Fanfic: amor repentino | Tema: portirroni
- Eu acho que me apaixonei por você desde a primeira vez que eu te vi. – Anahi dizia para Maite.
Estavam abraçadas, deitadas sobre a toalha na areia ao lado da fogueira, envoltas pelo cobertor enquanto observavam a lua avançar pelo céu e as estrelas cintilarem ao seu redor. A brisa que vinha do mar soprava levemente fazendo com que as chamas se balançassem e a brasa faiscasse no ar.
- Desde a primeira vez? – Maite perguntou com um sorriso.
- Sim. – a loira sorriu sem jeito – Quando você entrou na minha sala para aquela entrevista... – suspirou como se recordasse do momento – Eu me lembro que você foi a última daquele dia. Eu já havia entrevistado várias outras candidatas para ocuparem o cargo de minha assistente e ainda não havia encontrado alguém que me agradasse completamente. E assim que você entrou por aquela porta eu agradeci por não ter escolhido nenhuma outra antes. Você me parecia tão tensa, mas muito segura de si. Eu confesso que mal consegui prestar atenção no que você dizia. Eu estava encantada demais admirando cada traço do seu rosto. Cada detalhe delicado que compõe essa mulher encantadora que você é.
Maite suspirou e sorriu sem jeito.
- Então quer dizer que você me contratou só porque me achou bonita, foi isso? – questionou fingindo indignação.
- Não! Quer dizer, também. – sorriu maliciosa – Eu já tinha analisado o seu currículo e havia gostado das suas especificações, mas não sei, eu senti que era você. Mesmo antes de você me dizer o seu nome eu senti. Eu sabia que seria você, por algum motivo algo me dizia que eu tinha encontrado quem eu precisava. E eu estava certa. Você foi a melhor escolha que eu já fiz em toda minha vida.
- Você é sempre tão perfeita assim ou está querendo me impressionar?
- Eu só deixo transparecer o que você causa em mim. – sorriu acariciando o ombro de Maite – Na verdade você me deixa feito uma boba apaixonada, é isso.
- Você já me fez mais feliz do que eu imaginei ser um dia, Any. Obrigada por me escolher.
- Eu escolheria você sempre. Sempre que for preciso, Mai, a minha escolha sempre vai ser você.
- Eu te amo! – disse levantando a cabeça para olhá-la nos olhos – Eu te amo tanto!
- Eu também te amo. Eu te amo muito! Mais do que eu imaginei que pudesse amar alguém um dia.
Maite tinha um sorriso nos lábios que mal cabia em seu rosto. Seus olhos brilhavam enquanto ela fazia um carinho pelo rosto de Any, traçando com seus dedos o contorno do seu rosto. Analisando cada detalhe daquela mulher que preenchia o seu coração a ponto de querer explodir de felicidade.
- Eu te amo, Anahi Portila. – sussurrou contra os lábios da loira e os beijou num selinho rápido entre as palavras que dizia – Eu te amo! Te amo agora e quero te amar para sempre. – Maite dava repetidos beijos pela extensão do rosto e pescoço de Anahi enquanto repetia sem parar, arrancando largos sorrisos da loira – E sempre. E sempre. E sempre...
Anahi a segurou pela nuca e a olhou nos olhos.
- Sempre! – sussurrou para logo selar seus lábios nos dela.
Trocavam um beijo calmo e intenso que ia se aprofundando cada vez que suas línguas se tocavam.
Maite se posicionou sobre Anahi fazendo com que a tensão entre elas aumentasse gradativamente. Elas se agarravam com intensidade, com necessidade uma da outra. O desejo se evidenciando a cada toque.
Anahi apertava Miate contra si, arranhando suas pernas descobertas pelo vestido simples que a morena usava. Maite sentiu um espasmo lhe atingir quando as mãos de Anahi percorreram suas pernas alcançando sua bunda e cravando as unhas ali.
Um gemido escapou de sua boca atingindo em cheio o ouvido da loira.
- A-any... – sussurrou e meio aos suspiros.
- Hum? – ela respondeu sem deixar de morder o pescoço da morena.
- Eu acho... – dizia com dificuldade – Acho melhor a gente entrar.
- Não... ta tão bom aqui.
- Mas... Alguém... Ah... – gemeu novamente sentindo Any descer sua boca até um de seus seios cobertos pelo fino tecido do vestido e o morder – Pode aparecer alguém!
- Não vai aparecer ninguém, amor. – tentou tranquilizá-la – A praia ta deserta. – começou a distribuir beijos pelo colo exposto pelo decote de Mai – Só eu, você, a lua e as estrelas. – sorriu da risada que a morena soltou.
- Eu quero ser sua, Any. Eu quero ser sua hoje e em todos os dias da minha vida. – sussurrou contra os lábios da loira para logo atacá-los em um beijo cheio de desejo.
Any levou uma das mãos até a nuca de Maite e apertou seus dedos contra os cabelos da morena a fazendo arfar entre o beijo. Desceu a outra mão pelo tronco de Mai alcançando seu seio e o apertando com leve força para logo avançar pelo seu corpo. Maite já se movia sobre Any buscando mais atrito contra ela. A loira continuou escorregando sua mão, percorrendo a cintura da outra, sentindo seu corpo arder em desejo. Logo alcançou a calcinha de Maite e pôde sentir o quão entregue ela já estava. Deixou que seus dedos deslizassem ainda por cima do pano, fazendo a morena gemer com o contato e se mover mais intensamente sobre ela.
Maite apoiou suas mãos dos lados da cabeça de Anahi, ajeitando suas pernas e sentando sobre o quadril da loira para se mover com mais facilidade. Nesse momento Anahi entendeu o recado e levou seus dedos por dentro da calcinha da morena, atingindo seu sexo completamente molhado pela excitação. Maite se movia de acordo com os movimentos da mão habilidosa da mulher embaixo dela.
- Vai... – disse num sussurro.
Any prontamente obedeceu e deslizou dois de seus dedos, a penetrando lentamente.
Maite parou por alguns segundos sentindo os dedos da loira a invadirem. Arqueou sua cabeça para trás e mordeu os lábios aproveitando daquela sensação.
Any se deliciava com a visão, já sentindo seu sexo pulsar sob o seu short. Começou a fazer lentamente movimentos de vai e vem com seus dedos dentro de Mai e com outro dedo massageava o clitóris da morena.
Maite rebolava calmamente, seguindo o ritmo de Any, se deixando enlouquecer pelo intensidade daquelas sensações.
- Mais forte... – a morena suplicou num suspiro sôfrego.
- Assim? – a loira atendeu aumentando o ritmo dos seus movimentos.
- Isso... – soltou num gemido – Assim, amor! Assim...
Maite se movia sobre Anahi cada vez mais intensamente, sentindo seu corpo dar sinais de que não demoraria para chegar ao ápice. E logo sentiu seu líquido escorrer pelas suas pernas, seu corpo convulsionando enquanto ela gemia sem pudor, fazendo Any sorrir de satisfação.
- Isso foi... – disse deixando seu corpo cair sobre o da loira.
- Intenso. – Anahi completou.
Passaram mais alguns minutos ali enquanto Maite se recuperava e em seguida deixara o local apressadamente com um destino certo.
Adentraram o quarto de Any aos beijos, se agarrando como se há muito não fizessem aquilo. Como se a saudade não coubesse dentro delas. E realmente não cabia.
Ao se aproximarem da cama, Maite empurrou a loira sobre o colchão e a fitou, admirando o corpo abaixo de si. Abaixou-se em sua direção e começou a despi-la vagarosamente, puxando seu short e em seguida passando sua blusa pelos seus braços, a jogando em um canto qualquer do quarto. Any a encarou confusa quando a viu se afastar e a observar dos pés a cabeça sobre a cama.
- O que foi? – perguntou com um sorriso bobo nos lábios.
- Eu acho que tive uma ideia. – Maite a fitou maliciosa.
- Que ideia?
- Eu já volto. – ela disse e saiu do quarto apressada.
Anahi observou a porta entreaberta sem entender e depois de alguns minutos viu uma Maite sorridente entrar com algo nas mãos.
- O que é isso? – perguntou curiosa.
- Nada. – ela respondeu prontamente – Eu só quero fazer uma brincadeira com você. – disse colocando algo que parecia um pequeno balde de alumínio no criado mudo ao lado da cama.
- Ah, é? – a loira a fitou desconfiada – Que brincadeirinha?
- Você vai ver já, já... – disse se afastando e buscando a blusa de Anahi no chão – Ou melhor, ver não, vai sentir...
- O que é que você está aprontando, hein? – perguntou com um sorriso curioso.
Maite subiu na cama e sentou sobre a loira.
- Eu vou te vendar. – disse calma enquanto levava a blusa de Anahi até o seu rosto – E você vai me prometer que não vai me tocar e nem mover as suas mãos. Promete? – perguntou enquanto amarrava o tecido sobre os olhos da outra.
- Eu não sei o que você vai fazer comigo, não posso prometer.
- Bom, cada vez que você mexer essas suas mãozinhas eu vou te torturar mais. Quanto mais você me desobedecer, mais eu vou demorar pra te dar o que você quer.
Any mordeu os lábios e sorriu surpresa.
- Nossa... O que você andou aprontando nesse meio tempo, hein?
- Digamos que eu aprendi algumas coisinhas... Vídeo aulas, para ser mais precisa.
- Hum... Interessante.
- Agora fica quietinha aí.
Maite terminou de despir Anahi calmamente, deixando-a completamente nua. Em seguida saiu da cama e retirou seu vestido, permanecendo apenas com sua calcinha.
Anahi sentia seu corpo tenso e ansioso esperando pelo que poderia acontecer. Sentiu Maite sentar sobre ela novamente e se aproximar para logo em seguida gemer ao sentir algo gelado escorregar pelo seu pescoço. Seu corpo se arrepiou instantaneamente sentindo Maite escorregar o cubo de gelo em sua boca por toda a região.
- Nossa... – suspirou.
Maite deixou um sorriso escapar e continuou descendo pelo corpo de Any. Alcançou seus seios e os envolveu em sua boca junto do cubo de gelo, arrancando gemidos da loira que se contorcia abaixo de si. Foi até o outro seio e fez o mesmo, deixando o gelo derreter sob o calor de seus corpos.
Quando o restante do gelo se desfez ela rapidamente buscou outro no pequeno balde e dessa vez foi diretamente para a barriga de Anahi. Deslizou o gelo em sua boca pelas curvas da loira que sentia espasmos lhe invadirem enquanto Maite lhe torturava.
A morena desceu pelo umbigo de Any, escorregando seus lábios gelados até o ponto mais sensível da loira. Segurou a pequena pedra gelada entre os dentes e começou a deslizar em movimentos subindo e descendo sobre o sexo mais que molhado da mulher ali.
- Mai... Mai... – Any gemia e se contorcia, levando suas mãos em direção à morena e parando antes de alcançá-la, com medo que ela parasse.
Maite começou a chupá-la junto com o restinho do gelo que estava em sua boca. Any grudou seus dedos nos lençóis sentindo a língua quente em contraste com a boca gelada lhe sugarem a fazendo delirar.
- Isso, amor... – disse entre gemidos – Mais... Assim, vai...
Any movia seu quadril conforme os movimentos da língua de Mai, aumentando a velocidade a cada investida da morena. Não demorou para que ela se desfizesse na boca da mulher sobre ela, se deixando esvair intensamente sobre os lençóis de sua cama.
Maite sorriu realizada ao ver Anahi respirar fundo, buscando se recuperar da intensidade com que seu corpo chegou ao clímax. Subiu novamente até a loira para analisar seu rosto ainda coberto pela blusa que logo tratou de tirar para ver seus olhos brilhando e um largo sorriso tomar conta dos seus lábios.
- Nossa! Isso foi...
- Intenso? – Maite perguntou lhe devolvendo o sorriso.
- Gostoso!
- Você que é gostosa. – disse tocando seus lábios num selinho.
- Eu diria que você é mais, mas faz tempo que não te sinto, preciso provar de novo pra ter certeza. – Anahi sorriu sugestiva.
- Então prova.
- Vou provar. – disse se virando e se posicionando em cima da morena– Mas eu gostei dessa brincadeira, também quero brincar. – pegou um cubo de gelo e levou a boca para logo avançar sobre o corpo de Maite.
***
Durante aqueles dias que passaram ali elas se esqueceram de tudo e de todos. Se isolaram como se no mundo só existissem as duas. Como se o seu mundo fosse uma à outra. Como se não precisassem de nada mais para serem felizes. E não precisavam mesmo.
No domingo, ao fim do dia, elas esperavam na sala a chegada de William, que estava a caminho para buscá-las. Assim que o sol se pôs elas ouviram a campainha e o homem de terno as aguardando pontualmente a postos.
- Boa noite, Srta. – William disse assim que Any abriu a porta.
- William! – ela o analisou com um sorriso agradecido no rosto.
Num ato inesperado o homem sentiu a loira o envolver em seus braços e o apertar num abraço carinhoso.
- Obrigada. – ela disse contra o seu peito – Obrigada por tudo, William. Eu não tenho palavras para te agradecer por tudo que esteve fazendo por mim todo esse tempo.
William permanecia sem reação, ainda surpreso com a atitude de Any.
- Não... Não precisa agradecer, Srta. – ele disse sem jeito assim que ela se afastou – Eu faria isso e muito mais pela senhora. Por tudo que já fez por mim e pela minha família.
- A Maite me contou tudo o que vocês fizeram. – ela disse o encaminhando para dentro da casa – Eu não poderia imaginar que houvessem pessoas tão maravilhosas na minha vida.
- Isso é um reflexo do que a Srta. é. O bem atrai o bem.
- Isso é verdade. – Maite concordou a abraçando de lado.
- Eu não sei o que seria de tudo isso sem vocês. Muito obrigada, obrigada mesmo. – ela disse sentindo seus olhos umedecerem.
- Bom, nós temos as cartas na mão, mas ainda não vencemos o jogo. – William interrompeu o momento – Precisamos estar preparados para tudo amanhã.
- Você ficou de olho na Susan? – Maite perguntou preocupada.
- Sim. Aparentemente está tudo de acordo. Ela não se encontrou com o Marco e nem teve atitudes suspeitas durante esses dias. Eu confirmei tudo com ela antes de vir buscar vocês e o plano está de pé.
- Mas que plano é esse? O que exatamente iremos fazer? – Anahi questionou.
- Bem, na verdade nós não sabemos. – William disse com certo receio – A Susan disse que você só precisa estar presente na empresa amanhã no primeiro horário. Segundo ela, o Marco convocará uma reunião com o Conselho e os principais acionistas, mas ela não revelou o motivo.
- Eu sei o que ele quer. – Anahi disse raivosa – Ele quer tomar o meu lugar na Presidência da empresa.
- Mas a Susan não disse mais nada? O que temos que fazer, se precisamos nos preparar de alguma maneira? – Maite indagou.
- Não. Ela só alertou para que eu tomasse todas as precauções em relação à segurança da Anahi daqui em diante. No mais, o que sabemos é que você só precisa estar lá amanhã para essa reunião, o restante ficará por conta dela.
- Eu não sei não. – Anahi disse pensativa – Eu ainda não consigo confiar totalmente nesses planos da Susan.
- No momento é o que temos. Não temos outra opção a não ser confiar nela. – Maite pontuou.
- De fato. – William assentiu – Mas eu já me preparei para tomar as devidas providências caso ela não esteja sendo sincera.
- O que você tem em mente? – Maite perguntou curiosa.
- Bom, durante o tempo em que monitoramos a Susan, digamos que registramos momentos comprometedores dela com o Marco. Se for preciso, em último caso desceremos ao nível deles para jogarmos de igual para igual.
- Você...? – Anahi insinuou sem conseguir terminar a frase.
- Sim, eu tenho fotos de momentos “românticos” – fez aspas com os dedos – dela com o seu irmão.
- Mas isso é ótimo! – a loira gargalhou – Por um lado eu adoraria ver essas fotos espalhadas em toda a cidade. A bela imagem do senhor Marco Augustus Portilla manchada por uma traição com a secretária. Isso soa até meio clichê.
- Eu não sei não, Any. – Maite disse preocupada – Não podemos esquecer que eles ainda têm fotos nossas na mesma situação. Podem querer se vingar.
- Eu não me importo! – a loira disse com desdém – Que publiquem nossas fotos, tenho certeza que nosso momento juntas é muito mais interessante que o deles. Posso apostar que nossas fotos íntimas seriam um sucesso!
- Anahi! – Maite ralhou já sentindo seu rosto queimar de vergonha.
- E não é verdade?
Maite revirou os olhos e bufou desacreditada no que ouviu.
- Então... – William disse sem jeito – Acho melhor irmos agora.
- Sim, vamos sim. Amanhã eu tenho uma batalha pela frente e um posto a retomar. – Anahi disse por fim.
***
Na manhã seguinte, no primeiro horário, Anahi adentrava a empresa sob os olhares curiosos e até espantados de todos ali.
- Bom dia, Evan. – disse se aproximando da recepção.
- Srta. Anahi! – o rapaz lhe lançou um sorriso sincero – Que bom vê-la por aqui novamente. E vejo que está muito bem.
- Estou sim, obrigada. – ela o sorriu de volta – É bom revê-lo também.
A loira continuou seu caminho até a sua sala e por onde passava os olhares e cochichos não paravam.
- Lucy. – ela sorriu para a mulher na mesa em frente a sua sala – Bom dia!
- Srta. Anahi! – a moça quase saltou da cadeira num susto – Não pensei que fosse voltar por agora. – ela disse surpresa.
- Se dependesse do Marco eu não voltaria nunca mais. – sorriu irônica – Mas ao contrário do que ele andou espalhando por aí, eu não estou à beira da morte. Eu estou muito viva, como nunca estive antes!
- Eu fico feliz pela Srta. É muito bom tê-la de volta.
- A peste do meu irmão é tão ruim assim que te fez sentir saudades de mim? – disse num tom sarcástico.
- A Srta. é uma ótima pessoa, dona Anahi. E se me permite, não se compara ao seu irmão. O Senhor Marco é...
- Anahi? – uma conhecida voz grossa ecoou em seus ouvidos – O que faz aqui?
- Bom dia, meu querido irmão! – ela se virou com o sorriso mais cínico que tinha nos lábios – Sentiu saudades?
- Eu não tive nem tempo de sentir. – forçou um sorriso – Você já está bem o suficiente para estar aqui? Soube que o seu acidente foi grave. Não deveria estar de repouso?
- Como soube dessas informações? Não me lembro de ter ido me visitar uma vez sequer. Nem ligou para saber se eu já tinha sido enterrada ou se estava à beira da morte. Mas vejo que tirou suas próprias conclusões não é mesmo? Eu mal saí e você já correu para ocupar o meu lugar.
- A Presidência não poderia ficar vazia, minha querida. E na sua ausência eu tomo posse por direito, uma vez que não nomeou ninguém para a vice-presidência.
- Muito bem lembrado. Lucy, me lembre de fazer isso assim que eu retomar o meu cargo. – disse sem retirar os olhos do homem à sua frente – Preciso de alguém para me substituir na minha ausência, não é qualquer um que tem competência e dignidade para ocupar esse lugar.
- Bom, já que está aqui e tocou no assunto, receio que não será necessário tomar essa atitude, Anahi. Eu convoquei uma reunião com o Conselho agora. Acredito que você deve estar presente.
- Muito bem. – ela disse sem se dar por vencida – Vamos lá então, eu estou ansiosa para saber o que é que você tem para dizer.
- Bom dia, senhores. – Marco disse assim que todos se acomodaram na sala de reuniões – Eu gostaria de agradecer pela presença de todos aqui, em especial a minha querida irmã, Anahi. É bom tê-la de volta. Você chegou num momento oportuno.
A Loira o sorriu irônica e o deixou continuar.
- Bem, eu vou direto ao ponto para não tomar o tempo de vocês. Como todos sabem, eu sou o segundo maior acionista da Portila´s Corporation. Possuo 37% das ações, estando atrás apenas da Anahi, que possui 43% e sendo, portanto, a Presidente da empresa nomeada pelo nosso saudoso pai, senhor Michael Augustus Portila. Que Deus o tenha.
Anahi já sentia seu sangue ferver. Respirava fundo tentando controlar o ódio que a consumia, esperando um sinal de Susan que não havia aparecido ainda.
- Durante esse pouco tempo que ocupei a Presidência desta empresa – Marco continuou – pude perceber algumas falhas na gestão. Coisas que não poderiam estar acontecendo, coisas que parecem ser simples e sem importância agora, mas que à longo prazo poderão afetar a empresa de um modo geral. Sendo assim, eu tomei a liberdade de convocar os senhores do Conselho, bem como os principais acionistas, com o intuito de que mudemos essa situação. A minha irmã foi colocada no comando de tudo pelo nosso pai, mas eu confesso que nunca concordei com tal ato. A Anahi não tem a experiência necessária para gerir uma empresa desse porte e eu pude constatar isso analisando os mínimos detalhes. Detalhes que ficam escondidos, longe dos olhos do Conselho Nacional de Publicidade, por exemplo, que a premiou, mas avaliou pelas aparências e não sabe de fato como anda a real situação da empresa.
- Onde é que você quer chegar com isso, Marco? – Anahi perguntou impaciente – Cumpra com o que disse e seja realmente direto.
- Não seja apressada, minha irmã. – ele sorriu vitorioso – Eu preciso fazer uma introdução sobre tudo para que não se choquem com o que virá a seguir.
- Você já falou demais! Diga logo que palhaçada é essa? – a loira disse sem conseguir se conter.
- Como queira. – a fitou arrogante – Eu convoquei essa reunião para dizer que comprei mais 10% das ações da Portila´s Corporation dos meus queridos colegas aqui presentes.
- O que? – Anahi o encarou sem acreditar.
- A partir de agora eu sou o sócio majoritário e tenho privilégios sobre as decisões. Um deles inclusive é aceitar ou não que a empresa permaneça sob o seu comando.
- Você não pode estar falando sério! – Anahi riu sem humor tentando disfarçar sua indignação.
- Ah, eu estou falando muito sério, irmãzinha. Agora eu possuo 47% das ações desta empresa e sendo assim, diante de tudo o que constatei até aqui, afirmo que você não é a mais indicada para o cargo. Portanto, eu anuncio aqui o meu interesse em assumir a Presidência da Portila´s Corporation, com o aval, é claro, do nosso Conselho. Estão todos de acordo? – Marco perguntou analisando todos ali presentes.
Todos concordaram fazendo um largo sorriso surgir no rosto de Marco e uma fúria tomar conta de Anahi.
- Eu não aceito isso! – ela se levantou exasperada – A empresa não pode ficar nas mãos de um bandido feito você!
- Calma, minha querida, vamos manter a postura. – Marco disse tranquilo.
- Você comprou não só as ações, como todos aqui dentro também, não foi? Quanto você pagou a eles para permitirem um absurdo desses? – ela dizia raivosa.
- Não é um absurdo, Anahi. Eu apenas mostrei a eles o que havia de errado, as suas falhas na gestão foram suficientes para fazer com que eles vissem que eu sou o mais indicado para o cargo. Além do mais eu tenho a preferência de direito à Presidência agora que possuo a maior parte das ações.
- Não é possível que isso esteja acontecendo! – ela sussurrou a si mesma – Eu não vou aceitar que um mau caráter como você tome o lugar que era do meu pai!
- Você não tem que aceitar, Anahi. Já está decidido e você não pode fazer nada. A partir de agora eu sou o novo Presidente desta empresa.
- Eu acho que não. – Susan disse entrando na sala de repente.
Todos encararam a mulher que caminhava a passos lentos até a ponta da grande mesa de reuniões.
- Bom dia a todos e perdoem pelo atraso. – ela disse fitando Anahi e soltando uma leve piscadela para a loira – O trânsito hoje está um caos.
- O que faz aqui, Susan? – Marco perguntou receoso.
- Eu vim para participar da reunião. Acho que se esqueceram de convocar todos os acionistas, falha lamentável essa, senhor Marco. – ela disse se sentando na cadeira vaga ao lado de Anahi.
- Que brincadeira é essa, Susan? Pode me explicar o que exatamente faz aqui? – Marco dizia preocupado com o que a mulher pretendia.
- Bem, para quem não se lembra eu sou Susan Miller, ex secretária da Presidência e também acionista desta empresa.
- O que? – Marco sorria em nervosismo.
- Antes de continuarmos, eu sugiro que os outros dois senhores acionistas chequem suas contas bancárias. Poderão confirmar que o valor a ser pago pelas ações que venderam ao senhor Portila ainda não foi depositado. E isso vale para todos os outros aqui presentes que têm algo a receber do senhor Marco. – ela fitou todos ali com ironia no olhar.
Os homens se entreolharam confusos e encararam Marco que já estava vermelho de raiva e nervoso.
- O que é que você está fazendo, Susan? – Marco a questionou entre dentes.
- Eu estou aqui como representante legal do único outro acionista, e terceiro maior, diga-se de passagem. Aqui está a procuração que me dá o direito de responder por ele. – ela disse retirando alguns papéis da pasta em que tinha em mãos – Caso queiram confirmar o que eu digo. – distribuiu entre os presentes ali.
- Que palhaçada é essa? – Marco analisava o documento incrédulo.
- Como representante deste acionista eu estou aqui para repassar todos os 10% das ações que ele tem por direito para a Srta. Anahi Portila.
- Como é que é? – o irmão de Anahi a encarou com os olhos arregalados.
- É desejo do meu representado repassar as ações para a Srta. Anahi e a tornar, portanto, a maior acionista novamente, obtendo assim 53% de todas as ações da Portila´s Corporation.
- Isso é impossível! – Marco se levantou descontrolado.
Anahi observava tudo sem reação, tentando assimilar tudo o que acontecia ali.
- Não só é possível, como já está feito, meu querido Marco. – ela o sorriu irônica – Sendo assim, eu acredito que a Srta. Anahi Portila permanecerá na Presidência desta empresa, não é mesmo, senhores? ...
Autor(a): naiara_
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
- Eu não aceito isso! – Marco espalmou suas mãos sobre a mesa de reuniões – Eu exijo uma explicação, isso não tem cabimento! A ex-secretária da Presidência chega aqui fazendo exigências como se fosse uma sócia significativa e todos vocês irão concordar com isso? – ele disse exa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 147
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maite_portilla Postado em 07/07/2017 - 20:37:12
Cade?? Continua por favor, eu amo essa historia <3
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ccamposm Postado em 09/02/2017 - 13:39:20
Cadeeeee
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Furacao Maite Postado em 01/02/2017 - 23:12:37
nossaaaaaaaaaaolha quem voltoooou
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ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:32:17
Terminar? :(
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ccamposm Postado em 09/01/2017 - 21:31:56
MEU DEUS ALELUIA
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Kah Postado em 06/01/2017 - 22:20:42
Mulher, já estava chorosa por ter um historia tão linda sem final haha
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Valéria_Traumadinha Postado em 06/01/2017 - 20:06:39
Terminar? Que papo é esse???
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Postado em 05/01/2017 - 20:57:56
Voltoooou! Que bom posta muito rsrs
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ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:27:11
saudades de ler as páginas de uma das melhores fanfics do meu otp que eu já li na vida.. voltaaaaaaa
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ccamposm Postado em 01/01/2017 - 01:26:16
feliz 2017!!