Fanfic: amor repentino | Tema: portirroni
oi gente estou de volta...ea agora é para valer , pois estava focada no meu tcc
Capítulo 1 - Será?
- Às 8h00min reunião com os investidores da Fischer Exportations. Às 09h30min conferência com os investidores do Japão. 14h30min temos uma reunião com o conselho, pauta: Inovações no Mercado Publicitário. Agenda repassada, ok.
Às 7h30min daquela manhã chuvosa de sexta-feira, Maite seguia para o seu trabalho na empresa publicitária mais renomada de New York, a Portila´s Corporation. Repassava sua agenda do dia anotada em seu Tablet, sentada no banco traseiro do Sonata preto guiado pelo motorista da empresa.
- William, por favor, vá mais depressa. Tenho uma reunião em 30 minutos.
- Sim, senhorita Perroni.
William mal teve tempo de acelerar o carro e parou num congestionamento.
- O que houve, William?
- Está tudo parado, senhorita. Não sei o motivo. Provavelmente seja a chuva.
- Oh, céus! Não podemos parar.
- Me desculpe, senhorita. Temos que esperar.
Maite olhava impaciente para o seu relógio no pulso esquerdo. Observava ao redor tentando encontrar uma brecha, mas a chuva caia fortemente. Olhou para um lado da rua quando avistou uma caixa de papelão se movimentando na calçada. Intrigada ela observou atenta, foi quando viu orelhinhas se moverem dentro da caixa. Deu um salto no assento e abriu a janela do carro. Foi quando se deu conta de que eram filhotinhos de gato abandonados.
Num rompante ela abriu a porta do carro, para desespero do motorista.
- Senhorita, aonde vai? A via já foi liberada, devemos partir. – William gritou em vão.
Maite correu até a calçada e rapidamente retirou seu blazer cinza e pôs sobre a caixa, abrigando os filhotes.
Quando percebeu a movimentação de carros e buzinas protestando pelo seu carro parado, correu para dentro do veículo com a caixa nos braços.
- O que houve, senhorita? – William tinha os olhos arregalados.
- São gatinhos, William. Como alguém tem coragem de abandonar bichinhos tão preciosos, ainda mais nessa chuva?!
Maite olhava consternada para os bichanos enquanto William olhava incrédulo e confuso para ela.
“Não, eu não estou interessada em publicações beneficentes... Não senhora, a nossa empresa trabalha com fins lucrativos, não somos uma empresa filantrópica... Sim, eu sei que podemos ajudar, mas não o faremos. Temos um evento todos os anos que arrecada fundos para instituições de caridade, hospitais e etc., etc.. Se a senhora tiver interesse em participar inscreva a sua instituição em nosso site. Passar bem”
- Eu não acredito que me passaram essa ligação!
Sem largar o telefone ela apertou o botão de chamada para sua secretária.
- Senhorita, Susan, por favor, não transfira mais esse tipo de ligações para mim. O setor de Relações Publicas está aqui para isso. Esteja avisada!
- Anahi! – a porta da sala se abriu num rompante – Anahi, por que você autorizou a publicação dos Outdoors da Revista Vogue? – um homem de meia idade, bem apessoado e muito alterado entrou com uns papéis em mãos.
- Porque é o meu trabalho, Marco. É o que eu faço aqui. Eu autorizo, desautorizo, aprovo e desaprovo. Simplificando, eu mando aqui. – ela permanecia calma, sentada em sua confortável poltrona o observando com desdém.
- Anahi, você não pode tomar esse tipo de decisão sem a aprovação do Conselho! Você não é a única dona dessa empresa!
- Marco, eu não sou a única dona, mas sou a Diretora Executiva e maior acionista. Os contratos já estavam validados, não havia por que cancelar.
- Não havia por quê?! Anahi, a Revista cancelou o contrato com a nossa empresa por motivos torpes e assinou com a nossa maior concorrente! Isso é motivo suficiente para cancelar toda e qualquer campanha com essa empresa.
- Marco Augustus Portila, não seja ridículo! O tempo e dinheiro que gastaríamos com o cancelamento e possíveis multas eu passei aprovando uma campanha brilhante. A mídia nova-iorquina inteira já sabe dessa história. O que todos esperam é que não nos empenhemos nessa última campanha. Mas faremos o contrário. Será nossa melhor campanha, Marco. Toda a mídia está em cima de nós por conta dessa “briga”. – ela disse fazendo aspas no ar – O marketing gratuito que ganharemos não pode ser desperdiçado.
- Sabe o que me irrita, Anahi? O fato de você tomar decisões, achar que pode mandar e desmandar quando bem entende. Eu sou o seu irmão e também o dono de parte disso tudo aqui, não se esqueça disso, Anahi. Não se esqueça disso!
Da mesma forma que entrou ele saiu, batendo a porta com força. Já Anahi permanecia sentada tranquilamente em sua poltrona, do mesmo jeito que esteve durante toda a conversa.
[...]
William abriu a porta de entrada com um guarda chuva na mão, tentando proteger Maite e a caixa de gatos a qual ela segurava.
Os gatinhos miavam dentro da caixa coberta pelo blazer. Todos no saguão observavam a cena com estranheza.
- Bom dia, Lucy – disse Maite, colocando a caixa em cima do balcão na recepção.
- Bom dia, senhorita Perroni.
- Lucy, por favor, ligue para o Centro de Zoonoses e Instituição de adoção o qual anotarei aqui – disse pegando uma nota no bloquinho em sua frente – e peça para buscarem estes gatinhos abandonados. Diga que foram encontrados a algumas quadras daqui e que podem ser colocados para adoção, caso seja possível.
- Sim senhorita. – Lucy disse espantada com o barulho que os gatos faziam.
Maite retirou seu blazer da caixa e deu mais uma olhadela com ternura para os gatinhos. Estavam encharcados pela chuva, assim como ela. Em seguida saiu em direção ao elevador sendo observada por todos com estranheza.
Parou no último andar olhando para o seu relógio.
- Droga! Faltam dois minutos para a reunião e eu estou encharcada!
Saiu apressada até a sala de sua chefe e mais uma vez notou que todos a observavam, alguns pareciam até achar graça.
“Mas o que é que...?” – pensou.
Adentrou o grande hall de entrada para a sala onde trabalhava e cumprimentou a secretária que também parecia espantada.
- Bom dia, Susan.
- Bom dia senhorita, Perroni. – ela respondeu sem tirar os olhos da moça que passou apressadamente.
- Com licença. – disse adentrando a sala – Bom dia, Anahi.
- Bom dia, Mai...
Anahi interrompeu sua fala quando olhou para Maite.
- Minha nossa! O que houve com você, Maite?
- Essa chuva me pegou de surpresa – disse sem jeito.
- Mas como? – levantou-se de sua cadeira e caminhou até a jovem – O William não foi te buscar?
- Sim, ele foi. Mas houve um imprevisto no caminho e eu acabei me molhando. Mas não se preocupe, eu já vou ligar para...
- Não temos tempo, – Maite foi interrompida – a reunião já deve começar e eu preciso de você ao meu lado, Maite . Precisa se secar.
Anahi foi até a porta e pediu toalhas à sua secretária, em caráter de urgência.
Quando voltou-se para Maite a observou por alguns segundos e soltou um sorriso sutil.
- O que foi? Por que está rindo? – Miate perguntou sem jeito e um pouco irritada – Desde que eu cheguei todos estão rindo, tem algo de errado comigo?
Antes que pudesse obter resposta a secretária adentrou a sala com as toalhas.
- Com licença. Aqui estão as toalhas, senhorita.
- Obrigada, Susan. – Maite agradeceu.
Maite começou a se enxugar sendo observada por Anahi.
- Maite... – Perguntou a chefe.
- Sim?
- Você malha?
- Eu? – disse surpresa – Não. Já malhei, mas hoje só tento me cuidar. Não tenho tempo para malhar, você me consome todo o tempo.
Ao olhar para Anahi percebeu que sua chefe, apesar do sorriso nos lábios, tinha uma sobrancelha arqueada em sinal de confusão.
- Digo, – disse sem jeito – você consome todo o meu tempo, não você, o trabalho. Quer dizer...
- Sim, eu já entendi, Maite. – disse sorrindo – Agora vamos, você precisa se apressar. Tire essa blusa, está muito molhada.
Maite arregalou os olhos ao ver que a chefe também tirava seu paletó.
- Tome o meu blazer. Vai servir para lhe aquecer tapar o que você já mostrou demais por hoje.
Só então Maite percebeu que a blusa branca encharcada ficou transparente e colada ao seu corpo. Todos na empresa, desde o saguão até a sua sala no último andar haviam visto o belo corpo escultural que a morena tinha. A moça ruborizou sob o olhar intenso de Anahi. E mais ainda ao se despir, desabotoando botão por botão na frente de sua chefe, que a observava atentamente e com humor no olhar.
Após se vestir e prender os cabelos molhados, as duas partiram apressadas para a sala de reuniões.
[...]
- Senhor Fischer, não vejo por que alterar o contrato de fornecimento uma vez que temos atendido todas as exigências nele contidas e há reciprocidade no cumprimento do mesmo – disse Anahi.
- Senhorita Portila, com as novas tarifas e tributos alterados recentemente vejo a necessidade de fazer essas alterações para atendê-los melhor e para que possamos manter a qualidade de nossos serviços.
- Não vejo por que acatar essa solicitação. Estamos dando voltas e mais voltas e o senhor não me convenceu de que essas mudanças sejam realmente necessárias.
- Senhorita Portila...
- Senhor Fischer, – Maite interrompeu – mudanças no contrato são possíveis a partir de um ano, no mínimo, ou a partir do vencimento do mesmo. Isso em caso de renovação. As cláusulas são bem claras quanto a isso. O senhor deveria ter colocado essas possíveis necessidades em pauta quando o contrato foi assinado. Não vejo por que aceitar, tendo em vista que não será relevante para nós, apenas para o senhor e a sua empresa. Eu sugiro que se atente melhor aos seus negócios porque nós estamos atentos aos nossos.
- Bem, se isso é tudo, agradeço aos senhores. – Anahi sorriu satisfeita e se levantou.
- Eu não sabia que a senhorita deixa decisões importantes nas mãos de funcionários – Fischer disse se levantando.
Anahi abriu um belo e irônico sorriso.
- Senhor Fischer, – disse ela – as decisões relacionadas à minha empresa são minhas. A relevância dessa decisão a qual o senhor se refere não se aplica a mim e à minha empresa. Mas respondendo à sua pergunta, o trabalho da senhorita Portila é muito relevante aqui, não é a toa que ela é a minha assistente executiva e advogada. Ela justamente faz o trabalho que é paga para fazer, que é tomar conta e analisar as minhas decisões para que eu não cometa nenhum erro e não solicite futuras modificações nos contratos firmados com meus fornecedores. Agora se me permite...
As moças saíram da sala com a mesma classe que entraram.
[...]
- Temos meia hora antes da conferência, Maite – disse Anahi.
- Sim, as apresentações já estão preparadas. Você as recebeu por e-mail ontem à noite? – Maite disse enquanto ajeitava o monitor direcionando à tela de apresentações.
- Sim. E por sinal era tarde da noite. Por que anda trabalhando até essa hora?
- Não era tão tarde e eu precisava enviá-las para que você pudesse se preparar.
- Era tarde para você estar trabalhando, Maite.
Maite a observou por uns instantes como quem quisesse protestar, mas achou mais prudente não culpar sua chefe pelo excesso de trabalho.
De repente a porta da sala de conferências foi aberta rapidamente e sem cerimônias.
- Senhorita Portila, perdão. – disse a secretária em tom de aflição – Temos um probleminha no saguão.
- O que houve, Susan? – Perguntou Anahi.
- Senhorita Perroni, houve um acidente com aquela encomenda que a senhorita deixou na recepção hoje de manhã. – disse tentando disfarçar sua preocupação.
Maite arregalou os olhos e caminhou até Susan.
- Problema? Que problema, Susan? – disse quase num sussurro.
- Acho melhor a senhorita me acompanhar, por favor.
Maite saiu apressada atrás da secretária e logo seguida por Anahi.
Desceram no elevador aflitas enquanto Anahi mantinha seu olhar ameaçador sobre as duas.
Poucos passos fora do elevador as três pararam observando perplexas a imagem à sua frente.
- Ai-meu-Deus! – Maite tinha os olhos arregalados.
- Mas o que significa isso? – Anahi demonstrou indignação na voz.
Maite pôs as mãos sobre a boca sem conseguir dizer uma palavra. Tudo que se ouvia eram miados de gatos. Todos espalhados pelo saguão, correndo de um lado para o outro, tropeçando entre os móveis e algumas pessoas que passavam pelo local.
Lucy estava ao telefone tentando desesperadamente contatar o centro de Zoonoses.
- Susan, o que aconteceu aqui? Será que pode me explicar? – Anahi perguntou exasperada.
Susan olhou receosa para Maite.
- Me parece que a Lucy estava com uma caixa com esses gatinhos na recepção, senhorita Portila.
Anahi partiu em direção à bancada da recepção a passos largos.
Lucy que tinha o telefone na orelha a olhou com certo desespero.
- Lucy! Pode me explicar o que está acontecendo aqui?
Antes que pudesse se explicar Maite interveio.
- Anahi, a culpa é toda minha.
- O que? – disse desacreditando – Explique-se, Maite!
- Bem, é uma longa história. Deixe-me resolver esse problema primeiro.
- Você tem quinze minutos. – disse olhando para o relógio em seu braço enquanto retornava ao elevador.
Maite pediu para que Lucy ligasse imediatamente para o Centro de Zoonoses enquanto ela mesma corria atrás dos gatinhos saltitantes na tentativa de levá-los de volta à caixa.
Após resgatar seis dos sete gatos, sob os olhares curiosos dos que passavam por ali, Maite já sentia o suor escorrer por suas costas.
- Onde será que foi parar o último? – disse a si mesma enquanto observava ao redor do saguão.
Ouviu miados vindos de um vaso ao lado de uma das poltronas que decoravam o salão.
- Aí está você! – disse olhando para dentro do vaso.
Ao colocar o braço para resgatar o bichano ouviu um miado forte, sentiu as patinhas do gatinho agarrarem seu pulso e os dentinhos cravarem em sua mão.
- Ai! – deu um grito abafado retirando sua mão depressa.
Assustou-se ao ver o sangue escorrendo pela ferida, mas ao ouvir o gatinho miar novamente pôs as mãos dentro do vaso e capturou o bichinho.
- Gatinho mau! – Exclamou o segurando frente ao seu rosto.
Após resgatar todos os gatos e ter certeza de que os agentes do centro de zoonoses estavam a caminho, Maite foi até o banheiro, onde lavou os ferimentos e tapou com um band aid e correu para a sala de reuniões onde haveria a conferência.
- Até que enfim! – Anahi a aguardava impaciente.
- Me desculpe, tive uns imprevistos.
- Outra hora você me explica esses imprevistos, agora temos uma reunião para iniciar.
A conferência seguia amena enquanto Anahi debatia com os investidores japoneses com o auxílio do tradutor que a interpretava do outro lado da tela. Maite tomava nota em seu notebook do que era falado e vez ou outra movimentava seus dedos da mão direita demonstrando desconforto. Foi quando Anahi percebeu o band aid na palma de sua mão encharcado de sangue. Ela arregalou os olhos e fez sinal para Maite que assustou-se ao perceber.
Anahi tratou de terminar a conferência o mais rápido que pôde, se desculpando por deixar alguns assuntos pendentes, alegando um imprevisto urgente.
- Eu agradeço a compreensão dos senhores. – disse Anahi sob o olhar espantado e curioso de Maite – Realmente é um imprevisto muito urgente. Tratemos de marcar outra conferência para resolvermos as pendências. Tenham um bom dia.
Finalizou desligando o monitor.
- Maite, o que foi isto na sua mão? – disse caminhando até ela e segurando sua mão machucada.
- Não foi nada, Anahi. – a morena disse sem jeito, puxando a mão de volta – Um dos gatinhos me mordeu.
- O que? E você só me diz isso agora? Você deveria ter ido a um hospital, Maite!
- Não foi tão grave assim, não precisa se preocupar.
- Sua mão está encharcada de sangue, Maite! – disse apontando para o sangue que já escorria pelos seus dedos.
Maite olhou assustada.
- Venha – disse segurando Maite pelo braço – Nós vamos até um hospital, já!
[...]
- Prontinho. – disse o jovem enfermeiro que atendeu Maite, segurando sua mão já remediada e enfaixada – Agora tome mais cuidado com os gatinhos que a senhorita brinca. Alguns gatos são inofensivos e fazem até um carinho, só precisa escolher direitinho com quem brincar.
O enfermeiro olhava fixamente para Maite, que por sua vez tinha os olhos semicerrados em confusão.
Ao observar a cena, Anahi, que estava de pé logo atrás com os braços cruzados, revirou os olhos desacreditando no que acabara de ouvir.
- Ok, - disse em um tom suavemente grosseiro – se o senhor já terminou...
Segurou no braço de Anahi a ajudando a descer da maca.
- Senhorita Maite, se precisar de algo ou se sentir mal pode me ligar. – estendeu a mão entregando a receita que prescrevia os remédios que Maite precisaria tomar – A qualquer hora do dia ou da noite, sempre que precisar.
Anahi o fitou com uma sobrancelha arqueada enquanto Maite lhe deu um meio sorriso pegando a receita.
- Obrigada. – disse observando o verso da receita onde havia escrito um número de celular.
- Eu não acredito que aquele enfermeiro estava dando em cima de você – disse Anahi quando já estavam dentro do carro.
- O que? – Maite arregalou os olhos – Não... Dando em cima de mim?
- Ele estava te comendo com os olhos, Maite!
- Ele só estava sendo gentil, Anahi.
- Gentil? – soltou uma risada sarcástica – Quando aquilo for gentileza eu volto a ser... – parou de falar de repente e olhou para Maite que a esperava terminar sua fala – Enfim, – pigarreou – aquele enfermeiro não é um profissional. Antiético. Flertando com pacientes no local de trabalho, francamente.
Maite sorria achando graça do tom indignado de Anahi. E assim que abriu a boca para protestar foi interrompida.
- William, por favor, vá para o condomínio da senhorita Perroni.
- Sim, senhorita Portila – disse o motorista olhando pelo retrovisor.
- Para minha casa?
- Sim. Você não trabalha mais por hoje.
- Anahi, nós teremos a reunião com o Conselho hoje à tarde. Não posso ir para casa.
- Eu sei lidar com o Conselho, Maite. Você está de atestado médico, não pode trabalhar nessas condições.
- Eu estou ótima, Anahi! Foi só uma mordida de um gatinho, um filhote!
- Não discuta comigo, Maite. Tenho certeza que o senhor enfermeiro concordaria comigo, até viria cuidar de você pessoalmente se fosse possível – disse com ironia.
- Anahi...
- Está decidido! Isso é uma ordem, eu sou sua chefe e estou dispensando você por hoje. E não discuta comigo, você sabe que eu odeio que me contrariem.
O resto do caminho até a casa de Maite foi silencioso.
- William, – disse Anahi enquanto o motorista abria a sua porta – vá até a farmácia e compre os remédios que a senhorita Perroni precisa.
- Não é necessário, William, obrigada. Eu mesma posso ir até lá comprá-los. – disse olhando desafiadoramente para Anahi.
- Maite... – Anahi a repreendeu demonstrando impaciência.
Maite, que ainda tinha a receita em mãos, a fitava sem desviar os olhos.
- Ok... William – disse acenando a cabeça em direção a Maite.
William foi até ela com cautela e a observou do alto. A diferença de altura entre os dois era bem relevante, o seu grande e muito branco corpo musculoso acentuava mais a diferença.
- Senhorita Perroni, me desculpe. – disse olhando para baixo – Com licença. – tomou a receita de suas mãos.
Maite não se atreveu a protestar. Observou o homem de cabelos castanhos entrar no carro e partir, e logo se atentou para Anahi que a fitava com seriedade.
- Nós não estamos na empresa e aqui você não é minha chefe, só para te lembrar – Maite disse entrando pela porta de sua casa sendo seguida por Anahi.
- Sim, eu sei.
- Quer beber algo?
- Não, obrigada. Você devia descansar um pouco.
- Eu estou bem. Sente-se, fique a vontade. Não estamos na empresa, mas sinta-se em casa. – Maite disse dando as costas para a loira.
Foi em direção à área de serviço retirando o blazer que havia pegado emprestado com sua chefe o depositando na máquina de lavar.
Anahi que estava sentada no sofá mexendo em seu celular observou um vulto passar em direção à cozinha e ficou surpresa ao ver Maite apenas de sutiã. Ouviu o barulho de uma garrafa em contato com um copo e partiu para a cozinha.
Ao chegar à porta da cozinha parou surpresa com a cena que via. Maite estava recostada à beira da pia apoiando-se com a mão enfaixada, a outra mão segurava uma taça com o vinho da garrafa que estava ao seu lado. Ela tinha a cabeça baixa enquanto parecia relaxar com aquele momento. Anahi não conseguiu se pronunciar por alguns instantes. Observava cada detalhe de Maite. A bela curva de sua cintura, seus seios, razoavelmente fartos, envoltos do sutiã branco rendado, suas pernas torneadas apertando a sua saia, desceu os olhos até seus pés naquele sapato preto de salto 15, um deles apoiado na porta do armário abaixo da pia.
“Nossa! Como ela é...”.
Antes de completar o pensamento voltou a si.
Ao perceber que estava sendo observada, Maite levantou sua cabeça e ajeitou sua postura. Anahi saiu de seu transe e logo arqueou uma sobrancelha em tom de reprovação.
- O que pensa que está fazendo?
Maite cruzou os braços instintivamente.
- Vinho. Quer? – a olhou sem jeito.
- Não, eu não quero vinho e a senhorita também não deveria. Acabou de sair do hospital onde tomou duas injeções anti-rábicas e está ingerindo álcool?!
- Eu não ouvi o enfermeiro me restringir de nada. – Maite disse terminando o seu vinho em um gole só.
- É claro que ele não fez isso. Estava preocupado demais flertando com você.
Maite soltou uma risada sarcástica e depositou sua taça na pia.
- Ele não estava flertando comigo, Anahi, e se tivesse, qual o problema?
- Qual o problema? Ele não é pago para dar em cima de pacientes. Ele é pago para cuidar da saúde das pessoas, da sua saúde no caso. E se ele fizesse algo de errado por prestar mais atenção no seu decote do que no seu ferimento, teríamos um problema, Maite? – Maite se mantinha calma, mas sua irritação era visível.
Maite saiu em direção à sala.
- Nós temos um problema. Sabe qual o problema, senhorita Portila? O problema é que você quer controlar tudo. Até mesmo o que não tem poder para controlar. Mas sabe de uma coisa? Você não é a dona do mundo. Você pode fazer o que quiser na sua empresa, mas aqui não. Na minha vida não! –Maite estava alterada e com raiva – Se eu quiser sair com o enfermeiro que estava me cantando eu vou sair. Se eu quiser encher a cara e ir trabalhar de ressaca amanhã eu o farei. Porque na minha vida sou eu quem manda!
- Ah, agora você admite que estava sendo cantada! – Anahi sorriu ironicamente. – Sabe de uma coisa, Maite. Você tem razão. – dizia enquanto se aproximava de Maite – Eu não mando na sua vida, nem na sua casa e nem no que você faz ou deixa de fazer. Eu estive todo esse tempo tentando ser uma boa chefe, cuidar de você porque você é o meu braço direito na empresa. Mas você tem razão, na sua vida particular eu não mando. Então faça o que bem entender, se quiser sair com o enfermeiro, ótimo! Se quiser encher a cara e atrapalhar o efeito dos remédios, o faça. Faça como bem entender.
Ao terminar estavam tão próximas que suas respirações eram sentidas uma pela outra.
- Ótimo! – disse Maite olhando nos olhos de Anahi.
- Ótimo! – Anahi retrucou já perdendo seu olhar nos lábios de Maite.
Entreolhares que oscilavam entre seus olhos e bocas, Anahi respirava em descompasso, enquanto Camila já não respirava. Mas o momento foi interrompido pela campainha.
Anahi se afastou rapidamente dando as costas para Maite, que por sua vez foi abrir a porta. Ao segurar a maçaneta lembrou-se que estava parcialmente despida.
- Ah, droga! – disse irritada – Anahi atenda, por favor. Preciso me vestir.
Anahi assentiu e foi até a porta enquanto Maite foi até seu quarto buscar uma blusa.
- Aqui estão seus remédios. – Anahi disse quando Maitechegou à sala já vestida e a entregou uma sacola – Era o William.
- Obrigada – Maite disse séria.
- Preciso voltar para a empresa. Cuide-se, Maite, já que não precisa que ninguém cuide de você.
Maite não teve tempo de retrucar.
- Amanhã não precisa ir trabalhar caso não esteja se sentindo bem. É sexta-feira e o dia será tranqüilo. Se precisar de algo, me avise. Até mais.
- Até. E obrigada. Me desculpe pelo que eu disse, é... eu me exaltei.
- Não se preocupe. Imagino que as injeções anti-rábicas que tomou fizeram efeito contrário e por isso vou relevar – disse em seu tom sarcástico habitual.
[...]
- Boa noite, senhorita Portila – disse a governanta.
- Boa noite, Ivone –Anahi respondeu caminhando pela enorme sala de sua mansão. – Algo para mim?
- Algumas correspondências de rotina e um recado do senhor Salutto.
- Recado do Jean Pierre? – disse enquanto pegava uma bebida no balcão do bar em sua sala.
- Sim. Ele ligou e disse que não conseguia falar com a senhorita pelo celular. Pediu que o ligasse assim que possível.
- Eu tive um dia cheio hoje. Não tive tempo para atendê-lo e sinceramente não gostaria nem se tivesse tempo livre. – disse dando um gole generoso em seu Black Label.
Ivone assentiu.
- Deseja algo para o jantar, senhorita?
- O que você decidir para mim está bom, Ivone. Vou tomar um banho e já desço.
- Pois não, senhorita.
A água morna batia em sua cabeça enquanto ela soltava um gemido de alívio. O dia foi tenso e cheio de acontecimentos, segundo ela, interessantes.
EAnahi nunca havia reparado o quão bela Maite era. Claro que já havia notado a sua beleza, mas não daquela forma, nunca se sentindo atraída. Há dois anos Maite começou a trabalhar na empresa, assim que Anahi assumiu os negócios da família. A própria quem a contratou. Precisava de alguém competente ao seu lado, mais que isso, precisava de um braço direito, e logo que a conheceu na entrevista percebeu em Maite essas características. Ela tinha pulso firme, mas era obediente. Era sutil, mas veemente. Tinha um currículo brilhante e algumas excelentes referências. Era perfeita para o cargo. Anahi logo a tornou o que pretendia que ela fosse. Seu braço direito. Fizeram uma amizade sutil, Anahi a tratava com os cuidados de um familiar, mas sem o sentimentalismo que esse tipo de laço requer.
Nunca havia notado o quanto ela poderia ser uma mulher atraente e até sensual. Sim, sensual. Como nunca tinha percebido isso? Seus olhos estavam tapados para Maite até aquele dia e assim que se abriram não conseguiu mais fechar.
Anahi sorria enquanto se ensaboava, balançando a cabeça em negação. Só poderia estar ficando louca. Será?
Os funcionários de Anahi que a vissem em sua casa não acreditariam que era a mesma chefe durona e que se vestia impecavelmente de forma social em sua empresa. Em casa ela se sentia à vontade para relaxar. Usava roupas casuais e bastante confortáveis. Andava descalça quase que o tempo inteiro e tratava seus empregados com bastante sutileza e amizade. Eram os mesmos funcionários desde que se entendia por gente. Há mais de 26 anos as mesmas pessoas trabalhavam para sua família. Exceto William, que trabalhava com ela há 6 anos.
Após o jantar, Evellyn relaxava em seu grande e confortável sofá da sala. Analisava coisas do trabalho em seu notebook enquanto bebericava uma taça de vinho quando ouviu o toque do seu celular. Olhou a tela e fez uma careta de desgosto ao ver quem era.
- Jean, meu querido! Como vai? – disse ao atender.
- Minha bela! Estou bem e com saudades. Como vai você?
- Estou ótima, obrigada.
- Anda muito ocupada ultimamente. Não tem mais tempo para os amigos...
- Eu não sou mais uma a toa na vida como há alguns anos atrás, senhor Jean Pierre Salutto. Tomo conta de uma empresa agora, esqueceu?
- Não, não me esqueci. Mas gostava mais de uns anos atrás quando sua única preocupação era qual seria a sua próxima viagem pelo mundo. Era bom te acompanhar, comemorar a vida com você.
- Pois é, bons tempos que já se foram, não é? Nada é para sempre Jean, nem amor!
- Naqueles tempos era, minha bela. Mas eu entendo. A vida muda, as pessoas mudam.
- Sim, menos você que continua o mesmo de sempre. Não vai mudar de vida não? Fazer algo de útil na sua vida, formar uma família?
- Eu até gostaria, sabe? Mas não tenho obtido sucesso nas investidas com a minha futura esposa. Mas ainda não desisti, quem sabe ela não muda de idéia...
Anahi revirou os olhos e deu um sorriso amarelo.
- Bom, Jean, agora eu preciso desligar. Ainda tenho que resolver algumas coisas de trabalho. Outra hora nos falamos.
- Você está trabalhando demais, Anahi. Realmente está irreconhecível! Mas tudo bem. Até breve, minha bela. Quando eu estiver em New York farei questão de te encontrar.
- Ah, claro. Estarei esperando por você. Até mais.
- Até.
Ela sorria negativamente ainda com o celular na mão quando se lembrou de Mitea. Pensou em ligar, mas ficou com receio de acordá-la. No fundo ela sabia que estava sem jeito de falar com Maite depois dos últimos acontecimentos. Resolveu lhe escrever uma mensagem:
Anahi Portila :
“Boa noite, Maite. Espero que esteja bem.
Preciso saber se irá para o trabalho amanhã
para mandar o William ir te buscar, ou não.
me avise assim que possível.
PS.: Preferencialmente deve ficar em casa, pois
não quero que trabalhe não estando em seu perfeito
estado de saúde, mas se quiser ir não irei protestar.
Att. Anahi P.."
[...]
- Sim, mamãe, eu estou bem. Foi só uma mordida de um gatinho.
- Mas você foi ao hospital? Tratou do ferimento? Tomou vacina anti-rábica?
- Sim, mamãe. Fiz tudo isso. – Maite disse sorrindo com a preocupação excessiva da mãe.
- E como está se sentindo agora?
- Estou bem. Os remédios estão me deixando um pouco grogue, mas nada demais. – disse e ouviu seu celular sinalizar o recebimento de uma mensagem.
- Mamãe, agora preciso desligar. Até mais. Te amo.
- Eu também amo você, minha filha. Se cuide.
Maite desligou e viu o sinalizador de mensagens na tela do celular. Assim que leu a mensagem de sua chefe ela respondeu:
Maite:
“Boa noite, Anahi. Eu estou bem, obrigada.
Amanhã irei trabalhar sim. Pode dizer para o
William vir me buscar, por favor.
Não se preocupe. Não estou inválida, apenas
LEVEMENTE ferida.
Att. Maite."
Maite estava sentada em seu sofá com o celular ainda em mãos. Não havia tido tempo para pensar em tudo o que aconteceu durante o dia. Começou a se lembrar da discussão com Anahi. “Onde eu estava com a cabeça?”, pensou.
Ela sempre teve liberdade para bater de frente com Anahi, claro, dentro dos limites possíveis. Sua chefe sempre a tratou de igual para igual, respeitando suas opiniões e seus pontos de vista. Sempre confiou muito nela. Mas dessa vez ela se alterou, admitiu a si mesma. Não sabia como ainda estava empregada. Pelo que conhecia de Anahi, se fosse qualquer outro funcionário a falar daquela maneira com ela estaria no olho da rua. Provavelmente tenha sido o efeito das injeções e da taça de vinho.
- Sempre fui fraca para bebidas. – pensou em voz alta – Ainda bem que ela relevou.
Gargalhou de si mesma colocando uma das mãos sobre os lábios.
Os lábios. Aqueles lábios tão próximos dos seus. O que foi aquilo? Se não estivesse sob o efeito de remédios e álcool poderia afirmar que rolou um clima entre elas. Será?
Rapidamente balançou a cabeça negativamente tentando afastar aqueles pensamentos.
- Eu preciso dormir. Esses remédios não estão me fazendo bem!
[...]
- Bom dia. – disse Maite entrando na sala de sua chefe.
- Bom dia, Maite. – Anahi a olhou seriamente – Está melhor hoje?
- Sim, estou ótima, obrigada – Maite disse enquanto se ajeitava em sua mesa que ficava ao lado da mesa de Anahi.
- E sua mão?
- Um pouco dolorida, mas estou bem.
- Deveria ter ficado em casa.
Maite a encarou com um olhar reprovador demonstrando estar fadada de explicar que estava ótima para voltar ao trabalho. As duas se encararam por alguns instantes e logo foram interrompidas por batidas na porta.
- Com licença, senhorita Portila. – Era Susan, a secretária – Aqui estão os relatórios que a senhorita me pediu.
- Obrigada, Susan.
- Maite, – Anahi disse assim que Susan saiu – acho que estamos sendo roubados.
- O que? Como assim,Anahi?
- Roubo, tomar para si o que não é seu por direito, simplificando: alguém está tentando passar a perna na empresa!
Maite arregalou os olhos surpresa.
- Precisamos analisar estes relatórios para ter certeza, mas se minhas suspeitas estiverem corretas, alguém está desviando a verba da empresa.
Maite levantou-se e se aproximou da mesa de Anahi.
- E como chegou a essa conclusão? – disse pegando os relatórios na mesa.
- Eu venho desconfiando há algum tempo, algumas contas não batiam, mesmo estando muito bem “maquiadas”. Comecei a observar mais atentamente as finanças e notei que há muita coisa errada.
- E você desconfia de alguém?
- Obviamente, Maite. Mas até ter certeza manteremos isso em confidencialidade.
- Sim, claro. Eu vou analisar com calma esses relatórios e farei um parecer.
- Ótimo.
Maite tinha os relatórios em mãos os analisando sucintamente. Fazia breves comentários sobre o que lia enquanto Anahi apenas observava. Já tinha se perdido nos movimentos dos lábios de Maite . A analisava com minúcia e observava cada detalhe do seu rosto como se fosse a primeira vez que a via. Maite mexeu levemente nos cabelos sem tirar os olhos dos relatórios o que fez seu perfume exalar pelo ambiente. Perfume delicado e meio adocicado. Anahi aspirou profundamente deixando-se distrair.
- [...] Onde podem haver erros também, concorda? – Maite disse.
- Sim... O que? – Anahi voltou a si.
- Os contratos. Devemos analisá-los também, ao menos os compactuados próximos à data de onde começaram os desfalques.
- Sim, claro. Precisamos fazer uma varredura. – disse se levantando – Eu preciso de um café. Você quer um?
- Não, obrigada.
Maite se mantinha atenta aos relatórios enquanto sua chefe não conseguia se concentrar.
O dia seguiu dessa maneira, o que já estava irritando Anahi. Ao fim do expediente ela agradecia por poder ir embora daquela situação.
- Então eu vou levar os relatórios para analisar com mais calma em casa. – Maite disse ajeitando suas coisas em cima da mesa e recolhendo os relatórios em uma pasta.
- Maite, por favor! Vai passar o fim de semana analisando relatórios?
- Sim, por que não?
- Não tem nada mais interessante para fazer? Não deveria trabalhar em casa.
- Isso é importante, não pode esperar. Além do mais eu gosto do meu trabalho, gosto do que eu faço, isso não seria nenhum martírio para mim.
- Eu sou a sua chefe e deveria ficar muito feliz com isso, mas não estou. Trabalho demais faz mal à saúde, não sabia?
- Não faz mal a partir do momento em que você faz com prazer. E é sempre um prazer servi-la senhorita Portila – disse ironicamente.
Anahi a observou com uma sobrancelha arqueada analisando o que acabara de ouvir. Observou o sorriso irônico no rosto de Maite e a fitou.
- Boa noite,Anahi. Tenha um bom fim de semana.
- Boa noite, Maite. Eu lhe desejo o mesmo. – disse apontando para a pasta de relatórios em sua mão.
Um cheiro agridoce exalava na cozinha. Uma taça de vinho em uma mão, uma colher na outra. Mexia o risoto de camarão na panela enquanto cantarolava Sam Smith vindo do som da sala.
“I've been waiting for an answer
Because I built this bed for two
I'm just waiting on your answer
I built this bed for me and you”
Estava distraída quando sua campainha tocou. Abaixou o fogo e correu até a sala para abaixar o volume do som.
- Estranho o porteiro não ter avisado. – disse a si mesma enquanto caminhava até a porta.
Ao abrir olhou em uma expressão incrédula.
- Boa noite, Maite.
- Anahi ?
Autor(a): naiara_
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Ao abrir olhou em uma expressão incrédula. - Boa noite, Maite. - Anahi? - Por que o espanto? – disse com um meio sorriso nos lábios. - Bom, porque nunca havia vindo em minha casa e de repente é a segunda vez que vem em menos de dois dias. Algum problema? - Eu poderia entrar? Se não for incômodo. – Anahi disse impacien ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 147
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maite_portilla Postado em 07/07/2017 - 20:37:12
Cade?? Continua por favor, eu amo essa historia <3
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ccamposm Postado em 09/02/2017 - 13:39:20
Cadeeeee
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Furacao Maite Postado em 01/02/2017 - 23:12:37
nossaaaaaaaaaaolha quem voltoooou
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ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:32:17
Terminar? :(
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ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:31:56
MEU DEUS ALELUIA
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Kah Postado em 06/01/2017 - 22:20:42
Mulher, já estava chorosa por ter um historia tão linda sem final haha
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Valéria_Traumadinha Postado em 06/01/2017 - 20:06:39
Terminar? Que papo é esse???
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Postado em 05/01/2017 - 20:57:56
Voltoooou! Que bom posta muito rsrs
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ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:27:11
saudades de ler as páginas de uma das melhores fanfics do meu otp que eu já li na vida.. voltaaaaaaa
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ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:26:16
feliz 2017!!