Fanfic: Cupido Criminal | Tema: Vondy

Dulce Maria

Depois de acordar atrasada, enfrentar um trânsito caótico, meu celular acabar a bateria, cair de cara no chão no hall do maior aeroporto de Los Angeles porque pisei em falso, enfim, estávamos na fila do embarque para nosso destino.

Eu olhava em volta do aeroporto  lotado, o que não era novidade já que estavamos em Los. A tentando ver se algum paparazzi idiota estava nos perseguindo, ou melhor, estava perguindo Belinda.

Apenas ela.

Não eu.

Claro!

Mas tudo o que eu via era pessoas correndo de um lado para o outro com suas bagagens no carrinho, outros tinham expressões sérias e cansadas, já outros falava ao celular completamente perdidos em sua volta. Outros estavam sentados na sala de espera entediados.

Os mais próximos de nós duas olhava para a Belinda e tinha um pequeno sorriso nós lábios. Apesar de está usando um chapéu, óculos de sol e está com a cabeça baixa, eles sabem quem aquela garota era, mas por vergonha ou timidez não se aproximavam dela.

Belinda olhava atenta para o seu celular, pela sua expressão falava com seu empresário que, convenhamos, era um verdadeiro mala. Eu já falei mais de seis vezes para trocar de empresário, mas essa garota teimosa me escuta?

Não.

Claro que não.

Estamos falando de Belinda Peregrin

Depois de nove minutos na fila, por fim, entramos dentro do avião. Belinda tinha um sorriso enorme no rosto após ter de tirar os óculos, o chapéu e levantar a cabeça para a moça a quem entregavamos nossas passagem.

A garota tinha ficado com os olhos arregalados e a boca aberta. E ficou simplesmente paralisada encarando Belinda, um rapaz precisou assumir o posto da garota por conta de sua postura. Tive que segurar a risada.

Ela parecia assustada.

Depois de acharmos nossas poltronas, Belinda resolveu desligar o celular e soltar os seus cabelos incrivelmente loiros e muito bem cuidados.

Belinda: Eu ainda não acredito que você me fez mesmo ir terminar o ensino médio com você. - comentou logo após de colocar o cinto em sua cintura.

Fiz a mesma coisa em mim.

Dulce: Eu não fiz nada. Você que insistiu para me acompanhar. - levantei uma sobrancelha - E tudo isso, porque não sabe mas viver sem mim - sorri.

Belinda: Bem menos amor. Bem menos por favor...- riu - Vou sentir falta daqui. - olhou para a pista - Claro, não é a primeira vez que mudo de colégio, mas é a primeira vez que vou fazer todos os semestres em um só lugar

Seus olhos foram de encontro para as últimas pessoas que ainda entravam no avião em uma fila única.

Belinda:  Devo confessar que estou ansiosa - bateu palmas.

Dulce: E tudo isso porque não sabe viver sem eu...- murmurei com um sorriso de canto a encarando divertida.

Belinda fez careta.

Belinda: Sorte da Shay que já está na faculdade e em Havard. Acho que nas férias vou fazer uma visita á ela. - me encarou sorridente.

Dei um enorme sorrindo me lembrando de nossa amiga. Éramos um trio.

Dulce: Vou com você.

Nossa atenção foi para algumas pessoas que conforme entravam sorria e dava "tchau" para Belinda. Ela retribuia com um sorriso e balanço de cabeça.

Isso me lembrou de algo.

A encarei mais séria.

Dulce: Só espero que quando chegarmos na Elite, eles não comecem um ataque e te prive de circular por ela livremente - confessei meu receio.

Mas eu já sabia que seria exatamente isso que aconteceria. Por onde Belinda ia era uma loucura, aonde ela chegava era eufória, fãs malucos e perseguidores atrás da linda e talentosa Belinda.

Belinda: Já estou acostumada Dul. Meio que escolhi isso mesmo. - balançou a cabeça em sinal de concordância e voltou a olhar algumas pessoas. - Vai ser bem divertido dessa vez.

Dulce: Sempre é. - lembrei me encostando na poltrona.

 Belinda Peregrín Schüll é minha melhor amiga tem exatos 2 anos e meio. Era dona de um cabelo loiro natural, alta, olhos verdes claros e dona de longas e bonitas pernas. Além de ser magra, linda, poliglota e incrilvemente rica.

E ela não é qualquer típica adolescente de 17 anos, na verdade, ela é uma famosa atriz de Hollywood. Começou sua tão famosa carreira com apenas 2 anos de idade, fazendo comerciais e em seguida, não parou mais de fazer filmes.

Em seu currículo já tem quatorze filmes.

Quatorze! E duas séries de sucesso também. A garota era um fenômeno, só falta ganhar o Oscar aos dezoito anos e ela será eleita pela revista Forbes a atriz mais jovem e mais bem paga do cinema.

Hora se deve ao seu talento e outra o seu pai, o grande diretor e roteirista David Peregrín, e sua mãe famosa e queridinha atriz de Hollywood Jennifer Peregrín, com mais de nove Oscar e vinte e seis filmes e, claro, sua irmã mais velha Blake Peregrín, outra famosa atriz.

Todas as três mulheres da família Peregrín são altas, loiras naturais com incríveis  pernas e lindos pares de olhos verdes. Verdadeiras Deusas da beleza, de humildade e talento puro.

Conheci Belinda na Inglaterra num colégio interno apenas de vista, mas só nós falamos numa festa de fraternidade próximo do nosso internato, quando a mesma esbarrou em mim totalmente bêbada derramando todo sua vodka em minha roupa já toda amassada.

E desde de lá, não nos separamos mais. 

Tanto, que quando tomei a dificil decisão de voltar para minha cidade Natal, ela resolveu me seguir e aqui estamos nós duas, a considero uma irmã, não por sua fama ou dinheiro, e sim porque a conheço de verdade, sei de seu caráter, sua essência, sua amizade.

Eu a adorava demais.

 [...]

Já  estávamos no avião há duas horas.

De Hollywood para Jacksonville, durava cerca de seis horas. Consegui comer algumas barrinhas de cereais e bebi seis daquelas garrafinhas de água e agora só encarava a poltrona em minha frente.

Pensando na minha volta e no empacto que seria ela. Suspirei tristemente.

Eu não disse a ninguém, absolutamente ninguém, que estaria voltando. Nem mesmo dona Blanca, minha mãe, que antes de eu decidir, implorava para eu voltar, porque estava morrendo de saudades. Não só ela como meu pai e minha irmãzinha também.

Eu pegararia todo  mundo de supresa.

Absolutamente todo mundo!

Ficar dois anos e meio fora, era muito tempo. Tempo demais, para ser uma outra pessoa, uma pessoa totalmente diferente que todos conheciam desde que nasceu, com pensamentos e ideias diferentes, com uma mente muito mais muito aberta, com aventuras em seu currículo e amizade que levará para toda a vida e com sentimentos controlados.

Dois anos e meio era muito tempo.

Belinda: Está nervosa? - soltou de repente. Ela parecia que estava dormindo por isso sua voz me assustou.

A encarei com um meio sorriso.

Dulce: Por que eu estaria nervosa?

Belinda: Ai Dulce..- revirou os olhos - Ficou muito tempo fora, e vocês dois eram muito próximos, não acha que seria natural ficar nervosa?

Dulce: Como você disse, fiquei muito tempo fora, eu não tenho mais nada com ele e com ninguém dali. Só estou com saudades dos meus pais. Além do mais, eu tenho namorado - a lembrei.

Era a distância.

Mas tinha.

Não tinha?

Belinda: Eu ainda não acredito que aceitou o pedido do Tomás antes de vir pra cidade. Vão namorar a distância mesmo? Acha que isso vai dar certo? - me olhou séria - O garoto gosta de você de verdade Dul. E você está acostumada a pegar geral, vai trai-lo?

Me encarou abismada e perplexa.

Dulce: Bel...eu aceitei namorar com ele porque ele é um garoto bacana. Vou namorar a distância com ele sim. Por que não? Hoje em dia é tudo tão normal essas coisas. Qualquer coisa, pego um avião até Los Angeles ou ele vêm até aqui quando a saudade apertar.

Belinda: Não me respondeu..- sussurrou.

Balancei a cabeça.

Dulce: Não sei do que está falando.

Belinda: Tá certo. - suspirou - Você acha  mesmo que seus pais irão concordar de eu ficar com eles? Porque tipo, você não falou nada e..- a interrompi.

Dulce: É claro que vão. Eu fiquei na sua casa esse tempo todo. Agora é sua vez de ficar na minha - sorri. - Vou te apresentar o melhor da cidade Bel, e claro, vou dar uma bela festa assim que puder para você - pisquei.

Belinda: Vai chegar no melhor estilo? - riu já bastante animada.

Eu e ela tínhamos um amor por festa, seja uma simples com apenas cinco pessoas numa casa ou quarto, com som e bebida ou uma mega festa, com pessoas que nunca nem víamos na vida, com ervas e muita bebida.

Dulce: No melhor do melhor - sorri.

Quando sai de Jacksonville, sai de uma forma terrível, triste, despedaçada e muito machucada muito mesmo, e traída por todos em minha volta.

Mais agora estou voltando e voltando com tudo para minha cidade natal.

De cabeça erguida e muito diferente.

Muito mesmo.

Tanto fisicamente quanto mentalmente.

Mordi os lábios com força.

Jacksonville que me aguarde!!!

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