Fanfics Brasil - Capítulo 2 - Se eu não lembro eu não fiz! amor repentino

Fanfic: amor repentino | Tema: portirroni


Capítulo: Capítulo 2 - Se eu não lembro eu não fiz!

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Ao abrir olhou em uma expressão incrédula.


- Boa noite, Maite.


- Anahi?


- Por que o espanto? – disse com um meio sorriso nos lábios.


- Bom, porque nunca havia vindo em minha casa e de repente é a segunda vez que vem em menos de dois dias. Algum problema?


- Eu poderia entrar? Se não for incômodo. – Anahi disse impaciente.


- Ah, sim claro. Por favor.


- Obrigada. – disse adentrando na sala. – O que foi?


- O que foi o que? – Maite a observava dos pés à cabeça.


- Por que está me olhando como se eu fosse um animal exótico?


Maite não pôde deixar de rir sem jeito.


- Suas roupas.


- O que têm as minhas roupas, Maite?


- Nada. É que eu nunca te vi assim... despojada.


Anahi usava uma calça jeans justa, uma blusa branca decotada de alça, colada ao corpo por sinal, e um casaco preto de linho.


Anahi não pôde deixar de gargalhar.


- Pra quem toma vinho de sutiã na cozinha de casa, não creio que esteja em posição de opinar sobre os meus trajes.


Maite corou.


- A que devo a honra da visita, senhorita Portila? – disse tentando mudar o rumo da conversa.


- Você está tão desorientada que anda esquecendo objetos pessoais no local de trabalho. – Anahi estendeu a mão mostrando um celular.


- Nossa! – disse estendendo a mão para pegar. – Meu celular?!


- Pelo visto não tinha notado até agora.


- Sinceramente não.


- Quando eu digo que você anda trabalhando demais você ainda se irrita.


Um silêncio constrangedor pairou no ambiente.


- Que cheiro é esse? – Aanhi perguntou.


- Oh, não! O risoto! – Maite saiu em disparada até a cozinha. – Não acredito! Que droga! Queimou.


- O que? – Anahi a seguiu preocupada.


- Eu estava fazendo um risoto e deixei no fogo baixo enquanto atendia a porta. Achei que seria rápido, não estava esperando ninguém.


- Nossa, me desculpe!


- Tudo bem. – disse mexendo a panela. – Não foi sua culpa.


- Agora estou me sentindo responsabilizada.


- Não se preocupe, Anahi.


- Olha, eu até faria outro jantar para você, mas eu não sei cozinhar.


- Por que isso não me surpreende? – Maite disse sorrindo ironicamente.


- Eu vou relevar, MAIS UMA VEZ, essa sua audácia que ultimamente está aflorada, – disse com bom humor – e vou me oferecer para lhe pagar um jantar.


- Não, não precisa, Anahi. Eu dou um jeito, faço outra coisa. Não se preocupe.


- Ok... Posso pedir uma pizza então?


- Anahi...


Maite mal teve tempo de protestar, Anahi já discava no celular o telefone de uma pizzaria.


- Você prefere algum sabor?


 


[...]


 


Sam Smith ainda tocava baixinho no som da sala. A caixa de pizza, já remexida, estava na mesa de centro. Anahi e Maite gargalhavam sentadas no grosso e macio tapete da sala sobre mais alguma história sem importância a qual conversavam. As duas garrafas de vinho, já no fim, em cima da mesinha acusavam a razão dos risos sem motivo aparente.


- Eu não sei o porquê, mas depois desse dia eu passei a detestar comida japonesa. – Anahi sorria com certa leveza no olhar.


Mais uma vez ouviu-se gargalhadas ecoarem no ambiente.


- Você é louca, Anahi! – Maite disse encostando a cabeça, já um pouco pesada, no ombro da loira.


Os risos continuaram por mais alguns instantes e cessaram. Maite já abria e fechava os olhos com certa dificuldade.


- Maite... Maite?


- Sim?


- Ainda está viva?


- Parcialmente.


- Você não deveria misturar álcool com remédios. – Anahi disse aos risos.


- Eu estou ótima! Mas não muito.


Maite permanecia com a cabeça no ombro de Anahi. As duas estavam recostadas no sofá se apoiando sobre almofadas.


- Vem, vou te levar pra cama. Você não está em condições.


Anahi também estava alterada, rindo a toa, mas estava lúcida e consciente. Ajudou Maite a se levantar apoiando-a em seus braços. Não haviam bebido tanto, mas o álcool misturado com os remédios analgésicos que Maite estava tomando tiveram um efeito forte sobre ela.


- Eu estou ótima, senhorita Portila. Não se incomode comigo.        


- Eu sei que está. Você é ótima, senhorita Perroni.


As duas se encaminharam arrastando-se até o quarto de Maite. Derrubaram alguns objetos pela casa durante o percurso, o que foi motivo de risos exagerados.


- Se tiver quebrado alguma coisa, amanhã eu estarei muito brava com você, Anahi.


A loira nem se deu ao trabalho de responder. Chegaram ao quarto com certa dificuldade onde Maite foi posta sentada na cama.


- Maite. – Anahi segurava seu rosto com as duas mãos – Você consegue se trocar sozinha?


- Oi? To ouvindo, pode falar. – disse meio zonza.


- Suas roupas, Maite. Tire elas e coloque algo confortável para dormir.


- Confortável? Sim, ela é ótima. Quer experimentar?


- O que? – Anahi já estava de pé em sua frente.


- A cama. Ela é muito confortável. Quer experimentar?


Anahi não pôde deixar de rir.


- Ok... – Anahi soltou um suspiro – Vem, levanta.


Segurou Maite pelos braços a pondo de pé.


- Vou te trocar, está bem? Tente colaborar.


- Sim, senhorita Portila. – disse aos risos.


Anahi segurou na barra da blusa de Maite ia subindo com certa dificuldade, a morena não conseguia manter os braços levantados. Retirou-a e deixou pelo chão. Desabotoou o seu short devagar, puxando o zíper com calma. Maite mantinha seus olhos nela. Permanecia séria. Anahi desceu as mãos até a barra do short com delicadeza e foi puxando para baixo, abaixando-se junto. O corpo de Maite, aqueles toques, o seu calor tão próximo já estavam deixando Anahi quente. Ela tentava se concentrar, mas desde o dia anterior tudo o que envolvia Maite estava tirando ela do sério. Levantou-se rapidamente para desviar sua atenção e deu de cara com Maite sorrindo maliciosamente para ela. A morena  passou os braços no pescoço de Anahi se aproximando, o que fez com que automaticamente ela a segurasse pela cintura. Engoliu seco ao ter Maite tão próxima vestindo apenas uma lingerie preta de renda. O calor do seu corpo estava alterado e ela podia sentir só de encostar.


- Maite, vamos para a cama, vem. – disse tentando falhamente se desvencilhar.


- Eu não estou com sono, Anahi. – disse séria.


- Não perguntei se está. Disse para vir.


- Você quer me beijar? – perguntou olhando dentro dos olhos de sua chefe.


- O que? – Anahi ficou travada ao ouvir aquilo – Você não está em seu estado normal, Maite. Vai pra cama.


Maite sorriu aproximando-se da orelha de Anahi onde sussurrou encostando seus lábios.


- Me beija? – sussurrou.


Any sentiu seu corpo estremecer. Fechou os olhos e arfou tentando se reprimir e afastou-se a segurando pelos ombros.


- Você está bêbada. Vem para a cama. – disse encaminhando a morena.


Anahi a deitou na cama e sentou-se ao seu lado, ajeitando seu travesseiro.


- Onde você coloca suas roupas de dormir?


- Não precisa.


- Maite, não começa de novo. Me fala onde guarda seus pijamas, camisolas ou seja lá o que você usa para dormir...


- Não precisa, eu durmo nua. – disse com um sorriso divertido e malicioso nos lábios.


Anahi a encarou incrédula.


- Quer tirar pra mim? – fez um gesto apontando para seu sutiã.


Anahi fechou os olhos e sorriu, balançando a cabeça em negação.


- Isso só pode ser brincadeira. – disse mordendo os lábios.


Maite ainda a observava esperando resposta.


- Não, Maite. Não é apropriado e nem cordial tocar em uma mulher bêbada.


Maite sorriu fechando os olhos e caiu no sono. Anahi ficou a observando por algum tempo. Admirando aquela bela mulher. Era incrível como ela não havia notado até então. Uma mulher inteligente, com caráter respeitável, de bom coração e além de tudo linda. Seu corpo, seu rosto, seus cabelos dourados levemente ondulados. Tudo nela ornava perfeitamente.


- Eu preciso sair daqui. – disse a si mesma se levantando e saindo.


Anahi ajeitou as coisas pela casa, deu uma limpada rápida na sujeira na sala onde viu o celular de Maite sobre a mesinha de centro. Pegou-o e foi até o quarto o depositando sobre o criado mudo ao lado da cama. Deu uma última olhada na morena, puxou sua coberta para cobri-la e foi embora. Já em seu carro particular, um Porsche Panamera na cor marrom, no caminho para casa, ela não parava de pensar nos acontecimentos daqueles dois últimos dias.


- O que é que está acontecendo com você senhorita Portila? – sussurrou a si mesma – Eu só posso estar ficando louca!


O som do carro soava baixo, uma música qualquer tocava na rádio.


- Você não pode e nem deve. – continuou pensando alto – Pelo amor de Deus, Anahi, ela é sua secretária! Mais que isso, ela é minha funcionária de confiança, meu braço direito. Esquece isso. Esquece isso!


Anahi esbravejou aumentando o volume do som do carro. Tocava “Do I Wanna Know” do Arctic Monkeys. Ela sentiu a música enquanto dirigia de volta para casa.


 


[...]


 


- Bom dia, senhorita Anahi.


- Bom dia, Ivone. – Anahi disse se sentando à mesa para o café.


- Passou bem a noite?


- Sim.


- E está tudo bem?


- Sim. Por que não estaria?


- A senhorita me parece tensa.


- Eu estou bem, Ivone. Obrigada.


- Tudo bem. Deseja algo mais para o café da manhã?


- Eu acho que gostaria daquelas panquecas de doce de leite, Ivone. – disse com um olhar pidão – Pode pedir à Nice para preparar algumas para mim, por favor?


- Sim, claro.


- Obrigada! – disse com um sorriso largo.


- Nice, – disse Ivone já na cozinha – prepare algumas panquecas para a senhorita Portila, por favor. De doce de leite.


- Doce de leite a essa hora da manhã? – a cozinheira a olhou com as sobrancelhas levantadas.


- Sim. – Ivone respondeu séria.


- Aconteceu alguma coisa, Ivone?


- Não. Por quê?


- Você sabe que a Anahi não come doces, muito menos de manhã. E se come é porque tem algo de errado.


- Sim, eu sei, Berenice.


- A última vez que ela se entupiu de doces foi quando o senhor Portila faleceu. A coisa deve ser grave. Será que é algo na empresa?


- Berenice, – Ivone disse já irritada – faça as panquecas e pare de conversa fiada.


- Sim, senhora. – disse em tom de rendição.


Após o café da manhã Anahi sentou-se no sofá para relaxar. Ligou a TV em um canal qualquer enquanto dava uma olhada em suas redes sociais pelo celular.


Uma notificação marcava ela em uma foto de um evento:


 


“DJ Dul  convida para a Paradise Night II Edição!


Neste sábado, a partir das 23h na Boate FunHouse.


Não perca!”


 


Instantes depois recebeu uma mensagem:


DJ Dul:


“E aí, gata!


Ta afim de curtir a noite hoje?”


 


Anahi sorriu automaticamente com o que leu e logo respondeu:


Anylicia:


“Dulce, a DJ mais gostosa de New York, à casa retorna...


Como vai, Dul?”


 


DJ Dul:


“Eu estou ótima! Melhor agora...


E vc, o que me conta de bom?”


 


Anylicia:


“Eu to bem... Mas e essa festa aí?


To recebendo um convite formal?


Convidada VIP ou sou só mais uma na sua lista?”


 


DJ Dul:


“Anylicia , vc sabe que comigo é VIP!


To disponível pra vc sempre e onde


quiser! É só chamar...”


 


Anylicia:


“Hummm... Estou lisonjeada!”


 


DJ Dul:


“E então? Seu nome já ta na lista VIP.


Camarote Open Bar. O que me diz?”


 


Any sorriu pensativa antes de responder. Precisava se distrair, uma festa agora seria ótimo para esfriar a cabeça. E um convite da Dulce... Seria interessante.


 


Anylicia:


“Como recusar um convite da DJ mais


gostosa que eu conheço?! Convite aceito.


Me espere lá!”


 


DJ Dul:


“Sou a única que vc conhece, baby!


Aguardo ansiosamente...


Te vejo hoje à noite. Bjuss”


 


 


Anylicia:


“Até lá... Bjuss”


 


[...]


 


“Maite.”


“Sim?”


“Você quer me beijar?”


“Como disse?”


O toque dos seus lábios era suave e intenso. Sentia seu corpo estremecer. As mãos de Anahi percorriam seu corpo fazendo pausas em pontos estratégicos. Suavemente, intensamente. Seu corpo estava quente, começava a sentir o calor percorrendo por sua nuca, descendo por seu ventre e chegando até seu centro.


“Quer tirar pra mim?”


Anahi acatou seu pedido e tirou sua lingerie com rapidez. Passeava a língua em seu corpo completamente nu. Lambeu seu pescoço subindo até sua orelha e sussurrou.


“Goza pra mim, vai?”


Maite mordeu os lábios ao ouvir aquilo. Seu corpo estremeceu enquanto Anahi começou a descer aos beijos pelo seu peito, sua barriga, seu umbigo e descendo mais até que... Ouviu um zumbido ecoando ao longe.


“Não! Por favor, não para!”


Implorou à Anahi que já estava de pé ao lado da cama.


“Eu preciso atender, Maite.”


“Não! Não!”


O Zumbido ainda ecoava em seus ouvidos.


- Não!


Sussurrou uma última vez e deu um salto na cama. Sentia seu corpo mole e suado. Seus cabelos estavam bagunçados demonstrando um sono não muito tranqüilo. Arfava de forma descompassada já sentada na cama. Passou as mãos pelo rosto parando sobre seus olhos. Respirou fundo por alguns segundos até que o zumbido recomeçou a ecoar em seus ouvidos. Seu celular no criado mudo ao lado da cama vibrava sem parar, com intervalos de poucos segundos enquanto a chamada caía e era refeita.


- Inferno!


Maite resmungou. Sua cabeça latejava e o zumbido do celular só piorava. Bateu a mão na mesinha pegando o celular. Na tela aparecia a foto de um belo moreno dos olhos cor de mel sem camisa. Ela mais que depressa atendeu.


- Bom dia, Baby.


Bom dia?! Maite Perroni, você tem noção de que horas são? Eu estou te ligando há horas e você não me atende!


- Desculpa, honey! Eu estava dormindo.


Dormindo até essa hora? Hummm... O que você andou aprontando, meu bem?


- Aprontando? Eu? Nada! Que horas são?


- São 11h37min da manhã, honey!


- O que? Minha nossa, eu dormi tanto assim?!


Isso ta me cheirando a macho. E macho dos bons porque pelo visto te deixou acabada, amiga!


Maite ouviu gargalhadas do outro lado da linha.


- Cala a boca, Cris!


- Ok, ok! Agora levanta que eu to chegando aí. Vou levar um café e alguma coisa pra gente comer. To vendo que você não tem a menor condição hoje.


- Oh, ótimo! Faça isso porque não estou em condições mesmo.


Chego em 15 minutos. Kisses!


- Te espero. Beijo.


Maite se levantou com certa dificuldade, sua cabeça rodava. Assustou-se quando percebeu que estava apenas com suas roupas íntimas.


- Eu não me lembro de ter tirado minhas roupas. – disse confusa.


Foi até o banheiro de seu quarto para fazer a higiene pessoal. Tomou um banho frio para espantar aquele mal estar. Ao terminar vestiu roupas confortáveis. Um short justo de algodão e um blusão de moletom. Não demorou para que Cris tocasse sua campainha.


- Bom dia, Baby M! – disse adentrando a sala sem cerimônia.


- Bom dia, BabyC.


- Nossa você está péssima! O bofe era bom mesmo hein. – disse sorrindo maliciosamente.


-Cristian, cala essa boca e passa essa comida pra cá. Eu to morrendo de fome.


Sentados à mesa na cozinha conversavam enquanto saboreavam a torta de pêssego e os pãezinhos que Cristian levara. Maite bebia o café com sede. Estava forte e quase sem açúcar. Ela detestava café sem açúcar, mas diante da situação caía como um remédio em suas veias.


- Mas então, vai ou não me contar o que houve noite passada?


- Não houve nada, Cris. Eu só bebi um pouco de vinho e como estou tomando os remédios por conta do ferimento que o gato me fez, misturou tudo e eu acabei ficando meio grogue. Só isso.


- Sei... E quem te acompanhou?


- Ninguém. Eu estava sozinha.


- Então você estava querendo se acabar, não é mesmo? – disse apontando para a pia – Comeu uma pizza inteira sozinha e bebeu vinho em duas taças.


Maite  observou a pia e corou sem jeito.


- Ok, ok! – disse bufando – Eu estava acompanhada sim, mas não vou te dizer quem era. Sua bicha curiosa! Até porque não aconteceu nada demais. Nós só conversamos, comemos, bebemos e ficamos de papo. E depois disso eu não me lembro mais.


- Você não vai me contar? Eu não acredito nisso, Baby M! Depois de tanto tempo sozinha você está saindo com alguém e não vai contar pra sua melhor amiga? Sua Best friend? A que está sempre ao seu lado. A que conta tudo, T-U-D-O, pra você. É assim que me retribui? Tudo bem, tudo bem...


- Baby C, sem drama, vai! Primeiro, eu não estou saindo com ninguém. Segundo, isso não foi um encontro, foi um acaso. E terceiro que não era ninguém importante.


- Ótimo! Se não era importante não há por que me esconder.


Maite olhou com os olhos semicerrados para o amigo. Levantou-se e foi até a pia ajeitar a bagunça.


- Por que toda bicha tem que ser curiosa, hein?


- Meu bem, isso vem no chip! Agora desembucha.


- Ok... – disse bufando – Acontece que eu estou atolada de trabalho e ando meio desorientada da cabeça.


- Mas isso você sempre foi, meu bem. – Cris a interrompeu gargalhando.


- Quer que eu conte ou não?!


Cris  apertou os lábios e fez um gesto indicando silêncio.


- Bem, como eu dizia, eu acabei esquecendo meu celular no trabalho e mais tarde a... é... a minha chefe veio aqui me entregar.


- O queeeeeeeeeeeeeeee? – Cris  deu um salto da cadeira – Você passou a noite com         Anahi Portila ? Meu-Deus!


- O que? Não! Cris, cala a boca! Deixa eu terminar de falar. Eu não passei a noite com ela. Houve um incidente com o meu jantar, acabei deixando queimar. Ela se sentiu culpada e pediu uma pizza. Nós tomamos um vinho e ficamos nessa. Conversamos e depois disso eu só me lembro de acordar na minha cama.


- Maiteeeee! Sua louca! Você transou com a sua chefe?!


- Cris, quer parar?! É claro que não. Ta louco? Ela é minha chefe e primeiramente é mulher!


- Baby M, meu bem, isso não quer dizer nada.


- Como não? Eu não transaria com uma mulher, muito menos com a minha chefe! E nem ela...


- Ah, por favor,Maite! Vai dizer que não conhece a fama da sua querida chefe Anahi Portila ?


- Fama? Que fama, Cris?


- Ai... Às vezes eu me esqueço que você vive presa nessa bolha chamada trabalho. Maite, os rumores que rolam é que Anahi Portila é a lésbica mais desejada de toda a New York!


- O que? – Maite arregalou os olhos – Cris, você ta louco? Isso é sério, não pode ficar inventando boatos assim, isso dá processo.


- Que boatos, Camila?! Eu não inventei esse boato. São os rumores que rolam nas noites nova-iorquinas. Me diz, por um acaso, durante todo esse tempo que você trabalha com ela, já viu ela com algum cara?


- Não, mas eu não teria como saber. Ela sempre foi bem reservada em relação à sua vida pessoal.


- Mais um motivo. Você deve ao menos saber que antes de assumir os negócios da família ela era uma perdida nesse mundo. Não parava em casa, viajava por todo o mundo sempre em festas, rodeada de gente rica e bonita.


- Mas isso ela é até hoje. Tirando a parte das viagens.


- Justamente. As festas mais badaladas da cidade sabem o que a milionária Anahi Portila  apronta por aí. É claro que não se tem provas e nem se pode afirmar porque ela só vai à festas bem freqüentadas, gente rica, bonita e educada. Lá eles não fazem fofocas, apenas comentam a vida social das pessoas. E com certeza ela é bem cuidadosa.


- Ta, mas hipoteticamente, se isso fosse verdade, como você saberia?


- Eu tenho meus contatos, meu bem. Esqueceu que vez ou outra eu descolo uns convites para freqüentar a alta sociedade?


Maite parou de falar, pensativa. Ela sabia que lá no fundo essas desconfianças tinham fundamento, principalmente depois dos últimos acontecimentos, mas o fato é que ela não queria acreditar.


- Bom, de qualquer maneira eu não tenho nada a ver com a vida dela e nem você. Se ela for lésbica, qual o problema? Ela sabe da vida dela, é maior de idade, é rica. Cada um com seus gostos.


- O problema, meu bem, é que você pode ter transado com a sua chefe na noite passada e não se lembra.


- O que? Não, claro que não. Cris eu me lembraria se... Bem, enfim. Eu sentiria.


- Baby M, você disse que estava grogue de bebida e remédios. Como pode ter certeza que ela não fez nada contigo?


- Ai credo, Cris! Ela não faria isso, não comigo estando inconsciente. Eu posso não saber da sua vida pessoal, mas eu conheço seu caráter, sua índole. Ela não faria isso.


- Ok... Se você confia nisso quem sou eu pra dizer o contrário. Mas agora deixa essa conversa pra outra hora, depois você pergunta ela se rolou ou não alguma coisa entre vocês ontem.


Maite arregalou os olhos e estapeou o braço do moreno .


- Ai, aiiii – disse gargalhando – Para bicha louca!


- Para de falar besteira, Cris. Isso é sério.


- Ok, parei!


Maite bufou.


- Deixa eu te falar o verdadeiro motivo por eu ter vindo aqui.


- Humm... – Maite não deu muita importância, pois tinha sua atenção nas louças que lavava.


- Eu consegui ingressos VIP para a Paradise Party que vai rolar hoje na FunHouse!


Cris disse com empolgação dando pulinhos e batendo as mãos. Maite o olhava com desdém como se não fosse nada demais.


- Nossa! Que legal. – disse com uma empolgação forçada.


- Bitch! É só isso que você diz? “Nossa que legal”? Você tem noção do quanto essa festa vai bombar?!


- Não faço a menor idéia, Cris.


- Meu Deus! Em que mundo você vive, Maite? Essa festa ta sendo anunciada à meses. Só vai rolar gente da alta, lá! E euzinho aqui consegui dois ingressos e como sou um ótimo melhor amigo decidi te levar.


- Ai, Baby C, eu não estou com o menor clima pra festas.


- E quando você está, Maite? Nunca! Vamos sair, ver gente, conhecer gente nova, pegar uns bofes ricos. Acorda pra essa vida, mulher!


- Cris , eu não curto esse tipo de festa, você sabe disso e mesmo assim toda vez vem me chamar.


- Eu tenho uma esperança de te converter.


Maite revirou os olhos para o amigo quando ouviu seu celular vibrar em cima da mesa da cozinha. Enxugou as mãos e pegou para olhar a mensagem que acabara de receber.


 


Anahi Portila :


“Boa tarde, Maite. Tudo bem?


Espero que sim. Ontem quando te deixei


você não estava muito bem. Espero que


esteja melhor hoje. Dei uma ajeitada nas


coisas que bagunçamos ontem, espero


não ter quebrado nada. Foi uma noite


muito agradável ontem. Não sabia que


você era tão boa companhia rsrs.


Bem, era só para saber se está bem.


Se puder me confirme isso, por favor.


Att, Anahi P."


 


Maite  arregalou os olhos ao ler a mensagem e ficou parada um tempo olhando para o celular.


- Baby M? O que foi, mulher?


- Hã?


- Quem te mandou mensagem e por que essa cara de espanto?


- Ninguém. – disse bloqueando a tela do celular – Quer saber? Eu vou a essa festa. Preciso me distrair um pouco, esse meu trabalho ta me deixando louca!


 


 



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Autor(a): naiara_

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

As luzes piscavam, o som ambiente era alto, mas agradável. A casa estava cheia de gente bonita, todos sorrindo, dançando e bebendo. A festa mais aguardada da cidade dos últimos meses. Paradise Party II Edição. Maite e Cris estavam extasiados com o lugar. “Muito elegante para uma boate.” – Maite pensou. Adentraram o local ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 147



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  • maite_portilla Postado em 07/07/2017 - 20:37:12

    Cade?? Continua por favor, eu amo essa historia <3

  • ccamposm Postado em 09/02/2017 - 13:39:20

    Cadeeeee

  • Furacao Maite Postado em 01/02/2017 - 23:12:37

    nossaaaaaaaaaaolha quem voltoooou

  • ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:32:17

    Terminar? :(

  • ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:31:56

    MEU DEUS ALELUIA

  • Kah Postado em 06/01/2017 - 22:20:42

    Mulher, já estava chorosa por ter um historia tão linda sem final haha

  • Valéria_Traumadinha Postado em 06/01/2017 - 20:06:39

    Terminar? Que papo é esse???

  • Postado em 05/01/2017 - 20:57:56

    Voltoooou! Que bom posta muito rsrs

  • ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:27:11

    saudades de ler as páginas de uma das melhores fanfics do meu otp que eu já li na vida.. voltaaaaaaa

  • ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:26:16

    feliz 2017!!


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