Fanfic: Um Anjo Caiu do Céu ♡ AyA | Tema: Ponny

Roberto olhou para aquele pedaço de gente ao seu lado e teve certeza de que ela seria uma pequena encrenca a enfrentar para conquistar a loira, ou melhor, a mãe daquelas crianças.

- Até onde sei Anahí é solteira, não há evidência de aliança na mão dela.

- Não é porque ela não usa uma aliança com o nome do meu papai que não seja comprometida. – Júlia levantou-se e levou as mãos a cintura estufando o peito.

- Se fosse, não teria aceito sair comigo. – Roberto provocou-a.

- Eu me encarrego de impedir. – sorriu cinicamente a ele, empinou o nariz o encarando - Na minha mãe você não encosta!

- Quem sabe um dia até te dê um irmãozinho.

E foi nesse momento que Roberto sentiu sua canela doer. A dor foi tão grande que ele se perguntou de onde ela tirava tanta força, ou se aquilo era a mando do pai. Menina osso duro de roer, porém não o faria desistir de Anahí.

- Júlia o que é isso? – Anahí perguntou segurando a menina em um dos braços a puxando.

Sem trocar uma palavra e muito menos olhar para Anahí, Júlia saiu correndo sem rumo. Sem entender, a loira olhou a menina sumir de seu campo de visão, olhou para Roberto confusa.

- Ela está com ciúmes. – ele disse com um meio sorriso nos lábios.

- Ciumes?

- De mim, da gente...

- Peço desculpas pelos chutes – falou sem graça - Ela o machucou?

- Não se preocupe, estou bem. – sorriu levemente, sua vontade era de dar boas palmadas naquela menina malcriada e jogar na sua cara que a mãe seria dele - E então, pensou sobre sair comigo amanhã?

- Eu quero ir embora! - Júlia falou atrás de Anahí, de braços cruzados e com um bico enorme no rosto.

Anahí olhou sobre o ombro estranhando o fato dela estar ali se a poucos segundos tinha sumido. Como poderia ser tão rápida? Soltou o ar levemente pela boca, de nada adiantaria discutir ou dar bronca nela naquele momento. Júlia é uma criança de personalidade forte e quando coloca algo na cabeça não há quem a faça desistir. A menina curvou um pouco o corpo e lançou um olhar nada amigável a Roberto. Percebendo, Anahí deu um passo para o lado e acompanhou o olhar dela e pode ver um sorriso um tanto cínico nos lábios de Roberto.

- Chame suas irmãs então para podermos ir. – Anahí apressou-se em dizer antes de que Júlia se revoltasse ainda mais.

E se queria tentar algo com Roberto, teria que ir com calma, principalmente por Júlia. Agora que havia conquistado sua confiança e carinho não estragaria. Com o tempo teria que aceitar Roberto ou quem quer que fosse ao seu lado.

- NANDA! DUDA! VAMOS EMBORA! – ela gritou sem mover-se e continuou encarando Roberto.

Roberto gargalhou alto, Anahí girou o corpo em um ângulo de centro e oitenta graus para olhá-lo buscando entender, refez o giro e olhou para Júlia que permanecia com a cara fechada. Então lembrou-se sobre o que o homem lhe havia dito sobre ciúmes. Estreitou os olhos encarando Júlia que não se deixou intimidar.

Logo Fernanda e Eduarda juntaram-se a Júlia, que cochichou algo e ambas fecharam a cara como a irmã. Anahí levou as mãos a cintura e passou a encarar minimamente uma a uma. Aquilo era um complô contra ela?

Despediu-se de Roberto com um beijo no rosto o que fez Júlia resmungar algo inaudível com os dentes trincados. Eduarda pegou o cachorro nos braços e seguiu no carro, enquanto Anahí estendeu uma de suas mãos para Fernanda e outra para Júlia que segurou firme. A poucos metros do carro, Júlia parou, soltou a mão de Anahí e voltou correndo até onde Roberto estava. O homem sorriu largamente e abriu os braços, abaixando-se. Júlia olhou para ele e rolou os olhos.

- Ficamos com o cachorro, porém você não será o veterinário dele. – piscou, girou o corpo jogando os cabelos para trás e voltou a correr até Anahí.