Fanfic: Convite de Casamento - Adaptada AyA | Tema: AyA Ponny
Anahí estremeceu ao ouvir o carro se aproximando. Conhecia aquele som, um som que a fazia lembrar-se das inúmeras noites que em vão esperara que Doug aparecesse. Lembrou-se das desculpas pouco convincentes que o ex-namorado dava, e que fingia acreditar só para não perdê-lo. Jamais esqueceria a desilusão que sentiu ao descobrir que ele a traía com outras mulheres. E soube disso logo depois de ter certeza de que estava grávida.
Agora não queria mais ouvir as histórias de Doug. Seria uma conversa breve, mas, sem dúvida, Anahí iria sentir-se muito mais segura se conseguisse evitar a náusea e o tremor nas mãos. Controlando-se, abriu a porta assim que Doug alcançou a varanda.
— Olá, querida — cumprimentou ele, sorrindo.
— Olá.
Ele cruzou a soleira e parou. Tinha o porte de um modelo e parecia prestes a ser fotografado para um anúncio de revista. Usava camisa de linho branca, gravata vermelha de seda e trazia o cabelo ruivo impecavelmente penteado. Pela expressão, parecia satisfeito por estar ali.
— O que você quer? — indagou ela, gelada.
— Quanta frieza! — disse ele, erguendo a sobrancelha num ar de surpresa.
— Você deixou bem claro, na última vez que conversamos, que não queria envolvimentos comigo ou com o bebê. Não tenho motivos para acreditar que mudou de idéia. Portanto, o que quer comigo?
Doug pareceu consternado.
— Lamento ter dito aquilo, Annie...
— Não me chame assim!
— Como desejar. Só quero que saiba que estou arrependido. Precisa entender que fui pego de surpresa quando soube que iria ser pai e entrei em pânico.
— Você, em pânico? Não posso acreditar — Anahí balançou a cabeça, incrédula, diante do cinismo daquele homem. Doug era frio como um peixe e conseguia dizer aquela mentira sem sequer ficar vermelho.
— Acredite ou não, depois do choque inicial fiquei empolgado com a idéia — disse ele com o jeito afável e humilde que certa vez a encantara.
— Por acaso parou para pensar no que eu senti quando soube que iria ser mãe? Foi a hora em que mais precisei de você.
— E justamente para tentar consertar meus erros que estou aqui.
Anahí não sabia se ria ou se o esbofeteava.
— Demorou um pouco para vir, não acha? — disse, sem disfarçar a contrariedade. — Seis meses, Doug! Estou grávida de seis meses e durante todo esse tempo você nunca se preocupou comigo nem com o que poderia me acontecer. Passou por sua cabeça como essa situação mudaria minha vida, meu trabalho?
— E mudou?
— Pode apostar que sim. A partir do final do semestre estarei desempregada.
Se Anahí não o conhecesse, poderia jurar que ele demonstrava preocupação sincera.
— Então acertei em vir procurá-la.
— Por quê?
— Quero que se case comigo, e que nosso filho tenha um pai.
Anahí ficou boquiaberta. Esperava que ele fosse dizer qualquer coisa, menos isso. Devia fazer exatamente o que Poncho aconselhara: dar-lhe um chute. Mas, em vez disso, só conseguiu apertar as mãos tremulas, tentando disfarçar o nervosismo.
— Lamento, Doug, mas eu não o aceitaria como marido nem que você fosse o último homem na Terra.
Ele não demostrou nenhuma reação, e no rosto de traços perfeitos não havia indicação de que estivesse ofendido.
—Pense bem. Você acaba de me dizer que perderá o emprego. Como pretende se sustentar, e ao garoto?
Garotol Ele falava como se o bebê fosse algo impessoal, uma amolação qualquer! Anahí não o queria perto de seu filho, servindo-lhe de exemplo.
— Darei um jeito. Sozinha — declarou, decidida.
— Case-se comigo. Terei condições de cuidar de vocês dois. Minha carreira vai de vento em popa e estou acertando uma sociedade com um famoso escritório de advocacia.
— Ah, sei... — disse ela, estreitando os olhos ao fitá-lo.
O tempo e a distância fizeram-na entender que Doug não dava a mão a ninguém, a menos que pudesse tirar algum proveito. Ele jamais lhe dissera uma palavra de carinho e agora, sem mais nem menos, aparecia com aquela proposta absurda! Se ela não estivesse com tanta raiva, até que acharia engraçado. Considerando tratar-se de uma mulher grávida, ter recebido duas propostas, de casamento no mesmo dia deveria ser um recorde. A proposta de Poncho era tentadora, admitiu, mas a de Doug lhe causava náuseas.
O rapaz baixou os olhos por um instante, e depois voltou a encará-la.
— A empresa da qual quero me tornar sócio é muito tradicional, conservadora. Não hesitariam em aceitar um sócio jovem, bem casado e com um filhinho. Mas não quero que pense que estou preocupado apenas com o meu sucesso. Não foi por isso que a pedi em casamento.
— Claro que foi! — Anahí respirou fundo. — Agora quero que me escute, porque direi apenas uma vez que devia saber que um advogado que dorme com sua cliente não era confiável. Você não passa de um mentiroso, e eu seria uma idiota se mais uma vez me deixasse levar por suas palavras bonitas. Saiba que nada neste mundo me faria casar com você!
O brilho gelado nos olhos do ex-namorado a fez arrepiar-se.
— Então não tenho escolha. Terei de pedir a custódia de meu filho.
— O quê? — Anahí deu um passo na direção dele, o coração disparado. — Mas você nunca o quis! Até sugeriu que eu o abortasse! E mais: afirmou que se eu insistisse em ter o bebê, jamais o reconheceria como filho! E que eu não contasse com você para nada!
— Mudei de idéia, ora.
— Apenas por egoísmo!
Doug ergueu as sobrancelhas com cinismo.
— Naquela empresa, a única coisa que apreciariam mais num sócio, além dos laços familiares estáveis, seria uma boa causa. E se essa causa envolve uma criança, melhor ainda. Sabe que não me lembro de nenhum caso recente de algum pai que tenha requerido a custódia de um filho ainda por nascer? Isso com certeza iria gerar uma boa publicidade para os negócios.
— Você está blefando! Mas, se não estiver, não perca seu tempo. Nenhum juiz tiraria o filho da própria mãe.
— Se essa mãe for solteira e estiver desempregada, e o pai for um homem bem situado financeiramente, pode apostar que sim. Quer arriscar?
Anahí, apavorada, apenas desejava que aquele crápula fosse embora e a deixasse sozinha.
— Você é desprezível. Não sei como ainda lhe dou ouvidos. Por favor, saia daqui! — Apontou para a porta da frente e irritou-se ao ver a mão trêmula. Doug andou até a porta e voltou-se antes de sair. Seus olhos era cruéis quando disse:
— Pense no que lhe falei. Nossa união seria conveniente para nós dois e para o bebê. A alternativa seria... Bem, você sabe — ameaçou, encolhendo os ombros com descaso.
— Não se atreva a pensar em ficar com meu filho!
— Pense bem na minha proposta. Verá que não perderá nada se a aceitar.
— Saia da minha frente!
Assim que ele saiu, Anahí jogou-se sobre o sofá. "O que vou fazer?", perguntou a si mesma. Mas não obteve resposta.
Poncho voltou para casa logo após a reunião. Tudo correra bem. Vários pais concordaram em ajudar o programa de treinamento.
No entanto, ele não via a hora de voltar para casa. Já passava das dez e meia è, cada vez que tentava sair, um pai chegava para conversar. Esperava não ter dito nenhuma besteira, pois seu pensamento estava em Anahí e no encontro que teria com Doug. O homem era inescrupuloso e safado.
Ao se aproximar da casa, viu alguém caído na varanda. Era Anahí. Desesperado, estacionou o carro e saiu correndo. Num segundo estava ao lado da amiga.
Autor(a): Mabelle
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Algun_Dia_AyA: O Doug deveria levar uma lição bem grande do Poncho. Beijo logo, logo kk — O que houve? Ele a machucou? O que faz aqui fora? — Doug quer me tirar o bebê... — confessou ela, soluçando. — Ele o quê? — Ameaçou pedir a custódia do beb&ecir ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 16
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Algun_Dia_AyA Postado em 11/01/2016 - 13:56:56
Cadê Você????? :'(
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Belle_Doll Postado em 15/12/2015 - 21:58:52
AÊ! Vai ter casamento SIM, UHU!! Poncho é um príncipe, gente
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Algun_Dia_AyA Postado em 15/12/2015 - 21:32:47
AHHHH Simmmm *------------------* aceita!!! KKKKKKK continua <3
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Algun_Dia_AyA Postado em 14/12/2015 - 16:14:47
Não para ai!!! Doug podia morrer slá um trem o atropelar que não faria diferença! U.U eu me assustei quando ele fez o pedido pensei que ela ia aceitar! Ponchinho com ciúmes *----* continua <3 quando vai ter beso?
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mari_froes Postado em 12/12/2015 - 08:57:53
Quero só ver o que o Poncho vai fazer! Eles se amam e não se dão conta... pena o filho não ser de Poncho né?
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Algun_Dia_AyA Postado em 12/12/2015 - 01:13:10
Continua <3 De novo isso vai dar merda! Pela desculpa Senhorita Anahí, sim são os hormônios da gravidez ( ok eles podem estar ajudando mas isso não vem ao caso)... Ela não pode defender aquele babaca... Além de não querer o Poncho como marido vem e defende o Doug!! Afff! Bom nessa época acho que era assim as coisas com mulheres grávidas e solteiras... Já hoje e mais que normal!
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Algun_Dia_AyA Postado em 11/12/2015 - 21:17:54
Heueheuheue vai dar merda *---* aii se gostam nada se amam! U.U em que época a história é contada? Porque a Annie disse '' estamos começando o século vinte e um'' eenquanto eu não tem nada ,outra (Anahí) tem tudo e ainda recusa! Vai entender! :3 continua <3
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Algun_Dia_AyA Postado em 11/12/2015 - 02:59:21
O.o se ela não aceitar eu ACEITO!! KRAKRAKRAKRA siimmm é uma coisa simples *------* continua <3
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Belle_Doll Postado em 10/12/2015 - 21:39:21
SIM, CASE COM ELE! >> — E muito simples. Case-se comigo!
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Algun_Dia_AyA Postado em 10/12/2015 - 12:15:48
Podem ter uma amizade colorida U.U quero que a Any fique na casa com o Poncho e que se foda as fofocas,eu também queria que o pai do bebê fosse dele <3 continua