Fanfic: amor repentino | Tema: portirroni
A semana seguinte chegou num piscar de olhos. A tensão de Maite aumentava a cada dia que se aproximava da viagem. Pensar em passar três dias com sua chefe em um hotel em Miami a deixava aflita.
Viajariam na quinta-feira de madrugada e naquela noite a morena não conseguiu pregar os olhos até a hora de ir. Às 04h20min ouviu a buzina do carro em frente a sua casa.
- Ok, vamos lá. – disse respirando fundo ao se encaminhar com sua mala em direção à porta – Sem estresse, são só três dias com ela em Miami num hotel luxuosíssimo. Não há motivos para ficar aflita.
Foi até o carro estacionado, encontrando o motorista de pé a sua espera com o mesmo sorriso simples de sempre.
- Bom dia, William. – disse lhe entregando sua grande mala vermelha.
- Bom dia, senhorita.
Enquanto William guardava a bagagem no porta-malas a morena entrou no carro, encontrando uma Anahi bastante animada.
- Bom dia, Maite! – disse com um sorriso largo.
- Bom dia. – disse a fitando – Achei que não gostasse desses eventos “chatos”, mas vejo que mudou de idéia, está tão animada a essa hora da manhã.
- Tenho meus motivos para acreditar que o evento deste ano será bem... interessante.
Partiram dali e em instantes já estavam na sala de espera do aeroporto aguardando o vôo das 05h00min da manhã.
- Você está bem, Maite? – Anahi perguntou, percebendo a tensão da morena.
- Estou sim. Por quê?
- Me parece um pouco tensa. Tem medo de viajar de avião?
- Não, só estou com um pouco de sono. Não consegui dormir essa noite.
- Entendo, eu também não. – disse fitando-a com um sorriso leve nos lábios.
Minutos mais tarde já se encontravam no avião, a caminho de Miami. Viajavam de primeira classe e o vôo seguiu tranqüilo. Em pouco mais de 3 horas estavam pousando na cidade de seu destino, onde logo tomaram um táxi e foram direto para o hotel.
- Bom dia! – disse o recepcionista alto e magro de nariz pontiagudo – Sejam bem vindas ao Sheraton Miami Airport Hotel. Em que posso servi-las?
- Bom dia. – Anahi se pronunciou – Viemos para o Evento Anual de Corporações Publicitárias. Temos uma reserva em nome de Anahi Portila.
- Oh, sim. É claro. – disse com um sorriso automático no rosto enquanto consultava as reservas em seu computador – Anahi Portila e Franklin Hamilton? – disse encarando-as confuso.
- Não, Franklin Hamilton foi substituído por Maite Perroni. – apontou para a morena ao seu lado.
- É claro. Terei que fazer o seu Check-in para alteração dos dados em nosso sistema, senhorita Perroni.
- Sim, perfeitamente.
- Maite, eu vou fazer uma ligação enquanto você faz o check-in. Te espero no saguão. – Anahi disse e logo saiu dali.
Enquanto o homem cadastrava os dados em seu computador Maite o observava impaciente. Batia os dedos em cima do balcão e a todo momento olhava para trás, fitando Anahi ao telefone em uma das poltronas do saguão.
- Ah... – abriu e fechou a boca várias vezes antes de falar, como se procurasse as palavras para dizer.
- Sim...? – o recepcionista a encarou confuso.
- Os quartos, quer dizer, estamos em quartos separados, certo? Eu e a senhorita Portila?
- Sim, senhorita. Quartos de número 385 e 395, um de frente para o outro no décimo e último andar deste prédio.
- Oh... – soltou um suspiro de alívio – Ótimo.
- O décimo andar inteiro foi reservado para os participantes deste evento. – o homem continuou – Todos os funcionários do hotel estão cientes de todos os eventos que ocorrerão durante esses três dias. Qualquer dúvida entre em contato com a recepção ou chame algum de nossos empregados para lhes atender.
- Sim, obrigada. – Maite assentiu com um sorriso.
- E então? – Anahi surgiu impaciente – Ainda não terminou?
- Sim, é que o senhor... – disse olhando para o homem.
- Alfred, às suas ordens.
- O senhor Alfred estava me explicando algumas coisas sobre o evento e tirando algumas dúvidas.
- Podemos ir agora? – Anahi deu de ombros.
Foram até o elevador acompanhadas por um jovem que levava suas malas. Subiram até o último andar e se encaminharam para seus quartos.
- Quartos 385 e 395. – disse o rapaz parando no corredor em frente às portas dos quartos de destino – Aqui está um panfleto com todo o cronograma e a programação do evento. – disse entregando-lhes os folhetos – A organização nos instruiu que entregássemos à todos os participantes.
- Obrigada. – as duas disseram quase em uníssono.
- Espero que tenham uma boa estadia, senhoritas. Bom dia! – disse saindo dali.
- Ainda bem que os eventos só começam após o almoço, estou cansada da viagem. – Maite disse analisando o folheto.
- Se acomode em seu quarto e vamos tomar um café antes de descansar. – Anahi disse em um tom que mais parecia uma ordem do que um convite.
- Sim, senhorita.
***
- Eu não sei se tenho ânimo para a festa de recepção. Estou tão cansada! – Maite dizia suspirando no elevador após o longo dia de eventos e palestras nas áreas de reuniões do hotel.
- Mas você vai perder a única coisa de interessante que há em todo o evento? – Anahi a provocou.
- Eu pensei ter ouvido você dizer que tinha pressentimentos de que o evento deste ano seria interessante. Até agora eu não vi nada de interessante nisso tudo.
- O evento ainda não acabou, hoje foi só o primeiro dia. Quem sabe essa festa seja o que precisamos para animar as coisas. – disse sugestiva.
- Ok, ok... Eu estou mesmo precisando relaxar um pouco.
Horas mais tarde estavam prontas para irem aproveitar a festa de recepção no grande salão de festas do hotel. Saíram de seus quartos quase que no mesmo instante e se depararam no corredor.
- Nossa... – Aanhi mirou a morena em sua frente correndo os olhos por toda a extensão do seu corpo sob o longo vestido em um tom coral avermelhado – Você está... linda, Maite!
A jovem corou sob o olhar intenso da loira à sua frente e sorriu sem jeito.
- Obrigada, Anahi. Você também está muito bonita, verde combina com você.
Desceram até o térreo e foram diretamente para o salão de onde vinha uma música suave. Cerca de 100 pessoas estavam ali, todos aproveitando a recepção. Pratos leves e petiscos eram servidos a todo momento pelos garçons que rodeavam todo o salão. Um barman servia drinks de todos os tipos em um pequeno bar do lado oposto às mesas que cercavam o local, e ao fundo um palco simples com luzes, refletores e uma mesa de som deixava claro que mais tarde haveria alguém animando a festa.
Maite e Anahi sentaram-se em uma das mesas e logo foram servidas de champanhe.
- É, parece que o pessoal é bem animado. – Maite observou ao redor.
- A maioria só vem por causa dessa recepção. Acho que temos um recorde nesse ano, nunca vi tanta gente nesse encontro de publicitários. Provavelmente porque a cidade escolhida foi Miami.
- Miami é uma cidade bem interessante mesmo. – disse sugestiva.
- Já esteve aqui antes?
- Eu adorava vir ao Spring Break aqui em Miami nos tempos da faculdade.
Anahi a encarou com uma sobrancelha levantada.
- Spring Break? Não me diga... – disse com um sorriso nos lábios.
- O que? Eu já tive meus momentos na vida como qualquer outra pessoa. – se defendeu.
- Mas quem diria, senhorita Perroni. Não achei que fosse mulher de freqüentar esse tipo de festa.
- Há muitas coisas que não sabe sobre mim, senhorita Portila.
- Cite uma delas?
- Como assim?
- Me conte algo que eu não sei sobre você, Maite?
- Não há nada de muito interessante para saber sobre mim.
- Eu discordo. Pelo pouco que sei sobre você posso lhe garantir que é uma mulher de características muito interessantes.
- Cite uma delas?
- Não se pode manter uma conversa com um advogado sem que ele vire o jogo contra você. – Anahi sorriu tomando um gole do líquido em sua taça.
- Alguns hábitos que aprendemos a manter mesmo fora do trabalho.
- Pois bem. – disse a olhando nos olhos – Posso dizer várias características sobre você que a tornam uma mulher interessantíssima, mas isso levaria horas. Então vou citar apenas algumas, as que eu particularmente acho mais notáveis.
Maite a encarou com certa tensão. Tomou um generoso gole de seu champanhe antes de ouvir a mulher começar a falar.
- Bem, você é uma excelente profissional, muito competente. É uma ótima assistente – sorriu – É gentil, agradável, tem uma conversa interessante. Vejo que é uma ótima amiga também. Tem um bom coração, mas tem pulso firme. É veemente no modo de agir, isso é bom. – Maite a observava atenta – Mas também é doce, sutil, amável, é linda e se me permite a observação, quando quer pode ser uma mulher extremamente sensual.
Maite a fitava imóvel, sem saber o que dizer. Estava ruborizada, sentia seu coração acelerado, suas mãos suavam. Pensava em uma maneira de quebrar aquele silêncio constrangedor quando foi surpreendida por uma mulher chegando à mesa.
- Anahi Portila!
Uma loira alta e expansiva parou em frente a elas, se direcionando á Anahi.
- Nicole Smith! – disse surpresa e logo se levantou para abraçar a mulher.
- Há quanto tempo não te vejo?! – disse com sorriso largo.
- Há quase um ano, desde o último evento.
- Você está linda como sempre! Aliás, mais linda ainda!
Anahi sorriu sem jeito e fitou Maite rapidamente.
- Ah... obrigada. Essa é a Maite, ela trabalha comigo.
Maite deu um sorriso forçado e se levantou para cumprimentar a mulher.
- Maite Perroni, muito prazer. – disse estendendo a mão.
- É um prazer, Maite. – a mulher retribuiu o gesto e a cumprimentou sorrindo fraco – Nicole Smith.
- Bem, espero que fique até o fim da festa como no ano passado. – a loira voltou-se para Anahi novamente – A melhor parte sempre fica pro final.
Deu uma piscadela para a loira e saiu dali. Anahi encarou Maite sem jeito.
- A Nicole é bem... extrovertida. Adora essas festas.
- Pude perceber que ela adora muitas coisas aqui. – Maite sorriu com ironia.
Após o jantar um DJ subiu ao palco e abriu a boate animando a festa. Muitos foram para a pista dançar. Já era tarde da noite e a maioria das pessoas que estavam naquele salão já havia consumido quase todo o estoque de bebidas reservadas para a noite.
- Vamos dançar, Maite? – Anahi convidou.
- Eu estou muito cansada para dançar.
- Ora, vamos? Anime-se!
- Não bebi o suficiente para ficar tão animada quanto você. – Maite sorriu fraco.
- Eu não bebi tanto assim! – Anahi retrucou.
- O suficiente para ficar bem animada.
- Mas o que isso tem a ver com você ir dançar comigo?
- De fato, nada. Mas veja, aquela sua amiga, a Nicole, ela está ali no meio da pista e me parece bem animada, tanto quanto você. E ela não para de olhar pra cá. Acho que ela adoraria dançar contigo.
Anahi olhou a jovem no meio do salão e recebeu um aceno sugestivo a chamando para ir para a pista também. Gargalhou da cena e voltou-se para Maite.
- Ela está completamente bêbada. Eu não cheguei a esse ponto, Maite.
A morena deu de ombros.
- Está com ciúmes?
- Como disse?
- Você está com ciúmes da Nicole?
Maite sorriu com sarcasmo.
- Não tenho motivos.
- Não tem mesmo. Se me quisesse eu seria sua. – Anahi a encarou nos olhos – Só sua.
Maite sentiu uma batida de seu coração falhar. A fitou sem jeito e levantou-se.
- Eu... eu vou ao banheiro, já volto. – disse e logo saiu dali.
Anahi sorriu suspirando e negou com a cabeça.
“Eu não vou conseguir resistir a essa mulher! – Maite suspirava encarando seu rosto no espelho do enorme e luxuoso banheiro – Céus! Como ela consegue me deixar assim? Talvez eu devesse... dar uma chance à ela. à mim! Eu não posso mais negar o quanto estou envolvida. Ela consegue ser tão encantadora e atraente! Tanto que desperta paixões por onde passa. – franziu o cenho – Ela pode ter quem quiser e quer você, Maite. Ela me quer...” – sorriu.
Maite saiu dali com um sorriso largo no rosto e foi em direção à mesa onde estavam. Estranhou ao ver que Anahi já não estava ali.
- Droga! – sussurrou a si mesma – Será que ela ficou chateada com a minha indiferença e foi embora da festa?
Correu os olhos pelo salão e logo pôde ver a loira dançando próxima à Nicole. Respirou fundo e sentiu a raiva correr em seu sangue. Observou-as por alguns instantes e logo pegou sua bolsa de mão em cima da mesa foi em direção à saída.
- Você está bêbada, Nicole! – Anahi dizia aos risos.
- E você está apaixonadinha! Quem diria que um dia Anahi Portila iria se apaixonar...
- Pois é, acontece nas melhores famílias.
- Mas pelo visto ela não corresponde a essa paixão.
- Ainda não, mas eu vou conquistar essa mulher. Ela é perfeita! Não sei se vou encontrar na vida outra mulher como ela.
- Céus! Ela te pegou de jeito mesmo, hein.
A loira sorriu concordando.
Maite saiu da festa e foi em direção à área externa do hotel. Precisava tomar ar. Caminhou até onde ficava a extensão da enorme piscina. Não havia ninguém por ali. Era tarde da noite e a única movimentação era na festa no grande salão.
Maite caminhava à beira da piscina, pensativa.
“Eu ainda sou idiota o suficiente para acreditar que isso poderia dar certo. É claro que não poderia! Se envolver com um chefe nunca dá certo. Sendo ela Anahi Portila então... as chances são impossíveis.”
- Como você é burra, Maite! – disse a si mesma.
Num gesto exasperado a morena levou as mãos até a cabeça passando pelos cabelos, o que fez com que deixasse sua pequena bolsa escorregar de seus dedos e cair na piscina.
- Não! Não, não, não! – a morena colocou as mãos sobre o rosto e olhou pro céu num gesto de desespero – Como eu sou realmente burra!
Maite ajoelhou-se tentando observar a profundidade. Só enxergava o objeto escuro no fundo.
- E agora? Meu celular já era. Droga! – soltou suspirando.
Olhou em volta como se pensasse em algo para conseguir retirar a bolsa dali. Logo mais à frente, ao lado de uma das espreguiçadeiras que rodeavam o local, avistou um cabo com uma rede na ponta.
- O limpador de piscina!
Maite tentava a todo custo capturar a bolsa com o objeto, mas sem sucesso. O que conseguiu foi empurrá-la mais para longe da beira da piscina.
- Mas que inferno! – disse batendo com o cabo na água.
Esse ato fez com que a loira perdesse o equilíbrio, caindo em cheio dentro da água gelada.
- Oh! Ah... – disse se debatendo – Fria! Fria! Fria!
Após se recompor do choque, a morena afundou-se na água e pegou sua bolsa. Chegou com dificuldade até a borda. Seu vestido longo estava três vezes mais pesado, encharcado pela água. Apoiou-se na beirada e tentou falhamente subir.
- Droga! Não vou conseguir sair com esse vestido.
Olhou ao redor procurando uma escada ou rampa de saída. Bufou ao ver que a escada de acesso estava do outro lado, bem mais à frente.
- Não vou conseguir me movimentar, até eu chegar lá do outro lado o dia já vai ter amanhecido. – disse suspirando – Deus! Por quê?
Maite deu mais uma olhada em volta como quem tivesse acabado de ter uma idéia.
- Bom, não há ninguém por aqui a essa hora. – olhou para o alto, tentando observar as sacadas dos quartos do grande prédio do hotel – Parece que estou sozinha. Tudo bem. – disse soltando o ar em seus pulmões como se tomasse coragem.
Maite correu uma das mãos até o zíper na lateral de seu vestido e puxou com calma. Seu corpo inteiro tremia devido ao frio que sentia. Antes de chegar à metade o zíper emperrou, impossibilitando terminar de puxar ou subi-lo novamente.
- Ah não! Só me faltava essa agora! Ta tudo dando errado... Isso não poderia ficar pior.
- Está tudo bem senhorita, Perroni?
Maite sentiu seu coração parar de bater ao ouvir aquela voz suave e tão conhecida. Seu corpo estremeceu mais ainda.
- Sim. Está tudo bem sim. – disse passando as mãos pelo cabelo molhado.
- Vejo que resolveu dar um mergulho. – Anahi disse tentando segurar um sorriso.
- Pois é. Estava muito calor, eu resolvi me refrescar. De roupa e tudo! – a morena disse com sarcasmo mal humorado.
- Não me parece com calor. Está tremendo de frio!
- Não se incomode, senhorita. Pode ir curtir a sua festa.
EAnahi soltou uma risada leve.
“Se soubesse o quão bela fica quando está brava, Maite...”
- Quer ajuda?
- Já disse que não precisa se incomodar. Eu estou ótima.
- Vamos, Maite! Não seja orgulhosa, sim? Me dê aqui a sua mão.
A morena a fitou por uns instantes antes de estender a mão para a mulher.
Anahi fez força para puxá-la, mas o peso do vestido atrapalhava.
- Seu vestido está muito pesado, Maite. Vai ter que tirar. Não vou conseguir puxá-la assim.
- Era isso que eu estava tentando fazer antes de você chegar, Anahi. – disse séria.
- E por que não continuou? – a loira disse com malícia no olhar.
- Porque a porcaria do zíper emperrou! – esbravejou.
Anahi não pôde conter o riso.
- Isso não tem graça!
- Tem sim, Maite. Você está uma graça toda molhada aí dentro dessa piscina, tremendo de frio.
Maite fuzilou a loira com o olhar.
- Venha, chegue aqui perto da borda que eu vou tentar abrir pra você.
Anahi ajoelhou-se na beira da piscina e apoiou-se no ombro da morena. Puxou o zíper com força, mas nem se moveu. Numa segunda tentativa aplicou mais força, fazendo com que descesse de uma vez, levando Anahi a se desequilibrar e escorregar para dentro da piscina.
- Céus! Está gelada! – disse tremendo ao lado de Maite.
A morena não conteve as gargalhadas.
- Vejo que também resolveu dar um mergulho, senhorita Portila. – disse irônica.
- Pois é, Maite. – a loira a fitou.
- Estava com calor também?
- Ficar perto de você sempre me deixa com calor. É inevitável.
A expressão de Maite mudou de irônica para séria no mesmo instante.
- Vamos sair daqui antes que eu fique resfriada. – a morena disse se encaminhando até a borda da piscina novamente.
- Caso isso aconteça, não se preocupe. Eu posso cuidar de te esquentar, senhorita Perroni.
Maite a fitou séria e logo virou-se para novamente tentar subir.
- Não vai conseguir com esse vestido, Maite. Vai ter que tirá-lo. Afinal, foi pra isso que eu me dispus a te ajudar e acabei aqui na mesma situação que você.
A morena bufou com raiva, voltando a encarar sua chefe.
- Essa frase ficou com duplo sentido, mas eu prefiro acreditar que você o fez unicamente para me ajudar a sair daqui e não para me ver nua!
- Imagine como quiser, Maite. Em qualquer um dos sentidos está bom pra mim. – disse com um sorriso carregado de malícia e ironia.
Maite arqueou uma das sobrancelhas, sem reação.
- Me ajude aqui, por favor. – Anahi disse virando-se de costas para a morena – Meu zíper...
Maite a observou por uns instantes e levou as mãos trêmulas até o zíper do vestido. Puxou calmamente, abrindo-o por completo, até o fim das costas da loira.
- Obrigada. – disse ficando de frente para a morena.
Por um momento se entreolharam, num silêncio absoluto. Seus olhares penetrantes diziam tudo sem dizer nada.
- Não fique aí me observando enquanto eu estou me despindo. – Maite quebrou o silêncio abaixando a grossa alça lateral de seu vestido.
- Eu não sei se consigo não olhar. Me desculpe. – Anahi disse com humor, começando a se despir também.
Após retirarem os vestidos e os sapatos, os depositaram à beira da piscina. Seus corpos estavam apenas cobertos por suas lingeries. A cada minuto a temperatura externa diminuía e a de seus corpos aumentava.
- Apóie seus pés em minhas mãos pra eu te ajudar a subir, Maite. – a loiradisse se aproximando.
- Não precisa! Eu consigo sozinha.
A morena tentou mais uma vez subir pela borda, mas escorregou novamente, o que provocou uma risada em Anahi.
- Nota mental: lembrar de não me apaixonar por mulheres orgulhosas.
Maite a fitou séria por uns instantes.
- Quanto a isso não se preocupe, acho difícil você se apaixonar por alguém, Anahi.
- E por que pensa isso, senhorita?
- Você não faz o estilo de uma só. Você é de todas!
- Acha mesmo?
- Sim, eu acho. Aliás, eu vejo.
Anahi soltou uma risada sem humor.
- Se reparasse mesmo em mim, Maite, você saberia o que eu realmente sou e o que sinto.
Maite engoliu seco ao ouvir aquelas palavras de Anahi. Seu corpo estava mais rígido a cada instante. Tremia sob a água gelada que lhes cobria até a altura dos ombros.
- Vem, deixa eu te ajudar a sair. – a loira disse se aproximando mais.
- Não! Não precisa. Eu saio sozinha. – Maite se afastou até sentir suas costas contra a parede da piscina.
- Meu Deus! Pra que tanto orgulho,Maite?! Eu só vou te ajudar a subir!
- Eu... eu não quero que encoste em mim assim. – disse olhando para o corpo de Anahi sob a água, sentindo seu queixo tremer.
- Assim como?
- A-assim... – disse apontando com o rosto em direção ao corpo da Loira.
Anahi levantou as sobrancelhas surpresa e se aproximou mais, encostando seu corpo trêmulo no de Maite, que tinha os braços cruzados sob o peito. A loira encostou seus lábios na orelha da morena, respirando fundo.
- Assim? – sussurrou para logo beijar-lhe na região.
- Anahi... – Maite fechou os olhos e sussurrou com a respiração entrecortada.
- Assim? – sussurrou novamente.
A loira continuou os beijos pelo pescoço de Maite, que já tremia mais que antes. Puxou os braços da morena e segurou em suas mãos, entrelaçando seus dedos embaixo da água gelada. Anahi subiu os beijos do pescoço para o queixo de Maite, que respirava com dificuldade, roçou seus lábios nos da morena, parando a centímetros de sua boca.
- Ou assim? – sussurrou uma última vez antes de tomar seus lábios em um beijo ardente.
Subiu suas mãos pelos braços arrepiados de Maite e segurou em sua nuca com força. Sem perceber a morena já apertava com as duas mãos a cintura de Anahi, a puxando para si. A loira desceu seus beijos mais uma vez pelo pescoço de Maite, puxando as alças de seu sutiã.
- Anahi... – disse quase num gemido – Não...
A loira não deu ouvidos. Desceu as mãos até as coxas de Maite apertando-as com força, sem quebrar o contato dos seus lábios na pele da morena. A puxou subitamente pelas pernas, fazendo-a entrelaçá-las em sua cintura, chocando as costas de Maite na parede atrás dela.
Maite arfou com o movimento.
- Oh... Anahi! Alguém pode...
Antes que pudesse terminar, Maite sentiu os lábios macios de Anahi sobre seu seio. Sentiu a língua quente da loira circulando seu mamilo enquanto ela o chupava com força. Maite gemeu ao sentir aquele contato que fazia seu sangue ferver pelo seu corpo, esquentando-a instantaneamente. Anahi apertava a coxa da morena contra sua cintura, enquanto a outra mão correu até o centro – ainda mais molhado – de Maite. A loira escorregou seus dedos para dentro da calcinha da morena, movimentando-os, fazendo-a suplicar em pensamento por mais.
“Não! Por que você tem que fazer isso comigo? – Maite viajava em seus pensamentos – Por que tem que ser tão gostosa assim? Por que tem que fazer tão gostoso assim?! Assim...”
- Assim... Faça mais... – Maite sussurrou, externando seus pensamentos sem nem perceber.
Num instante Anahi levou dois dedos até a entrada de Maite. O corpo da morena já suplicava, num movimento constante, procurando mais contato da loira, que logo atendeu, introduzindo seus dedos com força.
Maite soltou um gemido sem pudor logo que sentiu ser preenchida.
- Hmm... – mordeu seu lábio inferior, franzindo o cenho – Assim... Mais!
Anahi mantinha sua boca no pescoço de Maite, beijando, mordendo, sentindo sua pele molhada, enquanto movimentava seus dedos sutilmente dentro da morena que apertava com força suas coxas contra a cintura da loira, clamando em movimentos para que Anahi lhe desse mais.
- Você quer mais, Maite? – sussurrou em seu ouvido.
- Mais... – disse num gemido.
- Mais o que? – dizia colocando e tirando lentamente os seus dedos na morena.
- Mais forte!
- Pede com jeitinho. – sussurrou mordendo o lóbulo de sua orelha.
- Anahi...
- Pede, vai...
- Por... favor!
- Por favor o que?
Maite arfou quase em desespero, suspirando fundo, enquanto Anahi sorria com os lábios entre dentes da ansiedade da morena, que aproximou-se de sua orelha e sussurrou:
- Eu quero ser toda sua, senhorita Portila. Toda... sua! – disse pausadamente – Então mete com força e me come gostoso, por favor...
Anahi sentiu seu coração parar ao ouvir aquelas palavras de Maite. Sua boca entreaberta entregava a surpresa em sua expressão. Seu corpo estremeceu levando um espasmo até sua intimidade. Logo a loira aumentou o ritmo de seus movimentos, penetrando Camila quão rápido e forte o conseguia. A morena gemia num sussurro abafado, cravando as unhas na nuca de Anahi.. Não demorou para que sentisse seu corpo se contrair, enrijecido sob os movimentos constantes da loira. Maite levou uma das mãos à boca, mordendo um dos dedos na tentativa de conter seus gemidos incontroláveis enquanto se desvanecia num orgasmo.
Com calma Anahi diminuiu seus movimentos, sentindo Maite relaxar sobre o seu corpo. Retirou seus dedos e a deixou escorregar até ficar de pé em sua frente. Segurou-lhe o rosto e selou seus lábios nos da morena por longos segundos.
- Quer ser toda minha, é? – Anahi disse afastando seu rosto.
Maite sorriu sentindo suas bochechas ficarem coradas.
- Nós precisamos sair daqui antes que alguém nos veja. – disse dando um rápido selinho na loira e puxando as alças de seu sutiã, ajeitando-o sobre os seios.
Anahi sorriu negando com a cabeça e logo ajudou Maite a subir.
Vestiram seus vestidos encharcados assim que se colocaram para fora da piscina. Saíram dali direto para a entrada dos fundos do hotel, onde tomaram o elevador de serviço para subirem até seu andar.
- Eu não acredito que eu fiz isso! – Maite dizia sem jeito encarando Anahi pelo espelho do elevador.
- Você nunca transou em lugares públicos?
- É claro que não! Alguém poderia ter nos visto. – disse colocando as mãos sobre o rosto.
- Relaxa, já é madrugada e a iluminação na área da piscina era pouca. Mesmo que notassem que havia alguém ali seria difícil identificar quem era.
Maite a encarou por alguns instantes.
- Você já?
- Já o que?
- Já transou em lugar público antes?
- Não. – Anahi disse sorrindo – Mas achei bem... interessante. Gostaria de experimentar mais vezes. – sorriu com malícia fitando Maite.
Maite a mirava com a sobrancelha levantada quando foram surpreendidas pela parada do elevador alguns andares abaixo do andar para o qual elas iriam. Um rapaz com uniforme do hotel estava parado na porta com um carrinho carregado de bandejas. O jovem as fitou com expressão confusa, observando as duas mulheres completamente encharcadas, carregando seus sapatos nas mãos, o encarando de dentro do elevador.
- Perdão, senhoras, – o rapaz quebrou o silêncio – este é o elevador de serviço.
- Pois é, essa chuva nos pegou de surpresa. – Anahi disse naturalmente – Resolvemos vir por esse lado para não causar maiores transtornos aos outros hóspedes do hotel. Estamos encharcadas!
Maite a observava com expressão incrédula.
- Tudo bem, não se incomodem. As diárias cobrem este tipo de... transtorno. – disse as fitando enquanto adentrava no compartimento.
Anahi olhou para Maite prendendo o riso enquanto a morena permanecia imóvel e sem jeito.
- “Essa chuva nos pegou de surpresa.” Que chuva, Anahi?! – Maite dizia indignada assim que saíram do elevador, indo em direção aos seus quartos. – Meu Deus! Eu não to acreditando na sua cara de pau!
A loira gargalhou pelo corredor.
- Sei lá, foi a primeira coisa que me veio à cabeça. – disse aos risos.
Maite não conteve o riso.
- Você é louca!
- Você me deixa louca, Maite.
Pararam em frente aos seus quartos se fitando. Maite sorria sem jeito diante de Anahi que a encarava com um olhar curioso.
- Então... boa noite. Melhor irmos antes que apareça alguém do evento por aqui. – Maite disse quebrando o silêncio.
- Fica comigo? – Anahi disse sem jeito – No meu quarto... Dorme aqui comigo essa noite?
Maite a olhou surpresa. Sentiu seu coração palpitar em nervosismo.
- Eu... acho melhor não, Anahi. O pessoal que está no evento está todo nesse andar do hotel. Melhor não arriscar.
- É... você tem razão. – sorriu sem humor.
- Boa noite.
- Boa noite, Maite.
Autor(a): naiara_
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Anahi estava pensativa enquanto tomava banho no banheiro em seu quarto. “A que ponto eu cheguei? Quando foi que eu fiquei tão trouxa assim? Céus! Qual o problema comigo? – se martirizava enquanto sentia a água morna correr pelo seu corpo – Aliás, qual o problema com ela?! Depois do papel de otária apaixo ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 147
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maite_portilla Postado em 07/07/2017 - 20:37:12
Cade?? Continua por favor, eu amo essa historia <3
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ccamposm Postado em 09/02/2017 - 13:39:20
Cadeeeee
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Furacao Maite Postado em 01/02/2017 - 23:12:37
nossaaaaaaaaaaolha quem voltoooou
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ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:32:17
Terminar? :(
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ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:31:56
MEU DEUS ALELUIA
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Kah Postado em 06/01/2017 - 22:20:42
Mulher, já estava chorosa por ter um historia tão linda sem final haha
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Valéria_Traumadinha Postado em 06/01/2017 - 20:06:39
Terminar? Que papo é esse???
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Postado em 05/01/2017 - 20:57:56
Voltoooou! Que bom posta muito rsrs
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ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:27:11
saudades de ler as páginas de uma das melhores fanfics do meu otp que eu já li na vida.. voltaaaaaaa
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ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:26:16
feliz 2017!!