Fanfic: amor repentino | Tema: portirroni
Capítulo 14 - Eu Espero
Maite sentiu uma fisgada no peito. Seus batimentos aceleraram tanto ao ponto de seu coração parecer querer sair do seu peito. Anahi a encarava apreensiva, ansiosa para ouvir uma resposta.
- Namorar? Futuramente? – Camila estava tão nervosa que desandou a falar descontroladamente – Quer dizer, não agora, mas daqui um tempo a gente ficar juntas e assumir pra todo mundo que somos um casal, tipo... tipo namoradas?
- Sim, quer dizer... Se você quiser e se não for um problema pra você assumir algo comigo. Mas não precisa ser agora, eu não quero apressar as coisas. Quero ir com calma, quero que confie em mim o suficiente para que nós possamos ter algo sério. Porque eu quero de verdade ser sua, Maite. E gostaria muito que você fosse minha.
- Any, eu... nossa! – suspirou – Não achei que o que sentisse fosse tão... assim, não sei... Eu realmente quero ir com calma. Não quero me precipitar.
- Entendo. – a expressão de Anahi se entristeceu.
- Mas... nós podemos tentar. Quero dizer, nós podemos ir com calma e ficarmos juntas e... bem, quando estivermos seguras nós firmamos esse compromisso.
- Tudo bem. – a loira sorriu fraco.
Maite a abraçou novamente, recostando a cabeça em seu peito. Logo Anahi a abraçou também, aconchegando-a em seus braços.
- Não me entenda mal. – a morena suspirou – Eu só acho que ainda não estou preparada para assumir uma relação agora. Mas nós podemos ter uma coisa nossa. Só nossa...
- Maite, tudo bem. Não precisa se explicar.
- Eu só quero que saiba que não há mais ninguém com quem eu gostaria de estar nesse momento. Estou feliz que seja você aqui comigo.
A loira suspirou deixando um sorriso escapar de seus lábios.
Passaram um longo tempo em silêncio, apenas apreciando a vista, a brisa do mar e o clima romântico que permanecia ali, até que Any sentiu a respiração de Maite mais pesada e notou que ela havia dormido.
- Maite – acariciou seus cabelos tentando acordá-la – Vamos para o quarto na cabine.
- Humm... – a morena ronronou como um gatinho se espreguiçando, o que provocou uma risada em Anahi.
- Vamos, gatinha preguiçosa.
- Pra onde? Ta tão bom aqui. – disse se aconchegando novamente na loira.
- Vamos pro quarto, está ficando mais frio aqui. Vem?! – disse se levantando e puxando-a pela mão – Lá dentro é mais quentinho.
Maite se levantou a contragosto e se encaminhou para a cabine junto de Anahi.
- Tem uns roupões no armário, se quiser tirar o vestido para dormir. – a loira disse assim que adentraram o confortável quarto.
- Dormir? – Maite a olhou sugestiva.
Anahi a encarou sem entender, mas logo que percebeu malícia em sua expressão sorriu de canto.
- Sim, senhorita. Vamos com calma, não quero lhe faltar com o respeito antes de ter um compromisso sério com você. – disse prendendo o riso.
- Você não pode estar falando sério! – a morena a fitou incrédula.
- Sim, eu estou. – Anahi disse e logo se virou em direção ao banheiro para não rir na frente de Maite.
- Você está me punindo, é isso? – disse observando a loira retirar as poucas jóias que usava em frente ao espelho do banheiro – Me punindo porque eu não aceitei imediatamente o seu pedido?!
- Eu jamais faria isso, Maite. E se você não notou, eu sugeri que tivéssemos um relacionamento sério futuramente. Ao contrário do que você pensa, eu sou muito paciente, posso esperar o quanto for preciso até você se decidir. – dizia tentando prender a gargalhada que queria soltar.
- Ok... Não tem problema. Ótimo! Vamos ficar assim então, sem muita intimidade para não comprometer a nossa “relação”. – disse fazendo aspas com os dedos no ar.
A irritação na voz de Maite era evidente e Anahi notava isso. Tentou se manter firme e séria diante da loira.
- É tão ruim assim ficar sem mim? – a loira disse retornando ao quarto – Eu sou tão irresistível ao ponto de você não conseguir esperar até firmarmos um compromisso?!
- Eu não disse isso! Eu posso esperar, não será problema para mim. – Maite resolveu entrar no jogo da loira – Se prefere assim, assim será.
Maite abaixou o zíper na lateral de seu vestido e o retirou lentamente na frente de Anahi, que observava a cena atentamente.
“Vermelha não!” – a loira pensou assim que pôs os olhos na lingerie da morena.
Maite terminou de retirar seu vestido e deitou-se na cama, cobrindo-se com o lençol. Anahi a observava atenta, quando seus olhos se arregalaram ao ver a morena retirando sua lingerie e jogando pelo chão do quarto.
- O que está fazendo? – a loira perguntou num fio de voz.
- Eu só durmo nua, senhorita. – sorriu sínica e virou-se para o lado.
Anahi apertou sua nuca tentando aliviar a tensão e mordeu seu lábio inferior, soltando um suspiro pesado. Logo começou a se ajeitar também. Após se despir, vestiu um dos roupões que estavam no armário e deitou-se ao lado de Maite. Ficou imóvel tentando ao máximo evitar sequer encostar na morena. Maite voltou-se para Anahi que estava estática olhando para o teto.
- Sem sono, senhorita Portila?
- É... – disse tentando não olhar para a morena.
- Eu também perdi o sono, sabe?
- Você me parecia bem cansada agora há pouco.
- Pois é... não estou mais.
Maite encarava a loira intensamente, deixando-a incomodada.
- O que foi? – Aanhi disse olhando de lado.
- Nada.
- Por que está me encarando desse jeito?
- Não posso admirar?
A loira não conseguiu conter o sorriso.
- Se está tentando me deixar louca de amores está conseguindo. – Maite disse se aproximando e dando-lhe um longo beijo em sua bochecha – Boa noite, Anahi.
A morena virou-se novamente e ajeitou-se para dormir, não demorando a pegar no sono.
“Maite ainda vai me deixar louca... – Anahi se perdia em seus pensamentos sem conseguir dormir – Quando eu imaginaria que um dia teria uma mulher dessas, nua na minha cama, e eu não faria nada?! Mas eu não posso ceder. Eu vou resistir. Não posso começar uma relação com ela baseada em sexo. – suspirou – Céus! Mas por que ela tinha que ser assim tão... tão irresistível?! Concentre-se. Respira! Não pense nela, nem em como ela é linda e gostosa e... ah!”
Anahi rolou na cama bufando irritada. Precisou se concentrar por algum tempo até conseguir dormir.
***
- Bom dia! – Anahi acordou Maite com beijos pelo rosto.
- Bom dia. – a morena disse se espreguiçando – Que horas são?
- Ainda é um pouco cedo, mas tive que te chamar, o comandante virá daqui a pouco para buscar o barco.
Maite levantou-se, ficando sentada ao lado de Anahi na cama. Sorriu largo ao ver a bandeja de café da manhã à sua frente.
- Eu disse que não me importaria em lhe trazer café na cama todos os dias. – a loira disse com um sorriso de canto.
- Não percebeu ainda que estou tentando me fazendo de difícil? – Maite brincou – Desse jeito você não facilita as coisas pra mim, Anahi.
- Eu acho melhor você desistir de resistir, Maite. Além de persistente eu posso ser muito...
- Persuasiva. – a morena a interrompeu.
As duas sorriram e logo começaram a comer.
- Pretende ir ao evento hoje? Hoje é o último dia... – Maite perguntou enquanto comia uma torrada com geléia.
- Não sei. Talvez após o almoço só para marcar presença.
- O senhor Yoshida está esperando por você.
- Sim, eu sei.
- Não gosta muito dele ou desse assunto?
- Eu gosto do Ronald, ele é um bom homem e excelente empresário. Visitava minha casa desde que eu me entendo por gente, até quando meu pai... enfim.
Maite observava a expressão séria que tomou conta de Anahi.
- A vida do meu pai era essa empresa, ele adorava tudo isso. Foi o império que ele construiu e se sentia orgulhoso disso. Só que eu não sou como ele. Eu gosto de trabalhar lá e também tenho orgulho do meu pai por ter chegado onde chegou, mas não trato aquilo como se fosse prioridade na minha vida. Eu não pedi para estar ali, eu nem tinha capacidade para estar. O Marco era muito mais indicado para o cargo de presidente, mas nosso pai me escolheu.
- Talvez ele já conhecesse o filho que tem... – Maite comentou sem pensar – Me desculpe, eu não...
- Não, você tem razão. O Marco sempre foi muito ambicioso, sempre quis ter tudo e mais um pouco. Sempre foi deslumbrado com a vida de sucesso que meu pai levava nos negócios e quis seguir os mesmos passos. Logo entrou numa das melhores universidades do país e seguiu o ramo. Com o tempo chegou onde chegou, na presidência do setor de finanças. Meu pai nunca deu boa vida pra ele, mesmo sendo seu filho. Ele teve que conquistar seu espaço na empresa como qualquer funcionário. Eu nunca quis saber de trabalhar na Portila´s Corporation, vivia viajando pelo mundo. Não foi fácil perder a minha mãe ainda na infância. A minha casa era cheia de lembranças dela, eu me sentia mal ficando lá. Até que meu pai me convenceu a voltar.
- E como ele conseguiu essa proeza? – Maite disse tentando quebrar a tensão no clima.
- Ele descobriu que estava doente. Estava com câncer e sabia que teria pouco tempo de vida. Foi então que eu aceitei voltar e entrar na faculdade. Ele pediu que fosse assim, para que eu pudesse assumir o lugar dele quando não estivesse mais aqui. A princípio eu neguei, disse que ele poderia passar o cargo ao Marco, mas ele negou. Nunca me disse as verdadeiras razões para ter feito isso, só me dizia que tinha que ser eu. Então eu aceitei, não poderia negar um pedido do meu pai em estado terminal. Foi então que eu entrei na empresa, quando ainda estava no último ano da faculdade. Ele me treinou pessoalmente, me ensinou tudo para que eu continuasse com o que ele havia construído, para que continuássemos sendo a melhor do ramo. E no ano seguinte ele partiu. Acho que quando ele sentiu que eu já poderia assumir o seu lugar ele se permitiu ir.
Os olhos da loira estavam marejados, mas ela se mantinha firme. Não olhava diretamente para Maite, que a ouvia atenta. Apenas bebericava seu suco vez ou outra para desfazer o nó na garganta.
- E ele tomou uma ótima decisão, com certeza. – a morena disse levemente emocionada – Você administra essa empresa muito bem, Anahi. Com certeza ele teria muito orgulho de você.
- Eu só... faço o que fui ensinada a fazer. O sucesso da empresa é mérito dele, já estava nesse nível quando cheguei. Eu só mantive.
- E manteve muito bem. Não é fácil manter uma empresa desse porte com o sucesso que você vem mantendo nesses dois anos. É mérito seu também.
Anahi sorriu fraco e logo se levantou da cama.
- Bom, vamos nos ajeitar antes que o comandante chegue. Não quero que ele veja a minha, quem sabe futura namorada, despida. – disse indo em direção ao banheiro.
Maite soltou uma risada e logo começou a se ajeitar.
Após a higiene matinal, se aprontaram e foram para o convés do iate para aguardar o comandante, que não demorou a chegar em seu jetski. Em poucos minutos já estavam atracadas no píer da costa de South Beach.
- Espero que tenham tido um passeio agradável a bordo do Maktub. – o comandante disse dando um tapinha na proa do iate.
- Foi muito agradável sim, obrigada. – Anahi agradeceu cumprimentando o homem.
Maite assentiu com a cabeça dando um leve sorriso sem jeito.
- Será que ele percebeu que somos um casal? – Maite questionou enquanto se encaminhavam para o carro – Quer dizer, esse é um passeio bem romântico, geralmente feito por casais.
Anahi a encarou com uma sobrancelha levantada e não conteve o riso.
- O que? – a morena perguntou.
- Somos um casal? – a loira disse parando em frente o carro.
Maite sentiu suas bochechas queimarem.
- Não sei... Quer dizer... Não somos oficialmente, mas ele deve ter percebido pelo nosso comportamento que não somos apenas amigas.
Anahi sorriu e entrou no carro, seguida por Maite.
- Se não somos um casal, não há por que se preocupar. Além do mais ele já deve ter visto coisas “piores”. – fez aspas com os dedos – Miami é uma cidade turística, milhares de pessoas de todo o mundo passam por aqui todos os dias. E nós nem batizamos a cama do iate. Nos comportamos como meras amigas.
- Porque você não quis!
Anahi a fitou com os olhos semicerrados e sem dizer nada deu partida em direção ao hotel.
- Deixe suas coisas arrumadas, Maite. – a loira dizia enquanto subiam no elevador em direção ao andar de seus quartos – Quando sairmos dessa última conferência iremos direto para o aeroporto. Nosso vôo para New York sairá às 18h00min.
- Está bem.
Após se ajeitarem foram almoçar juntas no restaurante do hotel e logo em seguida partiram para a última conferência daquele evento de publicidade. O auditório estava cheio. Empresários do ramo, palestrantes, estudantes de cursos da área de diversas cidades estavam presentes ali. Até algumas mídias televisivas que estavam noticiando sobre o evento, todos aguardando a última parte do evento começar.
Ao se sentarem em uma das poltronas do local um rapaz de terno, usando um crachá da organização foi em direção a elas.
- Com licença. Senhorita Portila? Anahi Portila? – perguntou direcionado à Anahi.
- Sim, pois não?
- Eu preciso que a senhorita me acompanhe, por favor. Tem um lugar reservado ali na frente para a representante das empresas Portilas.
A loira o fitou.
- É realmente necessário que eu me sente lá? Daqui posso assistir muito bem.
- São ordens da organização do evento, senhorita. E um pedido do senhor Ronald Yoshida.
Anahi suspirou fundo e seguiu o rapaz, pedindo à Maite para que não saísse dali para que não se perdessem de vista na hora de ir embora.
A conferência seguiu normalmente, finalizando o encontro daquele ano. Empresários e representantes do meio publicitário de todo o país tiveram seu momento para aproveitar o marketing gratuito que a visibilidade daquele evento proporcionava para suas empresas.
Anahi suspirava de tédio, olhando em seu relógio a todo momento, aguardando ansiosa pelo término, quando foi surpreendida pelo presidente do Conselho de Publicidade.
- Nesse momento de homenagens à empresários e organizações do ramo de publicidade, – dizia ao microfone no púlpito do palco do auditório – gostaria de fazer uma homenagem especial à uma pessoa a qual conheço desde que nasceu. Essa jovem é filha de um grande amigo meu, que infelizmente nos deixou há alguns anos. Ele partiu, mas deixou sua filha em seu lugar para tomar conta dos negócios que ele construiu durante sua vida inteira.
Anahi o encarava surpresa.
- Michael Augustus Portila foi, além de um grande amigo, um excelente empresário e publicitário. – continuou – Construiu um império com muita sabedoria e com essa mesma sabedoria educou seus filhos para que perpetuassem a história dessa família como um ícone de referência no ramo da publicidade de todo o país.
Ouviram-se aplausos calorosos de todos ali.
- É com grande satisfação que eu chamo aqui ao palco a filha deste grande homem, que seguiu administrando as empresas Portila com a mesma excelência e sabedoria de seu pai, senhorita Anahi Giovanna Portila.
Os aplausos calorosos surgiram novamente. Anahi estava totalmente surpresa e sem reação. Levantou-se no automático e foi em direção ao palco, onde foi recebida pelo senhor Yoshida com uma placa de homenagem em mãos.
- Esta é uma singela homenagem do Conselho Nacional de Publicidade para a representante e administradora das empresas Portilas, pelos anos de dedicação e pelo belo trabalho publicitário. – o senhor de traços orientais disse ao microfone.
Mais aplausos surgiram enquanto Anahi recebia a placa das mãos do presidente do Conselho.
- Nossa! – a loira suspirou ao microfone – Eu não estava esperando por isso. Gostaria de agradecer ao Conselho de Publicidade pela homenagem à minha empresa, à minha família e ao meu pai. O meu pai que foi o grande responsável pelo sucesso da Portila´s Corporation por todos esses anos, desde a sua fundação. O senhor Michael Augustus Portila sempre se orgulhou do trabalho ao qual se dedicou por toda a vida, ele amava o que fazia e creio que esse foi o segredo do sucesso dele. Tudo que sei devo a ele, ao meu pai, que me ensinou tudo que ele sabia e o que é necessário para levar adiante uma empresa como a nossa. Ele que cuidou de mim e do meu irmão com todo o amor e dedicação. – seus olhos estavam marejados e sua voz começava a embargar. Pigarreou levemente, tomando fôlego para continuar – Agradeço ao meu pai por tudo que ele fez pela família e pela empresa, que para ele também era uma grande família. E agradeço também à todos os funcionários de todas as filiais e da sede da Portilás Corporation por todos esses anos de dedicação e árduo trabalho para prestar sempre um serviço de qualidade em nome da publicidade. Muito obrigada a todos, de verdade. Desde o porteiro do prédio onde eu trabalho e de todos os prédios das empresas Portila espalhados pelo país, aos serventes, às secretárias, seguranças, coordenadores de cada setor, aos diretores, enfim, todos que movem essa empresa. O trabalho de cada um é muito importante e sem qualquer um de vocês não seria possível chegar onde chegamos. – ouviram-se mais e mais aplausos – Por fim eu gostaria de fazer um agradecimento especial à uma pessoa que esteve comigo desde o meu início, quando assumi a gestão da empresa. Uma pessoa que é meu braço direito e sempre está comigo nos momentos de tomar decisões, me auxiliando e se dedicando a me apoiar em cada passo que dou. Além de uma excelente profissional é uma funcionária exemplar, mas acima de tudo tornou-se uma grande amiga. O meu muito obrigada à senhorita Maite Perroni
Anahi finalizou levantando a placa de homenagem que recebeu olhando em direção à Maite, que estava completamente surpresa e emocionada. De longe era possível ver o seu largo sorriso e seus olhos brilhando, cheios de lágrimas.
- O senhor me pegou de surpresa, senhor Yoshida. – a loira dizia ao fim do evento.
- Mas era uma surpresa. – sorriu simpático – A senhorita merecia essa homenagem por gerir tão bem a empresa que foi de um grande gestor como o seu pai. Você continuou muito bem o trabalho dele.
- Como eu disse, eu apenas coloco em prática o que ele me ensinou.
Maite logo chegou ao lado para cumprimentar a Loira. Estava sem jeito, mas não conseguia conter o enorme sorriso em seu rosto.
- Presumo que esta seja a senhorita Perroni. – o senhor disse e a morena assentiu – É um prazer, senhorita. – disse estendendo a mão para cumprimentá-la – Vejo que é uma excelente funcionária, não é fácil agradar e merecer um elogio da senhorita Anahi. Ela sempre foi muito exigente, desde pequena.
A loira sorriu assentindo com a cabeça.
- Imagine, senhor. Eu só faço o meu trabalho. –Maite disse com as bochechas coradas.
- E faz muito bem, Maite. – Anahi interveio.
- Receber um elogio desses de Anahi Portila só prova que realmente é uma funcionária exemplar e realmente uma grande amiga. – Yoshida finalizou.
Maite estava mais vermelha que nunca e só sabia sorrir com os elogios.
***
“À Sra,Anahi Giovanna Portila , uma homenagem do Conselho Nacional de Publicidade pela sua substancial contribuição ao desenvolvimento da Comunicação Publicitária do país.”
Miami, 23 de agosto de 2014.
Sr. Ronald Yoshida
Presidente do Conselho Nacional de Publicidade
Já no avião de volta à New York, Maite lia a placa de homenagem que Anahi havia recebido.
- Meus parabéns, senhorita Portila. – a morena disse com um sorriso orgulhoso – Você merece.
- Eu fui pega totalmente de surpresa. Não fazia idéia de que fariam essa homenagem.
- Mas se saiu muito bem no discurso de agradecimento.
A loira sorriu.
- Obrigada... – Maite continuou – pela homenagem.
- Você merece tanto reconhecimento quanto eu, Maite. Sem você a minha vida na gestão da empresa seria muito mais complicada. E muito mais sem graça.
- Devo confessar que você tem me proporcionado muitos momentos agradáveis, Anahi. – disse sem jeito e desviando o olhar – De uns tempos pra cá você tem tornado minha vida mais... interessante.
- Fico muito feliz em saber disso, Maite.
Após alguns minutos de silêncio Maite resolveu falar algo que estava em sua cabeça desde mais cedo.
- Você que escolheu aquele iate ou a empresa de turismo que escolhe de acordo com o serviço solicitado?
- Não, eu só liguei e solicitei uma das embarcações, descrevi o que eu queria e eles arrumaram tudo. Não escolhi o iate. Por que pergunta?
- O nome... O nome do iate era Maktub.
- Sim. “Estava escrito”.
Maite sorriu e balançou a cabeça em negação.
- Eu acho que estava escrito que nós deveríamos estar ali, Maite. – Anahi brincou – E está escrito que nós devemos ficar juntas.
- Está, é? – a morena a encarou com um sorriso.
- Sim. Não adianta você querer fugir de mim. Eu sou sua e você é minha. Está escrito!
Se entreolharam sorrindo uma para a outra sem dizer mais nada até o fim da viagem.
Às 21h00min em ponto aterrissaram em New York. William já estava de pé à frente do Sonata preto à espera das duas.
- Boa noite, senhoras. Fizeram boa viagem? – disse pegando as malas.
- Boa noite, William. Ótima viagem! – Anahi respondeu.
- Boa noite, William. – Miate disse com um sorriso.
Logo partiram dali em direção à casa de Maite.
- Vai fazer o que amanhã, Maite? – Anahi perguntou durante o caminho.
- Descansar! Aproveitar que amanhã é domingo e relaxar para voltar ao trabalho na segunda. Por que pergunta?
- Não, nada. Só curiosidade.
- Não se preocupe, será só um dia sem me ver, Anahi. – a morena sussurrou – Na segunda nos veremos como todos os dias, você nem vai sentir minha falta. – disse com um sorriso bem humorado nos lábios.
- Eu acho que me acostumei a ficar com você todo o tempo. Inclusive na hora de dormir... – disse sem olhar para Maite, tentando prender um sorriso.
A morena corou e arregalou os olhos, fitando William de canto do olho e rezando para que ele não tivesse escutado.
Assim que o carro parou em frente à casa de Maite, William desceu para pegar a mala da morena no porta-malas.
- Enfim chegamos. – Maite disse se despedindo – Obrigada pela viagem,Anahi. Obrigada por todos os momentos. Foram muito... agradáveis. – sorriu.
- Só agradáveis? – disse fingindo decepção.
- Foram momentos maravilhosos! Está melhor assim?
- Melhor. – assentiu sorrindo.
- Mas de verdade, eu gostei muito de passar esses dias com você. Você tornou tudo mais interessante. – sorriu sem jeito – Foi muito gentil da sua parte fazer tudo aquilo por mim. Eu... espero que possamos... bem, nos encontrar mais vezes, digo, manter essa relação além do profissional. Eu falei sério quando disse que queria manter algo com você, mesmo que ainda não seja oficial.
- Como quiser, senhorita. – Anahi assentiu.
- Então... boa noite. – se preparava para sair do carro quando Anahi segurou em seu braço.
- Espera. Não vai se despedir?
- Eu disse boa noite! – respondeu sem entender.
- É que eu gosto de despedidas mais... calorosas.
Anahi se aproximou e a segurou com as duas mãos pela nuca e logo selou seus lábios num beijo que tirou o fôlego de Maite.
A morena correspondia ao beijo, mas o receio de que William ou algum vizinho visse era maior.
- Anahi... – disse tentando se afastar – Anahi! Alguém pode nos ver!
- E daí? – disse beijando o rosto da morena.
- O William está aqui do lado esperando eu sair, Any!
- O William é discreto. Além do mais já está acostumado com isso.
Maite parou para fitá-la com uma expressão enfurecida.
- Acostumado, é? – seus olhos estavam semicerrados.
- Não! Não foi isso que eu quis dizer. É só que ele já sabe sobre a minha sexualidade, Maite.
- Ele sabe porque já deve ter levado muitas de suas amantes com você por aí, não é?!
- Maite... Não seja assim! Eu não tive tantas mulheres assim na minha vida.
- Não que você se lembre não é, Anahi!
- E de que isso importa agora? De que adianta eu ter tido muitas ou poucas mulheres se agora eu estou aqui, vergonhosamente perdida de amores por uma só?!
- A vida é engraçada, não é mesmo?! Mas isso é problema seu! E boa noite.
Maite já se preparava para novamente tentar sair do carro quando foi impedida mais uma vez.
- Não! Isso é um problema nosso. – Anahi segurou o rosto da morena contra o seu – Uma vez que eu estou perdida de amores e o meu objeto de desejo é você, isso também é um problema seu, porque eu não costumo desistir do que eu quero, Maite. Pode não ser hoje e nem amanhã, mas você ainda vai ser minha! Assim como eu já sou sua.
Anahi finalizou e voltou a capturar os lábios de Maite que tentou resistir, mas logo correspondeu ao beijo apaixonado que recebia.
- Como você pode ser tão insuportável e tão adorável ao mesmo tempo assim? – Maite dizia segurando o rosto de Anahi contra o seu.
- Eu queria não ser irresistível assim, mas é inevitável. – disse sorrindo.
Maite estapeou o braço da loira que logo selou seus lábios novamente.
- Eu preciso ir. – a morena se afastou enquanto recebia selinhos repetidamente.
- Eu não quero que você vá. – sussurrou.
- Se você se comportar daqui pra frente, quem sabe em breve eu te convide para ficar...
- Se isso for uma proposta, eu vou esperar... e vou cobrar!
- Espere e quando estiver merecendo receberá o meu convite.
Deram um último beijo rápido e Maite saiu do carro, pegou sua mala e foi em direção a sua casa, sendo observada por Anahi.
- Eu vou esperar, Maite. – a loira sussurrou – Por você eu espero o tempo que for preciso.
Autor(a): naiara_
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Maite dormia tranquilamente naquela manhã de domingo quando assustou-se com o barulho estridente da campainha de sua casa que tocava insistentemente. A morena levantou-se a contragosto e vestiu seu roupão, indo em direção à porta da sala. - Já vai! – gritou na esperança de que parassem de tocar – Já vai! Es ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 147
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maite_portilla Postado em 07/07/2017 - 20:37:12
Cade?? Continua por favor, eu amo essa historia <3
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ccamposm Postado em 09/02/2017 - 13:39:20
Cadeeeee
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Furacao Maite Postado em 01/02/2017 - 23:12:37
nossaaaaaaaaaaolha quem voltoooou
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ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:32:17
Terminar? :(
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ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:31:56
MEU DEUS ALELUIA
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Kah Postado em 06/01/2017 - 22:20:42
Mulher, já estava chorosa por ter um historia tão linda sem final haha
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Valéria_Traumadinha Postado em 06/01/2017 - 20:06:39
Terminar? Que papo é esse???
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Postado em 05/01/2017 - 20:57:56
Voltoooou! Que bom posta muito rsrs
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ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:27:11
saudades de ler as páginas de uma das melhores fanfics do meu otp que eu já li na vida.. voltaaaaaaa
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ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:26:16
feliz 2017!!