Fanfic: Cupido Criminal | Tema: Vondy

Quando retornei para a casa, já passava das 07:30, essa hora todo mundo já estariam acordados. Atravessei o Jardim e cheguei ao hall, ia abrir a porta da casa mas um papel pequeno e branco estava jogado no chão em frente da porta.

Peguei o mesmo.

A volta para o doce lá sempre é lindo, não é? Mais sabe o que é mais lindo ainda? Uma cabeça decepada ou uma garganta cortada. 

Estou de olho em você.

Ass: S.K.

Olhei ao redor e a rua continuava vazia.

Alguém me descobriu e resolveu tirá sarro? E quem diabos era S.K?

Amassei o bilhete

Mas se eles pensam que iriam me intimidar como aconteceu anos atrás eles podem ir tirando o sorriso do rosto porque eu iria mostrar pra eles quem é que sempre mandou e sempre irá mandar naquele colégio ridículo.

Coloquei o papel no meu bolso.

Entrei na casa ouvindo barulho de pratos, risadas e com forte cheiro de café pela sala. Caminhei até a cozinha vendo minha mãe preparando o café, meu pai mexendo no tablet, minha irmã rindo e Belinda comendo.

Ricardo: Quando Belinda me contou que você foi dá um corrida eu não acreditei, mas olha só você - me analisou.

Ri.

Dulce: Exercícios físicos sempre. Não é mesmo doutor? - dei um beijo na minha mãe e abri a geladeira.

Blanca: Bom dia querida. - sorriu.

Dulce: Bom dia! - abri minha garrafinha de água - A Elite já mandou as fardas?

Emily: Sim. Estão no meu quarto. 

Belinda: Eu não gostei daquela roupa. - fez careta - Pode modificar?

Ricardo: Não! - respondeu.

Dulce: Poder não pode, mas nos vamos modificar as nossas - sentei ao lado do meu pai que me olhou de cara feia.

Ricardo: Já vai se meter em problemas?

Dulce: Não é em problemas. Por Deus, usei aquela farda horrosa por anos, está na hora de renovar um pouco - tomei um gole da minha água - A elite é um colégio moderno mas sua vestimenta é muito ultrapassada, todos sempre queriam mudança mas nada faziam, agora eu vou fazer algo e vou começar pelas fardas.

Belinda: Apoio. - bateu palmas - Não vou usar aquela breguice nunca. 

Emily: O diretor é um paspalho. Vai mandar vocês tirarem na hora a farda - falou preocupada me olhando.

Dulce: É o que veremos Mimi. - ri.

Blanca: Uau, minha filha agora resolveu se rebelar. - colocou um prato com um delicioso omelete na minha frente - Mas lembre-se que uma rebelde não pode ter uma expulsão em seu currículo escolar.

Me deu um beijo na testa.

Belinda: A senhora tem uma ideia bem distorcida de ser rebelde, né?

Rimos.

Emily: Mamãe considera a palavra rebelde não uma pessoa mal educada que se mete em confusão, e sim, uma pessoa que luta por aquilo que quer e sabe como chegar lá honestamente.

Belinda: Faz sentindo. - virou o copo de suco de uma vez. Emily ainda de pijama estava bem grudada em Belinda.

Provei um pouco da minha omelete.

Dulce: Delicioso mãe - sorri pra ela que sentava ao lado do meu pai.

Blanca: Que bom filha. - serviu um café pra si mesma - Pretendem fazer algo depois do café meninas? 

Dulce: Vamos andar pelo shopping, talvez a gente até almoce lá. - avisei.

Emily: Posso ir? - pediu pra Belinda.

Belinda: Por mim tudo bem. 

Blanca: Você têm aula de futebol daqui a pouco mocinha - a lembrou.

Emily: Ah é. - baixou os olhos - Mas você pode um dia me ver Bel?

Belinda: Claro meu amor. Será um prazer, vamos marcar depois um dia desses - garantiu pra minha irmã.

Emily sorriu abertamente.

Revirei os olhos.

Blanca: Deixa de ciúmes. - sussurrou pra mim divertida - Emily te ama.

Dulce: Sei...- tomei minha água.

As duas começaram a conversar entre si.

Ricardo: De novo? - murmurou olhando para o tablet. Sua expressão era de horror, espanto e tristeza.

Blanca: O que foi?

Ricardo: Estou vendo aqui no jornal da cidade que mais uma garota foi assassinada brutalmente - encarou eu e minha mãe - Com essa já é a terceira vítima e o homicídio é do mesmo jeito dos outros dois. - explicou.

Blanca: Meu Deus...- fez uma presse.

Dulce: Assassinato? Aqui na cidade?

Ricardo: Nas últimas duas semanas tem ocorrido esses homicídios filha. A polícia já considera um maníaco e vai colocar alerta vermelha por toda a cidade.

Dulce: Maníaco? Qual é a causa da morte? - deixei de lado o omelete.

Ricardo: Estrangulamento e decapitação da cabeça da vítima e de partes do corpo também - falou sério - Além de tortura e estupro - voltou a olhar o tablet.

Pensei no bilhete que está no meu bolso e me arrepiei de repente.

Blanca: Que essas meninas estejam em Paz - terminou de rezar.

Ricardo: Aqui fala que..- ficou uns segundos calado - São meninas de dezesseis há dezoito anos, todas as três estavam saindo de festas. - me encarou mais sério - Tome cuidado querida.

Dulce: Vou ter...- murmurei.