Fanfic: Um Anjo Caiu do Céu ♡ AyA | Tema: Ponny

Anahí estranhou, olhou em direção a sala de jantar e franziu o cenho, respirou fundo e foi atrás dele. O que ele queria dessa vez?

Ao entrar na sala ele abria os botões da camisa e ela travou, engoliu em seco.

- Sente-se Anahi, precisamos conversar. – a voz grossa a arrepiou.

- Eu não vou transar contigo. - falou rapidamente, com um pouco de dificuldade.

- Não será necessário, tenho outros planos. – ele sorriu minimamente, abriu mais a camisa e passou a mão sobre o peitoral, fazendo-a tragar saliva duas vezes seguidas - Como lhe disse, você não quis, há quem queira me dar filhos. – o moreno abriu os botões do pulso e a fitou - Enfim, se conseguir uma escola pra Júlia ela não vai para o internato, será de sua responsabilidade.

Como a coisa mais natural possível ele tirou a camisa e jogou na direção da loira que curvou o corpo para o lado seguindo com o olhar a camisa cair no chão. Definitivamente ele queria deixa-la louca.

- Certo, eu.. – ofegou, abaixou o olhar a fim de não olhar diretamente em seu peitoral ou o atacaria - Eu vou a procurar amanhã pela manhã.

Dizendo isso ela girou o corpo e saiu apressada antes que cometesse uma loucura, novamente um erro: transar com aquele moreno sedutor. Estava com tanta pressa que esbarrou no corredor em uma mulher, nem olhou para ver quem ela, apenas pediu desculpas rapidamente e foi a cozinha.

- Menina o que houve? Viu um fantasma? – Fátima questionou preocupada.

Anahí pegou um copo, foi até a geladeira e encheu-o de água, precisava de algo que lhe acalmasse por dentro, que apagasse o fogo da paixão que queimava suas entranhas, o calor do desejo de seu corpo, a vontade de voltar naquele escritório e permitir que ele a possuísse. Fátima a olhava cada vez mais preocupada, a loira entou-se em um dos bancos da grande bancadano centro da cozinha e a olhou.

- O Alfonso... – disse em um sussurro, deixou os ombros caírem, como se livrasse de um peso sobre eles - ele quer me enlouquecer.

- Já te passou a responsabilidade das meninas? – perguntou curiosa e Anahí assentiu, apoiou as mãos na bancada de mármore e Fátima lhe tocou as costas e beinou-lhe na face - Sugeri a ele isso agora a pouco, confio cegamente em você, e ele também. Sabemos que as meninas estão muito bem cuidadas contigo.

- Quem deveria cuidar delas é ele, não eu.

- Você é a pessoa ideal para fazer isso, eu diria que a mãe que essas meninas necessitam.

- Você também com isso Fátima? Eu não sou a pessoa indicada... – a loira calou-se ao ouvir altas risadas vindo da sala, e uma delas ela identificou muito bem, e a outra era de uma mulher.

Anahí instintivamente levantou-se e correu até a porta da cozinha e seus olhos marearam coma  cena que viu: Alfonso subia as escadas beijando uma mulher em seu colo, ambos quase sem roupas.

Porque ele a feria tanto? Porque lhe doía tanto vê-lo em outros braços?

Fátima, que havia a seguido, a acariciou-lhe no braço. Anahi nada falou, apenas deu passos largos indo em direção a sala de jantar, onde estavam as meninas. Sem trocar uma palavra com elas, sentou-se em uma cadeira livre, escorou a os braços sobre a mesa e deitou a cabeça sobre eles, escondendo o rosto. Poderia chorar sem ser julgada pelas crianças, afinal elas não se importavam com os sentimentos da loira.

- Esta triste Any? – Eduarda arriscou-se a perguntar.

Disfarçadamente ela enxugou algumas lágrimas, olhou para a menina e negou. Contar para as meninas o que realmente se passava não ajudaria em nada, então mentiria.

- Apenas cansada. – falou e deu um meio sorriso - Amanhã você vai comigo em busca de uma nova escola Júlia. – olhou para a menina peralta que assentiu rapidamente esboçando um pequeno sorriso - E por favor, esforce-se para não ser expulsa dessa.

Terminado o jantar, subiram para os quartos. Ao passar em frente ao quarto do moreno um gemido soou em seus ouvidos e um aperto em seu coração. Ela travou, Júlia correu até a porta e a abriu. Anahí viu Alfonso semi-nu, de cueca beijando a barriga da mulher e uma Júlia furiosa parada próximo a cama.