Fanfic: Um Anjo Caiu do Céu ♡ AyA | Tema: Ponny

Claudia deu uma mordida generosa no sanduiche, e mastigou calmamente enquanto analisava a expressão das filhas de Alfonso. O gosto amargo lhe fez sentir nauseas, então olhou para o pão viu formigas saindo dali e algo se mexendo: minhocas. Imediatamente jogou o pão longe, bem próximo a Anahí que gritou em pânico. Olhou para Júlia com cara de "Elas não estavam mortas?" A menina correu até a babá e abraçou na cintura, como se dissesse “estou contigo”.

Para acalmar Claudia, Alfonso enxeu um copo de suco e deu para ela beber. Rapidamente a mulher ingeriu todo o conteudo do copo como um ato de desespero. De dentro da jarra de suco um sapo saltou causando gritaria na sala. Alfonso não sabia se ria ou se socorria Claudia que estava a beira de um colapso de nervos.

- SUA... - gritou indo em direção a Júlia, Anahí rapidamente colocou a menina atrás de si a protegendo como uma leoa defende seus filhotes.

- Não ouse encostar nela! - alertou.

- Essa menina é um demônio! – Claudia gritou e saiu irritada do ambiente.

O riso que ecoou foi como uma perfeita sinfonia. Até Alfonso que seguravasse deixou-se contagiar pela alegria das filhas e de Anahí.

- Depois conversamos. – avisou em meio ao riso, olhou para as filhas e depois para Anahi e saiu dali, indo em busca de Claudia.

- Foi irado! - Júlia comemorou erguendo a mão direita para bater na de Anahí.

- Muito engraçado a cara dela. - Fernanda disse rindo.

- Foi engraçado, mas passaram dos limites. - Anahi repreendeu.

- Mas foi muito irado! – repetiu Júlia e gargalhou.

- Foi irado, engraçado, o que vocês quiserem, mas agora precisamos ir ou estarão atrasadas. – a loira advertiu estalando os dedos.

- A gente pode faltar aula hoje e ir com vocês? – Eduarda perguntou fazendo um biquinho, tentando parecer fofa.

- Não! – Anahí respondeu rapidamente - Vocês vão a escola e eu e Júlia vamos conhecer a nova escola dela. – finalizou e Eduarda e Fernanda lamentaram resmungando coisas inaudíveis fazendo a loira rir.

- Se aceitarem ela não é? – Eduarda cuspiu as palavras e depois levou a mão a boca arrependendo-se do que acabara de falar.

- A irmã de vocês vai ser aceita.

Claudia trancou-se no quarto de Alfonso, mais precisamente no banheiro. Ele tentou por quase uma hora tirá-la dali, mas a mulher apenas gritava e xingava Alfonso, filhas e sua décima geração.

Depois de deixar as gêmeas na escola, já que continuariam ali, Anahí e Júlia iniciaram sua maratona de visitas a escolas. Muitos nãos lhe foram ditos ao consultar o currículo de Júlia. Por volta das onze horas, Anahí estacionou o carro em frente a sua última opção da lista, era aquela ou a menina teria que ir ao internato.                                                                                       

- Não vão me aceitar como nas outras, vou ter que ir para aquela droga de internato, instituto ou sei lá como se chama. – Júlia resmungou, Anahí a ignorou saindo do carro.

A menina permaneceu dentro do veiculo, parecia recusar-se a sair. Anahí deu duas batidas no vidro e ela negou com a cabeça. Abriu a porta e estendeu a mão para Júlia que ficou olhando-a por segundos até segurar bem firme. Nada precisou ser dito, apenas o olhar terno de Anahí fez com que a pequena sorrisse. Então juntas, de mãos dadas como mãe e filha, caminharam calmamente até a secretaria da escola, onde a diretora da mesa as aguardava.

Uma senhora gorda, baixinha e com um óculos fundo de garrafa as atendeu.

- Expulsa de 5 escolas? - ela questionou olhando por baixo do óculos, enquanto consultava o currículo de Júlia que encolheu-se na cadeira.

- Parece assustador, mas não é. – Anahí falou calmamente, tocou no braço de Júlia trocando um olhar cúmplice com a menina – Júlia é uma menina incrível, doce...

- E o que houve para ter sido expulsa se é um doce? - a diretora indagou olhando para Júlia.

- Problemas de adaptação. – Júlia falou rapidamente, dando aquele falso sorriso de propaganda de pasta de dente.