Fanfic: Um Anjo Caiu do Céu ♡ AyA | Tema: Ponny

Quinze dias sem vê-lo, trocar uma palavra ou dar notícias. Nem mesmo com Maite, sua melhor amiga, manteve contato. Buscava paz, sossego e nada melhor do que um tempo sozinha para decidir que rumo tomar em sua vida.

Por mais que a saudade apertasse, estava sendo mais forte do que imaginava ser. Só restavam as lembranças - boas e ruins - e um pedaço dele consigo. Houve dias em que pensou em ligar com a desculpa em saber como estavam as meninas, porém queria mesmo era saber se Alfonso sentia sua falta. Outros pensou enlouquecer de tanta dor que sentia em seu coração. Mas manteve-se em pé, firme e orgulhosa.

Enquanto aguardava o ônibus, na rodoviária, que a levaria para uma cidadezinha do interior, a loira fechou os olhos e respirou profundamente. Se ele tivesse acreditado nela, talvez as coisas poderiam ter sido diferentes. Talvez.

- Se vamos manter um relacionamento acredito que não deva haver segredos entre nós. -  Alfonso disse enquanto fechava a porta do apartamento de Maite, respirou fundo tentando controlar o ciúme devido ao fato dela conhecer aquele homem requisitado - Pode começar me explicando de onde conhece Rodrigo Ruiz? - perguntou calmamente, então virou-se para encará-la.

Anahí sorriu, levou as mãos a cintura e o fitou minunciosamente.

- E você pode me dizer o que Claudia fazia ingerindo álcool no shopping? – rebateu.

O moreno soltou um riso debochado, balançou a cabeça negativamente.

- Claudia não faria isso com meu filho.

- Que filho? - ela perguntou irônica - O que ela finge que carrega no ventre?

- Eu vi o exame Anahí - disse rispidamente, a loira soltou um riso pelo nariz negando com a cabeça também - Estava ao lado dela quando fez a ultrassonografia, eu vi com meus próprios olhos o meu menino. - comentou orgulhoso.

- O pior cego é aquele que não quer ver. - murmurou - Está na cara que é armação Alfonso! - falou indignada.

- E porque motivos ela mentiria sobre uma gravidez?

- Quer mesmo que eu enumere os motivos que levariam ela a fazer isso? – indagou arqueando uma das sombrancelhas enquanto levava as mãos a cintura.

- Ela não mentiria para mim, mas já outras pessoas...

- Esta insinuando que sou mentirosa? – questionou irritando-se, o olhou incrédula.

- É o que parece.

CABUM!

O estrondo lhe fez abrir os olhos assustada. Do lado de fora uma chuva forte começou a cair.

Porque Alfonso não acreditou nela? Porque quando tudo parecia estar ficando novamente colorido de repente se tornava gélido e nebuloso?

O apito soou pelos autofalantes da rodoviária, e logo em seguida uma voz feminina.

- Atenção senhores e senhoras com destino ao interior! Devido a forte chuva a viagem atrasará em no máximo duas horas. Por favor, permaneçam na estação rodoviaria para evitar transtornos.

- Era só o que me faltava. – Anahí murmurou. – Vamos dar um passeio, o que acha?

E apenas recebeu um latido como resposta.

Com Molly no colo, Anahí observava as pessoas apressadas, outras reclamando e algumas chegando completamente ensopadas devido a forte chuva.

E foi então que viu um casal acompanhado de três crianças, mais precisamente meninas. Observou-os e se viu ali com Alfonso e as filhas, felizes e juntos. Infelizmente aquela não era a sua realidade. Estava sozinha - ou nem tão só - e bem longe de Alfonso e as meninas.

- Como eu sinto falta da Júlia. Você não sente? - afagou Molly que latiu - Ela estaria conosco hoje. - sorriu, recostou-se na parede e cerrou os olhos.

Um sorriso formou-se em seus lábios. Em seus sonhos ela estava com Júlia, Fernanda e Eduarda em um salão de beleza, toda vestida de branco. As meninas pareciam princesas com belos vestidos rodados em um tom salmão, cabelos presos em um coque. A felicidade que emanava no ar era completamente visível. Seu olhar estava fixo nas pequenas, então levou as mãos ao ventre arredondado e sentiu-se a mulher mais especial e amada do mundo. Seu coração explodia em alegria, felicidade e amor.

CABUM!

Anahí deu um pulo e olhou a sua volta assustada. Apenas trava-se de outro trovão, e dessa vez mais alto do que o primeiro.