Fanfic: Um Anjo Caiu do Céu ♡ AyA | Tema: Ponny

Ele bem que tentou montar aquilo, mas não obteve sucesso. Algumas peças tinham pequenos borrões e dificultava para que pudesse definir algo. Irritado pela tentativa frustrada, pegou a chave do carro no canto direito da mesa e saiu sem nem despedir-se de Maite. A morena apenas riu alto e discou alguns números avisando que Alfonso deveria estar a caminho de casa.

O que ele levaria vinte minutos para percorrer, fez na metade do tempo. Estacionou em frente a casa e saiu apressado, esquecendo-se da chave na ignição. Buscou por Anahí pela sala, cozinha, jardim e não a encontrou. Então, subiu as escadas com pressa e deduziu que o lugar mais óbvio que ela poderia estar era seu quarto. Assim que abriu a porta percebeu que o local estava vazio, porém o que viu sobre a cama o deixou irritado: uma boneca que julgou ser de suas filhas. Pegou-a e grunhiu, trincando os dentes.

- EDUARDA! FERNANDA! – gritou irritado - O que eu falei sobre brincar em meu quarto? – perguntou em um tom mais alto  com a boneca em mãos.

- Observe os detalhes. – a voz calma de Anahí soou atrás dele. 

Ele girou o corpo em um ângulo de 180 graus e a olhou confuso, Anahí sorriu, caminhou até ele, tomou a boneca em mãos e ergueu em sua frente. Alfonso seguiu sem entender, estreitou os olhos a encarando.

- Observe. – ela repetiu.

- Eu não sou bom em charadas Anahí. – murmurou impaciente – O que quis dizer com aquele quebra cabeças?

A loira gargalhou e Alfonso fechou a cara. Ela teria que partir para o plano B e explicar com maçãs para o moreno. Olhou-o sorrindo meiga.

- O que está em minhas mãos Alfonso? – indagou arqueando uma sombrancelha.

- Uma boneca. – falou óbvio.

- E?

Ele pegou a boneca e a olhou, e só então conseguiu ler o que havia escrito no body cor de rosa que ela vestia.

“Estou a caminho papai”

Alfonso ergueu o olhar e seus olhos encontraram-se com os de Anahí. Ela sorriu ao perceber que os olhos dele davam indícios de que iria chorar.

O moreno abria e fechava a boca sem saber o que falar, e ela observava as lágrimas caindo sobre a face dele aos poucos, e não segurou, chorando também. Ele a abraçou forte e selou seus lábios. Ergueu-a, segurando-a embaixo dos braços, colocou-a ao solo e ajoelhou-se a sua frente, colando os lábios sobre sua barriga, depositando ali vários beijos.

- Como? – perguntou em um sussurro.

- Eu, você, muito amor, prazer. – ela riu – Fiquei tão surpresa quanto você.

- Mas você tinha me dito que... – ele disse gesticulando com as mãos, buscando uma palavra adequada que não soasse tão pesado.

- Que não poderia gerar uma vida. – ela o interrompeu – Houve um equivoco com meus exames, assim como de muitas outras mulheres. – explicou.

- Você vai me dar um filho? – Alfonso perguntou ainda não acreditando, Anahí sorriu assentindo.

- Será papai de mais uma princesa.

- É menina? – indagou surpreso, a loira fez uma carinha pensativa.

- Um anjinho me disse que seria uma menina e que eu deveria chamá-la de Manuela.

Alfonso a enlaçou pela cintura e selou seus lábios. O beijo era calmo, cheio de amor, felicidade. Ele a olhou encantado, apaixonado.

- Ainda não consigo acreditar, isso é maravilhoso meu amor.

- Eu demorei para acreditar que poderia gerar uma vida. – ela falou e levou os braços em torno do pescoço dele, lhe deu um selinho rápido - Meu mundo desmoronou quando me falaram que era estéril, e o sonho de ter muitos filhos foi para o espaço naquele momento. – ela respirou fundo, Alfonso colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha - Se eu tivesse ido atrás de outro profissional talvez não tivesse sofrido por esses últimos anos. – disse encolhendo os ombros - Só de imaginar em ouvir o mesmo diagnóstico me causava pânico, então preferi não correr riscos.

- Ainda bem que você não foi. – o moreno disse rapidamente e a loira o olhou com os olhos arregalados - Talvez se tivesse ido não teria caído do céu diretamente em meus braços, não estaria aqui comigo e eu nunca conheceria o verdadeiro sentido da palavra amor. – declarou e ela sorriu apaixonada - É inexplicável o que estou sentindo nesse momento. Não apenas pelo fato de que o nosso amor gerou um fruto, e sim porque te tenho ao meu lado e dentro de pouco mais de dois meses será a minha esposa.

- Por falar nisso, comecei a lista de convidados. – Anahí falou empolgada,  caminhou até o criado mudo do lado esquerdo da cama e pegou um caderninho – E eu consegui seis pessoas! – contou abrindo um sorriso.

Alfonso pegou o caderno em mãos e gargalhou ao constatar que haviam realmente apenas seis nomes na lista. Porém o último nome que ali constava não lhe agradou.

- Pode riscar Alex da lista, quero esse homem bem longe da minha família. – ele praticamente rosnou, carrancudo.

- É seu irmão, vamos colocar uma pedra sobre o passado e escrever uma nova história, lembra?

- Alex não precisa estar incluído. – Alfonso murmurou cruzando os braços e fechando a  cara.

Anahí achou graça da cara emburrada, fez um biquinho e tocou em seu queixo, fazendo com que ele a olhasse.

- Apenas é um convite para o nosso casamento, não para que conviva aqui em nossa casa.

- Não quero você com intimidade com esse traste. – falou manhoso.

- Com ele não quero nenhuma, mas com o meu noivo lindo, maravilhoso e gostoso quero muita intimidade. – ela piscou e o moreno abriu um sorriso.