Fanfics Brasil - Capítulo 27 - Crazy in Love amor repentino

Fanfic: amor repentino | Tema: portirroni


Capítulo: Capítulo 27 - Crazy in Love

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Maite a encarava ainda sem fala. Depois de tanto tempo ainda não conseguia entender o poder absurdo que aquela mulher era capaz de exercer sobre ela.


Anahi levou sua boca até a de Maite e a mordeu, puxando seu lábio sem a menor delicadeza. Um gemido sôfrego foi ouvido, acabando com os últimos vestígios de sanidade que restavam ali.


Maite levou as mãos até a nuca de Anahi e a puxou para um beijo violento. A loira cravou suas unhas nas coxas da mulher em sua frente e a puxou até seu quadril. Começou a desabotoar impacientemente a blusa de Maite e num ato desesperado puxou com tamanha força que os botões saltaram pelo chão.


- Você... – Maite olhava incrédula para a sua blusa – Olha o que você fez, Anahi!


- Shhh. – sibilou sobre o pescoço da morena.


- Você rasgou a minha blusa!


- Calada!


Levou as mãos na blusa da morena e a arrancou do seu corpo, jogando-a em um lugar qualquer pelo chão. Maite ainda a encarava descrente quando sentiu as unhas da loira cravarem em sua cintura. Apertou os olhos com força sentindo o arrastar dos seus dedos por sua barriga. Aquilo com certeza ficaria marcado.


O beijo quente de Any fazia Mai perder os sentidos. As mãos dela passeando pelo seu corpo, a apertando, arranhando com fúria, a fazia tremer.


Anahi arrastou sua boca até o pescoço da morena que já não tinha mais forças pra resistir. Marcou seu ponto de pulso com uma mordida, retirando mais gemidos dela. Escorregou até seus seios ainda cobertos pela lingerie preta arrastando seus lábios por sua pele exposta. Pressionou sua boca em uma sucção na região fazendo um espasmo percorrer o corpo de Maite que desejava ensandecida que aquilo tivesse sido em outro lugar.


Num impulso rápido Anahi a puxou da mesa, a colocando de pé com o corpo colado ao seu. A fitava sem esboçar nenhum sorriso. Como um caçador que está prestes a abater sua caça. O desejo ardia em seus olhos. A raiva exalava em seu corpo. Sua respiração pesada denunciava o misto de sentimentos impuros que percorriam sua mente.


Ela levou as mãos até o zíper na parte traseira da saia de Maite. Desceu até o fim e a deixou escorregar por suas pernas para em seguida a posicionar sem delicadeza na mesa novamente.


- Agora você vai gozar pra mim. – disse calmamente.


Ela falava como se isso fosse difícil. Não... era inevitável! Já estava quase lá e não demoraria para acontecer. Foi o que passou na mente de Maite naquele momento.


Seus devaneios foram interrompidos pelo seu celular que vibrava insistentemente em cima de sua mesa. Assustou-se ao olhar para a tela e ver a foto de sua mãe.


Anahi a fitou com um leve sorriso e fez sinal com a cabeça para que ela atendesse.


- Não. Eu não vou atender dessa vez. – sua voz estava trêmula.


- Se você não atender eu atendo.


Maite a encarou sem dúvidas de que ela seria mesmo capaz.


Pegou o aparelho, respirou fundo e atendeu.


- Oi, mãe.


Filha, onde você está? Já está tarde. Ainda no trabalho?


Anahi a analisava quando começou a se despir. Um sorriso maldoso apareceu em seu rosto enquanto abria calmamente botão por botão de sua blusa. Maite a fitava apreensiva.


- Sim, sim, mãe. Ainda estou aqui?


Mas já está muito tarde, filha. Está chovendo muito, além do mais é perigoso ficar aí até essa hora sozinha.


- Eu não... – gaguejou quando mirou Anahi apenas de lingerie em sua frente – Eu... eu não, não estou, quer dizer, eu estou sozinha, mas ainda tenho algumas coisas pra fazer aqui.


Termine isso amanhã. Venha pra casa logo!


- Não... – suspirou ao sentir a língua de Anahi passear pelo seu pescoço e chegar em sua orelha – Não dá pra terminar isso amanhã, mãe. Tem que... – levou a mão à boca rapidamente tentando abafar um gemido quando sentiu os dedos da loira atingirem sua intimidade ainda por cima do tecido de sua calcinha. Suspirou – Tem que ser hoje!


Mas eu tenho uma novidade pra te contar! Vem logo!


- Novidade? – mordeu os lábios quando sentiu a boca de Anahi sugar seu mamilo – Que... Que novidade?


Só vou contar quando você chegar. Tem que ser pessoalmente.


- Ah, então... Então ta bom, mãe. Agora eu preciso desligar. – dizia num fio de voz tentando conter os gemidos que lhe vinham à boca a todo instante – Deixa eu terminar logo aqui pra poder ir pra casa.


Você vai demorar?


- Demorar?


- Vai. – Anahi sussurrou em seu ouvido.


- Acho... Acho que sim, mãe.


Então amanhã eu te conto a novidade. Vê se não sai daí muito tarde e toma cuidado, filha, tem muitos perigos à solta por aí.


- Pode deixar, mãe. Beijo, tchau.


Não esperou que Daisy respondesse e desligou a chamada. Começou a pensar nos perigos que a rondavam. Seu coração apertou ao se lembrar.


- Eu vou pra casa. – tentou sair da mesa, mas foi impedida por Anahi.


- Não, você não vai.


- Eu preciso ir, Anahi. Não dificulta as coisas.


- Eu ainda não terminei com você. Você só sai daqui quando eu disser que pode sair. – a fitou séria.


- Olha, isso não pode... Eu, eu não quero!


- Ah, não? – sorriu com uma sobrancelha arqueada.


Anahi pressionou mais o seu corpo contra o de Maite e levou sua mão até o seu sexo. Escorregou seus dedos por dentro de sua calcinha e mordeu os lábios ao senti-la.


- Não é isso que o seu corpo diz. – levou os dedos até a boca e sugou o líquido que havia ali.


Maite estremeceu sobre a mesa.


- E você ainda não gozou pra mim.


Abaixou lentamente e afastou as pernas da morena pousadas na madeira, se ajoelhando entre elas. Puxou o tecido de sua calcinha para o lado e aspirou com prazer seu cheiro de excitação.


Maite tremia incontrolavelmente esperando pelo que viria a seguir. Já não sentia seus dedos que apertavam as bordas da mesa com tamanha força. Sentiu seu ventre se contrair quando a língua macia de Anahi a tocou e começou fazer movimentos sincronizados naquela região que pulsava pedindo por mais.


Suspirou frustrada quando a loira saiu dali sem se explicar e voltou a encará-la com um sorriso irônico nos lábios. No segundo seguinte Anahi atacou seus lábios com desespero. Suas mãos agarradas na nuca de Camila, suas unhas se arrastando sem dó por ali. A morena gemeu num misto de dor e prazer.


Num movimento súbito Anahi a puxou da mesa e a virou de costas pra ela. Empurrou-a com violência sobre a madeira fria à frente, fazendo Maite se apoiar com as mãos espalmadas e a bunda empinada para ela.


Maite gemeu num susto e logo sentiu Anahi puxar sua calcinha pernas abaixo.


- Você se lembra do que eu disse que vim fazer aqui, não lembra? – sua voz saía carregada de luxúria.


Se apoiou contra a morena e levou uma das mãos até seus cabelos, os enrolando em seus dedos. Puxou os fios com força suave e sorriu vitoriosa ao ver os pêlos de todo o corpo de Maite se arrepiarem. Arrastou a mão livre pela lateral do corpo de pele alva à sua frente até alcançar a intimidade de Maite. Mordeu os lábios ao sentir o quão molhada ela estava. Começou a massageá-la calmamente e sem aviso a penetrou com dois de seus dedos.


Maite arfou num gemido de prazer alto o suficiente para ser ouvido por quem passasse lá fora. Não fosse a chuva que ainda caía incessantemente, com certeza alguém a teria ouvido.


- Sua p... Oh! – não conseguiu terminar sua fala sentindo Anahi a penetrar com cada vez mais força.


Soltou suas mãos dos cabelos de Maite e cravou suas unhas pela extensão, arrastando-as na pele de suas costas.


- Sua o que, Maite? – aproximou-se de sua nuca e sussurrou – Puta?


Sorriu debochada contra a pele arrepiada da morena à sua frente.


- Sim, sua puta! Mas só sua, Maite. – dizia sem parar de estocá-la sem piedade – E o meu pagamento vai ser você gozando gostoso pra mim.


Ela não conseguiu mais segurar. Aquelas palavras foram como a última gota para que ela transbordasse nos dedos de Anahi.


Maite gemia com tamanha vontade que Anahi gozou também só de ouvi-la.


Alguns segundos se recuperando foram o suficiente para que a loira a puxasse para si novamente. A fitou com um sorriso satisfeito e avançou em um beijo intenso, mas calmo dessa vez.


- Quem manda ser tão gostosa. – sussurrou contra os lábios de Maite – Me faz perder a cabeça. Me deixa louca!


Maite nada respondeu. A agarrou novamente reiniciando o beijo.


Ainda sem se desgrudarem caminharam em direção a um pequeno sofá que havia no canto da sala. Maite despia o pouco que Anahi vestia com dificuldade. A morena sentou-se no móvel e a outra abaixou-se entre suas pernas.


- Agora eu quero na minha boca. – afastou novamente as pernas de Maite e distribuiu beijos por suas coxas avermelhadas pelos arranhões.


Não demorou para começar a chupá-la com vontade, fazendo Maite voltar a gemer incontrolavelmente. Passeava sua língua pela intimidade da morena, mordia, sugava tudo o que ela lhe oferecia sem pudor. E no minuto seguinte se desfez novamente na boca de Anahi.


Maite não tinha forças, mas queria retribuir. Puxou Anahi e deitou-se sobre o pequeno sofá, posicionando a loira sobre ela. Reiniciou um beijo impaciente e levou sua mão pelo ventre contraído de Anahi, descendo até o seu sexo. Começou a massageá-la sentindo seus dedos escorregarem para cima e para baixo, num movimento contínuo. Logo a loira a já se movia incansavelmente sobre os dedos de Maite. Sua respiração descompassada, sua pele molhada pelo suor e seu corpo trêmulo anunciavam o que já estava por vir. No instante seguinte sentiu seu líquido escorrer e seu corpo relaxar, repousando sobre Maite.


Ficaram alguns minutos ali, sem nada dizer. Suas respirações já tranqüilas e cada vez mais pesadas pelo cansaço que as abatia. Anahi estava deitada sobre o peito de Maite quando percebeu que ela dormia. Suspirou sentindo-a tão leve em seus braços.


- Eu te amo, Maite. – sussurrou.


*** 


A chuva já havia cessado quando um trovão ecoou num estrondo, fazendo com que Maite acordasse assustada. Sentiu seus olhos arderem pela claridade da luz que já tinha voltado a iluminar o ambiente. Levantou-se com dificuldade, sentando-se no pequeno sofá no canto de sua sala. Sentia seu corpo dolorido. Estava exausta e logo se lembrou do porquê. Seu corpo estava envolto do seu sobretudo e coberto apenas por ele. A temperatura baixa da noite fria, e há pouco tempo atrás chuvosa, logo lhe atingiu fazendo com que se desse conta de que estava completamente nua. Levou as mãos à boca ao repassar na mente todos os momentos que a levaram até ali.


- Agora é assim? – se levantou exasperada – Ela vem, faz o que quer e me larga aqui. Nua!


Pegou suas roupas espalhadas pelo chão para começar a se vestir.


- Se eu não te amasse tanto eu te odiaria agora, Anahi!


Passou os braços por sua blusa e tentou tatear os botões para fechá-la. Mas não havia botões. Abaixou a cabeça incrédula para fitar sua roupa.


- Nenhum botão?! – soltou irritada – Como é que... – suspirou – Ela só pode ser mesmo uma diaba!


Arregalou os olhos ao notar sua barriga e seios marcados por unhas e chupões.


- Já não bastava as marcas internas que você me fez?


Terminou de se ajeitar e pegou seu celular para olhar o quão tarde deveria ser. 23h27 da noite. Suspirou temendo sair sozinha a essa hora à procura de um táxi. Mal teve tempo de se preocupar com isso, pois logo notou que havia uma mensagem de um número desconhecido recebida há algumas horas atrás.


 


[Número Desconhecido]: O Marco não vai gostar nada de saber que você ainda está mantendo contato com a irmãzinha dele. Se afasta da Anahi de uma vez ou eu vou ter que tomar providências!


 


Seu corpo estremeceu e seu coração quase parou.


- Ele deve ter colocado alguém pra me vigiar também. Droga! – disse chorosa.


Fechou seu escritório às pressas procurando sair dali o mais rápido que pudesse. Desceu a pequena escadaria na frente da porta do imóvel e de repente parou num susto.


- Boa noite, senhorita Perroni.


Um sorriso lhe iluminou o rosto e seu coração se aliviou.


- William! – quase ajoelhou aos seus pés para agradecê-lo por estar ali.


- O que faz aqui a essa hora?


- Estou cumprindo ordens, senhorita. – ele sorriu e abriu a porta traseira do carro atrás de si, estendendo a mão em sinal para que ela entrasse – Por favor.


Maite não pensou duas vezes e adentrou o carro.


- Ela mandou mesmo você fazer isso? – perguntou assim que William deu partida.


- Sim. Me ligou há pouco mais de uma hora e pediu que eu viesse até aqui e esperasse em frente. Depois de uns minutos ela saiu e mandou que eu vigiasse a entrada e te esperasse sair para levá-la em casa.


Ela não pôde conter um sorriso em seu rosto ao ouvir aquilo.


- Ela te disse mais alguma coisa? Explicou o porquê disso?


- Não. – William prendeu um sorriso ao notar a preocupação na voz da morena – Eu não preciso saber dos motivos da senhorita Portila. – tranqüilizou-a – Ela apenas manda e eu cumpro as ordens.


- Você já deve estar acostumado, não é? – seu tom de voz demonstrava mais curiosidade do que de fato um questionamento – Levar e buscar mulheres em casa a mando dela.


- Na verdade não. Até hoje você foi a única. – a encarou pelo retrovisor com um sorriso tranqüilizador.


 


- Obrigada, William. – Maite disse sem graça assim que chegaram na porta de sua casa. Sabia que ele imaginava o que havia acontecido em seu escritório.


- Não me agradeça, estou apenas cumprindo as ordens da senhorita Portila. – disse com um leve sorriso no canto da boca.


- A sua chefe às vezes não tem noção dos limites.


- As pessoas muito apaixonadas costumam perder o juízo com facilidade.


Maite agradeceu mentalmente por estar com um sobretudo que lhe cobria do pescoço até um pouco acima dos joelhos. Se ele visse a sua blusa rasgada e as marcas que lhe enfeitavam o corpo agora, confirmaria que juízo é o que com certeza não existiu durante a visita da Anahi em seu escritório.


- Ela não podia ter feito isso, digo, ter ido lá no meu escritório. E se alguém estiver a seguindo ainda? – estava apreensiva.


- Não se preocupe. Eu já estava atento à todas as movimentações em volta da senhorita Portila. Depois daquela nossa conversa fiquei mais atento ainda. E a propósito, nós precisamos ter uma conversa. – virou-se no banco para encará-la.


- Sim, eu sei. – suspirou – Você não contou nada à ela, contou?


- Não. Ainda não há motivos para alardes. Num caso como este, eu acredito que quanto menos ela souber, melhor. Pelo início de nossa conversa eu presumo que o senhor Marco tem algo a ver com essa história, e conhecendo a Anahi como eu conheço, ela não conseguiria se manter fria até descobrirmos o que está havendo e conseguirmos dar um jeito nele.


- Sim, é exatamente isso. A minha vontade de correr pra ela e explicar tudo o que está acontecendo é maior que tudo. Dizer a ela que eu a amo e que eu nunca quis ficar longe dela e que... – pausou de repente quando percebeu onde a conversa estava indo – Bem, esclarecer tudo isso e resolver essa situação junto dela. Mas eu sei que ela não iria conseguir se segurar. Ela já não suportava o irmão só de saber que ele está desfalcando as contas da empresa, imagina se soubesse...


- Se soubesse o que? – perguntou calmamente para não assustá-la.


- Isso não é assunto para ser tratado aqui, William. Vá até o meu escritório amanhã que eu vou te explicar tudo.


- Tudo bem. Até amanhã então.


- Até, William. E obrigada mais uma vez. – segurou seu ombro e lhe lançou um olhar de gratidão.


 


Maite entrou em casa atordoada com toda essa situação que estava vivendo. Já não sabia mais se chorava ou se sorria. Caminhou até seu quarto a passos lentos. O cansaço consumia seu corpo, mas a sua mente não lhe dava sossego um minuto sequer.


Retirou o sobretudo e olhou para o grande espelho na porta de seu guarda roupas. A blusa rasgada tirou um suspiro de si. Sorriu ao lembrar do exato momento. Retirou-a e jogou na cama. Começou a analisar seu corpo a procura de mais algo que a denunciasse. Passou a mão pela nuca e soltou um suspiro de dor ao sentir uma ardência. Com certeza haviam marcas de unhas ali. Aproximou-se do espelho para analisar seu pescoço arregalou os olhos ao notar uma mancha roxa um pouco acima de sua clavícula.


- Como eu vou esconder essa daqui?! Sua... – travou a boca – Inferno de mulher!


- Filha? – Daisy entrou no quarto apenas de roupão, fazendo com que Maite desse um salto de susto.


- Ai, mãe! Quase me mata do coração. – disse pegando seu sobretudo sobre a cama e se cobrindo de qualquer maneira.


- Nem vi você chegar. – levou a mão à boca bocejando.


- Eu cheguei agora.


- Nossa, tão tarde. Muito trabalho?


- Ah... É... bastante. – sorriu sem jeito.


- Fiquei te esperando pra contar a novidade, mas você disse que ia demorar. Acabei indo dormir.


- Que novidade?


- A novidade é que sua mãe está noiva! – sorriu levantando a mão direita indicando o anel de brilhantes em seu dedo.


- O que? Como assim noiva?


- Isso mesmo! – bateu palminhas de alegria – O Rob me pediu em casamento, essa era a surpresa que ele tinha pra mim.


- Mãe... eu nem sei o que te dizer. – sorria ainda sem acreditar – Você saiu de casa no sábado solteira e só retorna hoje com uma aliança de noivado no dedo!


- Não é maravilhoso?!


- Sim, claro, mãe! – se aproximou para um abraço apertado – Eu estou feliz por você. Só acho que é um pouco cedo para isso, vocês se conhecem há tão pouco tempo, mas se isso te deixa feliz...


- Eu estou muito feliz, filha. – a encarou segurando seu rosto – Muito! Mais do que eu imaginei que pudesse ser de novo.


- Então eu também estou feliz, mamãe. – sorriu largamente e a envolveu em um abraço.


- O que é isso nas suas costas? – se afastou.


- Isso o que? – a fitou receosa.


- Eu senti uns relevos em suas costas quando te abracei. Me deixa ver. – avançou.


- Não! – a morena se afastou em defesa – Não tem nada aqui, mãe. Eu... eu me cocei, foi isso. Aí ficou marcado. Você sabe como a minha pele é sensível.


- Coçou? – a senhora prendeu o riso – Você conseguiu alcançar o meio das suas costas e coçar ao ponto de fazer uma ferida com um fio de sangue?


- Como...? – a olhou confusa quando se virou, se dando conta de que a mãe a mirava pelo espelho atrás de si.


- Vai me dizer que esse chupão aí no seu pescoço também foi coceira? Eu vou precisar chamar um médico ou... – sorriu maliciosa.


- Mãe, não é nada disso que você está pensando.


- E o que você acha que eu estou pensando, Maite? – segurou o riso.


- Eu não sei. – deu de ombros.


- E essa blusa manchada de vermelho aqui? – foi até a cama e estendeu a blusa da morena nas mãos – Meu Deus, Maite! Não sobrou um botão na sua blusa! Você foi estuprada ou o que?


- Quase isso... – disse num sussurro mais para si mesma do que para a mulher à sua frente.


- Uau! – sorriu a fitando – Sexo de reconciliação é sempre o melhor!


- O que? Do que é que está falando, mãe? – tentou desconversar indo em direção ao seu banheiro.


- Estou falando de você e da Anahi se pegando loucamente no seu escritório e...


- Tudo bem! Não precisa falar. – gritou de lá e voltou enrolada numa toalha.


- Bem que eu percebi que você estava muito estranha no celular. Muito ofegante para alguém que estava supostamente trabalhando.


- Mãe! Por que você não é como as outras mães normais que não gostam de saber da vida sexual das filhas? E muito menos fazem piadas com isso!


- Eu sei que você me ama mesmo assim. Agora me diga, vocês voltaram? Se acertaram de uma vez? Porque eu não agüento mais ver você com essa cara de cachorro que caiu da mudança jogada pelos cantos.


- E quem disse pra você que eu estava com a Anahi?


- Mas eu não preciso nem ser vidente pra saber que era com ela que você estava! Se você visse a sua cara quando eu entrei aqui...


- Que cara? – pegou uma borrachinha em seu guarda roupas e começou a enrolar o cabelo – Eu não estava com cara nenhuma.


- Não vou discutir sobre a sua cara de felicidade pós sexo selvagem quando eu tenho uma prova incontestável na minha frente.


Daisy estendeu a blusa para a morena apontando para a marca do batom vermelho em sua gola.


Maite engoliu seco sem saber o que dizer.


- Mas nem se eu fosse o seu marido te traindo eu acho que seria tão interrogada assim! – saiu em disparada para o banheiro.


Daisy gargalhou e a seguiu.


- Filha, eu sei que sua mãe fala esse monte de besteiras e não é nada discreta. – disse a observando embaixo do chuveiro – Mas eu quero ser sua amiga além de tudo. Quero que saiba que pode contar comigo para o que for. Se precisar desabafar ou me contar algo, não quero que tenha receios.


- Tudo bem, mãe. Eu agradeço. – começou a se ensaboar e soltou um gritinho quando alcançou suas costas – Au! Ai... – apertou os olhos.


- O estrago foi grande aí, hein?! – soltou um sorriso abafado pelas mãos – Vocês fizeram as pazes?


- Não, mãe. – disse séria.


- Como não? Ela fez um estrago desses em você, mas não voltaram?


- Não.


- Foi sexo da saudade então? Só pra relembrar os velhos tempos?


- Mãe, ela simplesmente apareceu lá me dizendo que foi me parabenizar pelo escritório e depois começou a me agarrar e... Bom, você sabe.


- Não sei, mas imagino. – sorriu com malícia – Mas e depois? O que ela disse quando saiu de lá? Nem um “até mais” ou “foi bom te ver e matar a saudade” ou algo assim?


- Não. Eu nem a vi indo embora.


- Não?


- Não, eu... Eu acabei pegando no sono e quando acordei estava deitada no sofazinho da minha sala totalmente nua, só com meu casaco me cobrindo.


- Nossa, a coisa foi forte então...


Ela preferiu não responder.


- Nem um bilhete de boa noite? Uma mensagem de despedida?


- Quando eu acordei fiquei irritada porque ela me usou e me largou lá como se eu fosse uma puta dela. Mas não tive tempo de pensar nisso porque quando olhei o celular...


- O que? Ela tinha deixado uma mensagem?


- Não. Não, ela... Eu... Eu olhei as horas e estava muito tarde e eu me assustei e saí correndo pra vir pra casa. – evitou encará-la pelo nervosismo.


- Ai, filha, você lá sozinha uma hora dessas da noite não é seguro. Ela não prestou nem pra te trazer em casa.


- Então... – disse se enrolando em sua toalha – Quando eu saí o William tava na porta me esperando. Ela, ela pediu ele pra me esperar e me trazer em casa.


- Humm, nossa!


Maite corou sem jeito.


- Ela é realmente encantadora. – a senhora provocou – Se ela fosse um homem você teria sérios problemas de concorrência.


- Ela não precisa ser um homem pra isso. Eu já tenho muitos problemas desse tipo com ela. O que não falta é mulher atrás dela. – bufou e saiu de volta para o quarto.


- Eu to falando de mim! Eu seria sua concorrente. – Daisy gargalhou.


- Mamãe, por favor!


- É brincadeira, filha. – sentou-se na cama rindo enquanto a observava se vestir – Mas agora falando sério. O que aconteceu hoje foi prova mais que suficiente pra saber que vocês se gostam, eu arriscaria até dizer que se amam. Se ela te procurou é porque não te esqueceu e você eu nem preciso dizer que ainda quer ela. Por que não fazem as pazes de uma vez? Você mesma disse que o que não falta é mulher querendo ela. Deixa de orgulho bobo e se acerte com ela, filha.


- Se fosse só orgulho eu estaria feliz. – suspirou se juntando à sua mãe na cama.


- Tudo bem. Eu não vou questionar sobre suas razões porque você se fecha em uma fortaleza quando o assunto é esse. Mas só toma cuidado com suas decisões e atitudes, filha. A felicidade não é como uma visita que bate à sua porta e pede pra entrar. É como uma brisa que passa, na qual você precisa se agarrar e a seguir. Se deixar a passar dificilmente ela vai voltar novamente.


Maite suspirou num sorriso fraco e assentiu.


- Mas agora me conta essa história de casamento direito. – fitou a mãe – Quero saber se ele não vai vir aqui em casa me pedir a sua mão. Ta pensando que é simples assim? Colocar um anel no seu dedo e te levar embora de mim?


- Esse foi só o pedido à mim, filha. – Daisy sorriu alegremente – Ele me disse que vai fazer tudo como manda a tradição. Faremos um jantar oficial de noivado onde todos serão comunicados, fique tranquila.


- Eu acho bom mesmo porque ainda nem o conheço. Tenho que saber pra quem eu vou entregar a minha mãe.


- A sua mãe já está entregue. Só falta oficializar.


- Eu to vendo que sim. – sorriu carinhosamente – Mas, mãe... Você não acha que é muito cedo não? Vocês dois são adultos e experientes, não tem nada a perder e nem a temer. Não precisa ter essa pressa toda pra casar.


- Filha, eu não tenho mais a vida toda pela frente. Não posso ficar esperando a brisa passar pra mim, eu que tenho que ir atrás dela e viver a minha felicidade.


- Tudo bem. Eu te desejo toda a felicidade do mundo, mãe. – a abraçou apertado.


- Toda não, que fique um pouco para você também.


 


***


 


No dia seguinte, já no escritório, ela estava perdida em seus pensamentos quando foi interrompida por batidas na porta.


- Com licença, senhorita Maite. – a secretária entrou.


- Sim, Barbara? – se ajeitou na cadeira rapidamente.


- Um senhor chamado William Robinson está aguardando e pede para falar com você.


- Sim, claro! Mande ele entrar, por favor.


 


- Bom dia, Maite.


- Bom dia, William. Obrigada por ter vindo.


- Eu que agradeço por me receber.


- Sente-se, por favor. Quer um café, uma água?


- Não, eu estou bem, obrigado. – sentou-se desabotoando um dos botões de seu terno.


- Eu nem sei por onde começar. – mantinha as mãos inquietas sobre sua mesa.


- Comece me dizendo até onde o Marco está envolvido nessa história toda?


- Bem, como eu te disse, o Marco está desviando dinheiro da empresa. Eu não sei como, mas ele descobriu que eu e a Anahi estávamos o investigando. Ele ficou sabendo que eu estava ajudando a Anahi e me chantageou para que eu me afastasse dela e parasse de ajudá-la. Ele nunca gostou de mim, da forma como ela confiava em mim e me colocava em uma posição importante dentro da empresa. E depois disso pior ficou.


- Ele ameaçou você? Que tipo de ameaça, Maite?


- Primeiro ele ameaçou divulgar fotos nossas, bem... – estava sem jeito de dizer – Ele conseguiu fotos minhas e da Anahi em alguns momentos na sala dela, eu não sei como ele conseguiu. Eu... droga! – respirou fundo prendendo o choro. – Ele ameaçou divulgar essas fotos, mas eu não caí em sua chantagem. Disse que o denunciaria, mesmo assustada com a possibilidade eu não abaixei a cabeça pra ele. Foi então que ele jogou mais pesado. Ele ameaçou a Anahi. Disse que a mataria da pior forma possível, que a faria sofrer muito antes de deixar que ela morresse. Ele falava de uma forma tão fria, tão cruel. Eu podia ver no olhar dele o ódio que ele sente por ela. Eu não sei o porquê disso tudo, não sei o porquê de tanto ódio, mas eu sei que ele não estava brincando. Ele descreveu o que faria e como faria com ela, ele entrou na minha mente. Eu fiquei tão horrorizada que não consegui raciocinar. Ele disse que se eu não me afastasse dela ele cumpriria tudo o que havia me dito.


- É um canalha! – William negou com a cabeça.


- Não é só isso. – respirou fundo.


- Ele te fez mais ameaças?


- Bom, ele disse que se eu não me afastasse sobraria pra mim também. Eu tenho recebido algumas mensagens de um número desconhecido me dizendo pra eu me afastar dela. Todas as vezes que eu a encontrei depois que saí da empresa eu recebi uma mensagem de ameaça.


- O que dizem essas mensagens? Você acha que pode ser ele mesmo te enviando?


- Eu acho que não. A pessoa que me manda as mensagens sempre diz que vai informar ao Marco que eu ainda estou me encontrando com ela.


- Então alguém está te seguindo a mando dele. Você não pode mais andar sozinha por aí, Maite. Não sabemos do que ele é capaz.


- Sim, eu sei. – sentiu seus olhos marejados. O medo tomando conta de si.


- Eu vou mandar algum dos homens da segurança para te proteger.


- Não, não precisa, William. A Anahi pode perceber e vai querer saber o porquê. E se eu andar com alguém ao meu encalço o Marco vai saber que estou tomando atitudes. Acho que se ele pensar que eu apenas me afastei e permaneço passiva à tudo isso é mais seguro pra gente trabalhar nisso.


- Não se preocupe, a casa da senhorita Portila tem muitos seguranças, ela quase não fica em casa, não vai notar o desfalque. E ele não vai ficar ao seu encalço. Vai te vigiar de longe, estará disfarçado. Fique tranquila que eu tenho a pessoa certa para isso. O Rogers já trabalhou como guarda costas e é de inteira confiança.


- Muito obrigada, William. Eu saí da empresa atormentada com tudo o que estava acontecendo, não conseguia pensar direito. Mas quando pude analisar com mais calma eu comecei a pensar em alguma maneira de resolver essa situação, mas não sei o que fazer. Logo depois comecei a receber essas ameaças e sei que ele não está brincando.


- Certamente não está mesmo. Eu conheço bem o tipo do Marco, ele não vai medir esforços para ter o que quer e qualquer um que entrar no seu caminho estará correndo sérios riscos. Há mais alguma informação que você saiba? Qualquer detalhe é importante. Sabe de mais alguém que possa estar agindo com ele?


- Nós descobrimos que o estagiário dele, o Frederick, o ajuda com os desfalques. Mas ele age duplamente.


- Como assim duplamente?


- O Fred está tendo um caso com a esposa do Marco. Ao que parece, ele ajuda o Marco com os desfalques na empresa e recebe uma porcentagem por isso, mas a maior parte vai para uma conta no exterior que está em nome do casal. A Rachel tem planos de dar um golpe por cima do golpe do marido. Quando atingir uma quantia suficiente ela e o Fred fugirão com o dinheiro.


- Esse Frederick foi esperto. Com certeza seduziu a mulher do Marco depois que os desfalques começaram e contou sobre tudo o que acontecia. Induziu ela e se juntaram para dar o golpe no marido. Muito esperto.


- Mas eu não acho que ela seja tão inocente assim nessa história não. Parece que não vê a hora de sumir do mapa com o amante.


- Se depender de mim eles não irão tão longe.


- William... Tem mais uma coisa. – disse receosa.


- Sim?


- Semana passada eu estava saindo do trabalho quando vi um carro parando um pouco à frente daqui. Vi a Susan, a secretária da Anahi descer e sair rapidamente como se estivesse se escondendo de algo ou de alguém. Fiquei observando pra tentar ver quem era e tomei um susto quando o carro passou por mim. Era o Marco.


- O Marco? Você acha que ela pode estar ajudando ele com isso?


- Eu não sei, a Susan sempre me pareceu uma mulher de confiança, de bom caráter. Mas depois eu comecei a pensar em tudo e encaixar algumas coisas. As fotos... As fotos que te falei, em que eu e a           Anahi aparecemos... Bem, eu acho que podem ter sido tiradas por ela.


- É possível. As pessoas podem enganar, Maite. Ninguém é totalmente confiável. A Susan pode ter vários motivos para querer ajudar o Marco. Talvez ela tenha um caso com o Marco. Ou talvez tenha raiva da Anahi, ela trabalha diretamente com a senhorita Portila e você melhor do que ninguém sabe o quão difícil de lidar ela pode ser. São muitos detalhes que precisamos investigar.


- E nós iremos. Eu preciso resolver essa situação o mais rápido possível, William. Por ela!


- Nós iremos resolver tudo isso, Maite. Nós dois temos motivos de sobra para defendê-la e zelar por ela.


- Então como vamos fazer isso? Por onde começamos?


- Você fique tranquila, deixe o serviço pesado comigo. O mais importante já fez que foi tomar essa iniciativa. Agora eu preciso investigar tudo isso que você me disse.


- Mas eu não posso ficar parada esperando que tudo se resolva, William!


- Olha, eu tenho experiência com esse tipo de assunto. E você não vai ficar parada. Vamos combinar assim, eu cuido da parte operacional e você cuida da parte tática. Todas as informações que obtiver repasse pra mim e eu farei o mesmo com você. Qualquer nova ameaça, mensagem, qualquer fato novo que surgir me comunique. Eu vou acertar tudo para que você fique em segurança e darei um jeito de te deixar ciente. A partir de agora temos que ser cautelosos em todas as situações. O Marco não pode nem desconfiar que estamos juntos nessa. Ele já deixou avisos e vai cumprir o que prometeu.


- Tudo bem. – suspirou pesado – Está certo. E por onde vamos começar?


- Vamos começar pelo fio mais frágil dessa teia. A Susan.


 


 


 


 meus amores agora so segunda feira ok 


beijos otimo final de semana


cade os leitores aiiiii



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Autor(a): naiara_

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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  - Por que será que a tia Maite não veio? – Emma perguntava para a pequena ao seu lado. - Eu não sei. Era pra ela vir? – Abby perguntou confusa. - A tia Any disse que ia chamar ela sempre no dia das mocinhas. Naquela manhã de sábado Anahi havia levado as crianças para passar o dia em sua casa. Mandou que prepara ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 147



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  • maite_portilla Postado em 07/07/2017 - 20:37:12

    Cade?? Continua por favor, eu amo essa historia <3

  • ccamposm Postado em 09/02/2017 - 13:39:20

    Cadeeeee

  • Furacao Maite Postado em 01/02/2017 - 23:12:37

    nossaaaaaaaaaaolha quem voltoooou

  • ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:32:17

    Terminar? :(

  • ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:31:56

    MEU DEUS ALELUIA

  • Kah Postado em 06/01/2017 - 22:20:42

    Mulher, já estava chorosa por ter um historia tão linda sem final haha

  • Valéria_Traumadinha Postado em 06/01/2017 - 20:06:39

    Terminar? Que papo é esse???

  • Postado em 05/01/2017 - 20:57:56

    Voltoooou! Que bom posta muito rsrs

  • ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:27:11

    saudades de ler as páginas de uma das melhores fanfics do meu otp que eu já li na vida.. voltaaaaaaa

  • ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:26:16

    feliz 2017!!


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