Fanfics Brasil - Capítulo 12 - Encantadora amor repentino

Fanfic: amor repentino | Tema: portirroni


Capítulo: Capítulo 12 - Encantadora

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Anahi estava pensativa enquanto tomava banho no banheiro em seu quarto.


“A que ponto eu cheguei? Quando foi que eu fiquei tão trouxa assim? Céus! Qual o problema comigo? – se martirizava enquanto sentia a água morna correr pelo seu corpo – Aliás, qual o problema com ela?! Depois do papel de otária apaixonada que fiz ela ainda me trata com indiferença, como se nada tivesse acontecido! Droga, Maite! Depois de transar na piscina de um hotel, ficar no quarto comigo não seria um problema.”


- Já chega! – suspirou pensando em voz alta enquanto se ensaboava – Não vou mais ficar atrás fazendo esse papel ridículo. Se não me quer por inteiro não me terá de jeito nenhum!


“Ta pensando o que? – continuou em seus pensamentos – Se aproveita de mim e depois cai fora?! Eu não vou ficar servindo só pra te dar prazer, Maite. Se não me quer, tem quem queira!


- Mas eu quero ela... – soltou num suspiro buscando a toalha para se enxugar.


Após o banho vestiu seu roupão de seda branco e foi em direção à cama. Mal apoiou-se para deitar quando ouviu batidas leves na porta do quarto. Parou por um segundo para ter certeza de que alguém chamava e novamente escutou as batidas.


Um sorriso de canto apareceu em seus lábios imaginando quem poderia ser.


- Será que ela mudou de idéia? – disse baixinho se encaminhando para atender.


Assim que abriu a porta seu sorriso se desfez.


- Boa noite, senhorita. – disse um funcionário do hotel com um sorriso simpático no rosto – Aqui está o vinho que pediu.


O rapaz tinha uma garrafa em mãos a qual estendeu para a loira, que por sua vez o encarava com estranheza.


- Mas eu não...


Antes que pudesse terminar a frase, a porta do quarto à frente se abriu. Maite saiu com um leve sorriso nos lábios.


- Fui eu. Eu que pedi o vinho. Se importa?


Anahi sorriu a fitando.


 


Allioto, safra 2011... – a loira dizia enquanto enchia as taças em cima da bancada ao lado da cômoda em seu quarto – Não sabia que entendia de vinhos, Maite.


- E não entendo. – disse com um sorriso bem humorado – Ao contrário do que você pensa, eu presto atenção em você e no que você diz. Me lembrei que naquele jantar com os editores daquela agência de moda você ficou disputando com um dos editores para ver quem entendia melhor de vinhos. Me lembro de você ter dito que esse era um de seus favoritos.


Anahi a encarava surpresa com as duas taças cheias em mãos.


- Nem eu me lembrava mais disso. – disse entregando uma das taças à morena.


- Está vendo como você é injusta comigo. – disse com um sorriso vitorioso.


- Não vamos entrar no assunto de injustiças porque nesse quesito eu garanto que sofro mais que você, Maite.


A morena deu de ombros tomando um gole do líquido avermelhado em sua taça.


- Mas à que devo essa visita inesperada a essa hora da madrugada? – Anahi questionou.


- Bem, eu acho que de fato fui um pouco injusta com você.


A loira sorriu.


- Realmente acho que não seria apropriado que eu passasse a noite em seu quarto, não nesse momento. – frisou a última frase encarando Anahi nos olhos – Mas devia ter sido mais... gentil com você. Depois de uma noite tão agradável o mínimo que eu poderia fazer é agradecer.


- Concordo. – a loira assentiu tentando segurar um sorriso.


- Então eu resolvi pedir esse vinho e vir até aqui para conversarmos um pouco... Não sei... – a olhou sugestiva.


- Sim, vamos conversar então, Maite. – Anahi disse com humor no olhar – Sente-se, por favor.


Sentaram-se nas poltronas que haviam em frente a escrivaninha do quarto, se entreolhando.


“Pois bem, – Anahi pensava – ela pensa que vou fazer igual a todas as outras vezes e agarrar ela de novo. Vai esperar sentada! Se ela quiser algo comigo vai ter que ser bem mais clara do que vir até aqui com uma garrafa de vinho e essa conversa fiada. – bebericava o vinho observando Maite sem jeito na poltrona à sua frente – Eu vou resistir! Mas por que ela tinha que vir justo com essa camisola preta que mal lhe cobre a metade das coxas?! – fixou o olhar nas pernas cruzadas de Maite e logo subiu os olhos para seu rosto – Concentre-se, Anahi! Você não é mais uma adolescente que não tem controle sobre seus desejos. – observou Maite tomar outro gole de seu vinho, levando uma mão até sua nuca e descendo suavemente pelos seus seios sob o decote do tecido preto, pousando sobre seu joelho esquerdo – Ela está me provocando ou...? – Anahi apertava os dedos no braço da poltrona observando a cena atentamente – Essa mulher... inferno! – suspirou e levou a taça à boca, tomando todo o líquido de uma só vez.


- Esse silêncio todo está me incomodando. – Maite finalmente falou, sem jeito.


- Eu pensei que você queria conversar comigo, Maite. – Anahi disse se levantando para encher novamente a sua taça.


- Eu vim aqui com essa intenção, mas você está aí parada sem dizer nada, me encarando como se quisesse me fuzilar com os olhos.


- Há muitas coisas que eu gostaria de fazer com você, Maite. Te fuzilar com certeza não é uma delas. – disse tomando outro gole de vinho e indo em direção à vidraça da janela do quarto, observando a vista noturna do lado de fora.


A morena suspirou e terminou de beber o vinho em sua taça, depositando-a na escrivaninha.


- Bom, se não temos assunto então eu vou dormir. Amanhã teremos mais eventos logo cedo.


- Boa noite. – Anahi disse sem se virar para olhá-la.


Maite a encarou com os olhos semicerrados e virou-se para sair.


- Maite...


- Sim? – a morena voltou-se para ela novamente.


A loira virou-se a encarando com um sorriso irônico nos lábios.


- Não vai levar o vinho?


A morena a fitou com uma sobrancelha levantada.


- Não. Fique para você, de presente. Está na conta do seu quarto, mas pode descontar do meu salário quando voltarmos para o trabalho, senhorita Portila.


A loira não segurou o riso e caminhou na direção de Maite.


- Não se preocupe. Que fique de presente à nós. – disse levantando a taça em gesto de brinde e levando à boca dando um generoso gole.


Maite observou aquela cena com fúria nos olhos. Num ato impensado arrancou a taça das mãos de Anahi e jogou-a contra a parede ao lado, fazendo com que os cacos voassem pelo quarto e o resto do líquido se espalhasse pela parede.


A loira a encarou surpresa e logo sentiu seu rosto sendo puxado pelas mãos suaves, mas nada delicadas de Maite.


- Se você quer brincar, senhorita Portila, nós vamos brincar! – sussurrou contra seus lábios e logo os atacou num beijo intenso.


Por um momento Anahi não teve reação diante daquela atitude de Maite. Correspondia à fúria do beijo que recebia, mas mal movia suas mãos que seguravam os braços da morena.


Maite forçou seu corpo contra o de Anahi encaminhando-as em direção à cama, sem desgrudar seus lábios. Ao se chocar contra o colchão, Anahi caiu sentada e logo sentiu o corpo de Maite encostando-se ao seu e sentando em seu colo. A morena logo buscou os lábios de sua chefe novamente reiniciando o beijo que fazia a loira estremecer. Num instante sentiu seu corpo ser arremessado ao colchão.


Anahi encarou a mulher sentada em seu quadril com um misto de surpresa e desejo no olhar.


- Sobe mais... até a cabeceira da cama. – a morena disse dando espaço.


Sem nada dizer a loira obedeceu. Logo Maite já estava sentada sobre o quadril de Anahi novamente, onde levou as mãos até o laço do roupão da loira o puxando calmamente, enquanto se movimentava lentamente sobre a intimidade da mulher, criando um clima extremamente erótico.


Anahi já sentia a tensão aumentando em seu corpo, tendo Maite se movimentando vagarosamente em seu quadril. Ao abrir o roupão e constatar a completa nudez da loira por baixo do tecido branco, Maite sorriu com malícia mordendo o lábio inferior.


- O que está fazendo, Maite? – Aanhi finalmente teve forças para falar.


- Shhh... – a morena sussurrou – Agora sou eu quem manda, senhorita Portila.


Maite logo deitou-se sobre o corpo nu abaixo de si, ficando a centímetros da boca de Anahi, onde mordiscou puxando seu lábio avermelhado pelo vinho, fazendo a LOIRa suspirar pesado.


- Seu corpo... – sussurrou enquanto distribuía beijos molhados pelo pescoço de Anahi – sua boca... – desceu uma das mãos pelo seu tronco, acariciando seus seios – o jeito gostoso que você faz... – escorregou a mão pela barriga da loira, arranhando levemente, fazendo-a ter pequenos espasmos e se arrepiar dos pés à cabeça – Tudo em você é uma perdição pra mim, Anahi.


A loira suspirava sob aquelas carícias.


- Você tem noção disso? – Maite perguntou olhando nos olhos azuis intensos à sua frente – Tem noção do poder que exerce sobre mim?


- Eu que te pergunto, Maite. – retrucou – Você tem noção do poder que exerce em mim? Porque eu já to que nem uma trouxa apaixonada por culpa sua!


Maite soltou um sorriso e logo buscou os lábios de Anahi para um beijo ardente. Buscava os lábios da loira com desespero, sentindo o gosto do vinho em sua língua. Anahi, por sua vez, serpenteava suas mãos pelo corpo da morena, expondo cada vez mais o pouco que estava coberto pelo cetim preto da camisola. Apertava com força as coxas que há pouco admirava e logo foi até a calcinha de Maite, na intenção de eliminar o tecido que impedia o melhor contato, mas antes que pudesse puxar a lingerie, a morena segurou seus braços prendendo-os pelo pulso no alto de sua cabeça.


- Hoje eu que mando, senhorita. – disse num sussurro.


Anahi engoliu seco e suspirou pesado sob uma Maite até então desconhecida por ela, que tomava a direção da situação.


A morena voltou a descer seus lábios pelo corpo de Anahi, beijando cada centímetro de sua pele sem o menor pudor. Rodeou com beijos o seio da loira que já se contorcia por um contato mais intenso, que logo foi atendido quando Maite levou a língua até seu mamilo e tomou-o em sua boca, sugando com força. Anahi suspirava tentando segurar um gemido que há muito queria sair. Sem demora Maite começou a descer seus beijos lentamente pela barriga da loira, lhe provocando mais arrepios e suspiros. Ao sentir os lábios da mulher descendo sem parar, Anahi se manifestou, a encarando.


- Maite, o que está faz...


- Shhh... – a morena olhou-a intensamente com um sorriso levado nos lábios, por fim dando uma piscadela para a loira antes de continuar.


Desceu mais beijos até a coxa arrepiada de Anahi, roçando seus lábios vagarosamente pela região sensível. Queria torturá-la o máximo que pudesse. Queria ver Anahi implorando por ela. Queria senti-la da mesma forma como ela a fazia se sentir. Perdidamente fora de si.


- Maite... – a loira se contorcia impaciente.


- Pede, vai... – sussurrou.


Anahi sorriu num suspiro.


“Você é sempre tão vingativa assim?” – pensou.


- Por favor, Maite! Me chupa, vai...


A morena deu um último sorriso satisfeito antes de levar a língua até o centro molhado de Anahi. Serpenteou sua língua pelo clitóris da loira, fazendo-a arfar, enfim deixando escapar o gemido que prendia, que Maite adorou ouvir.


A morena chupava com mais vontade cada vez que Anahi deixava escapar um gemido. Sentiu um espasmo invadir seu centro quando ouviu a loira gemer seu nome em alto e bom som. Sentiu pela primeira vez como pode ser gostosa a sensação de dar prazer à alguém.


Não demorou para que Anahi começasse a se contorcer, convulsionando sob a onda de prazer que Maite estava lhe proporcionando e sucumbindo num orgasmo que há muito estava confinado apenas em seus pensamentos.


Maite logo se pôs sentada sobre Anahi novamente, que por sua vez observava aquela cena extasiada. A morena sentada em seu colo, com uma das alças de sua camisola caída sobre seu ombro, limpando delicadamente os cantos da boca com os dedos, a encarando com um sorriso maldoso nos lábios.


“Definitivamente ela é a minha perdição!” – pensou admirando a mulher à sua frente.


- O que foi isso? – Anahi perguntou puxando Maite para si.


- Só quis retribuir todos os momentos maravilhosos que você já me proporcionou. – disse se aconchegando no peito da loira.


Anahi deitou-se de lado, encarando Maite. Levou uma mão até seu rosto e acariciou com seu polegar.


- O que você está fazendo comigo, Maite?


- Eu? – disse a fitando – Eu não fiz nada. Sou inocente.


Anahi sorriu de leve.


- Aquilo que você disse lá na piscina... ser toda minha... – a loira perguntou sem jeito.


- É... eu disse... – Maite pigarreou desviando o olhar – Nós podemos ir nos conhecendo, com calma.


- Mais do que já nos conhecemos, Maite? – disse sugestiva.


- Nos conhecer mais, intimamente falando. Não só sexo, Anahi.


- Tudo bem, claro. Com calma.


A morena assentiu.


- E nesse processo de nos conhecer, intimamente falando, é válido você passar a noite aqui comigo? No meu quarto?


- Eu não sei, Anahi... O pessoal do evento está todo nesse andar. O que dirão se nos virem saindo juntas daqui amanhã de manhã?


- Dirão que eu sou uma mulher com muito bom gosto e com muita sorte de ter uma mulher como você comigo.


- Anahi... – a repreendeu.


- Eu não me importo com o que eles vão pensar, Maite. Aliás, não me importo com o que ninguém pensa. Ninguém tem nada a ver com a minha vida e nem com a sua.


- Eu sei, é que... isso tudo é um pouco novo pra mim, entende?


- Entendo. – suspirou – Mas fica mais um pouco então? Só mais um pouquinho?


Anahi se aproximou de Maite e começou a distribuir beijos por todo o seu rosto enquanto implorava para que ela ficasse.


- Não faz assim... – a morena pediu tentando segurar o riso.


- Por favorzinho, Maite? – continuou beijando seu pescoço, provocando-lhe arrepios – Fica, vai?


- Eu já te disse o quanto você pode ser persuasiva?


- Acho que já comentou algo sobre. – Anahi sorriu e logo tomou os lábios de Maite num beijo, reiniciando a noite de prazer que estavam tendo.


 


***


 


Maite abriu os olhos sentindo a claridade da manhã pesar em suas vistas. Olhou para as cortinas entreabertas da janela e pôde perceber de onde vinha o incômodo. Virou-se para o outro lado da cama e assustou-se com aqueles olhos Azuis a observando. Anahi estava deitada ao seu lado, apoiada sobre seu cotovelo. Tinha um sorriso bobo nos lábios que ficou maior ao ver a surpresa de Maite ao vê-la ali.


- Você fica linda dormindo. Bom dia!


- Bom dia. – Maite disse sem jeito, se espreguiçando – Eu não me lembro de você ter me convencido a passar a noite aqui.


- Eu me lembro exatamente o momento em que te convenci. – disse com um sorriso cheio de malícia.


- Que horas são?


- Umas 10h30min.


- O que? – Maite deu um salto, sentando-se na cama – Anahi, por que você não me acordou? Tínhamos que estar nos eventos desde às 08h da manhã!


- Eu acordei agora a pouco também. E... – disse tentando fixar os olhos no rosto de Maite, mas não conseguia evitar olhar seus seios nus – E... você estava dormindo, e...


Maite a encarou notando que a loira a observava. Quando se deu conta tratou de puxar o lençol e segurá-lo sobre seu peito.


- Pare de me olhar e diga logo.


- Me desculpe, eu me distraí. Eles são tão lindos... – disse sem conter o riso.


Maite sentiu suas bochechas queimarem.


- Bom, não faz muito tempo que eu acordei. – Anahi disse se ajeitando na cama – Só tive tempo de pedir o nosso café.


Foi até a bancada ao lado da cômoda e pegou uma bandeja, levando até a cama.


- Eu não sei o que você gosta de comer de manhã, então pedi tudo o que tinha para o café. – disse depositando a bandeja ao lado da morena que a encarava surpresa – O que? – Perguntou ao ver a expressão de CamilaMaite.


- Nada. Só não achei que você fosse do tipo que traz café da manhã na cama. – sorriu com humor.


- Esse é um privilégio que poucos têm da minha pessoa, Maite. Sinta-se agraciada.


- Humm... – pegou uma uva e levou até a boca – Eu e mais quantas mulheres fomos privilegiadas com esse seu ato de romantismo, senhorita Portila?


Anahi a fitou com os olhos semicerrados.


- Você e mais ninguém, Maite. – disse séria – Você é a primeira mulher para quem eu trago café na cama.


A morena a encarou séria e sem jeito.


- E eu não me importaria de lhe trazer café na cama todos os dias, se você quisesse, é claro. – disse tomando um gole de suco.


- Vamos terminar logo para podermos participar das palestras após o almoço. – Maite disse tentando mudar de assunto.


- Eu tinha outros planos para o dia de hoje.


- Como assim outros planos? Temos que ir para o evento, Anahi. Afinal foi para isso que viemos até aqui. O dinheiro das passagens e das diárias está saindo da conta da empresa.


- Depois eu reponho esses valores, afinal, eu sou dona da empresa. – disse dando de ombros – Isso tudo é uma grande chatice. Não quero desperdiçar uma companhia interessante como a sua num programa desagradável.


Maite não conteve o riso.


- E o que pretende, senhorita?


- Não sei... Podemos ir dar um passeio por Miami.


- Um passeio?


- É! Está decidido, vamos nos arrumar e tirar uma folga. Vamos ficar o dia todo fora do hotel, não quero dar oportunidade pro pessoal do Conselho de Publicidade que está na organização vir questionar a minha ausência no evento.


- Eu não sei... A minha chefe pode não gostar que eu tire o dia de folga. – disse com um sorriso bem humorado – Estou representando a empresa dela nesse evento. E se ela ficar brava comigo? E se ela me demitir? – colocou a mão sobre a boca, arregalando os olhos fingindo preocupação.


- Acho que ela não demitiria uma funcionária como você, senhorita Perroni. Você é uma excelente profissional, competente, linda... – disse se aproximando da morena – e está merecendo uma folga! – finalizou selando seus lábios.


*** 


Passeavam pela Ocean Drive Avenue dentro do Range Rover branco alugado por Anahi. Apreciavam as belezas da cidade praiana enquanto procuravam um lugar para almoçar. Após quase meia hora rodando pela bela avenida, encontraram um restaurante para onde se encaminharam.


Estavam à mesa apreciando a comida deliciosa e conversando tranquilamente.


- Mas então me diga, Maite. – Anahi chamou a atenção da morena – Você acha que se tivesse saído com aquele seu amigo enfermeiro, teria momentos tão agradáveis como esses que está tendo comigo?


Maite a encarou.


- Eu não posso crer que você está lembrando desse assunto num momento desses, Anahi.


- Foi só uma curiosidade que me veio.


- Seu ego não tem tamanho!


- Eu duvido que ele saberia tratar você do jeito que você merece.


- Ele pode não ter a riqueza que você tem, Anahi, mas me pareceu saber tratar uma mulher muito bem sim. – provocou – Isso independe de dinheiro, depende de atitudes.


- E quem disse que eu falava de dinheiro? As gentilezas que lhe fiz até agora não valeram de nada? – disse fingindo indignação.


- Acha que vai me comprar com um simples café na cama, senhorita? Isso eu já recebi antes, e mais de uma vez.


- Vejo que seu café da manhã é bem movimentado, Maite. – Anahi ficou séria no mesmo instante.


- Às vezes sim. O Cristian é um amigo muito gentil.


A loira a fitou com uma sobrancelha arqueada observando Maite sorrir.


- Pelo visto eu vou ter que me empenhar mais se eu quiser impressioná-la, não é?


- Talvez... – disse prendendo o riso – Me dê licença um minuto, por favor.  – se levantou e foi em direção ao banheiro.


Anahi a observou sair e ficou pensativa por uns instantes. Num minuto sua expressão passou de séria para animada, como se acabasse de ter uma ótima idéia. Pegou seu celular e discou para um número em sua agenda.


- Boa tarde, eu gostaria de fazer uma reserva... Sim, para hoje à noite... Não podem abrir uma exceção?... Posso falar com o gerente, por favor?... Ocupado? Diga que é a Anahi Portila... Obrigada.


Após finalizar a ligação a loira sorriu vitoriosa. Logo Maite se aproximou da mesa observando o sorriso no rosto de Anahi.


- Algum motivo para o bom humor repentino? Me lembro que ao sair deixei você com uma cara de poucos amigos. – a morena provocou.


- Eu tenho ótimos motivos para sorrir, maite. Você é um deles, por exemplo.


Maite ainda não havia se acostumado com os elogios inesperados de Anahi e corou ao encarar a loira com um sorriso sugestivo nos lábios.


Após o almoço passearam pela Lincoln Road, uma famosa avenida da cidade, admirando todas as belezas da encantadora Miami Beach. E após um dia agradável e descontraído partiram de volta ao hotel.


Era fim de tarde quando Anahi estacionou o carro na entrada do hotel, sendo recebida pelo manobrista que logo tratou de levar o carro. Assim que adentraram o local avistaram um grupo de pessoas que acabavam de sair de um dos eventos de publicidade.


- Droga. - Anahi sussurrou – Vamos direto ao elevador e fingir que não vimos ninguém.


Maite a seguiu apressada tentando disfarçar a nada discreta presença delas ali. Duas mulheres como Anahi e Maite dificilmente passam despercebidas em qualquer lugar que forem.


- Senhorita Portila? – um homem de terno chamou assim que notou as duas passando ao lado do grupo.


Anahi virou para encará-los com um sorriso amarelo no rosto.


- Olá, boa tarde. Como vão?


O grupo respondeu em coro e logo se dispersou, deixando apenas o senhor com traços asiáticos na presença delas. Era o Presidente do Conselho de Publicidade.


- Senti sua falta nas palestras de hoje, senhorita Portila.


- Senhor Yoshida, como vai? – disse estendendo a mão para cumprimentá-lo.


- Bem, senhorita Anahi. E a senhorita? Teve algum problema hoje?


- Pois é, eu não passei muito bem hoje. Acordei com um mal estar e acabei indo parar no hospital. Fiquei lá até agora.


Maite a encarava incrédula.


- Oh, sinto muito. Já está melhor?


- Sim, foi só um... uma... infecção intestinal. – disse a primeira coisa que lhe veio à cabeça.


- Espero que amanhã já esteja bem para participar do último dia de eventos. As empresas Portila são uma referência no ramo de publicidade do país. O senhor Michael Augustus Portila ficaria orgulhoso de você.


Anahi sentiu uma pontada de remorso se abater sobre ela.


- Acho que sim. – disse sorrindo fraco.


- Bom, então aproveite a noite para descansar. Melhoras, senhorita. – disse se virando para Maite e acenando com a cabeça – Senhorita. Boa noite.


- Você é realmente inacreditável. – Maite disse seguindo para o elevador.


- O que? Eu não podia dizer para o Presidente do Conselho de Publicidade, que foi amigo de longa data do meu pai, que eu deixei de participar do evento mais importante da categoria para ficar passeando com um affair pela cidade.


- Um affair? É isso que eu sou agora? – disse adentrando o elevador – Já prevejo as matérias: “Paparazzi flagra a rica empresária Anahi Portila em um passeio por Miami com seu mais novo affair. Aparentemente a jovem morena com quem a magnata do ramo de publicidade está mantendo um caso é a sua assistente, Maite Perroni. Mais um caso de relação amorosa entre patrão e empregado.” No caso, patroa e empregada!


Anahi não pôde segurar as risadas ao ver a forma dramática de Maite ao falar.


- Primeiro, – disse se contendo – eu não sou famosa ao ponto de terem paparazzi’s ao meu encalço dando conta da minha vida. Talvez alguns em New York, que dão notas sobre a ovelha negra da tradicional família Portila que se tornou uma empresária, mas não abandonou velhos costumes festeiros. Segundo, eu não devo nada à ninguém, por mim podem falar o quanto quiserem. Por que eu teria receio de sair nas manchetes ao lado de uma mulher maravilhosa como você? E terceiro, um affair porque você quer assim. Acho que já deixei bem claro o que sinto por você, mas respeito seu tempo e sua decisão de ir com calma, então...


Maite a fitava sem nada dizer. Sentia seu maxilar travado tamanha tensão que aquela mulher lhe causava. O elevador parou no último andar e a morena agradeceu em pensamento por poder sair daquela situação. Logo foi em direção ao seu quarto sem dirigir a palavra à loira.


- Maite... – Anahi a seguiu – Maite, espera!


- Anahi, boa noite. – disse já na porta de seu quarto.


- Maite... Céus! – suspirou – Eu posso acreditar que toda mulher seja assim tão dramática!


- Você é uma delas, Anahi. Já deveria estar acostumada com dramas!


- Eu não sou dramática!


A morena virou-se para abrir a porta quando sentiu Anahi segurar em seu braço.


- Maite, não seja assim... Me desculpe. Eu não quis ser grosseira, acho que o jeito que eu falo, a forma como me expresso acaba me fazendo parecer grossa, arrogante, mas eu não faço por mal. É só... o meu jeito.


- Tudo bem, Anahi. Eu vou descansar um pouco, o dia foi bem... cansativo.


- Cansativo? – sussurrou suspirando.


- Boa noite.


- Não, espera! Eu... queria que você fosse jantar comigo.


- Não precisa se incomodar, senhorita. Eu me arranjo sozinha no restaurante do hotel.


- Maite... – disse se aproximando da morena, segurando com as duas mãos em seu rosto – Por favor? Vamos?


- Anahi, não!


- Sim... – sussurrou em seus lábios e logo os selou – Diz que sim?


- Para com isso, Anahi! – disse tentando se desvencilhar – Alguém pode aparecer aqui a qualquer momento.


- Se você não aceitar eu vou te agarrar aqui mesmo e só vou soltar quando alguém aparecer e tirar belas fotos nossas para postar na internet. – disse ainda segurando o rosto da morena a centímetros de seus lábios.


Maite não conseguiu segurar o riso.


- Ta bom! Ta bom!


- Linda! – disse lhe dando um selinho – A gente sai daqui a 1 hora.


 


***


 


- Aonde vamos? – Maite perguntava já no carro pelas ruas movimentadas de Miami.


- É surpresa. – Anahi disse com um sorriso animado.


Após pouco mais de meia hora já estacionavam à frente de um elegante restaurante, um dos mais badalados da cidade, o restaurante Juvia.


Assim que entraram uma jovem elegante e bem vestida as recepcionou.


- Boa noite, sejam bem vindas. As senhoritas têm reserva?


- Sim, – a loira prontamente respondeu – está em nome de Anahi Portila.


A jovem morena arregalou os olhos em tom de surpresa, como se já aguardasse a dona daquele nome.


- Oh, sim! Senhorita Portila, é claro. Queiram me acompanhar, por favor.


Foram até o último andar da belíssima construção. Havia uma mesa reservada para elas com a melhor vista do lugar. Todo o restaurante tinha uma vista panorâmica. De lá se via boa parte da badalada Avenida Lincoln Road de Miami.


Maite estava extasiada. Desde que se sentaram à mesa ela não parou de observar a belíssima vista um minuto sequer.


- Gostou? – Anahi perguntou ansiosa.


- É lindo, Anahi!


- Você que é linda, Maite. – a loira a fitou – Está linda nesse vestido, como sempre.


Maite a encarou sem jeito e corada.


- Obrigada. Você também está linda, como sempre. – sorriu.


O jantar seguiu agradavelmente como Anahi havia planejado. Foram servidas como clientes especiais e receberam até uma visita do chef. O que fez Maite ficar surpresa.


- Nossa, eu já sabia, mas não tinha noção do quanto a senhorita Anahi Portila era importante. – disse assim que o chef saiu da mesa delas.


- Por que diz isso?


- Recebe tratamento especial e conhece até o chef desse restaurante, que ao que me parece é um dos melhores de Miami.


Anahi riu da situação.


- Na verdade, eu sou apenas uma pessoa com influência. Liguei hoje mais cedo para fazer uma reserva aqui, já conhecia e sabia que era lindo, achei que você gostaria. – disse quase sem jeito – Quando liguei eles já não tinham mais reservas para hoje, então eu pedi para falar com o gerente e dei um jeitinho.


- Deu um jeitinho? – Maite a encarou desconfiada.


- Sim. Eu ofereci publicidade grátis ao restaurante por um mês. Ele foi um pouco relutante, já que o lugar já é bem famoso, mas eu posso ser um tanto quanto... persuasiva.


- Disso eu não tenho dúvidas!


Após o jantar Anahi fez questão de ir até o gerente e agradecê-lo pessoalmente, distribuindo elogios ao atendimento, ao lugar e à comida. Maite fez questão de confirmar todos os elogios.


Partiram dali indo em direção contrária ao hotel em que estavam hospedadas.


- Não vamos voltar para o hotel? –Maite questionou.


- Não. Ainda não. – Anahi respondeu com um sorriso malicioso.


- E aonde vamos?


- A surpresa ainda não terminou. Não seja impaciente.


- Eu sou muito paciente, Anahi. Quem não tem paciência aqui é você. – disse sorrindo.


Anahi sorriu e nada disse, apenas seguiu com o carro pelas ruas de Miami. Após longos minutos enfim estacionaram em um píer com luxuosos barcos enfileirados.


- Onde estamos, Anahi?


Quem não tem paciência aqui é você! – disse imitando a voz de Maite.


- Qual a sua idade mesmo? – a morena provocou.


- Tenho 26, senhorita. Agora pare de falar e ponha essa venda nos olhos. – disse retirando o tecido preto de dentro do porta-luvas.


Maite a encarou com uma sobrancelha arqueada.


- Vamos! Por favor? Faz parte da surpresa. – a loira insistiu.


- Tudo bem. Se for me matar agora e desovar meu corpo no mar, pelo menos avise à minha mãe que eu a amo. – disse ajeitando a venda nos olhos – e diga ao Cristian que ele pode ficar com o Senhor Fofinho.


- Senhor Fofinho?


- Sim, é o meu urso panda de pelúcia de estimação.


Anahi gargalhou.


- Quantos anos você tem mesmo, Maite? – devolveu a provocação.


Assim que saíram do carro Anahi guiou a morena em direção ao píer. Lá um homem aguardava com um uniforme branco e um chapéu de comandante.


- Boa noite, senhoritas. – disse simpático.


- Boa noite. – a loira respondeu – Anahi Portila.


- Perfeitamente. – o homem assentiu ao ouvir o nome – Me acompanhem, por favor.


Maite tinha o cenho franzido, não entendia nada do que acontecia. Caminharam até um luxuoso iate, onde Anahi as acomodou dentro da cabine. Em poucos instantes o iate deu partida em direção ao mar. Após alguns minutos sentiram a velocidade diminuir até parar. Anahi ainda não havia deixado Maite retirar a venda. Pediu que ela ficasse na cabine até que ela voltasse. A loira foi até o comandante e deixou tudo acertado para que ele voltasse na manhã seguinte para buscá-las. O homem prontamente deixou o barco ancorado, soltou um jetski na lateral da embarcação e partiu dali de volta à terra firme, deixando orientações sobre como entrar em contato pelo rádio, caso precisassem.


A loira retornou à cabine e encontrou Maite impaciente, ainda com a venda sobre os olhos.


- Muito bem, não retirou a venda com eu mandei. – disse sorrindo.


- Até que enfim! Eu já tava achando que você ia mesmo me matar.


- Te matar só se for de... deixa pra lá.


Anahi guiou Maite até a parte superior do iate colocando-a em posição estratégica.


- Está pronta?


- Eu não sei! O que vai fazer?


Anahi retirou a venda dos olhos de Maite e a observou ansiosa. A morena fixou os olhos na imagem à sua frente e ficou extasiada. O barco estava a pouco mais de 1 km da costa de South Beach. A visão noturna da cidade iluminada vista pelo mar era encantadora.


- É... é lindo, Anahi!


- Você gostou? – A loira perguntou apreensiva.


- Sim... Muito!


Anahi suspirou aliviada.


- Que bom que gostou. Fiquei com receio de você me achar brega ou romântica demais ou, não sei... Pensar que eu estou tentando forçar e apressar as coisas ou...


- Anahi... – Maite a interrompeu – Você é encantadora!


 


 


 


 


 



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Autor(a): naiara_

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Maite observava encantada a vista privilegiada que tinham dali. Anahi tinha um sorriso bobo nos lábios e um brilho contagiante nos olhos. O mar calmo, o céu estrelado, tudo cooperava com a intenção de tornar aquele momento inesquecível para Maite. - Quando foi que você arrumou tudo isso? Eu passei praticamente o dia inteiro com voc&e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 147



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  • maite_portilla Postado em 07/07/2017 - 20:37:12

    Cade?? Continua por favor, eu amo essa historia <3

  • ccamposm Postado em 09/02/2017 - 13:39:20

    Cadeeeee

  • Furacao Maite Postado em 01/02/2017 - 23:12:37

    nossaaaaaaaaaaolha quem voltoooou

  • ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:32:17

    Terminar? :(

  • ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:31:56

    MEU DEUS ALELUIA

  • Kah Postado em 06/01/2017 - 22:20:42

    Mulher, já estava chorosa por ter um historia tão linda sem final haha

  • Valéria_Traumadinha Postado em 06/01/2017 - 20:06:39

    Terminar? Que papo é esse???

  • Postado em 05/01/2017 - 20:57:56

    Voltoooou! Que bom posta muito rsrs

  • ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:27:11

    saudades de ler as páginas de uma das melhores fanfics do meu otp que eu já li na vida.. voltaaaaaaa

  • ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:26:16

    feliz 2017!!


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