Fanfic: Convite de Casamento - Adaptada AyA | Tema: AyA Ponny

Decisão tomada, Anahí relaxou e sorriu para Susan.

—  Poncho fez um excelente trabalho, não acha?

—  Especialmente levando-se em conta a rapidez com que tudo aconteceu. Posso dizer uma coisa?

—  Claro...

—  Cliff me matará se souber que comentei com você, mas há boatos circulando sobre vocês dois. An­dam dizendo que Poncho é o pai do bebê, e sei que é mentira.

—  Disso eu já sabia. O que mais?

—  Andam dizendo também que ele se casou com você para ajudá-la a manter o emprego.

Anahí pegou um drinque para tentar disfarçar o corado do rosto.

—   Isso é um absurdo — disse.

—   Também acho. Mas, como tudo aconteceu exa­tamente após Liz McCutcheon ter entrado em ação, as pessoas estranharam. Mas sei que existe algo mais. É preciso ser cego, surdo e mudo para não perceber que Poncho a adora.

—   Espero que o casamento não estrague isso — murmurou Anahí em voz baixa.

—   O que disse?

—   Nada.

Ela desejava poder se abrir com Susan, confessar o verdadeiro motivo daquele casamento-relâmpago. Mas não podia. Havia feito um acordo com Poncho, de manter as aparências, por causa da ameaça de Doug. Se precisassem ir ao tribunal, não queriam que ninguém ligasse a época do casamento à briga pela custódia. Para todos os efeitos, eram um casal feliz e apaixonado.

—   E sem sombra de dúvida o casamento mais ro­mântico que já presenciei — disse Susan, emocionada.

—   Tão romântico quanto possível, já que a noiva está grávida de seis meses — comentou Anahí, pas­sando a mão pelo ventre.

—   É exatamente isso que torna tudo tão român­tico. Poncho me faz lembrar um cavalheiro andante em sua armadura, lançando seu manto sobre a lama da opinião pública para proteger a mulher que ama das ameaças...

Anahí riu.

—     Você deve andar lendo muitos romances ultimamente...

—     E o que você esperava de uma professora de literatura?

— Acho que está na hora de alguém pensar em transferi-la para a área de biologia. O cheiro do for-mol acabaria com essas estrelinhas em seus olhos.

—  Falo sério. Poncho realmente a ama. Tem cons­ciência da própria sorte, minha amiga?

—  Sorte? Sorte de quem? — perguntou Poncho, pas­sando o braço pela cintura cada vez mais larga da esposa.

—  De Anahí, ora! E de quem mais seria? — res­pondeu Susan.

—  Você diz isso porque eu não quis me casar na Capela do Amor, em Las Vegas?

—  Você o quê? — indagou Anahí, encarando-o. Não conseguiu conter o riso.

—  Você sabe... Nos grandes hotéis de Las Vegas há sempre um juiz de paz de plantão pronto para realizar casamentos-relâmpagos. Ele aguarda os noivos em salas com rosas de néon na porta e cestos de flores de plástico, e com cadeiras de plástico em frente ao altar também de plástico. Creio que so­mente o juiz não é de plástico...

—  No nosso caso, a palavra "artificial" talvez seja mesmo a mais apropriada — murmurou Anahí.

Susan fitou-a com ar intrigado.

—      O quê? — perguntou.
Anahí fez força para sorrir.

—      Não foi nada. Desculpe. Deve ser o cansaço. Tem sido uma semana estressante. Mas veja, o jan­tar vai ser servido. Vamos entrar?

Enquanto Poncho a conduzia à sala de jantar, Anahí sentia-se estranhamente abalada. A presença da­quele homem desencadeava-lhe reações intensas.

Mais uma vez tentou se convencer de que eram cau­sadas pelos hormônios. Em três meses na certa se livraria do problema.

Essa era a boa notícia. A má notícia era temer que, naqueles três meses, a atração que sentia por Poncho fugisse a seu controle.