Fanfic: Um Anjo Caiu do Céu ♡ AyA | Tema: Ponny

Próximo dali, Enrique andava de um lado para o outro, irritado por ter de viajar de última hora e também pelo fato de Maite não atender suas ligações, nem ter aparecido para trabalhar naquela manhã.

- Onde esse ser humano se meteu? - indagou bravo, olhando para o celular, largou-o sobre a mesa  - Secretariazinha petulante! Maldita hora em que Alfonso a promoveu. – resmungou enquanto socava a mesa.

- Com licença senhor Enrique. – disse tímida Silvia, abrindo a porta apenas em uma fresta, pois sabia que o patrão estava de mau humor – Sua mala está na recepção.

- Obrigado Silvia. – agradeceu e gesticulou para que saísse, então pigarreou recordando-se que talvez ela poderia saber de algo sobre a secretária - Maite disse algo sobre se ausentar hoje?

- Não senhor.

- Faz ideia de onde ela possa estar?

- Não senhor.

- Não senhor. – repetiu imitando-a – Apenas sabe dizer isso?

- Não senhor. – temerosa encolheu os ombros, irritando ainda mais Enrique.

- Vá procurar algo para fazer. – ordenou, trincou os dentes, rapidamente a porta se fechou - Se tem algo que eu abomino é quando ligo para alguém e essa pessoa não atende. – grunhiu – Mas você terá uma bela surpresa assim que chegar sobre a sua mesa Maite! – falou olhando para a tela do celular, que novamente fazia uma chamada para a morena.  No shopping, livres da presença desagradável, Maite e Anahí aguardavam Júlia em frente ao banheiro.

- Ferrou. – Maite falou pegando o celular nas mãos. – O velho já me ligou quinze vezes, estou demitida. – choramingou.

- Não está não. – Anahí disse despreocupada e o celular de Maite novamente tocou, a loira estendeu a mão – Eu vou salvar o seu emprego. – piscou para a amiga que mandou beijos para ela – Maite está comigo, daqui a meia hora libero ela para trabalhar.

- Por acaso é você que paga o salário dela?

- Não. – respondeu rapidamente, sorriu cinicamente - Apesar de ter o sangue do idiota que paga o salário dela.

- Anahí?

- Olha o coroa sabe o meu nome! – exclamou irônicamente – Ela está comigo, então relaxa aí velho. – riu debochada e Enrique resmungou algo do outro lado da linha – Não a puna, eu obriguei Maite a me acompanhar em algo muito importante. Se realmente está arrependido e quer me conhecer, não a demita.

- Não farei nada filha. – disparou, respirou fundo - Peça que ela venha para a empresa, preciso dela aqui antes de viajar.

- Ok, bye bye doador de esperma! - Anahí falou, desligou o celular e olhou para Maite sorrindo.

- Você vai mesmo permitir que ele faça parte da sua vida?

- Talvez. – deu de ombros – Mas não será assim tão fácil, quem sabe daqui uns 23 anos eu não resolva dar uma colher de chá e ir atrás dele fingindo arrependimento.

- Prontinho. – Júlia disse saindo do banheiro – Agora podemos ir desmascarar a bruxa xexelenta.

- Concordo com a pestinha, Alfonso tem que saber que está sendo trapaceado. - Maite concordou erguendo a mão e batendo na de Júlia.

- A noite converso com ele sobre isso. -  Anahí disse meio triste, suspirou - ninguém irá estragar o nosso dia - falou calmamente, fitou a morena a sua frente - E vá logo trabalhar Maite! - ordenou e sorriu.

- Sim chefa! - bateu comtinencia atirou - Vou indo porque daqui a pouco nem o fato de eu estar contigo irá me salvar.

- Eu sempre salvo você Mai! - foi até e a amiga e a abraçou, e depois virou-se para Júlia - E o que quer fazer agora? O dia é todo seu.

- Contar ao papai toda a verdade. – disse convicta.

- Quer mesmo ir para casa e ser mandada imediatamente pra o internato? – Anahí indagou arqueando uma sobrancelha.

- Não. – a menina disse triste - Queria muito atrasar ao máximo a ida para aquele local, mas não podemos esperar mais. - levantou-se e estendeu a mão para a loira - Vamos contar logo antes que seja tarde. Anahí ainda relutou um pouco para não ceder o apelo da menina, andando pelo shopping e mostrando a ela artigos nas vitrines, mas ela tinha razão, o melhor era contar a verdade e desmascarar Cláudia. Antes claro, ligou para a amiga a fim de saber se não havia perigo algum para ela estar lá e só realmente cedeu o pedido de Júlia quando soube que Enrique não estaria na empresa devido a uma viagem de negócios. Estacionou o carro em frente ao predio e Júlia saltou de dentro, correndo em direção a porta de entrada.

- Vamos logo Any! - bateu o pé e rolou os olhos - Está mais lerda do que uma tartaruga!

- Tenha paciência Júlia! - reclamou - Não posso sair e deixar o carro aberto.. – resmungou, Júlia a segurou na mão e a puxou.

- Fale menos e ande mais! Temos que agir rápido!

Anahí riu da pressa da pequena. Compreendia muito bem toda aquela afobação, pois uma vez desmascarada ficariam livres da bruxa xexelenta. E essa era a maior felicidade para úlia. A pequena passou por Maite, mandou um beijinho e foi até a sala do pai, abrindo a porta sem bater.

- Papai temos algo urgentíssimo pra falar contigo. – Júlia disse entrando na sala dele.

- O que faz aqui Júlia? – perguntou irritado, levantou-se da cadeira - Você tinha que estar no internato! – falou rudemente, Anahí adentrou a sala sorrindo falsamente e o moreno a olhou intrigado - E você não estava passando mal? – o sorriso de Anahí se alargou, de modo que seus dentes ficassem visíveis e então o moreno cerrou os punhos – Eu tenho pavor, detesto que mintam pra mim!

- Mas a Any estava passando mal, e ela melhorou. - Júlia a defendeu e a loira assentiu fazendo biquinho.

- Cale-se Júlia. – ele apertou um botão e logo uma morena apareceu – Maite se encarregue de que Pedro leve Júlia até o internato. – olhou furioso para Anahí – E você vá para casa, mais tarde conversamos. – ordenou, Maite ficou parada na porta olhando para eles boquiaberta – Ande logo Maite! E peça que deixe Anahí em casa.

- Papai temos que te contar algo, é importante. - Júulia tentou novamente.

- Nossa, esses enjoôs são terríveis. – a porta do banheiro se abriu e a voz ecoou pela sala – Ainda por aqui Júlia? – se aproximou e tentou um carinho, Júlia agarrou Anahí pela cintura.

- Fique longe de mim com esse veneno. – a pequena disse alto e agressivamente - Ela está mentindo papai. – acusou-a.