Fanfic:  O Homem do Gás *(vondy)*

Uma hora depois...

Dulce estava quase terminando de embalar as marmitas, cantando alegremente uma música romântica.

- Lembro com muita saudade daquele bailinho...que a gente dançava bem agarradinho, que o que a gente queria mesmo era se amassar... E tudo o que a gente transava eram três quatro roupas, eu era a raposa e você era as uvas, e eu sempre querendo o seu beijo roubar... – cantou mais alto fechando as últimas marmitas.  – E por mais que você se esquivasse, eu tinha certeza, que no fim do baile, na minha lambreta...aquele broto bonito ia me abraçar...

Dulce deu um sorrisinho lembrando-se do forró da Lapada, onde havia encontrado seu galã Christopri. E presa em suas recordações, ela sentiu alguém atrás de si...lhe abraçando. Ela ergueu uma sobrancelha, pensando: “Será que era ele que tinha voltando para um 2º round???”.

Mas ao sentir o fedor de sovaco azedo, fez uma careta, virando-se, sabendo que era Poncho e seu sorriso banguelo.

Mesmo sabendo que era ele, ela levou um susto.

- QUE SUSTO MEOOOOOO!!!! Nossa, meu filho mais uma dessa eu infarto.... – e colocou a mão no peito, arfante.

- Oi amor! – sorrindo docemente.

- Já ta bêbado desgraca???? – perguntou ela virando-se para as marmitas.

- Claro que não, amorzinho.

- Então o que você faz em casa uma hora dessas e ainda mais assim me olhando, me chamando disso aí? - disse se encostando na pia pegando uma faca e colocando atrás de si. – Poncho, você tomou seu gardenal????

- Sim gatinha.  A caixa acabou tem 2 dias e você não me deu dinheiro para comprar...

- O que tu fez dos 15 reais que te dei pra passar o fds???

- Joguei no bicho e perdi que mal tem nisso???

- Aff, pra você não tem mal nenhum, você não tem juízo mesmo.

- Se eu tivesse ganhado você não estaria reclamando... – falou com desdém, abrindo a geladeira e tomando água.

- Mas esse é o problema! Você nunca ganha! E tá dando é sorte que tem meses que não tem mais ataques epiléticos...

Dulce começou a lembrar tudo o que tinha vivido com Poncho. As várias crises de epilepsia. Noites sem dormir com ele se debatendo e babando pelos cantos da casa. E de repente lembrou no aniversário de 3 anos de Bergleno, filho de Maite, que ele caiu em cima do bolo. Até hoje Bergleno pensava que ele era o palhaço da festa.

- Dulce, para mim estou curado. Não sinto mais nada...e eu vim mais cedo porque preciso falar com você...

- E isso agora??? Dinheiro para dividas em jogo??? Ou pra levar as beep no motel? Nem sonha... – ela riu.

- Não, Dulce você só pensa em grana...eu to falando de nós dois!

Dulce olhou na cara dele.

- Nós dois quem, cara pálida...?

- Nós Dulce, eu e você, você e eu....nosso casamento...

- Realmente Poncho tu voltou a fumar maconha só pode....

- Não amor, eu andei pensando eu to falhando como marido. Quero que nós dois vamos pra igreja, pro grupo de casais resgatar nossa

felicidade....

Dulce realmente tava em choque. Poncho tinha se drogado. Injetou crack no rabo, só podia.

- Então Dulce tava até pensando na possibilidade da gente adotar uma criança.

Não agüentou mais.

- Poncho... – e se aproximou dele pegando sua mão, com a maior calma do mundo.

- Diz para mim se é problema com drogas? – e olhou para ele docemente, prestativa, paciente.  – Se for isso, a gente junta dinheiro e tu vai pro centro evangélico de reabilitação!

Ele negou com a cabeça, impaciente.

- Dulce, você não tá entendendo eu quero tentar...?

Dulce abriu os olhos como pratos. Realmente Poncho tinha surtado...

Se virou pra pia e começou a lavar os pratos. Até que sentiu Poncho leh abraçando por trás. Dulce ficou rígida de tensão e Poncho começou a passar as mãos por suas coxas. Ela sentia um asco que nunca pensou em sentir de uma pessoa...e quando ele subiu a mão para o meio de seus pernas e começou a acaricia-la, Dulce não teve outra reação que empurra-lo.

- NÃO ME TOQUE!!!! - Disse com a fúria contida no seu olhar...

Poncho deu vários passos para trás pelo grito dela. Nunca tinha visto ela tão furiosa.

Dulce pegou a faca e foi caminhando ao seu encontro.

- Nunca mais ouse tocar essa mão imunda em mim...senão te capo entendeu???? Jogo pro Maicon, o cachorro da vizinha essa Tripa de Porco que você tem entre as pernas.  - gritou passando a faca no nariz dele.

Poncho estava chocado! E com medo. Nunca esperaria que Dulce, seu doce, agisse assim. Só que as coisas tinha mudado muito durante os anos.

- Você tem 5 minutos para pegar essas marmitas, ir entregar e sair pra vender a moto na feira do rolo. – falando rápido pela raiva. - Eu quero esse dinheiro antes de 5 horas nas minhas mãos ok???!!!!

Poncho somente suspirou e saiu com os rabinhos entre as pernas.

comentem*

plies...