Fanfics Brasil - Capítulo 15 - Vamos Ver Quem Resiste amor repentino

Fanfic: amor repentino | Tema: portirroni


Capítulo: Capítulo 15 - Vamos Ver Quem Resiste

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Maite dormia tranquilamente naquela manhã de domingo quando assustou-se com o barulho estridente da campainha de sua casa que tocava insistentemente. A morena levantou-se a contragosto e vestiu seu roupão, indo em direção à porta da sala.


- Já vai! – gritou na esperança de que parassem de tocar – Já vai! Espera! Pelo amor de Deus! – disse ao abrir – Que escândalo é esse na minha porta,           Cristian?!


- Eu vou dar nessa sua cara, Maite! – o moreno adentrou exasperado.


- Eu cheguei ontem de viagem e é assim que você me recebe? – Maite o olhava confusa – Já tive momentos melhores com você, hein...


- Justamente! Você esteve fora por 3 dias junto com a mulher que vive prestes a te comer viva e você não me liga pra dizer se está tudo bem, pra dizer como está a viagem, não me manda uma mensagem pra falar se está viva! Ta louca??? Eu aqui morrendo de preocupação e você não dá um sinal de vida!


Maite o olhou com culpa se dando conta do que havia acontecido.


- Me desculpe, Baby C! – foi em direção ao amigo – Na primeira noite da viagem eu perdi meu celular e ainda não tive tempo de arrumar outro.


- Não interessa! Ligasse do telefone do hotel, do celular da sua chefe, de um telefone público! Te mandei várias mensagens, te ligava e você não me respondia. Eu quase tive uma síncope!


- Desculpa, meu amor! – a morena se aproximou tentando abraçá-lo – Eu realmente tive dias muito... ocupados. Acabei me esquecendo de te avisar.


- Ocupados?! – disse se afastando do abraço e a encarando – Pra sua sorte eu sabia que chegaria hoje. Se eu batesse aqui e você não estivesse em casa eu iria onde for pra te encher de palmadas! E Se estivesse morta eu abriria o caixão pra te matar de novo! O que aconteceu nessa viagem, Maite?


- Nada. Quer dizer, nada demais. Os eventos que estavam programados para acontecer, somente. Palestras entediantes e intermináveis. Essas coisas...


- Mesmo se eu não te conhecesse há tanto tempo eu saberia que você está mentindo. Você é uma péssima mentirosa, Baby M!


- É porque eu não tenho o costume de mentir. – disse desviando o olhar e saindo em direção à cozinha.


- Ótimo! Se não mente então me conte tudo, toda a verdade. Exatamente tudo o que aconteceu nessa viagem. – disse a seguindo.


- Eu já disse o que aconteceu, Cristian. – disse começando a preparar o café.


- Maite, nem se você soubesse mentir e não estivesse me olhando desse jeito estranho eu não acreditaria em você. Quer que eu acredite que você passou 3 dias em Miami num hotel 5 estrelas com a sua chefe, que diga-se de passagem está envolvida com você até o último fio de cabelo, e não aconteceu nada demais? Faça-me rir, meu bem! Eu duvido que ela nem ao menos tentou algo com você. Vocês dormiram no mesmo quarto? Dividiram a cama? Se pegaram entre uma palestra e outra? – o moreno questionava curioso.


- Para com isso! – disse enquanto arrumava a mesa do café – Você e essa sua curiosidade sem fim.


- Querida, eu sou o shipper¹ número 1 do casal Portirroni! Tenho que saber tudo o que acontece com meu casal favorito. Porque cá pra nós, vocês duas combinam tanto! Duas deusas gregas da beleza. Duas mulheres lindas e maravilhosas. Imagina se pudessem ter filhos! Que perfeição seriam. Imagina o sexo! Vocês duas transando deve ser uma obra de arte. Esse ato deveria ser eternizado numa pintura por Leonardo da Vinci!


Maite corou fortemente e deixou um pote com biscoitos cair no chão ao ouvir Cristian.


- Portirroni? – o encarou surpresa.


- Sim. É o nome do ship² que intentei pra vocês. Não é fofo?! – disse batendo palminhas.


A morena tinha os olhos arregalados fixados no amigo.


- Eu sei que ela é o seu par perfeito, Maite! Não me olhe assim porque você também sabe que é. Nunca ninguém te provocou tantos sentimentos, tantas emoções quanto ela te provoca. Eu nunca te senti tão viva, amiga!


Maite terminou de por a mesa e sentou-se sem nada dizer.


- Me conte logo! – o moreno deu um grito que fez Maite saltar da cadeira.


- Ai! Ta, ta, ta bom! – disse exasperada, fazendo o amigo sorrir largo.


- Então comece respondendo às minhas perguntas. Vocês ficaram no mesmo quarto? Na mesma cama?


- Claro que não, Cris! Ficamos em quartos separados, mas...


- Mas...?


- Na primeira noite eu fui até o quarto dela para conversarmos e... enfim...


- Enfim o que, criatura?


- Eu acabei ficando por lá.


- Não me diga! O que me surpreende não é o fato de você ter ficado, isso é óbvio que aconteceria. Estou surpreso com o fato de você ter batido na porta dela e não o contrário.


- É que aconteceram algumas coisas antes.


- Que coisas?


- Nós... bem, eu e ela... nós...


- Você me irrita quando fica enrolando desse jeito pra falar. Fala logo, garota!


- Nós transamos na piscina do hotel. – disse de uma vez para logo levar a xícara de café até a boca, tentando se esconder atrás dela.


- Eu não to acreditando nisso! – disse gargalhando – Maite sua... Sua pervertidazinha! Você realizou meu fetiche primeiro que eu!


- Você tem fetiche de transar numa piscina?


- Claro! É meu sonho desde os meus 17 anos. – disse suspirando.


- Ok... – o olhou com estranheza – Mas realmente transar na piscina é bem... interessante! – sorriu sugestiva.


- Gente, se teve até transa na piscina o que mais não rolou nessa viagem?! Quero saber tudo! Como vocês foram parar na piscina?


- A gente tava na festa de recepção do evento que aconteceu na primeira noite. Nós jantamos e depois um DJ foi animar a festa. Apareceu uma mulher lá, conhecida da Anahi, que ficou se insinuando pra ela, cheia de sorrisos, oferecida, e aí a Anahi foi dançar com essa mulher.


- Com ciúmes. Que gracinha! – Cris disse saltitante.


Maite o fitou com os olhos semicerrados e continuou.


- Continuando... Eu estava pensando na possibilidade de deixar acontecer algo entre nós, mas assim que vi as duas juntas perdi as esperanças. Achei que ela estava querendo só se divertir comigo. Foi então que eu saí da festa e fui até a área da piscina refrescar as idéias um pouco. Enquanto eu caminhava na beira da piscina acabei deixando minha bolsa cair na água com meu celular e foi assim que eu o perdi.


- Dá pra pular logo pra parte que interessa?


- Quer que eu conte ou não? – o moreno assentiu e ela continuou – Eu fui tentar pegar a bolsa e acabei caindo na água. Logo depois ela apareceu, não me pergunte como, e tentou me ajudar. Acabou caindo na água também. E nesse meio tempo... acabou rolando.


- Não creio! Essa Anahi não perde tempo mesmo, hein! Gosto assim.


Maite passou quase toda a manhã contando tudo o que havia acontecido na viagem. Relatou todos os acontecimentos e o misto de sensações e sentimentos que a loira  dos olhos azuis havia provocado nela.


- Calma! Calma! – disse quando já estavam no sofá da sala, após o café – É informação demais pra mim. Maite do céu! Eu não sei se te parabenizo ou se te encho de pancada! Depois de tudo o que aconteceu, depois de você ter passado por todos os ritos que uma lésbica passa, todos! – sorriu malicioso fazendo a morena ruborizar – Depois de todo esse romance, dela ter feito o que fez pra você, ter te homenageado como profissional, citando seu nome pra centenas de pessoas, te pediu em namoro e você não aceitou?! Garota, eu preciso te internar! Nunca imaginei que a Anahi pegadora pudesse ser tão fofa e romântica desse jeito. A mulher é rica, uma deusa de tão linda, pode ter a mulher que quiser, mas escolheu você e você me faz esse papel de sapatão encubada?! Eu não posso acreditar nisso, Maite!


- Baby   C, você sabe que não é tão simples assim.


- Claro que é, Maite! Você que está complicando as coisas. É muito simples, ela está caída, não, tombada de amores por você, completamente apaixonada e você está correspondendo a ela, porque ela mexe com você e com seus sentimentos sim! Por que não dar uma chance pra isso acontecer?


- Porque ela é minha chefe! Porque ela sempre teve e sempre poderá ter a mulher que quiser. O que me garante que ela não vai cansar disso daqui um tempo e acabar com tudo? Na posição em que estou eu não posso correr esse risco, Cris. Se eu assumir uma relação com ela agora, além de ser uma surpresa pra todos que me conhecem por eu estar namorando uma mulher, será um escândalo na empresa. O irmão dela já está fazendo insinuações sobre a nossa relação e ao que me parece todos na empresa também estão. Ela é uma mulher conhecida, da alta sociedade. Não demoraria para que surgissem notas sobre a nossa relação. Na minha posição de assistente dela isso não seria nada bom. Eu ainda pretendo ser uma advogada renomada, ter meu escritório, ganhar grandes casos. Não seria nada bom pra minha imagem se soubessem que tive um caso com minha chefe.


- Além de preconceituosa você está sendo ridícula! Não seria muito pior se soubessem que você tem um caso com sua chefe do que se você assumisse uma relação com ela de uma vez?! Porque se você acha que vão demorar para saber sobre vocês, está muito enganada. Você mesma disse que todos já estão fazendo suposições sobre a relação de vocês. Maite, acorda! Ela quer te assumir. Quer ter uma relação séria com você. Já parou pra pensar o que isso significa vindo de Anahi Portila? Ela nunca assumiu uma relação séria com nenhuma mulher. Todos os casos que já teve foram muito bem escondidos, tanto que nem você que trabalha com ela há 2 anos sabia que ela é lésbica. Ela sempre foi muito discreta em relação à sua vida pessoal e agora quer assumir algo sério e com você! Olha, sinceramente... Isso que você tem já passou de receio de sapatão iniciante, isso pra mim já é burrice!


A morena o encarou, estava surpresa com as palavras do amigo.


- Não é isso, Baby C! É só que... eu pedi pra gente ir com calma. Eu preciso entender o que eu to sentindo de verdade e confiar nela. Saber se ela realmente é capaz de manter um relacionamento sério e se eu sou capaz de retribuir o que ela sente por mim. Nesse meio tempo eu aproveito pra agilizar a minha vida. Eu me sentiria muito desconfortável por namorar a minha chefe. Quando eu conseguir abrir meu escritório e for dona da minha vida profissional eu vou me sentir mais segura pra assumir algo com ela.


- Ta, eu até entendo. Mas isso vai demorar quanto tempo? Em quanto tempo acha que vai conseguir ter seu próprio escritório e não vai precisar depender dela? Um mês? Dois? Um ano? Você acha mesmo que ela vai esperar esse tempo todo por você? Acha que o que ela sente por você é forte o suficiente pra esperar a sua boa vontade de assumir uma relação com ela? Eu sinceramente acho que não. Mas se você acha que é melhor assim, só posso te desejar sorte.


Maite estava mais confusa do que nunca. Ouvir todas aquelas palavras do seu amigo foram como um grande choque de realidade. Ela não se sentia segura sobre o que sentia e nem sobre o que Anahi sentia. Em meio a tudo isso haviam todas as preocupações que lhe perturbavam impedindo-a de tomar uma decisão.


Após uma longa conversa com Cris, ouvindo os conselhos do amigo, ela decidiu sair para espairecer. Precisava respirar um pouco e esquecer por um momento do assunto que havia se tornado uma redoma em sua vida: Anahi Portila.


Foram até um shopping da cidade para Maite comprar um celular novo e aproveitaram para almoçar por lá mesmo.


- E você, como está com o Jean Pierre? – a morena perguntava enquanto almoçavam em um dos restaurantes do lugar.


- Não estamos. – Denis respondeu seco.


- Ele não te procurou? Vocês não conversaram?


- Procurou, me ligou insistentemente. Chegou a ser irritante! Foi até meu trabalho me obrigando a conversar com ele.


- E como ficou entre vocês?


- Não ficou. Ele me disse toda aquela baboseira que disse à você, que não pode assumir por causa do pai e blábláblá. Eu disse que só fico com ele se ele assumir nossa relação. Claro que eu sabia que ele não aceitaria e foi o que aconteceu. Eu disse para ele me procurar quando quiser algo sério. Já estou velho demais pra ficar com essa de namoro escondido.


- E ele não te procurou mais?


- Fica me mandando mensagens, me liga me chamando pra sair. Mas eu estou resistindo. Não vou ceder pra ele brincar comigo e depois me descartar.


- Isso mesmo. Seja forte e resista, meu amigo. Você merece alguém que te dê valor.


- Mas que ironia, não é mesmo? Enquanto eu procuro algo sério e não querem me assumir, você tem uma mulher aos seus pés te dando o mundo e você fica fazendo doce... Que vida injusta!


 


*** 


- Maite, verifique pra mim se a reunião com o pessoal do setor de Marketing foi agendada para esta semana, por favor. Caso não tenha sido marcada, agende para no mais tardar até a quarta-feira.


- Sim. Farei isso.


A rotina de Anahi e Maite voltou ao normal naquela segunda-feira. Trabalhavam tranquilamente quando foram surpreendidas pela porta de sua sala sendo aberta sem nenhuma delicadeza.


- Bom dia, irmãzinha! – Marco adentrou a sala sem pedir licença.


- Você não perde esse mau costume de entrar sem bater. Onde está a educação que papai te deu, Marco? – Anahi perguntou com ironia.


- Deve ter ido para o túmulo junto com ele. – sorriu sem remorsos fazendo Anahi travar o maxilar de raiva – Por falar no papai, que belo discurso fez no evento publicitário! Acompanhei tudo pela TV. O senhor Yoshida não lhe poupou elogios... Meus parabéns, irmãzinha.


A loira sorriu de canto forçadamente e nada disse.


- Enfim, vim aqui para lhe convidar para uma confraternização pelo meu aniversário. Será no próximo sábado, em minha casa. Sinta-se à vontade para levar algum acompanhante. – disse virando para encarar Maite que o fitava com uma sobrancelha levantada – Imagino que queira levar alguma amiga especial. Aliás, meus parabéns à você também, senhorita Perroni. Seu trabalho foi muito elogiado e reconhecido no discurso da nossa querida chefe.


- Obrigada, senhor Portila. – Maite respondeu séria.


- Sinta-se convidada para a minha festa, Maite. Tenho certeza que a Anahi vai adorar ter a sua companhia. É claro, estou convidando alguns dos nomes mais importantes da empresa, você pelo visto não pode ficar de fora, não é mesmo.


Anahi respirava fundo tentando segurar a raiva.


- Ótimo! É claro que a levarei, Marco. – a loira disse forçando um sorriso – Maite é uma das melhores funcionárias desta empresa. Ao contrário de muitos ela faz o que pode pelo nosso progresso e faz muito melhor que muitos que exercem cargos importantes aqui. Obviamente merece um convite para essa festa cheia de convidados ilustres.


Marco sorriu falsamente e assentiu com a cabeça.


- Próximo sábado às 7h da noite. Espero vocês lá! – disse saindo em direção à porta.


- Essa é a nossa chance, Maite! – Anahi disse assim que o homem saiu.


- Como assim? – a morena a fitou confusa.


- É a nossa chance de procurar alguma prova na casa dele. Vai ser a oportunidade perfeita pra vasculhar a casa e encontrar algo que prove que ele é um bandido que está roubando a empresa!


Maite estremeceu com a idéia.


- Você acha seguro invadir a casa dele pra procurar essas provas, Any? Eu não sei... – disse se levantando em direção ao armário que ficava encostado na parede em frente para guardar alguns papéis.


- Maite, não iremos invadir. Você acabou de escutar, fomos convidadas! Nós vamos apenas explorar a residência dele além da área da festa. – sorriu.


- Mas eu nem tenho intenção de ir a essa festa, Anahi.


- Mas vai! Por favor, Maite? Não é por ele, é por mim.


- Eu não sei... Você pode verificar sozinha. Acho que não precisa de ajuda pra isso.


- Mas com a sua ajuda vai ser mais fácil. Além do mais eu não quero ter que aturar isso sozinha. Com a sua companhia vai ser muito mais agradável.


Maite a encarou receosa.


- Você vai e está decidido! Como sua chefe eu estou convocando você a comparecer nessa festa.


- Você não pode me obrigar.


- Você duvida que eu faça isso?


- Não, eu não duvido. Mas você continua não podendo me obrigar a ir em um evento alheio às minhas atribuições na empresa.


- Ah, eu posso. – levantou-se e foi na direção da morena – Uma vez que sou sua chefe e você é minha subordinada tem que me obedecer. – a loira pressionou Maite no armário atrás dela, a impedindo de sair – Você está à frente desse caso comigo, Mai. É a única além de mim que sabe do que está acontecendo. Está me ajudando a investigar, então precisa me acompanhar nessa missão.


Anahi encarava Maite nos olhos com olhar intimidador, a morena por sua vez assumiu uma postura altiva para encarar a loira de volta.


- E se eu não for? – provocou com um sorriso nos lábios.


- Eu não te dei essa opção, Maite. Você vai!


A morena aproximou-se da orelha de Any e sussurrou.


- Me obrigue...


Nesse momento ouviram batidas na porta, fazendo-as se afastarem no mesmo instante.


- Com licença, senhorita Portila. – Susan, a secretária, adentrou o local.


- Pois não, Susan. – Anahi pigarreou olhando de relance para Maite que estava estática com um sorriso sem graça no rosto.


- Os representantes das Indústrias Wayne já estão na sala de reuniões aguardando pela senhorita.


- Já estou indo, Susan. Obrigada.


A mulher assentiu e saiu da sala.


- Essa conversa ainda não terminou, senhorita Perroni. – disse piscando para a morena e saindo dali.


 


***


 


- Vai precisar de mais alguma coisa, Anahi? – Maite disse no fim do dia, arrumando alguns papéis em sua pasta.


- Não, pode ir, Mai.


- Então boa noite. Até amanhã. – se levantou para sair em direção à porta.


- Só isso? – a loira a fitava de sua cadeira.


Maite a encarou confusa.


- Ainda precisa de algo?


- Sim. – se levantou e foi em direção à morena– Preciso do seu beijo.


Maite sorriu e aproximou-se o suficiente para ficar a poucos centímetros de Anahi.


- Boa noite, senhorita Portila. – colou seus lábios no rosto da loira o mais próximo que pôde de sua boca.


Anahi sorriu.


- Você está abusando muito da sua sorte, Maite... – disse ao encará-la novamente.


- Estou, é? Deixe-me ir então antes que eu perca ela. A sorte...


- Ainda não. – Anahi a segurou pelo braço.


- Você não pode me prender aqui. Já encerrei meu expediente por hoje.


- Muito autoritária, senhorita Perroni... Ultimamente você tem gostado muito de me dizer o que eu posso ou não posso fazer. – disse a fitando – E na verdade, ainda faltam exatos 3 minutos para o fim do seu expediente, – olhou em seu relógio de pulso – portanto ainda sou sua chefe e ainda mando em você.


Maite a encarava com um sorriso provocante nos lábios.


- Certo. O que ainda deseja de mim, senhorita Portila?


- De você eu desejo muitas coisas, Maite. Mas nesse momento apenas uma tem me atormentado o juízo.


- O que tem preocupado você, senhorita?


- Eu não sei onde estava com a cabeça quando me propus isso, mas prometi a mim mesma que conquistaria você. E faria isso do jeito certo.


- É mesmo? E qual seria o jeito certo?


- Mostrar a você que eu a quero mais que apenas de modo sexual. Não quero que pense que quero me aproveitar de você e depois descartá-la. Sendo sincera, sexo eu posso ter de qualquer mulher, mas você não é qualquer uma, Maite. E pensando nisso eu me dispus a evitar contatos mais íntimos com você, até que se sinta segura para aceitar uma relação, digamos mais formal. Só que eu não imaginei que seria tão difícil evitar tocar em você.


- Isso é realmente uma pena, Any, porque eu adoraria que você me tocasse. – fingiu um sorriso inocente.


- Infelizmente eu não posso fazer isso, Mai. Você está muito mal acostumada a me ter só dessa maneira. Precisa aprender a controlar seus desejos, senhorita.


- E se eu não quiser me controlar? E se eu não quiser que você se controle...?


Maite aproximou seus lábios dos de Anahi roçando levemente, provocando a loira.


- Se fosse há um tempo atrás você já estaria nua na minha mesa, Maite. – disse puxando a morena pela cintura – Há um tempo atrás eu estaria te beijando agora mesmo dos pés à cabeça. – puxou-a levando até a mesa, fazendo-a sentar – Eu faria você gemer o meu nome e gozar na minha boca. – Maite já se estremecia recebendo beijos no pescoço, sentindo as mãos de Any por todo o seu corpo – Mas felizmente hoje eu sou uma mulher que tem controle sobre os seus desejos.


Anahi sorriu irônica para Maite e segurou seu queixo, selando seus lábios num longo selinho.


- Tudo bem. – Maite disse assim que a loira se afastou – Se é assim que prefere... – suspirou num sorriso desapontado.


- É. – Anahi deu dois passos para trás dando espaço para a morena sair da mesa – Estou praticando o celibato, deveria fazer o mesmo. É ótimo para o autoconhecimento, sabia? – sorriu vitoriosa.


- No momento eu não tenho muitas opções, não é mesmo?!


- Mas é claro que tem. Não estou te obrigando a nada, Maite. Você é livre para tomar as decisões que quiser. Até porque o seu horário de expediente, agora sim, já se encerrou.


- Acha que não consigo, não é? Acha que estou com você só pelo prazer sexual... – sorriu irônica – O fato de eu não me sentir segura para firmar um compromisso com você agora não quer dizer que eu me envolva apenas pra satisfazer desejos sexuais, Anahi. Pois continue com seus testes e vamos ver quem resiste mais. Se é assim que você deseja, que assim seja.


Disse raivosa e saiu pela porta sem se despedir.


- Eu só preciso saber até onde está disposta a ir, Camila. – disse a si mesma.


 


***


 


- Se é assim que ela quer, assim vai ser. – Maite dizia enquanto preparava o jantar em sua casa – Ela acha que não sei provocar... Pois vamos ver quem ganha esse jogo!


“Não estamos assumidas oficialmente, mas temos algo. Só porque ainda não quis aceitar ser namorada dela não quer dizer que eu não a queira. Será que ela não entende que é difícil pra mim?!” – pensava – “Eu quero ela com todo esse turbilhão de sentimentos que ela me causa. Quero ela romântica e gentil, mas também quero ela autoritária e dominadora me jogando na mesa e me fazendo perder o juízo!”


- Droga! – gemeu ao queimar a mão na panela – Você está me deixando louca, Anahi! – sussurrou levando a mão até a água corrente da torneira para aliviar a dor.


Nesse instante ela ouviu a campainha tocar. Enxugou sua mão e saiu em direção à porta para atender.


- Eu não sei qual a utilidade do porteiro desse condomínio. – disse exasperada – Ele nunca avisa quando alguém está vindo até minha casa!


- Surpresa!


Maite arregalou os olhos ao ver a expressão animada e o largo sorriso da pessoa à porta.


- Mãe?


 


 


 


 



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Autor(a): naiara_

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 147



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  • maite_portilla Postado em 07/07/2017 - 20:37:12

    Cade?? Continua por favor, eu amo essa historia <3

  • ccamposm Postado em 09/02/2017 - 13:39:20

    Cadeeeee

  • Furacao Maite Postado em 01/02/2017 - 23:12:37

    nossaaaaaaaaaaolha quem voltoooou

  • ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:32:17

    Terminar? :(

  • ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:31:56

    MEU DEUS ALELUIA

  • Kah Postado em 06/01/2017 - 22:20:42

    Mulher, já estava chorosa por ter um historia tão linda sem final haha

  • Valéria_Traumadinha Postado em 06/01/2017 - 20:06:39

    Terminar? Que papo é esse???

  • Postado em 05/01/2017 - 20:57:56

    Voltoooou! Que bom posta muito rsrs

  • ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:27:11

    saudades de ler as páginas de uma das melhores fanfics do meu otp que eu já li na vida.. voltaaaaaaa

  • ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:26:16

    feliz 2017!!


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