Fanfic: amor repentino | Tema: portirroni
- Por que será que a tia Maite não veio? – Emma perguntava para a pequena ao seu lado.
- Eu não sei. Era pra ela vir? – Abby perguntou confusa.
- A tia Any disse que ia chamar ela sempre no dia das mocinhas.
Naquela manhã de sábado Anahi havia levado as crianças para passar o dia em sua casa. Mandou que preparassem tudo para receber as pequenas mocinhas, Abby e Emma. A loira adorava aquelas crianças e nada melhor do que um dia na companhia delas para distrair a mente.
- Meninas!
Anahi apareceu no jardim acompanhada de Ivone e Nice, que carregavam bandejas cheias de guloseimas para o lanche.
- Venham lanchar. – sorriu para as pequenas que correram em direção à mesa no jardim.
- Vem, Abby, senta aqui comigo. – puxou o braço da mais velha para que ela se sentasse ao seu lado.
- Vejo que vocês já se tornaram amigas. – a loira disse sentando-se junto à elas.
- A Abby é minha amiga, tia. Ela é muito legal.
- Sim, a Emma é minha nova melhor amiga agora. – a outra respondeu sorridente.
- Isso é bom! – sorriu admirando a interação das duas – Agora comam o lanche.
- Crianças... – Ivone sorriu observando a cena – Se conhecem num dia e já se tornam melhores amigas da vida inteira.
Anahi sorriu abertamente assentindo enquanto mirava as pequenas.
- Tia, – Emma dizia com dificuldade terminando de engolir o bolo em sua boca – Por que a tia Maite não veio hoje?
Anahi a encarou surpresa.
- Ah... A tia Maite não pôde vir hoje, Emma.
- Poxa, ela é tão legal.
- É mesmo. – Abby concordou – Ela me deu uma boneca que se parece com ela. É tão linda.
- Elas são namoradas. – Emma sussurrou para a outra ao seu lado.
- Namoradas? – Abby questionou surpresa – Namoradas de verdade? Que se beijam na boca e andam de mãos dadas?
- É. – Emma balançou a cabeça repetidamente confirmando.
- Eu pensei que meninas só podiam namorar com meninos. – Abby disse confusa.
Anahi observava as duas com um sorriso nos lábios. Pensou em interferir na conversa, mas preferiu deixar que elas se entendessem.
- Não, Abby. Qualquer pessoa que gosta da outra pode namorar. O que importa é o amor, não é tia Any?
- É, é sim, Emma. – sorriu encantada com a sabedoria da criança.
- Oh... – Abby parecia admirada com a informação – Legal. Então você gosta da tia Maite e ela gosta de você, tia Any?
- É quase isso, Abby. – disse sem jeito – Só que não é tão simples assim. Eu e a tia Maite não somos mais namoradas.
- Não? – Emma arregalou os olhos e deixou sua voz escapar mais alto do que gostaria – Por que não, tia?
- É que nós adultos somos complicados às vezes.
- Poxa vida. Tia Maite é tão legal.
- Ela é. – Anahi sorriu nostálgica – Mas agora terminem o lanche para nós brincarmos mais.
- Podemos ir na piscina? – Abby perguntou animada tentando limpar o canto da boca borrado com a cobertura do bolo.
- Sim, mas mais tarde. Agora o sol está muito forte.
- Eba! – Emma comemorou – Você sabe nadar, Abby? – tomou um gole de suco encarando a menina.
- Não. Eu não posso me cansar muito porque meu coração é fraquinho.
- Então você tem que comer a sua comida toda pra ficar forte. A minha babá Jenny que disse.
O dia seguiu animado.Anahi se divertiu com as crianças. Tê-las por perto a fazia bem, além de distraí-la, já que sua mente não parava de vagar nos seus problemas, tanto os sentimentais quanto os profissionais.
- William, você acha que a Abby pode ir pra piscina com a Emma? – a loira perguntou ao motorista que tomava um café na cozinha da casa.
- Eu não sei, senhorita. A Abby já se esforçou demais por hoje. Brincou bastante com a Emma. Acho que não seria bom pra ela, a senhora sabe.
- Sim, eu sei. – suspirou desanimada – Vou sugerir outra coisa para elas se distraírem então.
- Eu acho melhor.
- Ainda não conseguiram o transplante, William? – Nice perguntou enquanto preparava o lanche da tarde.
- Ainda não. Ela está na fila de espera e tem que aguardar até chegar a vez dela. A não ser que o caso se agrave. Casos urgentes de vida ou morte podem passar na frente, mas isso não é garantia de que ela conseguirá um transplante a tempo. – suspirou frustrado.
- Ela vai conseguir, William. Não perca as esperanças.
- Abby! Abby! – a voz fina dos gritos de Emma foi ouvida vinda do jardim – Acorda, Abby!
William deu um salto em direção a porta da cozinha e Anahi o seguiu logo atrás. Alcançaram o jardim e encontraram Abby caída ao chão, desmaiada nos braços de Emma.
- Abby! – William agarrou a filha nos braços – Abby, acorda, filha!
- Emma, o que aconteceu? – Anahi perguntou afobada.
- A gente tava brincando de correr aí ela caiu no chão e não acordou mais. – a pequena disse chorosa.
- William, pegue o carro. Vamos levá-la para o hospital.
- Ela está sem pulso. – o homem disse desesperado. As lágrimas já escorriam pelo seu rosto – A Diana, eu preciso avisar a minha esposa.
- William, você precisa se acalmar agora pra salvar sua filha! – Anahi abaixou ao seu lado e o encarou – Eu vou buscar a sua esposa e a levo até o hospital. Mas agora você precisa ir e salvar a Abby.
- A minha filha... – o homem não conseguia parar de chorar com a filha nos braços.
- William! – Anahi disse firme – Presta atenção! Você precisa ir agora. Se acalma e leva ela.
- Está bem, está bem. – respirou fundo e saiu às pressas com a criança nos braços.
- Tia, ela vai ficar bem? – Emma perguntou assustada.
- Ela vai, meu amor. Vai sim.
- Onde está minha filha? – Diana chegou ao hospital apressada e desesperada, encontrando William de cabeça baixa no sofá da sala de espera.
O homem levantou assim que a viu e correu para abraçá-la. Anahi chegou logo atrás com o pequeno Junior no colo. Seu semblante abatido denunciava seu choro recente.
- Cadê ela, Will? Eu preciso ver ela! – a mulher disse baixo num tom desesperado.
- Calma, amor. Calma. – sussurrou a soltando do abraço e a encarando com os olhos marejados – Ela está na UTI em observação. Os médicos estão cuidando dela.
- Eu quero a minha filha. Eu preciso ficar do lado dela, William. Eu preciso estar lá segurando a mãozinha dela pra ela saber que eu estou lá cuidando dela.
- A gente não pode ficar lá, Di. Calma, ela vai ficar bem.
- Família de Abby Christine Robinson?
Um Doutor apareceu na sala de espera com uma prancheta em mãos e uma feição não muito agradável no rosto.
- Aqui. – o casal se aproximou – Somos nós. – William disse.
- Bem, o quadro da Abby não é muito bom. Ela está nessa situação há bastante tempo e um transplante já deveria ter sido feito.
- Disso nós sabemos, Doutor. Eu quero saber como a minha filha está! – Diana se exaltou – Eu quero ver ela!
- Calma, Diana. – William segurou seu braço com força.
- O coração da Abby é muito frágil e conforme o tempo passa mais frágil ele fica. A cada crise fica mais difícil regular o seu funcionamento cardiovascular e a urgência de um transplante se intensifica. A Abby chegou aqui num estado grave, sofreu duas paradas cardíacas.
Diana não conseguiu mais se conter e desabou nos braços de William. O homem tentava se manter forte, mas o desespero começava a tomar conta de si. As lágrimas escorriam involuntariamente de seus olhos.
- O estado dela continua grave. A Abby precisa de um transplante urgente. Não há mais como controlar as crises. A situação dela chegou ao limite e a única solução agora seria um transplante.
Anahi observava toda a conversa do sofá enquanto tentava distrair o Junior em seu colo. Sua preocupação aumentava a cada expressão de desespero e tristeza dos pais de Abby.
- Mas como vamos fazer isso, Doutor? Ela está na fila de espera há anos e ainda não conseguiu! – William perguntou com a voz embargada.
- Nesses casos de emergência o paciente tem o direito de prioridade para receber um órgão. No caso dela, por se tratar de uma criança nesse estado de gravidade é mais fácil conseguir.
- Ótimo, então faça. Se existe essa possibilidade, por favor, não meça esforços. Eu faço o que for preciso. - o homem disse com a voz firme.
- O problema é que não é tão simples assim. Nós verificamos os hospitais do estado procurando disponibilidade de compatibilidade com a Abby para que ela possa receber um coração, mas não encontramos. Nós já colocamos o nome dela na lista prioritária de todo o país e agora só nos resta aguardar e torcer para que encontremos um doador o mais rápido possível.
Diana não conseguia parar de chorar ainda nos braços do seu marido. William tentava assimilar todas aquelas informações, tentando se manter firme para apoiar a esposa, por mais difícil que estivesse sendo aquele momento.
- Quanto... – William respirou fundo tentando controlar o choro – Quanto tempo Doutor? Quanto tempo o senhor acha que ela tem?
- Não podemos dizer exatamente quanto tempo. Isso é algo que está fora dos limites médico e científico. A questão é que a situação da Abby é muito delicada e quanto mais tempo passar mais difícil será para resolver.
As horas seguiam e a cada médico que passava por ali a aflição aumentava em seus corações. Diana e William estavam abraçados um ao outro no sofá da sala de espera. Anahi ainda segurava o pequeno no colo, que já dormia um sono pesado em seus braços. O silêncio ali só tornava o momento mais angustiante.
- Senhor e senhora Robinson? – o mesmo médico que os havia atendido retornou.
O casal se levantou rapidamente e Anahi observou atenta.
- Temos uma boa notícia. Nós encontramos um coração compatível com a Abby.
Um suspiro de alívio foi ouvido. Diana levou as mãos à boca tentando segurar a emoção enquanto William fitava o médico esperando por mais informações.
- Porém, a doação vem da cidade de Chicago, do Hospital Infantil Ann & Robert. Não há disponibilidade de transferir o órgão aqui para New York. A menina Abby precisa ser transferida para lá.
- Tudo bem, vamos transferi-la então. – William assentiu.
- Senhor Robinson, nós temos outro problema. No momento não dispomos de meio de transporte adequado e ágil o suficiente para transferir a sua filha para outro Estado. Ela precisa estar lá em no máximo 1h30min para que seja realizado o transplante. Vim informar aos senhores sobre essa possibilidade, mas precisam me dizer vocês têm algum meio de transportá-la até lá. Preciso que me digam agora para que eu confirme com o hospital o recebimento da doação para a Abby e para que eles a aguardem prontos para a operação. Caso contrário informarei a recusa. Eles repassarão o órgão para o próximo da lista de espera e teremos que esperar outra oportunidade.
- Outra oportunidade? Outra oportunidade? – William se exaltou – Nós não estamos falando de uma viagem de férias, estamos falando da vida da minha filha! O senhor vem aqui me dizer que encontrou uma forma de salvar a minha filha, mas não pode fazer nada além de perguntar se eu aceito ou não? Como é que você me pede uma coisa dessas?
- Senhor, eu estou lhe informando os fatos e essa é a situação. Infelizmente o hospital não tem como proceder de outra maneira. Cuidamos da sua filha até onde pudemos, agora o senhor precisa me dizer se quer levar a sua filha para que ela possa ser salva ou não.
- Você está brincando com a minha cara? – avançou em direção ao médico – Você realmente acha que eu posso dizer se quero ou não como se a vida da minha filha não estivesse dependendo disso?! – agarrou o homem pela gola de sua camisa. Seus olhos faiscavam raiva – Eu daria o meu coração para salvar a minha filha! O senhor quer mesmo que eu responda?!
- Senhor, acalme-se! – o médico tentava se manter calmo.
- Will! Solta ele! – Diana segurou o homem pelos ombros.
William o soltou sem delicadeza e deu as costas levando as mãos até a cabeça. Caminhava de um lado para o outro, o desespero lhe consumia.
Ao perceber a movimentação alterada Anahi deixou o menino dormindo no sofá e foi até o homem.
- William, o que houve?
- A minha filha. – dizia em meio ao choro – Eu não posso perder a minha filha.
- Calma, olha pra mim. O que o médico disse? – perguntou com o coração apertado, temendo a resposta.
- A Abby ela, ela precisa ser transferida, mas o hospital não pode fazer isso. Eu não sei o que fazer. Ela tem pouco mais de uma hora. Ela precisa... – não conseguiu terminar de dizer, se deixando cair no choro.
Anahi o segurou pelo braço e o encaminhou até o sofá. Foi até o bebedouro no canto da sala e buscou água para o homem que chorava feito criança com as mãos sobre o rosto.
- Tome, beba um pouco d’água. Precisa se acalmar. – o estendeu o copo e sentou-se ao seu lado.
- Obrigado. – tomou toda a água do copo e enxugou as lágrimas em seu rosto.
- Agora me conte o que houve.
- O médico disse que encontrou um coração compatível com a Abby. – dizia entre uma fungada e outra – Mas o órgão está em Chicago. Ela precisa ser transferida e o hospital não pode fazer isso. Ele veio perguntar se nós aceitaríamos ou não receber o órgão, e caso aceitássemos deveríamos nos dispor a transferi-la por conta própria. Caso não pudéssemos ele informaria a recusa ao hospital de lá.
- Mas como assim? Esse hospital não pode transferir a Abby? Por que não trazem o órgão de lá então?
- Eu não sei, ele diz que não há disponibilidade, eu não sei. Eu não tenho como fazer isso. A Abby precisaria estar em Chicago em pouco mais de 1 hora para poder ser operada, caso contrário continuaremos na espera.
- Senhor Robinson. – o médico aproximou-se – Eu preciso que assine aqui, por favor. – estendeu uma prancheta com alguns papéis.
- O que é isso? – levantou-se o encarando.
- É um Termo de Compromisso. A sua esposa se comprometeu a receber o órgão e a levar a filha de vocês a tempo para a cirurgia.
- Diana, por que fez isso? Sabe que não temos condições de levá-la em tão pouco tempo! – encarou a mulher.
- Eu vou dar um jeito! Eu não vou perder a minha filha, William!
- Você está louca, Diana! Nós não temos condições de levar a Abby daqui!
- Eu dou um jeito. – Anahi se pronunciou – William, não se preocupe. Assine o Termo e eu darei um jeito de levá-la.
- Senhora... – o homem a fitou sem jeito.
- Não discuta! Assine logo, o tempo está correndo. – o encarou séria – Doutor, posso conversar com o senhor um minuto?
A loira afastou-se com o médico enquanto o casal suspirava em alívio.
- Pronto. Está tudo certo. – Anahi retornou à sala de espera com um sorriso nos lábios – Se aprontem que daqui a 15 minutos o jatinho estará à espera.
- Eu nunca vou poder agradecer o suficiente à senhora, dona Anahi! – Diana segurou as mãos da loira e lhe sorriu com lágrimas nos olhos.
- Não precisa agradecer. Eu faria isso e muito mais pela Abby.
- Muito obrigado, Anahi. Eu serei eternamente grato à senhora. – William segurou sua mão em um aperto.
- Tudo bem, agora vão. – a loira sorriu com os olhos marejados – Eu cuidarei do Junior enquanto vocês estiverem com a Abby em Chicago. William, vou te acompanhar até a sua casa para pegar as coisas do pequeno e para que você pegue suas coisas e da sua família para a viagem. Diana, você fica aqui e cuida de tudo para a transferência da Abby. A ambulância as levará até a pista de onde o jatinho irá sair. E William, use o cartão que fica com você para cobrir quaisquer despesas enquanto estiverem lá. Não se preocupe com os gastos, quero que fiquem bem.
- Muito obrigada. Muito obrigada, Anahi! – Diana sorria emocionada.
***
Horas mais tarde Anahi repousava em sua casa. Havia recebido notícias de que tudo correra bem durante a transferência de Abby, que nesse momento já passava pela cirurgia.
Deixou Junior sob os cuidados de Ivone enquanto descansava em seu quarto. Não havia conseguido pregar os olhos, a preocupação com Abby não a permitia dormir, apesar do cansaço lhe abater.
Batidas foram ouvidas na porta e ela murmurou algo permitindo que entrassem.
- Com licença, senhorita Anahi. – Ivone adentrou o quarto.
- O Junior já dormiu? – fechou o livro em suas mãos e encarou a mulher à sua frente.
- Sim. Se alimentou e dormiu com um pouco de dificuldade. Está estranhando um pouco a casa, mas o cansaço o venceu.
- Que bom que sim. – assentiu aliviada.
- Mas eu vim aqui por outro motivo. Tem uma visita esperando pela senhorita lá na sala. Eu espero não ter feito mal em deixá-la entrar.
- Visita a essa hora? Quem?
- A senhorita Perroni.
- A Maite?
- Sim, senhora.
- Avise à ela que eu já vou descer. – disse séria.
- Pois não. – Ivone assentiu e logo saiu do quarto.
Anahi ajeitou seu roupão de seda em um tom escuro da cor vinho e passou as mãos pelos cabelos. Hesitou por um momento ao se lembrar que estava completamente nua por baixo daquele tecido sedoso que a cobria, mas por fim deu de ombros e saiu de seu quarto. Desceu as escadas lentamente, evitando qualquer barulho para que pudesse observar a morena no sofá de sua sala. Sentiu o conhecido perfume invadir suas narinas e respirou fundo antes de sinalizar que estava ali.
- À quê devo a visita? – se aproximou devagar.
Maite se assustou e encarou a mulher à frente. Levantou-se rapidamente e soltou um suspiro, como se pensasse no que dizer. Se sentia frustrada por nunca conseguir evitar aquela tensão entre elas. Qualquer que fosse a situação ela nunca se sentia confortável o suficiente diante daquela mulher. Mesmo depois de tanto tempo e de tudo que já havia acontecido entre elas.
- Oi. – sorriu sem graça – Me desculpe ter vindo a essa hora e sem avisar.
- Não se preocupe. Sobre visitas inesperadas eu entendo bem. – não deixou que o sorriso em seus lábios escapasse.
- É... – pigarreou dispersando seus pensamentos – Bem, eu soube da filha do William, soube o que aconteceu. Vim para saber se tem notícias e... E saber como você está.
- Eu estou bem, obrigada. – disse sentando-se na poltrona do sofá ao lado e estendendo a mão para que Maite fizesse o mesmo – A Abby teve uma crise e chegou ao limite. Precisava de um transplante urgente, a situação era delicada. Mas deu tudo certo. Ela foi transferida para Chicago e está passando pela cirurgia agora.
- Eu fico aliviada em saber. O William é um homem tão bom, não merece passar por um sofrimento desses. Muito menos a Abby que é só uma criança.
- Infelizmente para as coisas ruins da vida o fator decisivo não é o merecimento. Simplesmente acontece assim para quem merece sofrer ou não.
- É verdade.
- E você, como vai?
- Bem.
- Pensei que ainda estaria brava comigo por conta da sua blusa. Posso lhe dar outra para compensar aquela se quiser.
- Não é necessário. – a fitou – Não me custará mandar colocar botões novos nela.
- Pensei que a guardaria de lembrança. – sorriu irônica.
- Eu não preciso da blusa para lembrar o que você me fez naquele dia.
- Fala como se eu tivesse feito algum mal à você.
- Aquilo foi quase um abuso sexual. Sua sorte foi que eu não dei queixa de você.
Anahi não conteve o riso.
- Vou guardar meus pensamentos pra mim. Não seria apropriado dizer o que se passa em minha mente agora.
- E eu realmente não gostaria de saber.
- Aceita algo para beber? Um vinho talvez? – a fitou com malícia no olhar.
- Não, obrigada. – corou ao se lembrar da última vez que haviam tomado vinho nessa casa.
- Eu acho que já vou indo. Só vim para saber como você estava. E vejo que está muito bem.
- Talvez não tão bem quanto pareço, mas bem.
Maite se levantou a observando fazer o mesmo.
- Obrigada por me receber. – disse se encaminhando para a porta.
- Sinta-se à vontade para vir quando quiser. – a seguiu.
- Foi um caso de emergência. Não acho que seria conveniente lhe fazer visitas amigáveis.
- Não seja por isso, venha como minha amante então. – sorriu debochada vendo Maite se virar para encará-la.
- Se você acha que vai me ter assim sempre que quiser está enganada, Anahi. Me respeite porque eu não sou sua puta!
- Mas você fixou nesse negócio de puta e não esquece mais. – sorriu com ironia e se aproximou até prensá-la contra a porta logo atrás – Eu não quero que você seja só a minha puta Maite. – colou seus corpos aproximando seu rosto do dela ao ponto de sentir sua respiração – Eu quero que você seja a minha mulher. Minha amante, minha amiga, namorada e o que mais quiser ser pra mim.
Anahi roçava seus lábios nos de Maite que tentava se concentrar para não perder o controle.
- Eu não quero ser nada sua, Anahi. – fechou os olhos tentando acreditar no que disse.
- Está bem. – se afastou – Eu não posso obrigar você a querer.
Droga! – a morena suspirou com o pensamento – Me obrigue. Me obrigue como fez naquele dia no meu escritório!
- É, você não pode. – disse por fim.
As duas travavam uma batalha de olhares quando ouviram batidas na porta.
- Polícia! Abram a porta!
Anahi encarou a morena confusa que logo deu passagem para que ela abrisse.
- Pois não? – fitou um homem de terno parado em sua porta e logo atrás dois de seus seguranças.
- Sou o Detetive Collins, Edgar Collins, Polícia de New York. – estendeu a sua identificação – A senhorita Anahi Portila, por favor?
- Sou eu mesma. Entre, por favor. – deu passagem ao homem.
- Obrigado. – assentiu e adentrou a casa.
- Aconteceu alguma coisa? – a loira perguntou confusa.
- Eu estou à frente da investigação de um caso de assassinato ocorrido ontem à noite e tenho fatos que ligam a senhorita à vítima.
- Eu não estou entendendo. Que vítima?
- A senhorita Dulce Maria Salvinon. Mais conhecida como DJ Dul.
Só para nao deixar voces na mão hahaha
beijos amores ? e ai estão gostando leitores anonimos??
Autor(a): naiara_
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Amores hj Nao vou conseguir postar sem pc estoubapenas no celular. Mais amanha compenso vc s Bjao
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 147
Para comentar, você deve estar logado no site.
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maite_portilla Postado em 07/07/2017 - 20:37:12
Cade?? Continua por favor, eu amo essa historia <3
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ccamposm Postado em 09/02/2017 - 13:39:20
Cadeeeee
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Furacao Maite Postado em 01/02/2017 - 23:12:37
nossaaaaaaaaaaolha quem voltoooou
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ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:32:17
Terminar? :(
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ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:31:56
MEU DEUS ALELUIA
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Kah Postado em 06/01/2017 - 22:20:42
Mulher, já estava chorosa por ter um historia tão linda sem final haha
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Valéria_Traumadinha Postado em 06/01/2017 - 20:06:39
Terminar? Que papo é esse???
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Postado em 05/01/2017 - 20:57:56
Voltoooou! Que bom posta muito rsrs
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ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:27:11
saudades de ler as páginas de uma das melhores fanfics do meu otp que eu já li na vida.. voltaaaaaaa
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ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:26:16
feliz 2017!!