Fanfics Brasil - Capítulo 3 - A Night in Paradise amor repentino

Fanfic: amor repentino | Tema: portirroni


Capítulo: Capítulo 3 - A Night in Paradise

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As luzes piscavam, o som ambiente era alto, mas agradável. A casa estava cheia de gente bonita, todos sorrindo, dançando e bebendo. A festa mais aguardada da cidade dos últimos meses. Paradise Party II Edição. Maite e Cris estavam extasiados com o lugar.


“Muito elegante para uma boate.” – Maite pensou. Adentraram o local passando pelas pessoas com facilidade. Não havia bagunça, era tudo muito organizado. Os bares cheios, todos os 3 bares que cercavam o lugar. A pista bombava ao som da música que rolava.


- Vem, vamos pegar uma bebida. – Cris puxou Maite até um dos bares.


A área VIP era no segundo piso. Rodeava todas as laterais da boate em um semicírculo. Haviam sofás, pufes, banheiros e garçons servindo a todas as mesas.


- Não vamos para a área VIP, Baby C? – Maite disse observando o segundo piso.


- Ainda não, está cedo. Vamos ficar aqui no movimento um pouco, quando a DJ começar a tocar a gente sobe.


- Ok.


Cada um tinha uma pulseirinha dourada de plástico no pulso indicando a área VIP. Apresentaram as pulseiras no bar da área comum e pegaram as bebidas sem pagar nada.


- Essa festa é A Festa e hoje tem que ser O Dia, Maite! – Cris disse animado enquanto bebericava o seu drink.


Maite sorriu para ele. Estava animada.


“Definitivamente eu deveria sair mais!” – pensou. O lugar era ótimo.


Assim que terminaram as bebidas, Cris a puxou para a pista de dança.


- Vem, parada aí você não vai aproveitar nada e nem conhecer ninguém.


- E quem disse que eu quero conhecer alguém? Eu só quero me divertir e me distrair! –Maite disse sorrindo enquanto o acompanhava.


Os dois dançavam no meio da pista. Maite se remexia com desenvoltura. Dançava sensualmente bem. Cris a acompanhava, dançando quase colado nela. Qualquer um que visse poderia jurar que eram um casal. E que belo casal. Maite usava um vestido curto preto. Era um tomara que caia justo. O bojo contornava seus seios dando destaque para seu belo busto. No caimento a saia era folgada, levemente rodada com um toque de brilhos perolados o rodeando. Usava um sapato fechado vermelho de salto fino e alto. Seus cabelos morenos estavam soltos caindo sobre os ombros dando um toque final perfeito. Cris usava uma calça jeans levemente manchada num tom claro, uma camisa pólo de manga curta na cor azul marinho e um tênis social preto.


De fato formavam um lindo casal de morenos, se não fosse pelo fato dos dois serem melhores amigos desde o colegial e por Cris ser gay desde que se entende por gente.


- Baby C, pega mais uma bebida pra gente?


- Ta, mas não sai daqui! Não quero ficar que nem uma besta te procurando depois.


- Ta, não vou sair. – Maite sorriu e deu uma piscadela para o amigo.


Maite continuou dançando sozinha, curtindo o som. Se libertando. Poucos instantes depois um homem alto se aproximou. Começou a dançar colado nela. Ela sorriu sem jeito e se afastou. Ele se aproximou novamente.


- E aí, linda, posso te pagar uma bebida? – disse ao pé do ouvido dela.


Ela apenas sorriu e levantou o braço esquerdo apontando para a pulseirinha dourada em seu pulso. Ele olhou e sorriu sem jeito.


- Posso dançar contigo então? – disse se aproximando mais.


Maite já estava sem jeito e foi se afastando cada vez mais, à medida que ele se aproximava. Nesse momento Cris chegou com as bebidas.


- Algum problema aqui, amor? – disse passando o braço em seu pescoço.


- Ah... – Maite  arfou aliviada – Não, AMOR! Está tudo bem.


Frisou o “amor” olhando para o cara que estava sem jeito em sua frente. Ele apenas sorriu, levantou o copo de bebida que segurava, fez sinal de brinde e saiu.


- Nossa, você chegou bem na hora!


- Eu não sei como você dispensa um bofe daqueles, Maite! E aquele corpo, você viu o tamanho daquelas mãos?! Me abana!


- E como você sabia que eu não queria nada com ele?


- Meu bem, eu te conheço há anos e sei que esses caras que chegam te intimidando não fazem o seu tipo.


- Realmente, não mesmo – ela disse sorrindo.


- Fazia o meu, mas agora ele acha que eu sou hétero. E pior, seu namorado!


Maite gargalhou.


- Calma que a noite ta só começando e tem muitos outros bofes aí pra você pegar. Além do mais, nós formamos um casal lindo, não acha?


- Sim, nós somos o casal mais lindo da casa, meu bem!


Cris sorriu para Maite e se aproximou dando um selinho em seus lábios, que retribuiu sorridente.


 


Anahi estava na área VIP bebendo e conversando com alguns amigos. Na ala esquerda já tinha bastante gente. Ela observava a pista poucos metros abaixo quando arregalou os olhos e focou em uma moça de vestido preto que dançava sensualmente.


- Não-acredito-nisso! – sussurrou a si mesma incrédula.


Anahi observava a moça tentando não acreditar que era Maite, mas conhecia de longe aquele jeito doce e sensual de se comportar. Olhava atentamente a movimentação sem tirar os olhos dela. Viu quando um homem chegou – “Inconveniente.” – pensou, e assistiu a situação. Observou quando um homem moreno alto e bonito chegou ao seu lado dispersando o cara e logo depois beijando ela. Anahi sorriu desapontada. Observou por mais alguns segundos os dois dançando animadamente e logo se virou, voltando sua atenção para seus amigos.


- Anylicia!


Anahi ouviu uma voz se aproximando e logo foi agarrada pelas costas. Sentiu um perfume gostoso e não precisou olhar para saber quem era.


- A DJ mais gostosa que eu conheço! – disse ainda sem se virar.


- Sou a única que você conhece, meu bem. – Dul disse ao pé do seu ouvido – E quando eu digo que conhece, eu quero dizer que conhece bíblica e intensamente.


Anahi virou-se para abraçar a amiga. Sentiu as mãos bobas de Dul apertarem e acariciarem sua cintura o que a fez morder os lábios.


- Está curtindo a noite? – disse Dul após se separarem.


- Sim, mas vou curtir mais quando você estiver lá no palco.


- Vai curtir mais ainda quando eu sair dele. – disse dando uma piscadela e um sorriso malicioso para Anahi.


- Ah, é? – Anahi sorriu – E o que pretende fazer para eu curtir mais depois que a festa acabar?


- Vamos fazer uma baladinha VIP, só eu e você?


Anahi sorriu maliciosamente. Dul se aproximou do ouvido de Anahi sussurrando.


- A gente pode brincar de DJ na sua cama, o que acha?


Anahi não pôde deixar de gargalhar.


- Até o fim da festa a gente vê isso. – Any piscou para a amiga.


- Combinado. Agora preciso ir, o show já vai começar.


Dulce se despediu dando um selinho em Anahi.


 


“Alô galeraaaa! Sejam todos muito bem vindos à Paradise Night II Edição!”


Ouviam-se gritos na boate enquanto o locutor anunciava oficialmente o início da festa.


“E é com muito prazer que eu convido pra animar e embelezar a nossa noite, a DJ mais badalada do momento. DJ Dul!!!”


Dulce  entrou no palco ao som dos gritos da platéia. Ela de fato era uma das DJ’s mais requisitadas do momento. Estava no Top 5 de DJ’s mais bem pagos da atualidade. Além de discotecar super bem, ela era linda. Estampava capas de revistas, participava de eventos e fazia parceria com vários artistas do mundo da música. Dulce subiu ao palco no melhor estilo DJ, vestia um short jeans justo escuro e um cropped branco de manga curta mostrando a barriga. Usava suspensórios e um coturno preto pra completar o look. Seus cabelos ruivos lisos estavam soltos contrastando com sua pele clara.


“Boa noite, galeraaaa! Estão prontos?”


“Siiiim.”


A platéia estava enlouquecida.


“Então quebra tudoooo!”


O som começou a rolar novamente. Todos se animaram e dançavam como se não houvesse amanhã. Maite e Cristian, que estavam na pista, resolveram subir para o camarote.


- Vem, Baby C, vamos subir. – Camila puxava Cris pelo braço.


- Vamos!


O camarote já estava mais cheio e todos ali também curtiam a visão privilegiada do palco e de toda a boate. May e Cris subiram  e logo se aconchegaram em uma das poltronas que havia no local. Logo um garçom apareceu para lhes servir.


- Boa noite. Sejam bem vindos. Desejam algo para beber ou comer?


- Boa noite. – Maite respondeu sorridente – Eu gostaria de uma Caipirinha de morango, por favor.


- E o senhor? – disse olhando para Cris.


- Eu quero um Sex On The Beach.


- Pois não, senhores. Um instante só.


- Nossa, nunca imaginei que uma boate pudesse ser tão elegante assim. – Maite disse sorrindo para Cris.


- Isso aqui é pra quem pode, meu bem.


- Se for sempre assim eu quero sair todo fim de semana!


- Esse é um luxo que nem você que é uma profissional muito bem de vida pode bancar todo fim de semana, Maite. – Denis gargalhou.


- E por que não? Custa tão caro assim?


- Mais do que você imagina.


- E como você conseguiu essas entradas VIP’s, Cris?


- Eu já disse, tenho meus contatos. Um amigo meu me devia um favor – disse maliciosamente.


- Já sei que não foi com dinheiro. – Maiteriu ironicamente.


- Você teria que rodar muita bolsinha nas esquinas de luxo de New York pra conseguir isso aqui todo fim de semana, meu bem.


- Baby C! – Maite fingiu surpresa – Você anda rodando bolsinha em troca de ingressos pra essas festas de luxo que você tem ido?


- Meu bem, olha pra mim! Eu não preciso disso. E nem se eu precisasse... Eu hein!


Os dois gargalharam.


Os drinks chegaram e foram saboreados com gosto pelo casal. Estava tudo muito agradável. Após o segundo drink, só ali no camarote, os dois se levantaram e ficaram na frente do alambrado de proteção. Dançavam harmonicamente ao som da DJ. Depois de algumas músicas Maite foi se sentar.


- Ai, eu preciso descansar um pouco. Não estou acostumada com essa farra toda. – disse já demasiadamente alegre.


Cris sentou-se ao seu lado e ficou por uns instantes reparando uma mulher que estava um pouco à frente. Uma mulher linda, pele clarinha, cabelos loiros, olhos Azuis. Usava um vestido bem curto rendado na cor azul. Era justo modelando o seu belo corpo. O decote revelava sutilmente o busto avantajado dela. Usava sapatos de salto pretos com detalhes também na cor azul. Cris observou a mulher de longe até ser notado por Maite.


- Cris! Quem é que você está secando ali, hein? – perguntou com malícia no sorriso.


- Ninguém. Estou reparando uma mulher.


- Não me diga que você se converteu? Mudou de lado ou quer experimentar coisas novas? – Maite disse irônica.


- Não seja ridícula, Baby M. É mais fácil você “virar” gay do que eu deixar de ser! – fez aspas com os dedos enquanto sorria com sarcasmo.


Maite  revirou os olhos para ele.


- Mas então, o que é que você tanto olha? – disse se virando para tentar ver também.


- Aquela moça ali, aquela de vestido azul, elegante, toda trabalhada na beleza, não é a sua chefe?


Maite sentiu seu coração parar. Arregalou os olhos e virou-se para ele rapidamente.


- Não pode ser! – sussurrou para si mesma.


- Sim, é ela mesma. – disse sorrindo do desespero de Maite.


- Droga! Isso não pode ta acontecendo.


- O que foi, Baby M? Qual o problema?


- Eu vim pra cá para esquecer... – gaguejou – bem... para esquecer meus problemas no trabalho e minha chefe está aqui!


- E o que tem isso? Vocês não vão trabalhar aqui, ou vão? – disse irônico.


- Cala a boca, Cris!


- Eu sei que você está nervosa pelo que aconteceu entre vocês ontem, mas não há nada demais nisso, é super norm...


- Cristian, cala-a-sua-boca! – Maite o interrompeu – Não aconteceu nada ontem.


- E por que você está tão nervosa?


- Eu não estou. Só não queria encontrar ela aqui.


Cris ria do desespero de Maite.


- Ok. Então a gente cumprimenta ela logo pra quebrar esse clima e cada uma vai pro seu lado e fica tudo bem.


- NÃO! – Maite puxou o amigo que já se levantava.


- Cris , por favor! Eu só... Só quero evitar até eu processar e relevar tudo isso.


- Baby M, eu realmente não estou entendendo esse seu desespero. – Cris sentou-se ao seu lado e pôs a mão em seu ombro.


- É que... bom, depois que você disse aquilo sobre ela eu fiquei com receio, sabe?


- Receio de que?


- Eu não sei, Cris! E se realmente tiver acontecido alguma coisa entre a gente?! Eu não me lembro.


- Você só vai saber se perguntar a ela.


- Não! Eu não vou fazer isso, ta louco?! Se não tiver acontecido nada eu vou fazer um papel ridículo achando que transei com a minha chefe, e se tiver acontecido eu... eu prefiro não saber.


- Tudo bem então. A gente pode ir para o outro lado se quiser.


- Sim! – disse com um sorriso de súplica nos lábios.


Mal se levantaram e se depararam com uma escultura em forma de mulher à sua frente.


- Maite?


Maite arregalou os olhos ao ver Anahi parada ali sorrindo para ela. Sua boca entreaberta não conseguiu disfarçar sua surpresa e um leve desespero.


- Oi... Oi, Anahi. – disse totalmente sem jeito.


- Você por aqui? Confesso que estou muito surpresa.


- Pois é, eu recebi um convite de última hora e resolvi vir. Segui seu conselho, eu realmente estou trabalhando demais.


- Fico feliz por isso. – Anahi disse com simpatia e sorriu mordendo os lábios involuntariamente.


- Ah... Esse aqui é o Baby, digo, é o Cristian. Foi ele quem me arrastou pra cá.


- Olá, muito prazer. – Cris estendeu a mão cumprimentando Anahi.


- Igualmente. – o seu sorriso havia diminuído consideravelmente.


Um silêncio constrangedor pairou enquanto se entreolhavam.


- Bem, eu espero que esteja se divertindo, Maite. Aproveite seu fim de semana – disse em tom de despedida.


- Ah, sim... Eu estou me divertindo muito, obrigada.


Assim que Anahi saiu Maite caiu no sofá.


- O que foi isso aqui? – Cris perguntou extasiado.


- Isso o que? – Maite ainda tentava se recompor.


- Essa tensão sexual toda entre vocês.


- O que?! Que tensão, Cris? Ta ficando louco?


- Meu bem, acredite, vocês duas estavam num clima pesadíssimo. E que clima! Até eu que não gosto da fruta quase fiquei excitado. Quase! – disse com humor.


Maite revirou os olhos para o amigo.


- Cris, cala essa boca, vai!


Nesse momento Anahi passou pelos dois novamente apenas os cumprimentando com um sorriso.


- Nossa, e que mulher que ela é! Linda, sexy, elegante. Na minha versão feminina com certeza eu ia querer ser igual a ela.


Maite bufou sorrindo e balançando a cabeça negativamente.


- Eu preciso de uma bebida. – disse se levantando.


- Eu te espero aqui.


Cris ficou no sofá enquanto Maite foi até o bar. Assim que a morena não estava mais ao seu alcance de visão, Cris se levantou indo em direção à mesa de Anahi.


- Com licença. – disse para a loira que estava sentada conversando com alguns amigos.


- Pois não? – ela disse se levantando.


- Eu poderia conversar um minutinho com você, senhorita Portila?


- Sim, claro.


Caminharam até o alambrado de proteção se afastando dos outros.


- Eu sei que a senhorita não me conhece, me desculpe se eu estou sendo inconveniente, mas eu preciso saber de uma coisa.


- Sim? – Anahi tinha uma sobrancelha arqueada.


- O que aconteceu entre você e a May ontem à noite?


- O que? – Anahi disse surpresa.


- Ontem você e a Maite passaram a noite juntas. Beberam, conversaram e depois disso ela não se lembra do que aconteceu.


- Como assim o que aconteceu? Ela apagou e dormiu. Só isso. – Anahi já estava alterada.


- Sim, mas só isso mesmo ou rolou alguma coisa entre vocês antes disso?


- O que?!


- Vocês transaram?


Anahi já sorria com nervosismo.


- Olha, cara, primeiro eu não lhe devo satisfações da minha vida. Segundo, se você quer saber de algo pergunte para ela, a namorada é sua não é? E terceiro, vai se foder!


Anahi saiu furiosa em direção ao banheiro. Cris estava chocado com a reação da loira. Logo avistou Maite na direção do sofá que eles estavam, o procurando ao redor, e correu até ela.


- Onde você estava, Baby C?


Cris sentiu Maite já um pouco alterada.


- Quantas você bebeu ali no bar, Maite?


- Não sei, algumas. – disse sorrindo levemente – Mas onde você foi? Encontrou algum bofe por aí?


Os dois se sentaram no sofá.


- Não. – disse soando meio chateado – Na verdade, o meu bofe me deu um bolo.


- Como assim? Você tem um bofe e não me contou nada? Depois eu que sou a amiga desnaturada!


- Não é exatamente isso, Maite. Foi ele quem conseguiu esses convites pra mim. Disse que viria me encontrar aqui, mas não apareceu. Eu devia ficar com o primeiro que aparecesse. Bofe maldito!


Maite sorria contidamente.


- Mas enfim, isso não vem ao caso agora. Eu fui lá conversar com a Anahi.


- Você o queeee? – Maite deu um salto no sofá – O que foi falar com ela, Cristian?


- Eu fui lá saber o que você tanto queria, mas não teve coragem de perguntar.


- Eu não acredito! Cris, por que você fez isso? Meu Deus! – Maite tinha as mãos sobre a boca.


- Meu bem, eu sou seu amigo. Quis te ajudar, já que você não foi mulher o suficiente eu fui ser pra você.


- Cris, isso não é hora para brincadeiras! Não acredito que você fez isso!


- Enfim, fiz e já está feito. Não tem como desfazer. Não quer saber o que ela falou?


- Não sei se quero saber.


- Mas eu vou dizer mesmo assim. Bem, ela ficou muito nervosa, até me mandou ir me foder. – deu uma risadinha sarcástica – E está achando que eu sou seu namorado. Com ciúmes, que gracinha!


Maite apenas olhava incrédula.


- Enfim... no fim das contas ela me mandou perguntar a você. Ou seja, ela está brava porque você não se lembra do que aconteceu e está com ciúmes por achar que eu sou seu namorado. Juntando uma coisa à outra, sim, vocês transaram.


Maite apenas ouvia as palavras de Cri sem reação. A bebida começou a fazer efeito com mais força, sentia sua cabeça rodar levemente. Ela deixou de ouvir tudo e todos e só conseguia pensar em uma coisa:


- Eu transei com a minha chefe. Com uma mulher! – disse atônita.


Maite levantou-se rapidamente e foi em direção ao banheiro. Cris a seguiu, mas não pode passar da porta. Ficou esperando por ela ali mesmo.


Ao entrar foi direto até a pia onde se apoiou e ficou olhando a sua figura no espelho. Apenas respirava fundo tentando assimilar tudo aquilo. De repente se deu conta de que não estava sozinha. Um vulto se levantou do pequeno sofá que havia ali e foi em sua direção.


- Quer dizer que você não se lembra do que aconteceu e pede seu namoradinho para ir me perguntar?


Maite olhou assustada pelo espelho e virou-se rapidamente.


- Sinceramente, Maite... – Anahi sorria com ironia – Você... Você...


- Eu o que, Anahi? Você transa comigo inconsciente e ainda vem se fazer de ofendida?


- O que? Maite, pelo amor de Deus!


- Cala a boca, Anahi! Você não podia ter feito isso! Eu não acredito...


- Ter feito o que, Maite? Ter feito o que você passou todo o tempo me pedindo pra fazer? Você estava meio grogue, mas sabia muito bem o que dizia.


- Eu não me lembro de nada, Anahi! Eu não estava consciente o suficiente para lhe pedir nada!


- Não estava, mas pediu!


- Pedi o que? O que foi que eu te pedi, Anahi?


- Isso...


Anahi cortou o espaço entre as duas e prensou Maite na bancada da pia. Levou as duas mãos até sua nuca e segurou com força. Aproximou seu rosto do dela e a beijou com desejo. Maite não teve tempo de reagir, fechou seus olhos por instinto e logo sentiu o toque dos lábios de Anahi sobre os seus. Era sutil, mas muito intenso. Ela podia sentir toda aquela tensão entre elas se transformando em desejo. Suas mãos, que estavam apoiadas na pia, agora já pousavam sobre a cintura de Anahi. Seus sentidos estavam confusos demais pra reagir e de fato ela não queria. Sentiu a mão esquerda de Anahi largar seu pescoço e descer num toque leve sobre seu seio, escorregando até sua cintura, apertando-a e puxando para si enquanto sentia a língua quente da loira passear por sua boca. Maite já sentia seu corpo corresponder àqueles toques. Sentia-se mais mole a cada movimento de Anahi, que de repente afastou-se voltando a si. Maite tinha os olhos ainda fechados tentando decifrar tudo aquilo, enquanto Anahi a olhava sem fôlego.


- Me desculpe! – Anahi se afastou ficando de costas – Maite, me desculpe.


Voltou a virar-se para ela com uma das mãos sobre os lábios. Tinha os olhos arregalados parecendo não acreditar no que acabara de acontecer. Maite por sua vez, apenas a olhava ainda sem reação.


- Me perdoe! – Anahi continuou se explicando com certo desespero – Olha, ontem não aconteceu nada. Fique tranqüila. Eu não faria nada com você naquele estado, Maite. Por favor, acredite. Você de repente ficou grogue e eu te levei pra cama. Como você não conseguia se trocar, eu tirei suas roupas e te coloquei na cama. Foi só isso, mais nada.


Maite a olhava confusa, levemente ofegante.


- Me desculpe por isso.


Anahi disse as últimas palavras e saiu apressadamente. Não conseguia assimilar tudo aquilo. Só precisava fugir dali.


 


 



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Autor(a): naiara_

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Cris estava esperando na porta do banheiro quando Anahi passou por ele como um raio. Ele arregalou os olhos se dando conta de que ela e Maite estiveram no banheiro juntas. - Oh céus, o que será que houve ali dentro?! – disse a si mesmo. - Moço, eu preciso entrar nesse banheiro! – disse ao segurança que estava parado em frente à ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 147



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  • maite_portilla Postado em 07/07/2017 - 20:37:12

    Cade?? Continua por favor, eu amo essa historia <3

  • ccamposm Postado em 09/02/2017 - 13:39:20

    Cadeeeee

  • Furacao Maite Postado em 01/02/2017 - 23:12:37

    nossaaaaaaaaaaolha quem voltoooou

  • ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:32:17

    Terminar? :(

  • ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:31:56

    MEU DEUS ALELUIA

  • Kah Postado em 06/01/2017 - 22:20:42

    Mulher, já estava chorosa por ter um historia tão linda sem final haha

  • Valéria_Traumadinha Postado em 06/01/2017 - 20:06:39

    Terminar? Que papo é esse???

  • Postado em 05/01/2017 - 20:57:56

    Voltoooou! Que bom posta muito rsrs

  • ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:27:11

    saudades de ler as páginas de uma das melhores fanfics do meu otp que eu já li na vida.. voltaaaaaaa

  • ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:26:16

    feliz 2017!!


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