliás,o que foram aqueles gritos dela,foi com você?
- Sim mãe,foi comigo. Você sabe que sempre somos muito carinhosos um com o outro. – ele falou,soltando uma risada que soou quase verdadeira.
- Ah,vocês dois não tem jeito mesmo. Pode isso Julia? Você escolheu duas crianças pra fazer parte da sua vida. – ela falou rindo,a se referir ao filhos.
Eu não tinha o que falar sobre a Bruna,então falei apenas do Pedro para disfarçar.
- Ah que isso dona Clara,ele nem é tão infantil assim. Só um pouquinho. – eu falei,sorrindo e piscando para ela,como se estivesse mentindo,mas sabia que ele estava vendo,essa era a intenção,o zuar.
Ele apenas riu, e ia se falar algo. Mas ela começou a falar antes.
- Mas falando sério agora, eu estava a observar vocês no sofá e me perguntando como nunca te percebido que vocês formam um tão belo casal. Tenho certeza que você é a menina certa pra meu filho. Vocês têm um jeitinho parecido.
Eu apenas sorri, assim como ele. E eu o abracei e beijei a bochecha.
- Obrigada Dona Clara por me trata com tanto zelo. Obrigada mesmo.
Ela sorriu cordialmente. E o Pedro estava comendo, parecia que não estava prestando muita atenção a nossa conversa.
O pai dele chegou, e percebi que eles conversavam baixo, ouvi meu nome, mas logo depois vi um sorriso surgir dos dois,então me tranqüilizei. Meu futuro sogro sorriu pra mim e assentiu com a cabeça, foi sincero. Ainda bem. Se a Bruna estivesse por ali o clima estaria pesado,já até imagino os olhares que ela me daria. Nunca imaginei que isso aconteceria. Olhar de ódio de minha melhor amiga. É doloroso.
Descansamos um pouco, e então fui apresentá-lo a meus pais. Mas pera aí, eu passei dias na casa da Bruna e volto como namorada do irmão dela? Inverti a história para eles, disse que ele e os pais tinham viajado enquanto a Bruna ficou em casa. E eles estavam um pouco desconfiados, mas foram muito simpáticos e abertos ao Pedro.
E os dias foram se passando. E se passaram três meses. Eu evitava ao máximo bater de frente com a Bru,mas as vezes era inevitável e ela me dava olhares de nojo,isso era estranho e me fazia sentir certo nojo de mim também. Confesso que chorei diversas vezes, quando sozinha. Queria minha amiga de volta, isso me machucava mais que qualquer outra coisa na minha vida, teve um desses dias que chorei até vomitar. Não queria terminar com o Pê de jeito algum, mas às vezes pensava que eu poderia ter evitado tudo aquilo. Fui fraca. Se eu ao menos a contasse, mas não,achei mais fácil esconder, tinha medo de acontecer exatamente o que estava acontecendo. Perdi minha melhor amiga em troca de um amor. Isso nunca mais teria volta. Uma amizade que seria pra sempre agora não passa de nojo e raiva, um amor que aconteceu em meses e poderia acabar em meses também. Anos convertidos em meses.
OH OH, OH OH OH OH
LOUDER.
Autor(a): miarochaa
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
A você que acaba de ler minha fanfic muito obrigado por dispor do seu tempo lendo-a. Espero que tenha gostado,fiz com bastante carinho,cuidado e pensando em cada detalhe. É importante para mim também que além de você ler ,comente também para que eu possa saber se deu um bom resultado e se devo publicar mais e para que possamos tamb&eac ...
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