Fanfic: amor repentino | Tema: portirroni
- Maite? – John chamava a mulher em sua frente que mantinha o olhar fixo em um ponto ao longe – Maite, ainda está aí?
- Sim. Eu... – disse voltando a si – Eu me distraí.
- Está tudo bem? De repente parece que viu um fantasma.
- Não, é só uma sombra do passado.
John a encarava confuso, mas preferiu não questionar.
- Então vamos pedir o jantar? Quer dizer, você ainda quer jantar comigo? Como amigos, é claro. Vamos selar a nossa amizade com esse jantar com a minha promessa de que eu não vou mais me insinuar romanticamente pra você. – sorriu sem jeito.
Maite mal prestava atenção no que o homem falava. Seus olhos não saíam da mulher sentada a alguns metros dali.
- Num dia ela diz que me ama e poucos dias depois está jantando acompanhada, toda animadinha. – sussurrou raivosa com o olhar fixo.
- Como disse? – John continuava sem entender.
- É... Vamos sim. Jantar, isso.
- Maite, você está bem? Se preferir podemos ir embora, eu vou entender.
- Não, quer dizer, sim. Na verdade eu prefiro ir, John. Não estou me sentindo muito bem.
- Tudo bem, vamos então.
- Mas se eu sair agora ela vai me ver. – continuava com o olhar à frente.
- Ela quem?
- Hã? Quem? – encarou o homem.
- Acho que você não está bem mesmo. – sorriu – Podemos ir então?
- Não. Eu acho melhor nós ficarmos. Talvez o jantar me faça bem.
- Você tem certeza? Podemos marcar para outro dia.
- Não. – sorriu forçadamente ao observar Anahi numa conversa cheia de sorrisos com uma elegante mulher à sua frente – Eu vou ficar para ver até onde vai esse jantar.
John a fitava cada vez mais confuso, mas apenas assentiu e chamou o garçom.
Maite engolia a comida como se fossem pedras cortantes rasgando a sua garganta. Tomava um gole de vinho após cada garfada na tentativa de conter o misto de sentimentos nada nobres que passavam por si.
- Eu não entendo como as pessoas são relapsas quando se trata da própria saúde. – John dizia em uma conversa quase monologa, enquanto Maite ainda mantinha os olhos, faiscando raiva, fixados na loira – Manter hábitos saudáveis não é difícil e evita muitos problemas. O número de pacientes dentro de um hospital diminuiria consideravelmente se as pessoas fossem menos negligentes ao cuidar da saúde mental e física.
- Sim, é mesmo. – a morena assentiu sem nem saber do que se tratava – Cara de pau. Cínica! – sussurrou.
- O que? – John a encarou com os olhos arregalados.
- O que? – Maite o fitou.
- Maite, – disse impaciente levando o guardanapo até a boca – o que é que está havendo?
- Nada.
- Como nada? Você parece aflita, inquieta. Mal presta atenção no que eu digo e está falando sozinha, dizendo coisas desconexas desde que chegamos.
- Me desculpe, John. – suspirou derrotada abaixando sua cabeça.
- Olha, eu realmente gosto muito de você, Maite. Eu gostaria muito que você me desse uma chance, por isso insisti por tanto tempo. Mas diante do que você me disse eu vou te respeitar. Estou aqui como um amigo. Um amigo que gostaria de ser muito mais que amigo, eu confesso. Mas que primeiramente se preocupa com você. Você pode contar comigo para o que precisar.
- É que... ela está aqui.
- Ela? – franziu o cenho por um momento sem entender para logo se dar conta de quem a morena se referia – Oh, ela? A... A Anahi?
- Sim.
John sorriu sem vontade não querendo acreditar.
- Um dia eu ainda quero causar em uma mulher um terço do que ela causa em você.
- Não queira. Eu não acho que isso seja muito saudável. – disse sem jeito.
- Onde ela está?
- Numa mesa no canto a alguns metros atrás de você. – disse sem querer encarar novamente – Não, não olha, John!
Assim que o homem virou a cabeça à procura da loira Maite sentiu seu coração gelar. Seus olhos se encontraram com os Azuis fulminantes de Anahi que mantinha uma expressão séria no rosto. Quando John a encarou, um sorriso irônico brotou em seus lábios. Ela levantou a taça em sua mão em direção aos dois, lançando um olhar que fez Maite estremecer. No mesmo instante John virou-se em sua cadeira e voltou-se para a morena novamente.
- Acho que ela nos viu. – disse incomodado.
- Eu preciso... Com licença. Eu já volto.
A morena se levantou apressadamente e foi em direção ao banheiro.
- Isso tinha que acontecer? - Maite sussurrava para si apoiada na bancada da pia do elegante banheiro – Há centenas de restaurantes em toda a cidade e ela tinha que vir justo aqui! Qual é o tamanho do meu azar?
- E mais uma vez nos encontramos assim.
A morena assustou-se com aquela voz que ela conhecia bem ecoando pelo grande salão do local.
- A nossa história começou em um banheiro, você se lembra? – a loira dizia ao se aproximar com a voz carregada de ironia.
- Não, eu não me lembro. – Maite se virou para encará-la.
- Você se esquece tão facilmente. – a fitava friamente – Eu já deveria esperar por isso. A sua companhia lá fora não deixa dúvidas de que você se esquece com facilidade.
- A sua companhia também não. – sorriu irônica.
- A Nicole? Você a conheceu na nossa viagem para Miami. É só uma velha amiga que veio fazer negócios. Ou você também se esqueceu da nossa viagem?
Maite sentiu um aperto em seu coração, mas a encarou firme. Não poderia fraquejar.
- Você e suas velhas amigas... – sorriu debochada.
- Pois é, eu gosto de manter boas relações. Assim como você e seu amigo enfermeiro.
- Não queira nem comparar, o John é um amigo. E eu não estou cheia de sorrisos em conversas íntimas com ele como você está com a sua amiga.
- Você andou observando bastante. Ciúmes? – provocou.
- Difícil não notar quando alguém há dias atrás dizia te amar e agora está na mesa à frente se comportando como uma puta! – soltou as palavras sem pensar.
Anahi a encarou com uma sobrancelha arqueada e sem tirar o sorriso irônico dos lábios. Conseguiu chegar onde queria.
- Uma puta cobra pelos seus serviços. – disse se aproximando – Tudo o que eu dei pra você foi de bom grado e com muito gosto. E você pareceu gostar bastante.
Maite corou no mesmo instante e a fitou raivosa.
- Arrogante como sempre. Esse seu ego me irrita!
- Eu irrito você? – pressionou seu corpo contra o de Maite – Eu pensei que você fosse indiferente a mim.
- Eu nunca disse isso. Eu... – sentiu seu corpo fraquejar – Eu só disse que não te amava. – tentou se manter firme, mas sua respiração falha denunciava o quão desestabilizada ela ficava diante daquela mulher.
- Sim, isso eu já entendi. – disse calmamente aproximando seu rosto do dela.
Anahi roçou seus lábios pelo rosto da morena deixando sua respiração pesada bater contra ela. Quente. Era como Maite sentia o ar que batia em seu rosto e como seu corpo começava a ficar.
- Mas e você? – a loira continuou, sussurrando em seu ouvido – Já entendeu que não me ama?
Anahi afastou seu rosto e o deixou a centímetros do de Maite. A morena mal conseguia respirar. Seus olhos fitavam os de Anahi travando uma batalha de olhares. Maite abaixou as vistas para a boca da loira pintada no tom vermelho habitual, fazendo com que um sorriso vitorioso e irônico se esboçasse ali.
- Tenha um bom jantar, Maite.
Disse aproximando seus lábios dos da morena, deixando que se tocassem levemente e por fim depositando um longo beijo no canto de sua boca.
Anahi se afastou deixando uma piscadela para Maite e saiu dali num instante, da mesma forma como havia entrado.
- Maldita! – suspirou para enfim soltar o ar que estava preso em seus pulmões.
Maite voltou para a mesa mais tensa do que quando havia saído e logo pediu para que fossem embora. Não conseguiria permanecer ali depois do acontecido no banheiro. Sua respiração ainda era dificultosa, seu corpo ainda estremecia, seus sentidos haviam sido aguçados pelo simples contato de minutos atrás. Praguejava a si mesma por ser tão fraca quando se tratava daquela mulher.
Saíram do restaurante sob o olhar intenso de Anahi que se encontrou com os olhos entristecidos de Maite e permaneceu até que sumissem do seu campo de visão.
- Você está bem? – a mulher a frente da loira perguntou.
- Sim. – suspirou pesado.
- E essa carinha triste de repente?
- Não é nada. Eu só ainda não descobri um remédio que cure um coração partido. – sorriu sem vontade.
- Espera. É você mesma? – disse surpresa – Anahi Portila sofrendo por amor? Eu nunca imaginei que esse dia fosse chegar!
- Pois é, acho que um dia chega para todos.
- Eu sei de um remédio ótimo pra curar uma dor de cotovelo. Você precisa é de festa!
- Eu não estou com o menor ânimo para festas, Nicole.
- Justamente! Você precisa de uma para se animar. Onde está aquela mulher que eu conheço, que adora sair pra se divertir, beber e arrasar os corações por aí?
- Acho que ela se aposentou dessa vida quando teve o seu coração arrasado.
- Eu não posso acreditar nisso! Que melancolia é essa? Você precisa sair dessa e vai sair hoje mesmo. Vamos daqui direto para melhor boate de New York!
- Nicole, não...
- Isso não foi um convite, Any. Foi uma ordem!
***
- Pronto, está entregue. – John disse assim que estacionou na frente da casa de Maite.
- Obrigada, John. E me desculpe pelo trágico jantar. A minha companhia não tem sido muito agradável ultimamente.
- Não se preocupe, Maite. Agora eu realmente entendo que esse não é um bom momento pra você.
- Não mesmo. – sorriu fraco.
- Olha, eu falei sério quando disse que queria ser seu amigo. Você é uma pessoa incrível, pode contar comigo sempre que precisar.
- Obrigada mesmo, John. Você é um cara muito bacana.
- Então é isso. Ah, boa sorte com sua nova jornada em sua vida profissional.
- Obrigada.
- Quando você começa? Eu acho que vou precisar de uma ajuda, quero entrar com uma ação contra um site de compras que não entregou os produtos que eu comprei e nem me devolveu o dinheiro. Posso contar com você?
- É claro! – sorriu entusiasmada – Eu abro o escritório oficialmente na segunda. Você pode passar lá e a gente conversa melhor sobre a causa.
- Ótimo! Na segunda eu passo lá então.
- Combinado. Até mais. – disse se despedindo.
- Até.
Maite entrou em casa animada. Tudo estava dando certo nessa nova fase da sua vida profissional. Já teria um bom começo.
Foi até seu quarto e retirou suas roupas. Se enrolou em sua toalha de banho e foi em direção à área de serviço para deixá-las para lavar. As jogou na máquina e percebeu que no cesto, num canto em cima da bancada ao lado, havia uma roupa de tecido escuro.
- Mamãe sempre esquece as roupas por aqui. – disse pegando o a roupa dali.
Assim que retirou do cesto notou que era um blazer de corte fino e elegante. A confusão em sua mente logo se dissipou quando se lembrou do que se tratava.
Sentiu seu coração apertado ao estender nas mãos o tecido em sua frente. O cheiro que exalou dele trouxe as memórias que ela menos queria se lembrar nesse momento.
- O blazer... – sussurrou levando a roupa até seu rosto inalando o perfume que vinha dali – Nem depois de lavado perdeu o cheiro dela. – sorriu fraco.
Suspirou ao se lembrar do perfume de Anahi. O cheiro que vinha dela que lhe causava as mais variadas sensações. Que tanto perturbava seus sentidos. Dizem que a memória olfativa é o tipo de memória mais forte e aguçada de nossas lembranças. As lembranças ocasionadas ao sentir um cheiro têm uma referência emocional intensa em nossa mente. Maite podia sentir todas as emoções que aquela mulher lhe causava apenas por estar ali, sentindo o seu perfume.
- Me perdoa, Any. – sussurrou sentindo uma lágrima escorrer pelo seu rosto – Me perdoa e não desiste de mim.
***
- Não, Cristian! Não é desse lado que o quadro vai ficar.
Maite dizia impaciente enquanto Cris e Daisy a ajudavam arrumar os detalhes finais no seu escritório.
- Mas aqui nessa parede vai ficar mais bonito, Baby M!
- Não! Eu já disse que quero que fique do outro lado.
- Ih, alguém acordou de mau humor hoje. – o moreno reclamou.
- A noite não foi boa. – Daisy disse enquanto limpava um dos pequenos armários que havia ali.
- Quando você saía com a Any não era assim.
- Dá pra parar de falar dela?! Quando vocês vão entender que a gente terminou e não existe mais nada entre nós?
- Quando você mesma entender isso a gente entende também, filha.
Maite os encarou irritada e saiu de sua sala raivosa.
- Vai lá,Cris . Conversa com ela e vê o que ta acontecendo.
O moreno assentiu e seguiu para a sala da recepção atrás de sua amiga.
- Baby M, o que é que está acontecendo? – disse assim que a avistou cabisbaixa em uma das poltronas dali.
- Nada.
- Amor, você sabe que não é verdade. A gente ta vendo que você não ta bem. Conta o que ta sentindo, desabafa com o seu irmãozinho aqui.
- Não ta acontecendo nada, Cris. Eu só to numa fase difícil, só isso.
- Por causa dela, não é?
- Não importa.
- É claro que importa. Eu ainda não entendi o porquê você ainda não foi conversar com ela, esclarecer isso tudo. Se você sabe que ela não teve culpa.
- Cris, isso tudo, toda essa situação não é tão simples quanto parece.
- E por que não?
- Porque não é.
- Ok, se não quer me contar, não conte.
- E também se ela estivesse realmente interessada ela teria me procurado, mas ao invés disso já está saindo com outras.
- E como sabe disso? Andou olhando site de fofoca?
- Ela estava lá no restaurante que eu fui com o John ontem.
- Ah, isso explica o mau humor.
- Dias atrás ela disse que me amava e agora já está em jantares românticos com outra mulher. Isso que é amor... – sorriu sem vontade.
- E como sabe que era um jantar romântico? Você também não estava lá com o John em um jantar de amigos?!
- Ah, por favor! O histórico dela não favorece, Cris. E eu disse a ela que o John é só um amigo, nada mais. E eu não estava cheia de conversinhas e risinhos com ele como ela estava com a amiguinha dela.
- Você com ciúmes é uma graça.
- Eu não estou com ciúmes, só indignada.
- Indignada porque você terminou tudo com ela sem deixar que ela se explicasse, tratou ela da forma como a tratou depois de tanto ela insistir para que a relação de vocês desse certo e mesmo sabendo que ela não teve culpa não deu uma chance à ela, à vocês? Realmente você tem muitos motivos para ficar indignada.
- Não me faça ficar pior do que eu já estou. – suspirou.
- Pois eu no lugar dela faria o mesmo ou até pior! Ela foi muito paciente com você, Maite. Uma hora a pessoa se cansa de correr atrás, né!
- Para de me julgar, você não sabe os meus motivos. – disse chorosa.
- Eu não to te julgando, Baby. – a abraçou pelos ombros – Eu to querendo te mostrar a realidade. Você deixou escapar uma pessoa que tava te fazendo tão bem e tão feliz por besteira.
- Não foi por besteira, Cris! – as lágrimas já escorriam pelo seu rosto.
- Foi por que então, criatura? Está escrito na sua cara que você ama essa mulher, por que não resolve essa situação de uma vez?
- Eu amo. – disse entre soluços – Eu amo ela, BabyC. Mas eu não posso fazer nada agora.
- Por que não?
- Eu não posso explicar. Mas eu não vou perder ela, não vou.
- Então é melhor você se apressar, Baby m, porque ela já ta seguindo a vida dela.
- Como assim?
- Saíram fotos dela ontem na balada e pela cara ela tava muito bêbada. E não estava sozinha.
- Deve ser aquela... aquela mulher que estava no restaurante ontem com ela. – disse enxugando as lágrimas em seu rosto – Elas estavam... – fez uma pausa com medo de perguntar – Como elas estavam nessas fotos?
- Nas fotos publicadas estavam apenas conversando e rindo animadas, nada demais.
A morena suspirou entristecida.
- Seja lá o que você for fazer, faça logo ou então vai perder de vez essa mulher.
- Filha, onde você quer que coloque... – Daisy se interrompeu assim que viu o rosto pós choro da morena –Maite o que houve, filha? Por que esta chorando?
- Dor de cotovelo, dona Daisy. – Cris respondeu.
- Oh, meu amor. – sentou-se ao seu lado – Eu não gosto de te ver sofrendo assim.
- Já está tudo bem, eu já conversei com ela, não é, amor?
- É, mãe. Eu já desabafei com o Baby C, você sabe que ele é um ótimo ombro amigo e conselheiro.
- Sei sim, filha. E ainda bem que você tem ele porque não conta nada pra mim. Eu não posso te ajudar se você não me conta o que acontece em sua vida. Você só conversa com o Cristian.
- Ih, isso tudo é ciúmes, é? – o moreno provocou.
- Ciúmes eu? – virou o rosto debochada.
- Não precisa disso, tem Cristian pra todo mundo! – gargalhou as abraçando com força.
- Ta bom, agora já chega da sessão de drama e vamos continuar a arrumação. – Maite disse se levantando – Amanhã tudo tem que estar pronto. Já tenho até o meu primeiro cliente.
- É mesmo é?
- Sim, o John me pediu pra defender os interesses dele numa causa contra um site de compras. É um bom começo.
- Oh, isso é ótimo, filha!
- Esse banana do John sempre arrumando um jeito de ficar em cima de você, incrível! – Cris sorriu irônico.
- Ele é um cara legal, Cristian.
- É, bem legal, eu sei.
- Cris fala que eu sou ciumenta, mas ele é fica cheio de ciuminhos com a Maite. – Daisy provocou.
- Eu sou ciumento mesmo! Não vou com a cara dele e minha irmãzinha merece coisa muito melhor.
- Vocês dois parem de falação e venham me ajudar aqui a arrumar a recepção.
- E falando nisso, quem é que vai ficar aqui na recepção? Você já contratou alguém? – a senhora perguntou.
- Já, eu coloquei um anúncio no jornal e já consegui encontrar uma recepcionista.
- Nossa, alguém ainda procura emprego lendo anúncio em jornal hoje em dia?
- Ainda existem pessoas que buscam coisas interessantes para ler, coisas que não sejam fofocas em sites na internet, Cris.
- Não fala nada que eu já te dei informações valiosas desses sites, ta!
- Informações que eu preferia nem ficar sabendo. – disse séria.
- Ta bom, da próxima eu só mostro os ensaios de mulheres nuas que eles divulgam. – gargalhou.
Maite sentiu suas bochechas queimarem.
- Olha pra mim e diz se eu tenho cara de quem fica olhando fotos de mulheres nuas em sites na internet, Cris. Me poupe!
- Ah não? Nem por curiosidade?
A morena revirou os olhos e não se deu ao trabalho de responder.
- Ótimo, melhor que eu não preciso me dar ao desprazer de ficar olhando isso pra te mostrar. Eu continuo olhando só a dos meus homens lindos e fica bom pra todo mundo.
- Quando você for ver mostra pra mim também. – Daisy cochichou.
- Mãe! – Maite a fitou com os olhos arregalados.
- O que? Não tenho culpa se você não gosta.
- Ah, eu tenho mais o que fazer, viu! – disse saindo dali ao som das gargalhadas dos dois.
***
Alguns dias depois...
As atividades no escritório de Maite seguiam bem. Após alguns dias depois de iniciar seu trabalho ela já havia conseguido alguns serviços, o que a deixava numa animação total para seguir em frente com o seu objetivo.
- Mais alguma coisa pra hoje, Barbara? – perguntou à sua secretária.
- Não, senhorita Perroni. – a moça de cabelos ruivos e pele alva respondeu.
- Não me chame de senhorita Perroni não, está bem? – disse levemente incomodada – Só Maite.
- Tudo bem. – a moça sorriu – Ah, aquele cliente, o senhor Peterson passou aqui enquanto a senhor..., digo, você estava almoçando e deixou os documentos que a senhor... que você pediu.
- O John? Ótimo, deixe nos arquivos que amanhã eu vejo o caso dele. Agora vamos que já está tarde. – disse arrumando suas coisas.
- O senhor Peterson é tão simpático... – a jovem suspirou.
- Sim, ele é. – Maite deu de ombros.
- E educado.
- É sim. – a morena a encarou com uma sobrancelha levantada – Agora vamos.
Assim que saíram Maite se despediu e foi pelo lado oposto ao da jovem para procurar um táxi.
- A Barbara ta interessada no John ou é impressão minha? – sorriu sozinha.
Divagava em seus pensamentos quando uma cena à frente, do outro lado da rua chamou sua atenção. Susan, a secretária de Anahi, saía de um carro desconfiada, olhando para os lados, como se estivesse se escondendo de alguém. A morena parou ao lado de uma árvore na calçada e continuou observando. De repente o carro saiu em sua direção e ela focou o olhar em quem estava dentro. Seus olhos se arregalaram ao identificar quem era o motorista.
- Não pode ser! – disse espantada a si mesma – Será que...? Não, não pode ser. Agora tudo faz sentido! Eu não acredito.
Voltou seus olhos rapidamente para a calçada do outro lado na tentativa de procurar a mulher, mas Susan já tinha desaparecido dali.
Maite chegou em casa ainda intrigada com o que vira há pouco. Seus pensamentos fervilhavam possibilidades de explicações para a cena, mas nada parecia fazer sentido.
- Oi, filha. – Daisy disse do sofá assim que a loira adentrou pela sala – Como foi hoje?
- Foi normal, mãe. Tudo tranqüilo.
- Algum caso novo?
- Não. Só uma senhora com problemas com uma marca de dentaduras, uma disputa judicial pra ver quem fica com um cachorro, e coisas do tipo. – disse sentando-se ao lado da mãe.
- Ah, aquele motorista bonitão esteve aqui.
- Quem? O William?
- Isso, William. O motorista da Anny.
- O que ele queria?
- Veio deixar um convite pra você. Está ali na mesinha do telefone.
A morena avistou o pequeno envelope na mesa ao lado e se esticou para pegar.
- Disse que queria entregar pessoalmente, mas como você não estava ele deixou comigo.
- Ah, é um convite para o aniversário da filhinha dele. – sorriu ao ler os dizeres no papel.
- Isso, ele disse que faz questão que você vá. E me convidou também. – sorriu animada.
- Que gentil da parte dele. – a morena disse emocionada – A filhinha dele tem um problema grave no coração, mãe.
- Nossa, sério?
- Sim. Ela precisa de um transplante urgente, mas ainda não conseguiu. Às vezes ela tem umas crises e precisa ficar internada no hospital até melhorar. – fez uma pausa – A Any que cuida de todo o tratamento dela, paga o melhor hospital, os melhores médicos e sem cobrar nada do William.
- Nossa, filha! Pobre criança.
- Pois é. – sorriu fraco.
- A Anahi tem um coração muito bom mesmo. Não imaginei que ela fosse assim, a gente tem uma visão totalmente diferente das pessoas antes de conhecê-las de verdade.
- É. – disse pensativa.
- E você me desculpe, mas perdeu um ótimo partido, minha filha.
- Não começa, mãe!
- Você sabe que é verdade.
“É, eu sei.” – pensou.
Maite se deitou para dormir naquela noite, mas seus pensamentos não a deixavam relaxar. Tudo o que estava acontecendo em sua vida perturbava sua mente. Estava encolhida na cama, abraçada ao seu ursinho de pelúcia, que se tornou seu companheiro em sua cama desde quando dormir sozinha se tornou um incômodo para ela.
- Eu vou ter ela de volta, Senhor Fofinho. – sussurrava com os olhos cheios de lágrimas – Você vai ver, eu vou ser dela e ela vai ser minha porque eu a amo. Eu amo ela, Senhor Fofinho. Eu amo a Anahi!
Autor(a): naiara_
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Mais uma semana havia se passado e Maite se culpava por ainda não ter encontrado uma solução para resolver aquela situação. Sua vontade era de correr para os braços de Anahi e fazer dali o seu refúgio, onde nada e nem ninguém fosse capaz de alcançar. Mas ela sabia que não era tão simples assim. A ca ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 147
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maite_portilla Postado em 07/07/2017 - 20:37:12
Cade?? Continua por favor, eu amo essa historia <3
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ccamposm Postado em 09/02/2017 - 13:39:20
Cadeeeee
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Furacao Maite Postado em 01/02/2017 - 23:12:37
nossaaaaaaaaaaolha quem voltoooou
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ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:32:17
Terminar? :(
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ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:31:56
MEU DEUS ALELUIA
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Kah Postado em 06/01/2017 - 22:20:42
Mulher, já estava chorosa por ter um historia tão linda sem final haha
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Valéria_Traumadinha Postado em 06/01/2017 - 20:06:39
Terminar? Que papo é esse???
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Postado em 05/01/2017 - 20:57:56
Voltoooou! Que bom posta muito rsrs
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ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:27:11
saudades de ler as páginas de uma das melhores fanfics do meu otp que eu já li na vida.. voltaaaaaaa
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ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:26:16
feliz 2017!!